Embaixador Bernardo de Azevedo Brito lança livro pela Editora da UFSC

08/04/2014 16:05

O livro Iraque: dos primórdios à procura de um destino , de autoria do embaixador Bernardo de Azevedo Brito, tem lançamento nesta quinta-feira, 10 de abril,  às 19h,  na Fundação Badesc, à rua Visconde de Ouro Preto nº 216, Centro, Florianópolis.

 

 

 

 

 

 

 

 

Neste livro, o leitor é guiado através da história de um Iraque criado por Churchill em 1921. À monarquia imposta pelos britânicos seguiram-se anos turbulentos de uma república logo dominada por Saddam Hussein. Erros de cálculo levaram a oito anos de guerra com o Irã e à invasão do Kuwait, que teve por consequência uma retaliação militar desastrosa para o regime de Bagdá. O destino já caminhava então para a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, ocorrida em 2003. Apesar da dificuldade em superar divergências internas e do persistente clima de insegurança, a nova democracia e a produção de petróleo em expansão sugerem que o país está no limiar de novos tempos, devendo ocupar uma posição de liderança no Oriente Médio. ( fonte: Editora da UFSC)

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Quarto número da revista Subtrópicos chega aos leitores

07/02/2014 16:28

Destinada a incluir  a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) no cenário e na vida cultural local, nacional e internacional, já está circulando o quarto  número da revista Subtrópicos. A publicação, de periodicidade mensal, oferece, segundo o diretor Fábio Lopes,artigos e reflexões sobre arte, literatura, educação, antropologia, política, ciência e tecnologia, além de divulgar lançamentos, parcerias e iniciativas da EdUFSC.

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Posse do novo diretor da Editora da UFSC será nesta quarta

07/08/2013 08:56

A reitora e a vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina, professoras Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco, convidam a Comunidade Universitária para a posse do novo diretor da Editora da UFSC, professor Fábio Luiz Lopes da Silva. A cerimônia será realizada no dia 7 de agosto (quarta-feira), às 14h, na Editora da UFSC, campus de Florianópolis.
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Nova direção da EdUFSC apresenta suas propostas

24/07/2013 11:06

Fábio Luiz Lopes da Silva – novo diretor da EdUFSC – foto Wagner Behr/Agecom/UFSC

Trabalhar para a diferenciação da Editora da UFSC (EdUFSC) na cena nacional e expandir sua presença no campus de Florianópolis e região. Essas são algumas das propostas de Fábio Luiz Lopes da Silva,  professor do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas (DLLV) do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, que assumiu a direção da Editora no dia 15 de julho em substituição ao professor Sérgio Luiz Rodrigues Medeiros.

O novo diretor explica que tem a intenção de trabalhar a partir do patamar estabelecido por seus antecessores. “O professor Sérgio fez um trabalho importante na Editora. Projetou o selo nacionalmente graças à qualificação dos livros e do projeto gráfico, além da expansão dos pontos de venda”, avalia. O período de transição aconteceu na primeira quinzena de julho.

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Editora da UFSC lança livro sobre ruptura de laços sociais e exclusão

10/04/2013 15:00

A fragilidade, a precariedade e a quebra dos laços sociais, econômicos e políticos encontram-se no cerne das pesquisas de Giuliana Franco Leal, que colocam em xeque os conceitos de exclusão social na Europa e no Brasil. A ausência de uma teoria fundamentada e consolidada de exclusão social é o “rio” que conduz a reflexão ampla e contextualizada do livro Exclusão social e ruptura dos laços sociais e Análise crítica do debate contemporâneo, publicado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) e ora lançado na 10ª Feira do Livro de Joinville, que acontece até 14 de abril no Centreventos Cau Hansen. A presença da EdUFSC busca também uma maior aproximação com o Campus da UFSC de Joinville.

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Editora da UFSC intensifica parceria com Academia Catarinense de Letras

05/03/2013 09:27

Reforçando a política editorial de publicar autores e obras de qualidade, incluindo a literatura produzida no Estado, a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) lançará, até junho, o livro Alçapão para gigantes, de Péricles Prade.  A obra de ficção, em volume único, incluirá, na segunda parte, os contos de Os milagres do cão Jerônimo, livro de estreia do reconhecido escritor catarinense. Péricles Prade visitou a EdUFSC para tratar dos detalhes da publicação avalizada pelo Conselho Editorial e propor uma maior aproximação e parceria com a Academia Catarinense de Letras (ACE), presidida pelo escritor. Na EdUFSC foi recebido pelo diretor executivo Sérgio Medeiros e pelo diretor editorial Paulo Roberto da Silva.

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Dicionário básico de latim da EdUFSC ganha sétima edição

04/03/2013 08:59

Lançamento do Dicionário Básico Latino-PortuguêsSe a jornalista Giovanna Chirri, da agência de notícias italiana Ansa, não compreendesse Latim, não teria dado o maior furo jornalístico das últimas décadas. Ela ouviu, na conversa com os cardeais, a comunicação da renúncia do Papa Bento 16. O episódio mostra a importância e a atualidade do Dicionário Básico Latino-Português, de Raulino Busarello, publicado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC). Referência na academia e no País, a obra chega, em 2013, à sétima edição.
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Professora da UFSC lança livro sobre as organizações internacionais de integração regional

25/02/2013 16:29

Organizações Internacionais de Integração Regional é o título do livro mais recente impresso na Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). A obra foca na estrutura e outros aspectos da União Europeia, Mercosul e União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
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Filósofo francês Jacques Derrida tem livro póstumo inédito traduzido pela EdUFSC

19/10/2012 13:04

Aprofundando a sua política editorial de publicar “livros para ler o mundo”, a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) lança no dia 24 deste mês, quarta-feira, a partir das 16h30min, no Campus da Trindade, em Florianópolis, a primeira edição póstuma do clássico Pensar em não ver: escritos sobre a arte do visível, do filósofo francês Jacques Derrida, traduzido por Marcelo Jacques de Moraes. O evento faz parte da tradicional feira de livros da EdUFSC, que começou no dia 24 de setembro com o relançamento de O detetive de Florianópolis, de Jair Hamms, e termina no dia 25 de outubro, oferecendo descontos de até 70% nos preços de capa dos títulos da EdUFSC.

Segundo explicam os editores Ginette Michaud, Joana Masó e Javier Bassas, para o filósofo “o visível é o lugar da oposição fundamental entre o sensível e o inteligível, a noite e o dia, a luz e a sombra”. Derrida denuncia o visível cada vez que esse “privilégio do óptico for posto como a questão que domina toda a história da metafísica ocidental”.

Os editores fazem um agradecimento especial a Marguerite Derrida “pela confiança e apoio ao projeto que resultou na publicação da obra, que, além de esmerado projeto gráfico, mereceu uma belíssima capa criada pela designer gráfica Maria Lúcia Iaczinski.

Empolgado com o resultado, o diretor executivo da EdUFSC, Sérgio Medeiros, observa que o lançamento fecha com chave de ouro a feira de livros deste ano. Medeiros estará presente na conversa com leitores e convidados no dia 24.

Ainda de acordo com os editores, no gesto da desconstrução, “as artes ditas visuais serão um lugar importante não apenas para desenvolver um questionamento próprio à história da filosofia, mas também para dar a pensar um visível articulado pelo movimento do rastro e das figuras derridianas da escrita”. O filósofo mostra que as artes do visível estão, na desconstrução, profundamente investidas pelo próprio movimento da escrita. “Mesmo que não haja nenhum discurso, o efeito do espaçamento já implica uma textualização”, o que, complementa Derrida, revela que, aqui, “a  expansão do conceito de texto é estrategicamente decisiva”.

