Debate na UFSC sobre vacinação contra HPV
A Liga de Medicina de Família e Comunidade (LiMFC) promove nesta quarta-feira, 26 de março, às 18h30min, no auditório do CCS, o Debate sobre Vacinação contra o HPV, aspectos relativos à segurança e eficácia. Aberto à comunidade.
Participam os médicos:
Jardel Corrêa de Oliveira (MFC) e Edison N. Fedrizzi (GO – Chefe do Centro de Pesquisa Clínica Projeto Hpv)
Ronaldo Zonta (MFC)
Sonia Maria de Faria (Infectologia Pediátrica)
Mais informações: https://www.facebook.com/events/1404649276468730/?ref_newsfeed_story_type=regular&source=1
UFSC na mídia: vacina contra HPV é segura, diz pesquisador Edison Fedrizzi
Segundo o coordenador do Centro de Pesquisas Clínicas da UFSC, vacina vem sendo testada há 12 anos como prevenção ao câncer. Edison Fedrizzi defende o uso preventivo da vacina para HPV em adolescentes.
A vacina contra o HPV que começou a ser aplicada em meninas de 11 a 13 anos noBrasil ainda gera dúvidas, mas o médico pesquisador Edison Fedrizzi, da UFSC, diz que a medicação tem tempo suficiente de acompanhamento como prevenção ao câncer e que protege contra quatro tipos de vírus do HPV.
Fedrizzi contribuiu junto a especialistas de outros 30 países no desenvolvimento da imunização e acredita que em um prazo de cinco anos o novo medicamento poderá ser produzido no Brasil.
Diário Catarinense — Para que serve a vacina contra HPV?
Edison Fedrizzi — Esta vacina é contra dois tipos de verrugas genitais e contra dois tipos de câncer de colo de útero — responsáveis por 70% dos casos de doença.
DC — Por que é importante se vacinar?
Fedrizzi — As verrugas genitais são consideradas a doença mais frequente no mundo inteiro e a vacina protege contra os vírus de HPV que mais causam colo de útero.
DC — Atualmente, quais os métodos de prevenção do câncer de colo de útero?
Fedrizzi — O que temos hoje é o exame Papanicolau, feito por ginecologistas. As desvantagens é que ele tem que ser feito periodicamente. No diagnóstico só aparece quando tem uma lesão pré-cancerígena. Já a vacina previne o que causa a lesão.
DC — Quem pode se vacinar?
Fedrizzi — Todas as mulheres deveriam ser vacinadas. Mesmo as que já contraíram os vírus, porque ao tomarem a vacina estimulam o sistema de defesa do organismo para eliminar o vírus após uma nova contaminação e protege contra uma nova infecção.
DC — Por que vacinar meninas de 11 a 13 anos?
Fedrizzi — O ideal é que a vacina seja aplicada antes do início da vida sexual. Como a aplicação será em rede nacional, temos dados que no Sul do país meninas começam a vida sexual depois dos 12 anos, mas no Norte e Nordeste entre os 10 anos, então foi estipulado esta idade a partir dos 11 anos.
DC — Alguns médicos e inclusive uma das instituições que se posicionaram contra a estratégia foi a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, que divulgou carta questionando a segurança e a eficácia do procedimento. No texto, afirma que a vacina “expõe adolescentes a risco de supermedicação desnecessária” o que o senhor tem a dizer a respeito?
Fedrizzi — Todas as vacinas alopáticas têm linhas a favor e contra. Alguns movimentos antivacinas têm considerações vagas e fazem um desserviço à saúde pública que acabam provocando surtos de doenças já controlados com vacinas. A vacina contra a HPV está na rede pública de 53 países e em 126 já é liberada. É extremamente segura, se não fosse não estaria no mercado.
DC — No Japão após a aplicação da vacina houve relatos de dor em algumas mulheres. A aplicação da vacina pode trazer efeitos colaterais ou contraindicações?