Jacques Derrida participava ativamente do mundo artístico e intelectual. Portanto, além de teorizar, colaborava com artistas, arquitetos, historiadores da arte, especialistas em estética e críticos de cinema, marcando presença constante em encontros, mesas-redondas, debates e seminários.

Os textos constantes nesta tradução da EdUFSC encontram-se esgotados ou são de difícil acesso ao público. O livro reúne uma coletânea dos principais textos do filósofo sobre a questão das artes, tornando, assim, “sensíveis ao leitor algumas das proposições e dos axiomas mais inventivos de Derrida em um domínio, o da arte e da estética, que jamais foi por ele confinado na antiga delimitação das belas-artes, mas sempre apreendido, de pleno direito, como lugar movente de um pensamento”. O tradutor Marcelo Jacques de Moraes explica que o texto de Derrida “se constitui numa exploração constante da tensão entre a materialidade  da língua e seus efeitos de sentido”.

O livro oferece aos leitores artigos  produzidos ao longo de 25 anos (de 1979 a 2004). São testemunhos sobre o primado filosófico do visível na arte deslocados para questões de língua; textos e parcerias com artistas diversos ressaltando a singularidade do desenho e da pintura; artigos dedicados à fotografia, ao cinema e ao teatro, além de um texto, publicado dois meses    antes da sua morte, escancarando a sua complexa relação com a própria imagem.

Derrida, ao questionar a inteligibilidade da arte, inscreve as artes   e o visível no cerne da escrita e, dessa forma, leva às últimas consequências a idiomaticidade da arte, perguntando-se, por exemplo, em que língua se desenha:

            – Desenha-se sempre em uma língua e desenhar é sempre independente da língua?

A reflexão certamente explica o título da obra, que abarca estudos monográficos, conversas, conferências, enfim, um leque de textos ricos  e representativos, dois deles jamais publicados. Os editores recomendam a leitura de uma bibliografia e de uma filmografia, que fecham o volume, e que podem aquilatar e dimensionar o valor do filósofo para as artes. Pensar em não ver: escritos sobre a arte do visível será vendido a 32 reais até o final da feira.

 

Novidades da feira

A Feira de Livros da EdUFSC, funcionando de segunda à sexta-feira, das 8h30min às 19 horas, atraiu público permanente da comunidade universitária e recebeu leitores e livreiros da cidade, da região e do Estado.

Entre outras novidades, incluindo a renovação da coleção didática, chamaram atenção do público o relançamento de O detetive de Florianópolis, de Jair Hamms, Contos Gauchescos, de João Simões Lopes Neto, e O fantástico da Ilha de Santa Catarina, de Franklin Cascaes.

A feira, que termina no dia 25,  está disponibilizando 32 anos de produção da Editora da UFSC, mas, ao mesmo tempo, oferece títulos independentes, de outras editoras locais e obras selecionadas pela Liga das Editoras Universitárias (LEU), que abriga, entre outras, a USP, Unicamp, a UnB e a UFMG.

A Editora da UFSC também já assegurou espaço na 11ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), que acontece de 21 a 24 de novembro, quando a Universidade Federal de Santa Catarina divulga  tudo que faz em matéria de ciência, conhecimento e cultura com os recursos públicos que a população injeta na universidade.

Mais informações e contatos:

Sérgio Medeiros e Fernando Wolff
(48) – 3721-9605 , 3721-9408 , 3721-9686  e  3721-8507
e-mails: fernando@editora.ufsc.br
sergio@editora.ufsc.br

Download: imagem da capa em alta resolução.

Moacir Loth / Jornalista da Agecom / UFSC
loth@editora.ufsc.br

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John Cage na Feira de Livros da EdUFSC e na Igrejinha

02/10/2012 17:55

Depois do relançamento de “O detetive de Florianópolis” de Jair Francisco Hamms, prestigiado pela presença da viúva Lúcia Rupp, a Feira de Livros da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) lança nesta quarta-feira, 3 de outubro, a partir das 16h30min,  o livro Cage e a poética do silêncio (Letras Contemporâneas) de Alberto Heller.

Além de Heller, confirmaram presença, na tenda montada em frente à Reitoria, Grace Torres e Lilian Nakahodo, que autografarão o CD “Preparado em Curitiba: Sonatos e Interlúdios para Piano Preparado”, gravado em comemoração ao centenário do compositor, poeta, escritor e teórico musical norte-americano John Cage. Após o lançamento do livro e do CD haverá um concerto de piano preparado na Igrejinha da UFSC, às 19 horas, com Torres e Nakahodo. A entrada é franca.

Organizada anualmente pela EdUFSC no Campus da Trindade, em Florianópolis, a feira oferece aos leitores da Comunidade Universitária e ao público em geral obras com descontos de 50 a 70%. A promoção contempla todos os títulos editados ao longa de 32 anos de atuação da editora universitária, incluindo os lançamentos e reedições.

O livro de Alberto Heller, que será lançado nesta quarta-feira, trata da vida e obra de um dos maiores experimentadores e inventivos compositores do mundo. John Cage, com a sua música aleatória, foi um vanguardista que influenciou a vida artística do século XX. Dos seus experimentos, um dos mais conhecidos é uma peça para piano intitulada 4’33 (quatro minutos e 33 segundos), composta basicamente por pausas. “Não é uma música composta apenas de silêncio, mas formada pelos seus ambientes dentro do teatro”, explicou o próprio Cage. Ou seja, em síntese, resumia-se a ritmo.

Grace Torres e Lilian Nakahodo, que lançarão o CD em homenagem a Cage, explicam que gravaram “Sonatas e Interlúdios” porque esta obra, escrita no imediato pós-guerra mundial, é um marco na trajetória do compositor e uma das obras mais representativas do repertório de concerto”. Talvez seja, acrescenta Grace em entrevista ao diretor da EdUFSC, Sérgio Medeiros, a composição que “mais revolucionou o próprio conceito de composição para piano na música do século XX”.

Segundo Grace Torres, John Cage criou a preparação do piano segundo critérios sonoros bem definidos. “Produziu até uma espécie de bula de preparação”, lembrou. É um processo cheio de detalhes que exige atenção contínua. “Após a preparação, precisamos experimentar o piano tocando algumas peças para avaliar a sonoridade obtida”.

A obra de John Cage já foi apresentada em várias cidades do Brasil. Grace Torres e Lilian Nakahodo ficaram impressionados com o desconhecimento do público e dos artistas em relação à importância da obra do compositor. Mas se dizem felizes pela repercussão. “As pessoas têm gostado demais. Após o concerto, muitas pessoas vêm falar conosco no palco, perguntam muitas coisas, chegam perto do piano, compram o CD para ouvir em casa”. Estão felizes com o “Projeto John Cage – Preparado em Curitiba” que vem popularizando a obra do revolucionário compositor no Brasil.

A EdUFSC está relançando o clássico da literatura sulista Contos gauchescos, de Simões Lopes Neto, organizado por Cláudio Cruz. A reedição marca o centenário da primeira edição, em 1912. A editora também está homenageando a cultura açoriana. Com apresentação e prefácio do museólogo Gelci José Coelho (o Peninha), a EdUFSC publica, num volume único, O fantástico da Ilha de Santa Catarina, de Franklin Cascaes. As duas obras integram a coleção Repertório da EdUFSC, dirigida à divulgação de clássicos de arte e do pensamento.

Além disso, o diretor Sérgio Medeiros anuncia a tradução de mais um clássico da literatura universal: Pensar em não ver: escritos sobre a arte do visível, de Jacques Derrida. Será a primeira edição mundial desse livro póstumo de um dos principais filósofos franceses de todos os tempos. A iniciativa reforça a política da EdUFSC de publicar “livros para ler o mundo”, sem abandonar  ou desmerecer as demais coleções que abarcam a literatura local, regional e nacional, bem como a produção científica, tecnológica, cultural e cunho didático.

Mais informações e contatos:

Sérgio Medeiros e Fernando Wolff

(48) – 3721-9605, 3721-9408 , 3721-9686  e  3721-8507

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Por Moacir Loth/jornalista na Agecom

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Começa a tradicional feira de livros da Editora da UFSC

25/09/2012 08:24

A feira funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 19h. Às quartas vai até às 20h30

À primeira vista, pelo movimento, pela quantidade, diversidade e preço acessível, pode parecer um sacolão. Mas a qualidade dos títulos elimina as dúvidas. Começou nesta segunda-feira, dia 24, às 8h30, na Praça da Cidadania (em frente à Reitoria), campus de Florianópolis, a tradicional Feira do Livro da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC). Oferecendo descontos de 50% a 70%, a editora universitária coloca à disposição dos leitores o seu acervo acumulado em 32 anos de atuação, incluindo os lançamentos e relançamentos. A feira funciona de segunda a sexta-feira, abrindo às 8h30 e fechando às 19h, com exceção de quarta-feira, quando vai até às 20h30 em função das sessões de autógrafo e bate-papo com autores e convidados.

A grande estrela desta feira, segundo assinala o diretor da EdUFSC, Sérgio Medeiros, é o relançamento no dia 26, às 16h30, do clássico “O detetive de Florianópolis”, de Jair Francisco Hamms. A homenagem contará com a presença da viúva Lúcia Rupp Hamms. Jair faleceu no início deste ano e deixou, entre outros, os livros “A cabra azul”, “O vendedor da maravilhas” e “Samba no céu”. “O detetive de Florianópolis” já está à venda na feira.

A EdUFSC, além de títulos locais, regionais e nacionais, vem traduzindo e editorando clássicos da literatura universal. “São obras fundamentais e de grandes autores”, lembra Sérgio Medeiros.

Dia 26, quarta-feira, às 16h30, acontece o relançamento do clássico “O detetive de Florianópolis”, de Jair Hamms

O evento reserva ainda um espaço especial para a Liga das Editoras Universitárias (LEU). “É quase uma feira dentro da feira”, esclarece Fernando Wolff, chefe da divisão administrativa da EdUFSC. São obras publicadas pela editoras da USP, UFMG, UnB, Unicamp, entre outras.

Entre as atrações da feira, a organização destaca o lançamento do livro “Cage e a poética do silêncio” (Letras Contemporâneas), de Alberto Heller. A sessão de autógrafos, dia 3 de outubro, às 16h30, contará também com a presença de Grace Torres e Lílian Nakahodo, que apresentarão o CD em comemoração ao centenário do compositor e poeta norte-americano John Cage.

Mais informações e contatos:
Sérgio Medeiros e Fernando Wolff
Fones (48) 3721-9605, 3721-9686 e 3721-8507
E-mails fernando@editora.ufscbr e sergio@editora.ufsc.br

Moacir Loth / Jornalista da Agecom / UFSC
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Fotos: Wagner Behr / Agecom / UFSC

Assista à reportagem da  Universidade Já/ TV UFSC sobre a Feira

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Escultura Negra é novidade brasileira na Bienal Internacional do Livro

20/08/2012 08:24

A obra integra a Coleção Visuais e é apoiada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC

A Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) está apresentando na 22ª  Bienal Internacional do Livro de São Paulo uma obra fundamental no campo da crítica de arte: Negerplastik (Escultura Negra), do alemão Carl Einstein, cuja obra, segundo Liliane Meffre, da Universidade de Bourgogne (França), “permanece mais atual do que nunca”. A obra integra a Coleção Visuais e é apoiada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC (PRPG). A bienal acontece até o dia 19 deste mês no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Publicado pela primeira vez em 1915, Negerplastik revoluciona a visão sobre a arte africana e desperta nos europeus o interesse e a valorização do patrimônio artístico daquele continente.
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Feira de Livros da UFSC vai até 4 de abril

20/03/2012 09:28

Grande mostra de livros com 30 a 70% de desconto terá 21 lançamentos. Os autores Alckmar dos Santos, RosvithaBlume, MarkusWeininger, Silveira de Souza e Lincoln Frias são os próximos convidados da Tarde de Encontro com Leitores, sempre às quartas-feiras, a partir das 17 horas.

Poesia, conto, romance, filosofia, bioética, história, sociologia e literatura, além de obras didáticas de engenharia, física e matemática estão entre os 21 lançamentos programados para a Feira de Livros da Editora UFSC, que entrou na sua terceira semana com um público diário de duas mil pessoas. Aberta ao público, a mostra começou na segunda-feira (5), marcando a volta às aulas na UFSC efunciona de segunda a sexta, das 8:30 às 19 horas, com extensão do horário nas quartas-feiras até as 20h30min. Até o dia 4 de abril, em uma grande tenda coberta na Praça da Cidadania, a Editora está expondo com até 70% de desconto 1.800 títulos e cerca de 20 mil exemplares, entre lançamentos do seu catálogo, das instituições livreiras que integram a Liga de Editoras Universitárias e de outras editoras reconhecidas no mercado.
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Rodrigo de Haro e Pedro Garcia farão noite de poesia nesta quinta-feira

13/03/2012 10:22

Rodrigo de Haro

Santo Antônio de Lisboa tem recital na quinta-feira, dia 15, às 20h, com lançamento das últimas obras de Rodrigo de Haro e Pedro Garcia. Na quarta, Rodrigo conversa com leitores na Feira de Livros da Editora da UFSC .

Festa, luto, folia, melodramas. Arcabouços. Da matéria da tragédia e da celebração se faz a arte desses dois grandes poetas, amigos de longa data, Rodrigo de Haro e Pedro Garcia. Juntos, eles lançam às 20h do dia 15 de março, no Espaço Coisas de Maria João, em Santo Antônio de Lisboa, suas duas últimas obras poéticas. O multiartista catarinense lança o livro-embalangem Poemas, que contém as obras: “Folias do Ornitorrinco” e “Espelho dos Melodramas”, em uma única edição pela Editora UFSC. Já o poeta carioca Pedro Garcia, que em 2000 teve reeditado seu primeiro livro, Viagem Norte, com serigrafia de Rodrigo de Haro, lança em Florianópolis pela Ibis Libris Arcabouços 2007. Antes, na quarta-feira, dia 14, a partir das 17h, Rodrigo estará na Feira de Livros da Editora da UFSC, na Praça da Cidadania, para uma conversa com o público na Tenda dos Autores.

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Aulas recomeçam na UFSC com uma superfeira de livros

24/02/2012 11:43

De 5 de março a 4 de abril, a Editora UFSC vai expor 1.800 grandes títulos com até 70% de desconto. Ecos no porão 2, de Silveira de Souza, que faz parte da seleção do Vestibular 2013, será vendido a R$ 15,00.

A realização da Feira de Livros da Editora UFSC marca a volta às aulas em Florianópolis. De 5 de março a 4 de abril, em uma grande tenda coberta na Praça da Cidadania, a Editora vai expor com até 70% de desconto 1.800 títulos e cerca de 20 mil exemplares, entre lançamentos do seu catálogo, das instituições livreiras que integram a Liga de Editoras Universitárias e de outras empresas nacionais reconhecidas. Poesia, conto, romance, filosofia, bioética, história, sociologia e literatura, além de obras didáticas na área de engenharia, física e matemática, estão entre os 21 lançamentos programados para a mostra.