Fedrizzi — No Japão, o Governo suspendeu a campanha para investigar melhor o sistema de vacinação, mas a vacina contra o HPV continua sendo distribuída. Para que uma medicação possa ser autorizada é preciso demonstrar sua segurança comprovada por estudos e testes reais. Quando se faz a utilização em número maior de pessoas podem aparecer problemas que podem ou não ser relacionados. A vacina do HPV não tem efeitos colaterais associados ao uso. As contraindicações são as para todas as vacinas como dor, febre e quadros alérgicos a algum componente do medicamento.
DC — Como é realizado o procedimento e quais as recomendações após a vacinação?
Fedrizzi — A vacina pode ser aplicada tanto no braço quanto na coxa, com injeção. Os pais não precisam levar até o posto porque equipes da saúde estarão nas escolas públicas e particulares para a vacinação. Nos postos a vacina também estará disponível. A recomendação é que a menina fique em observação durante 10 a 15 minutos logo após a aplicação. Nesta idade é comum ocorrer um mal-estar ou até mesmo um desmaio, mas relacionado a aplicação em si, não à vacina. Em caso de reação alérgica, como falta de ar ou coceiras pelo corpo, não deve ser tomada a segunda dose da vacina. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção, sendo a segunda seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após a primeira dose.
DC — Quem tomar a vacina não precisará fazer o exame preventivo com o ginecologista?
Fedrizzi — A vacina protege contra quatro tipos de vírus, então é importante continuar fazendo os exames periódicos, mas com uma proteção muito maior contra as doenças.
DC — A vacina é segura?
Fedrizzi — É extremamente segura. Está há 12 anos sendo acompanhada. Na Austrália, com três anos de uso já foi comprovada uma redução de 45% das lesões cancerosas e, em cinco anos, reduziu em 93% as verrugas genitais, além de proteger também os homens em 80%, em relação às verrugas genitais masculinas. Em SC, fizemos parte do grupo de pesquisa em 30 países que testou a eficácia da vacina.
Fonte: http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2014/03/vacina-contra-o-hpv-e-segura-diz-pesquisador-4442708.html
“UFSC Entrevista” apresenta o Projeto HPV
O “UFSC Entrevista” que foi ao ar no dia 15, pela TV UFSC, recebeu o professor do curso de Medicina, Edson Natal Fedrizzi, para conversar sobre o Projeto HPV da Universidade Federal de Santa Catarina, que completou dez anos em 2012. Ele falou sobre a prevenção, o desenvolvimento da vacina contra o Papiloma Vírus Humano, o resultado das pesquisas feitas tanto com homens quanto com mulheres, e os projetos futuros.
(mais…)
I Encontro Catarinense de Experts em HPV marca o início de campanha de vacinação na UFSC
A comunidade universitária será beneficiada a partir desta sexta-feira, 10 de agosto, pela campanha de vacinação anti-HPV promovida pelo Centro de Pesquisa Clínica Projeto HPV em parceria com clínicas e empresas farmacêuticas. O valor da vacina contra a HPV será reduzido: R$ 249 por dose – ou R$ 239 à vista -, preço inferior ao de mercado, que em algumas regiões pode chegar a R$400 por dose. A vacinação é feita em três etapas e previne contra o vírus que contamina oito em cada dez mulheres ao menos uma vez na vida. Alunos – incluindo os do Colégio de Aplicação -, professores e técnico-administrativos dos campi da UFSC podem solicitar o desconto.
Os interessados, entre 9 e 26 anos, devem solicitar a redução de valor da vacina no Centro de Pesquisa Clínicas Projeto HPV (na área D do Hospital Universitário da UFSC) e levá-lo a clínicas parceiras da campanha. O pedido também pode ser feito no local do I Encontro Catarinense de Experts em HPV, na sala Aroeira, segundo andar do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Caso o interessado esteja fora da faixa etária contemplada pela campanha, o desconto será cedido apenas com prescrição médica.