Novos livros serão lançados na presença de escritores, como Silveira de Souza, autor da coletânea de contos *Ecos no Porão II*, que faz parte da lista do Vestibular 2013 da UFSC, e Leonilda Antunes Pereira, líder dos trabalhadores rurais e autora do livro de poemas *Gralha azul; nas asas da esperança*. Nesta edição da feira, os autores terão uma tenda especial para autografar e conversar com os leitores. A mostra vai funcionar de segunda a sexta, das 8:30 às 19 horas, com extensão do horário nas quartas-feiras até as 20h30min. 

Além de lançar a segunda edição de Ecos no Porão II, a editora vai oferecer com descontos obras que tiveram grande repercussão no ano passado, como *Homo academicus*, do sociólogo francês Pierre Bourdieu, e a caixa *Poemas*, de

Rodrigo de Haro, com os volumes “Folias do Ornitorrinco” e “Espelho dos Melodramas”. *Ao que Minha vida veio*, de Alckmar dos Santos, vencedor do Concurso Romance Salim Miguel; e ainda *Ligação direta*, livro inédito do filósofo italiano Mario Perniola sobre as relações entre estética e política também se destacam na mostra.

A EdUFSC preparou outros lançamentos inéditos especialmente para a feira, como *O Espelho da América: de Thomas More a Jorge Luis Borges*, de Rafael Ruiz, que desbrava a história da primeira modernidade da América através da literatura clássica e *Filosofia da Tecnologia*, de Alberto Cupani. Estão na lista dos novos livros também *Ongs e políticas neoliberais no Brasil*, de Joana Aparecida Coutinho, *Bioética*, do filósofo José Heck e *Percursos em teoria da Gramática*, de Roberta Pires de Oliveira e Carlos Mioto.

Os livros *Seis décadas de poesia alemã*, organizado por Rositha Blume e Markus Weininger; *O liberalismo de Ralf Dahrendorf*, de Antônio Carlos Dias Júnior, e o aguardado *A ética do uso e da seleção de embriões*, de Lincoln Frias (prêmio melhor tese de doutorado pela UFMG), sairão direto da gráfica para a feira. O editor Sérgio Medeiros terá uma reunião na primeira semana de março com a família de Glauber Rocha para ultimar a edição de *Riverão Sussuarana*, o grande romance do cineasta, co-editado com o Itaú Cultural, que também poderá ficar pronto para a feira, assim como *Códices,* do historiador e pesquisador mexicano Miguel León-Portilla, considerado o maior especialista em escritas ameríndias (maia e asteca) da atualidade.

Por Raquel Wandelli/Assessora de Comunicação da SeCArte

raquelwandelli@yaho.com.brmatheus.moreira.moraes@gmail.com

www.secarte.ufsc.br

Informações: (48) 3721-8729 e 9911-0524

SERVIÇO:

O QUÊ: Feira de livros da UFSC

QUANDO: 5 de março a 4 de abril

LOCAL: Praça da Cidadania da UFSC

FUNCIONAMENTO: segunda a sexta, das 8:30 às 19 horas (quartas-feiras até as 20h30min)

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Rodrigo de Haro e Pedro Garcia lançam obras em Santo Antônio de Lisboa

16/02/2012 16:56

Santo Antônio de Lisboa tem noite de poesia no dia 15 de março com lançamento das duas últimas obras de Rodrigo de Haro e Pedro Garcia

Festa, luto, folia, melodramas. Arcabouços. Da matéria da tragédia e da celebração se faz a arte desses dois grandes poetas, amigos de longa data, Rodrigo de Haro e Pedro Garcia. Juntos, eles lançam às 20 horas do dia 15 de março, no Espaço Coisas de Maria João, em Santo Antônio de Lisboa, suas duas últimas obras poéticas.

O multiartista catarinense lança o livro-embalagem Poemas, que contém as obras: “Folias do Ornitorrinco” e “Espelho dos Melodramas”, em uma única edição pela Editora UFSC. Já o poeta carioca Pedro Garcia, que em 2000 teve reeditado seu primeiro livro, Viagem Norte, com serigrafia de Rodrigo de Haro, lança em Florianópolis pela Ibis Libris Arcabouços 2007.

Nessa noite de poesia em dose dupla na também poética Santo Antônio, os dois autores que compartilharam momentos
históricos da cultura e da política brasileira dividirão agora o mesmo palco para a leitura de seus versos. O público poderá contemplar a maturidade, as semelhanças e as diferenças entre as duas obras: a de Rodrigo, mais grave, mais narrativa, mais enigmática, com versos que caminham ao ritmo de uma escrita do sagrado; a de Pedro, simples, direta, antibarroca, atravessada pelo humor e pelo imediatismo da fala cotidiana.

Os dois volumes de Rodrigo de Haro costuram a unidade antagônica representada pela imagem dessa espécie meio ovípara, meio mamífera que o autor homenageia no título e no poema “Ornitorrinco”. A figura do ornitorrinco bem representa esse poeta-pintor, filho do artista plástico modernista Martinho de Haro e de Maria Palma, uma dona de casa de notória sensibilidade. “Elaborado, como todos nós,
de partes antagônicas para maior triunfo da unidade”, o ornitorrico é, como escreve o poeta, “animal sonhador que fecunda e brota de si mesmo”. Nascido em 1939 em Paris, por peripécias do destino, Rodrigo foi o fruto da lua de mel parisiense dos pais, que aproveitavam uma viagem de estudos recebida como prêmio pelo famoso pintor.

Resgatado às pressas da maternidade quando os nazistas invadiram a França, o recém-nascido fugiu nos braços dos pais da capital mundial da arte e retornou para a instância da São Joaquim no planalto catarinense, a quem dedica com grande afeto suas melhores elaborações surrealistas em conto e poesia.  Sobre essa história, diz ainda o poema: “Celebremos as núpcias do ornitorrinco/ gentil e pertinaz. Brindemos/ a natura folgazã, que – /por incansável amor/ao paradoxo – cheia de/ recursos, concebeu/este jardim de todas as delícias/ com a torre inclinada e/o tarot de Marselha./– Mas sobretudo/criou o ornitorrinco solidário”.

Na dualidade entre o universal e o local, o sagrado e o profano, o clássico e o maldito, o político e o surreal se constrói o universo imagético desse delicado e erudito artista que deixou a escola ainda adolescente para construir sua formação. O paradoxo Rodrigo de Haro tem 14 livros publicados e pelo menos outros seis (de contos, poemas, novelas) manuscritos esperando edição. Sua marca como artista plástico – o único catarinense que consta nos catálogos internacionais como pintor e poeta surrealista – está em vários cantos de Florianópolis, onde se criou entre artistas e intelectuais e se confunde com a própria paisagem da Ilha. A mais notória está nas paredes externas do prédio da Reitoria da UFSC, onde construiu o maior mural em mosaico do país.

Pedro Garcia:

Poeta e educador, doutor em Antropologia Social do Museu Nacional da UFRJ e pesquisador do CNPq, Pedro Garcia leciona na Universidade Católica de Petrópolis. Ao recomendar a leitura de Arcabouços 2007, o psicanalista e crítico cultural Muniz Sodré escreve na apresentação da obra: “Pedro Garcia é alguém que nos convida a entrar no jogo secreto da linguagem, alguém que percebeu que as palavras podem ser mágicas e prazerosamente brincalhonas sem ambiguidade comprazendo-se em dizer em se acentuar na sua pura forma (…). Seu modo é musical e intenso, sim, desde que se entenda sua musicalidade como a do silêncio, este que, diz o aforismo nagô, dá à luz a fala. E a intensidade, no caso de Pedro Garcia, é a dinâmica de sua tensa atenção à articulação silenciosa das palavras”.