Experts em HPV
A campanha de vacinação na UFSC teve início durante as atividades do I Encontro Catarinense de Experts em HPV, onde 120 interessados se inscreveram para acompanhar as discussões comandadas por professores e pesquisadores de todo o Brasil. O evento é multidisciplinar e ocorre em comemoração aos 10 anos de fundação do Centro de Pesquisa Clínica Projeto HPV do Hospital Universitário. O professor de Ginecologia e Obstetrícia da UFSC e Chefe do Centro de Pesquisa, Edison Fedrizzi, deu início ao encontro destacando o benefício comunitário do evento, destacando a necessidade de o Sistema Público de Saúde oferecer a vacina contra o vírus. Fedrizzi ressalta que a maioria dos países desenvolvidos já disponibiliza a vacina gratuitamente. “O investimento nas vacinas preventivas torna-se menor que o custo para o tratamento da doença já desenvolvida e essa economia pode destinar mais recursos para o estudo sobre HPV”, disse o professor, que responsabiliza as questões políticas à dificuldade para negociar a distribuição da vacina.
Em seguida, a História do HPV foi resumida pelo pesquisador da Universidade Federal Fluminense, Mauro Romero Leal Passos. O professor lembrou que, apesar de se apresentar como uma doença nova, o HPV acompanha a humanidade. Como exempo, citou o grego Hipócrates, considerado por muitos o pai da medicina, que já reconhecia o vírus na antiguidade. O pesquisador também enfatizou que o Brasil é um dos grandes campos de trabalho e de publicações sobre o assunto, mas lamentou que a vacina ainda não seja disponibilizada em toda a rede pública.
A pesquisadora do DNAnálise Laboratório, Elizabeth Menezes, falou sobre genoma, classificação, estrutura e a relação entre o gene e sua função no vírus HPV. Na mesa “Biologia do HPV”, Elizabeth destacou que os conceitos sobre o vírus modificam com os avanços das pesquisas, principalmente em áreas novas como a biotecnologia.
Na mesa “História Natural e imunologia”, o professor do departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Unicamp, Paulo César Giraldo, explicou como o vírus atua no organismo humano e citou motivos que tornam as pessoas mais vulneráveis à doença, como fatores genéticos e externos – estresse, por exemplo.
Edison Fedrizzi, retomou a fala na última mesa da manhã anterior ao fórum de discussão. A transmissão do HPV e sua relação com a gravidez e com o homem foram o tema da exposição. Para Fedrizzi, é fundamental fortalecer a prevenção ao vírus desde a infância. A transmissão ocorre em 95% dos casos por meio de relação sexual, mas 5% dos casos de contaminação se dá por contato de pele ou perinatal (durante a gravidez). O professor enfatiza que o método mais eficaz para previnir doenças relacionada ao vírus é a vacinação.
Vacinação em São Pedro de Alcântara
Assim como na UFSC, a cidade de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis também será beneficiada por uma campanha de vacinação ligada ao Centro de Pesquisas Clínicas Projeto HPV. Meninas de 12 a 14 anos receberão gratuitamente a vacina que previne contra o câncer de colo do útero. A cidade será a primeira do sul do Brasil a disponibilizar a vacina, que está no mercado desde 2006, sem custo para a população. A secretária de saúde da cidade, que subsidia a campanha, pretende iniciar a imunização depois do dia 27 de agosto.
Mais informações: (48)3721-9082 e projetohpv@hu.ufsc.br
Mateus Vargas / Estagiário da Agecom / UFSC
mateusbandeiravargas@gmail.com
Foto: Wagner Behr / Agecom / UFSC
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– UFSC recebe 1º Encontro Catarinense de Experts em HPV
Encontro discute HPV na infância e na adolescência
O 1º Encontro Catarinense de Experts em HPV, que começou nessa sexta-feira, 11 de agosto, teve como uma das discussões a relação do HPV com a infância e a adolescência. O doutor Cassius Torres-Pereira, professor do Departamento de Estomatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), falou sobre as manifestações bucais de doenças relacionadas ao vírus. “O aspecto clínico da boca não é tão diferente do encontrado em outras regiões do corpo”, destacou o professor, que acrescentou que a lesão na cavidade bucal mais comum associada ao HPV é o papiloma – erupção característica da doença frequentemente encontrada na pele.