Autor de uma extensa e premiada obra, Garcia publicou seu primeiro livro, Viagem Norte, em 1959. Ilha submersa e Paisagem Móvel vieram no mesmo ano de 1973 (Prêmio Poesia UFSC). A respeito de Trapézio & Trapezista, publicado em 1977, o famoso poeta Pedro Nava escreveu: “Sua poesia correta, simples, antibarroca, direta e com a dose indispensável de humor é de criação imediata, no leitor, dum estado congênere ao do autor. Seus livros são destes para guardar entre os preferidos”.

Quase uma década depois publicou Frutos do mar; Sobre a carne do poema e Índice de percurso (Prêmio Luís Delfino), em 1986. A invenção do tempo veio em 1993; ano em que publicou também Escadas improváveis, sobre o qual o prêmio Nobel de Literatura, José Saramago, escreveu: “Obrigado mesmo. Obrigado pelo livro e pelo gozo de tê-lo lido. E não por serem as Escadas Improváveis uma página 39, mas porque todas as páginas são para ler e reler, como Penélope desfazia e tornava a fazer”.

Flechas & Flechas e 34 poemas dois pedros são de 1996; Sobre nomes, de 1998 e 360º (poesia reunida), de 2005, coletânea reeditada em 1997 pelo Consejo Nacional para la Cultura y las Artes, do México. Em 1999, participou do Projeto Fonte de Poesia/Poemas no mar, com o apoio da Unesco, Biblioteca Nacional e Light. Em 2009, organizou a agenda poética Tempo passageiro, da qual fez parte com mais 11 poetas.

 

Serviço:

NOITE DE POESIA EM SANTO ANTÔNIO DE LISBOA

Data: 15 de março de 2012

Hora: 20 horas

Local: Coisas de Maria João (Espaço cultural e restaurante)

Santo Antônio de Lisboa – Florianópolis (SC)

 

RODRIGO DE HARO – EDITORA UFSC
Poemas (caixa-livro)
“Folias do Ornitorrinco”
“Espelho dos Melodramas”

PEDRO GARCIA – EDITORA IBIS LIBRIS
Arcabouços 2007

 

Texto: Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC
Fones: (48) 3721-8729 e 9911-0524
raquelwandelli@yahoo.com.br
www.secarte.ufsc.br
www.agecom.ufsc.br

 

 

 

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Professor Alckmar Santos lança em sua terra natal livro vencedor do concurso Salim Miguel

03/02/2012 10:27

“Ao que minha vida veio” galopa até Silveiras

“E foi assim que, sem mais escorregar nada não e com bem menos de dificuldade, ele apegou-se um só instantinho àquele e último galho, antes de se despenhar de lá de cima e chegar no ao-chão a bordo de um baque seco cheio de ecos. Que tapa dado em cara de filho e queda de suicida nunca param de ecoar.”(trecho de Ao que minha vida veio, de  Alckmar Luiz dos Santos)

Tapa dado em cara de filho e queda de suicida nunca se desesquece, sobretudo quando assistidos por um futuro escritor. Ficam mesmo “atroando ainda depois de terem silenciado as carpideiras todas, e desaparecido tudo quanto é soluço fingido e não”, como diz a abertura do romance de Alckmar Luiz dos Santos. Vencedor do Concurso Romance Salim Miguel, promovido pela Editora UFSC no ano passado, Alckmar faz a cena de um adolescente de 17 anos caindo de um prédio de 12 andares que guardou na memória por muitos anos derivar e entrelaçar-se à aparição do cometa de Halley em 1954. O romance dá partida nos anos 30 e se desdobra em quatro décadas de alucinante narrativa, desfilando uma rede de paisagens e de personagens históricos e fictícios na saga do tropeiro Juca Capucho.

Depois do lançamento em Florianópolis e na capital paulista, obra e autor estão sendo recebidos em festa em Silveiras, no interior de São Paulo, terra natal do escritor e cenário dessa narrativa que entremeia lembranças de juventude no universo campeiro e história do Brasil em tempos de guerra e de esquadria da fumaça. O lançamento ocorrerá às 19h30min, na Terra dos Encantos. Radicado há 20 anos em Santa Catarina, onde é professor de Letras e Literatura da UFSC e coordena há 17 anos o Núcleo de Pesquisa em Informática Linguística e Literatura, maior banco digital de literatura do Brasil, o escritor carrega na sua criação o traço dos lugares geográficos e literários onde viveu.

Na reinvenção de uma sintaxe tropeira, na largueza e riqueza de vocabulário que lança o dicionário regionalista em uma linguagem e uma reflexão universalizante, salta aos olhos a influência da prosa de Guimarães Rosa, cuja obra Alckmar estudou no mestrado. A gramática ao mesmo tempo erudita e popular, o modo selvagem de enrilhar as frases e puxar os diálogos, trazendo para o registro escrito o ritmo e a musicalidade da fala tropeira, torna a leitura desafiante, mas sem freios. A estranheza de vocabulário não param a leitura, trôpega como um terreno montanhoso, mas veloz como um cavalo xucro.  Não é do tipo de romance que começa devagarzinho, para ir fisgando o leitor aos poucos. Ao que minha vida veio começa com o cavalo encilhado e dispara até o fim, antes que o leitor pense em saltar, montado na garupa de um narrador que busca descobrir na história de sua região suas próprias origens: o nome do pai e da mãe que lhe são escondidos.

Na busca de repostas para sua história pessoal, há o esforço de reconstrução de fatos da história do Brasil. “Por exemplo, há uma passagem do cometa Halley, contada pelo meu avô, que ficou muito espantado ao ver voar aquela bolona com rabo no céu.” Esse evento individual se emaranha a casos importantes para a região, como a revolução de 1932, quanto Silveiras foi bombardeada por aviões cariocas das forças federais,  chamados de vermelhinhos pelos habitantes. “É história que ouço ainda hoje de minha mãe. Ninguém conhecia avião, mas todos sabiam que dele se jogavam bombas”. A história adentra a Segunda Guerra Mundial, quando o personagem desiludido, vai, como voluntário da FEB, lutar na Itália e se entremeia com memórias da infância do autor sobre pessoas que perderam amigos na guerra ou de jovens que regressaram loucos.  O romance passa pelo  suicídio de Getúlio, em 54, e segue sempre cruzando a história miúda com a história grande, uma forma, segundo o responsável por essa obra de alquimia, de dizer que uma é tão importante quanto a outra.

Sobre o autor
Alckmar Santos é professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde coordena o Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística (NUPILL). Foi pesquisador convidado na Université Paris 3 – Sorbonne Nouvelle (2000-2001) e na Universidad Complutense de Madrid (2009-2010). É também poeta, romancista e ensaísta. Autor dos livros Leituras de nós: ciberespaço e literatura, Dos desconcertos da vida filosoficamente considerada (ensaio e poemas, respectivamente Prêmio Transmídia – Instituto Itaú Cultural), Rios imprestáveis (poemas, Prêmio Redescoberta da Literatura Brasileira da revista Cult).

Sobre o livro
Romance  – Ao que minha vida veio…
Autor: Alckmar Santos
Editora UFSC
Páginas: 202
Preço: R$ 29,00

Lançamento
Data: dia 3 de fevereiro de 2011.
Hora: 19h30min
Local: Terra dos Encantos, em Silveiras (São Paulo)
Contatos do autor:
E-mail: alckmar@cce.ufsc.br

Textos: Raquel Wandelli
Jornalista – SeCArte – UFSC
Fones: (48) 3721-8729/8910 e 9911-0524
www.secarte.ufsc.br

 

Tags: Concurso Salim MiguelEditora da UFSCSeCArteUFSC

Lançamentos da Editora UFSC com desconto até sexta na 26ª Feira do Livro

21/12/2011 19:10
O estande da Editora funciona todos os dias, das 9 às 21 horas, oferecendo descontos de até 50% para livros como Ao que minha vida veio, Bioética e Últimos Sonetos.

Estudantes, pesquisadores e amantes da leitura têm até sexta, 23/12, para aproveitar os descontos da Editora UFSC na 26ª Feira do Livro de Florianópolis. Autores catarinenses, como Cruz e Souza e Rodrigo de Haro, ao lado dos lançamentos de autores internacionais deste final de ano, como Pierre Bourdieu e Mário Perniola, são os mais procurados até agora. A editora levou para o seu estande na feira um total de duzentos títulos, com promoções que chegam a 50% de desconto.

O livro Homo Academicus, recém-lançado pela editora, reflete sobre a violência do poder simbólico do “universo universitário” na visão do sociólogo francês Pierre Bourdieu. Reconhecida pela densidade e coerência de seu pensamento, a obra Homo Academicus é leitura obrigatória para compreender os mecanismos pelos quais as instituições culturais e políticas operam.

Alckmar Luiz dos Santos, na obra Ao que minha vida veio…, relata a busca do narrador por sua própria identidade, a reconstituição da sua trajetória e a descoberta de quem são seus pais. Uma característica marcante é a linguagem utilizada na obra, que evoca a oralidade dos contadores de causos do interior.

O livro-embalagem “Poemas”, dividido em duas partes: Espelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco, ambos inéditos, escritos pelo poeta e artista plástico catarinense Rodrigo de Haro é, na avaliação do editor Sérgio Medeiros, uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira.

Foi com Últimos sonetos, volume publicado postumamente em 1905, que João da Cruz e Souza se consolidou em meio à comunidade letrada como um dos fundadores da moderna poesia brasileira. Este é um dos títulos que a Editora UFSC traz, com 50% de desconto, para a 26ª Feira de Livros.

A Editora UFSC realizará  uma nova grande feira no campus universitário, na volta às aulas.

Informações: 3721-8729.

Por Matheus Moreira Moraes / Bolsista de Jornalismo na SeCArte

matheus.moreira.moraes@gmail.com – www.secarte.ufsc.br – www.ufsc.br

 

Divulgação:

Raquel Wandelli

Jornalista da UFSC na SeCArte

raquelwandelli@yahoo.com.br

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Editora da UFSC lança obras inéditas de Rodrigo de Haro

19/12/2011 14:36

Esqueça-se a Teia.
Observe-se a aranha,
suas pernas concêntricas
de estrela. A vetustez
enorme da surda
aranha na parede.

Esqueça-se a vã
literatura que a
persegue com patas
ligeiras. Traz muita
fortuna a filha
de Saturno.

(Rodrigo de Haro, “Inseto”, de Folias do Ornitorrinco)

.Aos 72 anos, Rodrigo Antônio de Haro trabalha com paixão e afinco entre a palavra e a imagem. Empoleirado desde cedo em um andaime de alumínio no atelier de sua casa na Lagoa da Conceição, o multiartista executa uma grande tela de quatro metros quadrados para o altar-mor de uma Igreja em Curitiba depois de ter entrado a madrugada revisando os originais de seus dois novos livros de poesia. E assim o artista sai do cavalete e volta para a escrivaninha, criando, criando… “Dizem que nunca o artista é inteiramente humano”, bem fala o próprio Rodrigo no poema “Invenção do olfato”. O verso integra os dois volumes inéditos de poemas que o artista lança pela Editora UFSC no dia 20 de dezembro, às 19h30min, na Fundação Cultural Badesc, na rua Visconde de Ouro Preto, em uma noite de festa para a arte e a literatura.

Espelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco integram uma única e primorosa edição, embalados como um presente para o público desta fase de jorro criativo de Rodrigo -, que tem mais cinco livros na gaveta. São obras manuscritas em folhas de papel amarelo onde o autor desenha e lapida poemas, contos, novelas, ensaios, que vão compor cadernos ilustrados com desenhos, envoltos na beleza e raridade de um pergaminho. Além da compreensão cada vez mais plural e aberta da vida e da arte, o peso dos anos só deu mais urgência a esse monge da arte, consagrado além das fronteiras do estado e do país pela palavra, pela pintura e pela erudição. Com o “álbum duplo” de poesia, a Editora UFSC encerra um ano de grandes lançamentos e comemora o aniversário de 51 anos da universidade.

O menino artista de São Joaquim deixou a escola aos 16 anos para formar-se por conta própria aproveitando os estímulos dos pais, sempre mergulhados no mundo da sensibilidade e do conhecimento. Difícil encontrar uma expressão artística que ele não tenha experimentado: roteiro para cinema, novela, conto, poesia, aquarela, mosaico, pintura — até adaptações de literatura para rádio-novela ele fez. Integrante transgressor do grupo Litoral que atuou em Santa Catarina no final dos anos 50 e do grupo de poetas (Roberto Piva, Cláudio Viller, Antônio Fernandes Franceschi) que consolidou o surrealismo no Brasil a partir dos anos 60 e se confrontou com a Ditadura Militar. Como uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira, na avaliação do Editor Sérgio Medeiros, seus poemas guardam uma musicalidade poética serena e trágica ao mesmo tempo: “Primeiro amar os dados,/tutores das moradas. Sempre/com malícia atirá-los/sobre a mesa sem ocupar-se/de outras faces – Onde vais?/ Agito o copo,/atiro as pedras./Tantos tactos sono- /rosos trato – dados por/vertigem lado a lado./Furtar sem felonia,/abrir última porta.” (Folias do Ornitorrinco)

Retornando eternamente ao lar e ao mistério sagrado da vida, o filho do pintor Martinho de Haro e de Maria Palma, produz sua arte de uma concepção sempre transversal sobre os seres e as coisas. O maldito e o sublime, o sagrado e o profano compõem uma única dimensão do presente, que busca sua força ontológica na tradição. Nesse tempo anacrônico do poeta, a ousadia estética se alicerça no legado clássico. “Sim, abre as janelas, as janelas cegas./Deixa cair a chuva misturada ao vinho/sabático da Beladona. Espia. Ouve/os fatigados rios do mundo e saúda/Dona Urraca, a intrépida, girando/a chave do abismo”. (Espelhos do Melodrama).

Conforme rezam as escrituras sobre a cena bíblica, onde o apóstolo S. Pedro recebe de Cristo as chaves da Igreja, a mesma cena que inspirou artistas célebres como Velásquez: “…com estas chaves aquilo que ligares na Terra, será ligado nos céus; aquilo que desligares na Terra será desligado nos céus…”. Enquanto dá ao ramo de oliveira a última pincelada, Rodrigo fala sobre sua obra poética:

1. Que motivações éticas e estéticas têm movido a sua poesia?
Rodrigo de Haro: Todo poeta almeja cativar a matéria, dominar, fazer cantar a energia adormecida nas coisas. Precipitar a metamorfose das coisas é missão do poeta, conferir asas ao inanimado. A poesia, disse Balthazar Gracian, consiste em preservar o espanto: – o caderno alado que voa…

2. Como um multiartista, você desafia a manifestação mais recorrente entre os criadores, que é dominar bem apenas uma ou no máximo duas modalidades literárias e mesmo artísticas. E você transita pela poesia, conto, ensaio, novela e também por várias expressões das artes plásticas. Como é esse trânsito da literatura para as artes plásticas?
Rodrigo de Haro: Não acho que desafie. Acontece simplesmente que o mundo é um laboratório mágico, uma gruta de ressonâncias e apelos, onde se entremostram tentações e miragens. Nada é impossível para esta arte combinatória – a poesia – capaz de acordar (sim…) os mortos. Literatura, conto, ensaio e novela? É tudo poesia, se for de – fato coisa real.