HPV, sexo e infância
O doutor, que é graduado em Odontologia, também ressaltou que, apesar do que se vê veiculado na mídia, não há nenhuma comprovação de que existe relação entre o sexo oral e o câncer de boca, que é corretamente associado ao tabagismo, ao etilismo (envenenamento ou intoxicação com álcool etílico), à exposição ao sol e a fatores socioeconômicos.
Cassius falou sobre como dentistas são capazes de identificar se o paciente praticou sexo oral recentemente, inclusive se foi um ato forçado. “Isso é importante no caso das crianças, porque é um dos fatores que levam à conclusão de que o menor está sofrendo maus tratos e/ou abusos”, comentou.
A doutora Maria Ignez Saito, da Universidade de São Paulo (USP), deu continuidade ao tema expondo a relação da medicina pediátrica com o vírus HPV. A maioria dos casos infantis diagnosticados é relacionada ao abuso sexual. “O papel da pediatria é vacinar. E há uma falha nisso em relação ao HPV”, disse ela. Já a adolescência se trata da faixa de maior vulnerabilidade e risco. “A única forma de prevenção 100% contra o vírus é a total falta de contato com órgãos genitais. Ou a monogamia mútua durante a vida toda”, ironizou a doutora, referindo-se ao fato de que os jovens, atualmente, iniciam a vida sexual cada vez mais cedo e têm cada vez mais parceiros – o que aumenta as chances de contrair o vírus.
A Vacina Quadrivalente Recombinante, comercializada a partir de 2006, cumpre um papel importante por ser voltada ao câncer e outras patologias ligadas ao HPV. Ainda assim, a prevenção é imprescindível. Os familiares e a própria sociedade têm o dever de educar e conscientizar os adolescentes a respeito das doenças sexualmente transmissíveis. A atuação do pediatra também é decisiva – na percepção de quando a criança ou o adolescente sofre maus tratos e no direito que todo paciente tem à informação. “O profissional não deve ter medo de denunciar. A pediatria tem grande responsabilidade. Só a prevenção vai mudar a história da incidência de casos dessas doenças”, ressaltou Maria Ignez.
O Encontro continua nesse sábado, dia 11, no Centro de Cultura e Eventos, com discussões acerca do tratamento, da infecção em casos especiais, da prevenção e da implementação da vacina anti-HPV.
Mais informações: (48) 3233-6798 ou (48) 3721-9082 ou projetohpv@hu.ufsc.br.
Isadora Ruschel / Estagiária de Jornalismo na Agecom / UFSC
isadoracastanhel@gmail.com
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Centro de Pesquisa em HPV inaugura nova sede nesta quinta
O Centro de Pesquisa Clínica Projeto HPV inaugura nesta quinta-feira, dia 2 de agosto, às 11h, sua nova sede, na área D do Hospital Universitário da UFSC. Neste mesmo dia apresenta, às 10h30min, no anfiteatro do HU, a palestra “HPV ao longo da História”.
O HPV ou Papilomavírus humano (Human papillomavirus) é um vírus de transmissão preferencialmente sexual, considerado como a DST (doença sexualmente transmissível) mais frequente no mundo. São vírus da família Papilomaviridae, capazes de induzir lesões de pele ou mucosa, com um crescimento limitado e que habitualmente regridem espontaneamente por ação do sistema imunológico. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, dos quais cerca de 45 infectam a área ano-genital masculina e feminina.
O câncer de colo de útero, causado por esse vírus, é a segunda causa mais comum de morte por neoplasia, depois do câncer de mama. A cada ano ocorrem cerca de 500 mil casos de câncer de colo de útero no mundo.
O desenvolvimento de vacinas capazes de conter esse câncer e outras doenças causadas pelo HPV criou grandes perspectivas. Desde 2002 a UFSC colabora com o esforço de testar essas vacinas, no Centro de Pesquisa Clínica/Projeto HPV, no Hospital Universitário.