Sim, sou também pintor – logo desenhista. Apenas pintor e desenhista.  Às vezes me aventuro no conto, é verdade. Tenho mesmo participado de algumas antologias até fora do País. O som, a palavra, começa na alma. Pois só a poesia é familiar do sagrado.

3. Que autores têm mais inspirado sua obra poética?
Rodrigo de Haro:  Acima das divergências (só aparentes) está a unidade da inspiração e da busca. Na verdade ouso me aproximar de uma ilustre família, aquela de Michelangelo, Blake que se manifestaram no desenho e na pintura e na escrita e na pintura e tantos outros. A criação desconhece fidelidade partidária. O preconceito difuso (que de fato existe) contra a multiplicidade é uma inovação recente, desconhecida na China e no Japão, por exemplo. Utamaro sentia-se tanto poeta quanto aquarelista. E gostaria de reconhecer minha dívida com Rilke e o poeta expressionista alemão Georg Trackl e o grande G. Sarcer de la Cruz.

4. O sagrado sempre esteve presente na sua pintura e na sua obra literária, mas você também é normalmente discutido em relação aos poetas malditos. Como você vê essa relação entre o sagrado e o profano – ou maldito – no seu trabalho poético?
Rodrigo de Haro:  Malditos? Quem são? Maldito é título de nobreza, é ser politicamente incorreto? É possível. No mundo midiático, mecânico, em que vivemos é uma grande honra: Dante, Villon, os místicos, foram malditos também em seus dias, não é verdade?

5. O mito, o sagrado, o inumano, a tradição, a memória… De uma certa forma esses elementos são sempre recorrentes na sua poesia… Você acredita que eles ainda ajudam a compreender o mundo hoje?
Rodrigo de Haro:  A verdadeira poesia aproxima-se demais do ominoso para não provocar arrepios em alguns momentos. “Aqueles que levantam o véu….”. O sagrado, que nos ultrapassa está na essência da ordenação poética. Meu trabalho é aquilo que é. Sou apenas o servidor de uma força maior que, de um modo ou de outro, com esforço e trabalho tento dominar, ordenar, logo que sou tomado por esta visitação dos espaços exteriores ao pragmatismo. A pulsação do sangue, a respiração e a dança são parte integrante das forças ativas da memória e da nostalgia operante. A poesia solicita liturgia, algo que o surrealismo intuiu (e também explorou) com bastante inteligência. Breton-Hudini, por exemplo, foi um agente muito perspicaz…

6. E sua obra poética e pictórica é também sempre classificada ao lado do grupo de poetas surrealistas, com quem de fato você escreveu uma trajetória. Você se identifica com esse rótulo?
Rodrigo de Haro: Sou irredutível a grupos, exceto socialmente. As escolas são sempre provisórias e o surrealismo me parece como estética ter perdido a inocência: Frida Kahlo, por exemplo, riu-se do movimento quando em Paris. Sua realidade, o seu entorno, o México coberto de caveiras de Jaguar em obsidiana, colocou o surrealismo. Dentro de medidas bastante discretas. O fantástico de Buñuel é sempre maior quando ele se afasta do surrealismo. Viridiana, Nazarin, Los olvidados. Mas… naturalmente agrada-me o discurso surrealista.

7. O mito, o sagrado, o inumano, a tradição, a memória… Esses elementos estão sempre gerando sua poesia e sendo gerados por ela… Você acredita que essas dimensões clássicas ainda ajudam a compreender a vida no mundo em que vivemos?
Rodrigo de Haro: Sim, uma certa tradição hermética me fecunda. Acredito que os valores do sagrado e só eles poderão salvar o mundo. Este mundo em que vivemos.  É preciso reencantar o mundo através do apelo ao silêncio e também a outros ritmos compatíveis com a expansão do ser. O ético e o social devem expandir-se sem coerção, sem decretos, mas segundo o desabrochar da consciência de cada homem: pois todos sabemos de nossos deveres, todos podemos comunicar da mesma alegria. Basta abrir a porta.

 8. Vejo que sua obra é povoada por esposas vegetais, animais contemporâneos ou míticos, seres heterogêneos. Nos originais do livro Folias do Ornitorrinco que estão no prelo da Editora da UFSC, vi alguns versos que evocam o caráter trans-humano da arte, como em “Invenção do olfato: “Dizem que nunca o artista é inteiramente humano/ seu rosto modelado por visível piedade/ Fala também com os répteis do lobo e sonha”. O filósofo francês François Lyotard cita em O inumano uma frase de Apollinaire segundo a qual “a Arte mantém-se fiel aos homens unicamente por sua inumanidade para com eles”. O que você pensa dessa relação entre a arte e o não humano?
Rodrigo de Haro: Devemos acreditar na comunhão dos seres, das coisas. O olhar da criança é um olhar cúmplice dos anjos, logo fala com as coisas e os bichos. “O olho da flor da arnica amarela à minha porta, piscou-me esta manhã. Toda poesia de verdade será trans-humana por definição, pois cabe a ela restabelecer uma corrente rompida na queda, o antigo elo solidário entre as coisas e as criaturas.

9. Espelho dos Melodramas e Folias do ornitorrinco: como se pode falar dessas obras que você lançar pela Editora da UFSC?
Rodrigo de Haro:
E esses dois volumes de poesia acompanham Voz, Idílios vagabundos e Lanterna mágica, outros inéditos que produzi nos últimos tempos, neste voluntário recolhimento do Morro do Assopro. O primeiro deles representa minha adesão ao campo lírico, ao drama – pois trata (por vezes) do excesso, dos movimentos violentos ou dolorosos do espírito, mas com humor. Já Folias do Ornitorrinco obedece a um caráter sintético. São dois livros diferentes, mas compostos pelo mesmo homem. Estão próximos.

10.Quais são os grandes autores da literatura brasileira e qual a melhor contribuição que deram, no seu ponto de vista, à renovação literária?
Rodrigo de Haro: Guimarães Rosa, Lúcio Cardoso.

 11.   Na convivência com o multiartista Rodrigo de Haro, percebe-se que estamos diante de um homem de 72 anos com uma rotina de trabalho diria até rigorosa, obstinada. Como é essa rotina e o que o move dessa forma ao trabalho artístico? Você se sente tomado por um sentimento de urgência de criação?
Rodrigo de Haro: Trabalho artístico ou simplesmente trabalho… Com o tempo, estabelecida a rotina, torna-se impossível fugir a ela. O trabalho de um atelier-escritório é riquíssimo. É tudo a fazer o tempo todo. Os quadros te arrastam para o cavalete, os cadernos sussurram nos ouvidos. Impossível aproximar-se do material sem ser de novo absorvido pelo visgo da invenção, do retoque, de alguma nova sugestão.

12. Que outros projetos ainda estão saindo do atelier multiartístico de Rodrigo de Haro? A propósito, qual a importância do ambiente de trabalho no seu processo de criação?
Rodrigo de Haro: Sempre são muitos os projetos, pois o hábito contínuo da reflexão se resolve em sonhos de realização urgentíssimos. Nada é mais importante do que sonhar para materializar.