Leia mais: UFSC sediará 1º Encontro Catarinense de Experts em HPV
Informações: (48) 3233-6798 / 3721-9082 / projetohpv@hu.ufsc.br
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Centro de Pesquisa Clínica Projeto HPV inaugura nova sede
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O câncer de colo de útero, causado por esse vírus, é a segunda causa mais comum de morte por neoplasia, depois do câncer de mama. A cada ano ocorrem cerca de 500 mil casos de câncer de colo de útero no mundo.
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Centro de Pesquisa Clínica Projeto HPV inaugura nova sede
O Centro de Pesquisa Clínica Projeto HPV inaugura dia 2 de agosto, às 11h, sua nova sede, na área D do Hospital Universitário da UFSC. Neste mesmo dia apresenta, às 10h30min, no anfiteatro do HU, a palestra “HPV ao longo da História”.
UFSC sediará 1º Encontro Catarinense de Experts em HPV
Em comemoração ao 10º Aniversário do Centro de Pesquisa Clínica Projeto HPV do Hospital Universitário da UFSC, será realizado o 1º Encontro Catarinense de Experts em HPV. O evento acontece no Auditório da Reitoria, em Florianópolis, nos dias 10 e 11 de agosto, e as inscrições para estudantes e profissionais da saúde estão abertas.
O evento contará com a experiência de 14 renomados professores e pesquisadores de todo o Brasil que estudam o tema diariamente. O Encontro será multidisciplinar, contando com a participação de especialistas em HPV nas áreas de virologia, patologia, ginecologia, obstetrícia, urologia, proctologia, pediatria e estomatologia.
Inscrições e informações: (48) 3233-6798 / 3721-9082 e projetohpv@hu.ufsc.br.
Saiba mais:
O que é o HPV ?
HPV ou Papilomavírus humano (Human papillomavirus) é um vírus de transmissão preferencialmente sexual, considerado como a DST (doença sexualmente transmissível) mais frequente no mundo. São vírus da família Papilomaviridae, capazes de induzir lesões de pele ou mucosa, as quais mostram um crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente por ação do sistema imunológico. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, dos quais cerca de 45 infectam a área ano-genital masculina e feminina.
Qual sua importância no trato genital ?
A infecção genital ou anal pelos HPV pode causar lesões benignas (condilomas acuminados ou verrugas genitais ou cavalo de crista) tanto em homens quanto mulheres e lesões pré-cancerosas e câncer propriamente dito, principalmente do colo uterino. O grupo de vírus que causa a lesão benigna é diferente do grupo que causa a doença maligna. Estudos desde a década de 80 comprovaram que o HPV é o agente causador do câncer do colo uterino. Mas para a mulher ter este tipo de câncer, além da presença do vírus, necessita de outros fatores (imunológicos, hormonais, dietéticos e ambientais) que irão propiciar o crescimento e a evolução das lesões HPV induzidas.
Qual o percentual de mulheres infectadas?
É variável, dependendo da região que se estuda. Em média consideramos que 20-50% das mulheres sexualmente ativas estejam infectadas de alguma forma pelo vírus (infecção latente ou produtiva). As infecções latentes (mais frequentes) são assintomáticas e passam a se manifestar no momento em que há uma diminuição no sistema de defesa (imunológico) do indivíduo. Já a infecção produtiva tem várias formas de manifestação, indo desde pequenas lesões praticamente imperceptíveis (lesões sub-clínicas) até lesões gigantes (Tumor de Buschke-Loewenstein) .
Estudos epidemiológicos estimam que a infecção HPV venha atingir mais de 85% da população nos próximos 10 anos e se nada for feito para modificar esta tendência, todas as pessoas poderão se infectar em alguma fase de suas vidas.
Fonte: Projeto HPV
Confira a programação:
10-Agosto (Sexta-Feira)
08:45 – Abertura
Mesa redonda: BASES DA INFECÇÃO HPV – Dr Edison Natal Fedrizzi (SC)
09:00-09:20h – HPV: Um pouco de História: Dr Mauro Romero Leal Passos (RJ)
09:20-09:40h – A biologia do HPV: Dra Elizabeth Menezes (SC)
09:40-10:00h – História Natural e Imunologia: Dr Paulo Giraldo (SP)
10:00-10:20h – Transmissão: Papel do Homem e da Gravidez: Dr Edison Natal Fedrizzi (SC)
10:20-10:40h – Discussão
10:40-11:00h – Coffee Break
Mesa redonda: DIAGNÓSTICO LABORATORIAL – Dra Elizabeth Menezes (SC)
11:00-11:20h – Colpocitologia Oncótica e Histopatologia: Dra Maria Beatriz Shiozawa (SC)
11:20-11:40h – Biologia Molecular no Diagnostico da Infecção HPV: Dra Elizabeth Menezes (SC)
11:40-12:00h – Discussão
12:00h– 13:30h – Lunch Meeting : HPV para Profissionais da Saúde
Mesa redonda: DOENÇA HPV INDUZIDA – Dr Mauro Romero Leal Passos (RJ)
14:00-14:20h – Ginecologia: Dr Edison Natal Fedrizzi (SC)
14:20-14:40h – Urologia: Dr Julio Máximo de Carvalho (SP)
14:40-15:00h – Proctologia: Dr Sidney Roberto Nadal (SP)
15:00-15:20h – Cavidade Oral: Dr Cassius Torres-Pereira (PR)
15:20-15:40h – Pediatria: Dra Maria Inês Saito (SP)
15:40-16:00h – Discussão
16:00-16:20 – Coffe Break
Mesa redonda: INFECÇÃO HPV EM GINECOLOGIA (TRATAMENTO) – Dr Paulo Naud (RS)
16:20-16:40h – Verruga Genital: Dr Paulo Giraldo (SP)
16:40:17:00h – NIVA e NIV: Dr Gutemberg Almeida (RJ)
17:00-17:20h – NIC: Dr Newton Sérgio de Carvalho (PR)
17:20-17:40h – Diagnostico Diferencial da Infecção HPV: Dr Mauro Romero Leal Passos (RJ)
17:40-18:00h – Discussão
11-Agosto (Sábado)
Mesa redonda: INFECÃO HPV EM OUTRAS ESPECIALIDADES (TRATAMENTO) – Dr Newton Sérgio de Carvalho (PR)
09:00-09:20h – Urologia: Dr Julio Máximo de Carvalho (SP)
09:20-09:40h – Proctologia: Dr Sidney Roberto Nadal (SP)
09:40-10:00h – Cavidade Oral : Dr Cassius Torres-Pereira (PR)
10:00-10:20h – Discussão
10:20-10:40h – Coffe Break
Mesa redonda: CONDUTA NA INFECÇÃO HPV EM SITUAÇÕES ESPECIAIS – Dr Edison Natal Fedrizzi (SC)
10:40-11:00h – Imunossupressão: Dr Newton Sérgio de Carvalho (PR)
11:00-11:20h – Gestação: Dr Gutemberg Almeida (RJ)
11:20-11:40h – Aspectos Psicossociais: Dr Mauro Romero Leal Passos (RJ)
11:40-12:00h – Discussão
12:00h – Almoço
Mesa redonda: PREVENÇÃO DA INFECÇÃO HPV – Dr Paulo Giraldo (SP)
14:00-14:20h – Preservativo (Eficácia e Limitações): Dr Mauro Romero Leal Passos (RJ)
14:20-14:40h – Vacina Bivalente Anti-HPV: Dr Paulo Naud (RS)
14:40-15:00h – Vacina Quadrivalente Anti-HPV: Dr Edison Natal Fedrizzi (SC)
15:00-15:20h – Discussão
15:20-15:40h – Coffe Break
Mesa redonda: IMPLEMENTAÇÃO DA VACINA ANTI-HPV – Dr Gutemberg Almeida (RJ)
15:40-16:00h – Modelos de Sucesso (Austrália)- Dr Edison Natal Fedrizzi (SC)
16:00-16:20h – Implementação Setor Privado
16:20-16:40h – Implementação Setor Público
16:40-17:00h – Discussão e Encerramento