Texto e entrevista a Raquel Wandelli

Lançamento: Livro-embalagem “Poemas”

(Folias do Ornitorrinco e Espelho dos Melodramas)

Autor: Rodrigo de Haro
Editora UFSC
Quando: 20 de dezembro, às 19h30min
Onde: Fundação Cultural Badesc
Entrada aberta ao público

Texto: Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC – Fones: 37218729 e 99110524 – raquelwandelli@yahoo.com.br – www.secarte.ufsc.br – www.agecom.ufsc.br

 

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Rodrigo de Haro lança Poemas pela Editora da UFSC

12/12/2011 14:53

Esqueça-se a Teia.

Observe-se a aranha,

suas pernas concêntricas

de estrela. A vetustez

enorme da surda

aranha na parede.

Esqueça-se a vã

literatura que a per-

segue com patas

ligeiras. Traz muita

fortuna a filha

de Saturno.

(Rodrigo de Haro, “Inseto”, de Folias do Ornitorrinco)

 Aos 72 anos, Rodrigo Antônio de Haro trabalha com paixão e afinco entre a palavra e a imagem. Empoleirado desde cedo em um andaime de alumínio no atelier de sua casa na Lagoa da Conceição, o multiartista executa uma grande tela de quatro metros quadrados para o altar-mor de uma Igreja em Curitiba depois de ter entrado a madrugada revisando os originais de seus dois novos livros de poesia. E assim o artista sai do cavalete e volta para a escrivaninha, criando, criando… “Dizem que nunca o artista é inteiramente humano”, bem fala o próprio Rodrigo no poema Invenção do olfato”. O verso integra os dois volumes inéditos do conjunto “Poemas” que o artista lança pela Editora UFSC no dia 20 de dezembro, às 19h30min, na Fundação Cultural Badesc, na rua Visconde de Ouro Preto, em uma noite de festa para a arte e a literatura.

Espelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco integram uma única e primorosa edição, embalados como um presente para o público desta fase de jorro criativo de Rodrigo -, que tem mais cinco livros na gaveta. São obras manuscritas em folhas de papel amarelo onde o autor desenha e lapida poemas, contos, novelas, ensaios, que vão compor cadernos ilustrados por gravuras, envoltos na beleza e raridade de um pergaminho. Além da compreensão cada vez mais plural e aberta da vida e da arte, o peso dos anos só deu mais urgência a esse monge da arte, consagrado além das fronteiras do estado e do país pela palavra, pela pintura e pela erudição. Com o “álbum duplo” de poesia, a Editora UFSC encerra um ano de grandes lançamentos e comemora o aniversário de 51 anos da universidade.

O menino artista de São Joaquim deixou a escola aos 16 anos para formar-se por conta própria aproveitando os estímulos de casa, onde os pais, artistas e intelectuais, estavam sempre mergulhados no mundo da sensibilidade e do conhecimento. Difícil encontrar uma expressão artística que ele não tenha experimentado: roteiro para cinema, dramaturgia, novela, conto, poesia, aquarela, mosaico, pintura — até ator de rádio-novela ele foi. Integrante transgressor do grupo sulista que trouxe o modernismo para Santa Catarina na década de 40 e do grupo de poetas (Roberto Piva, Cláudio Viller) que consolidou o surrealismo no Brasil a partir dos anos 60, Rodrigo bateu de frente com a Ditadura Militar. Como uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira, na avaliação do Editor Sérgio Medeiros, seus poemas guardam uma musicalidade poética serena e trágica ao mesmo tempo: “Primeiro amar os dados,/tutores das moradas. Sempre/com malícia atirá-los/sobre a mesa sem ocupar-se/de outras faces – Onde vais?/ Agito o copo,/atiro as pedras./Tantos tactos sono- /rosos trato – dados por/vertigem lado a lado./Furtar sem felonia,/abrir última porta.” (Folias do Ornitorrinco)

Retornando eternamente ao lar e ao mistério sagrado da vida, o filho do pintor Martinho de Haro produz sua arte de uma concepção nada linear, nada dicotômica sobre os seres e as coisas. O maldito e o sublime, o sagrado e o profano compõem uma única dimensão do presente, que busca sua força ontológica na tradição. Nesse tempo anacrônico do poeta, a ousadia estética se alicerça no legado clássico. “Sim, abre as janelas, as janelas cegas./Deixa cair a chuva misturada ao vinho/sabático da Beladona. Espia. Ouve/os fatigados rios do mundo e saúda/Dona Urraca, a intrépida, girando/a chave do abismo”. (Espelhos do Melodrama).

Conforme rezam as escrituras sobre a cena bíblica, onde o apóstolo S. Pedro recebe de Cristo as chaves da Igreja, a mesma cena que inspirou artistas célebres como Velásquez: “…com estas chaves aquilo que ligares na Terra, será ligado nos céus; aquilo que desligares na Terra será desligado nos céus…”. Enquanto dá ao ramo de oliveira a última pincelada, Rodrigo fala sobre sua obra poética:

  1. 1.       Que motivações éticas e estéticas têm movido a sua poesia?

Rodrigo de Haro: Todo poeta almeja cativar a matéria, dominar, fazer cantar a energia adormecida nas coisas. Precipitar a metamorfose das coisas é missão do poeta, conferir asas ao inanimado. A poesia, disse Balthazar Gracian, consiste em preservar o espanto: – o caderno alado que voa…

2.       Como um multiartista, você desafia a manifestação mais recorrente entre os criadores, que é dominar bem apenas uma ou no máximo duas modalidades literárias e mesmo artística. E você transita pela poesia, conto, ensaio, novela e também por várias expressões das artes plásticas. Como é esse trânsito da literatura para as artes plásticas?

 Rodrigo de Haro: Não acho que desafie. Acontece simplesmente que o mundo é um laboratório mágico, uma gruta de ressonâncias e apelos, onde se entremostram tentações e miragens. Nada é impossível para esta arte combinatória – a poesia – capaz de acordar (sim…) os mortos. Literatura, conto, ensaio e novela? É tudo poesia, se for de – fato coisa real.

Sim, sou também pintor – logo desenhista. Apenas pintor e desenhista.  Às vezes me aventuro no conto, é verdade. Tenho mesmo participado de algumas antologias até fora do País. O som, a palavra, começa na alma. Pois só a poesia é familiar do sagrado.

3.       Que autores têm mais inspirado sua obra poética?

Rodrigo de Haro:  Acima das divergências (só aparentes) está a unidade da inspiração e da busca. Na verdade ouso me aproximar de uma ilustre família, aquela de Michelangelo, Blake que se manifestaram no desenho e na pintura e na escrita e na pintura e tantos outros. A criação desconhece fidelidade partidária. O preconceito difuso (que de fato existe) contra a multiplicidade é uma inovação recente, desconhecida na China e no Japão, por exemplo. Utamaro sentia-se tanto poeta quanto aquarelista. E gostaria de reconhecer minha dívida com Rilke e o poeta expressionista alemão Georg Trackl e o grande G. Sarcer de la Cruz.

4.       O sagrado sempre esteve presente na sua pintura e na sua obra literária, mas você também é normalmente discutido em relação aos poetas malditos. Como você vê essa relação entre o sagrado e o profano – ou maldito – no seu trabalho poético?

Rodrigo de Haro:  Malditos? Quem são? Maldito é título de nobreza, é ser politicamente incorreto? É possível. No mundo midiático, mecânico, em que vivemos é uma grande honra: Dante, Villon, os místicos, foram malditos também em seus dias, não é verdade?

5.       O mito, o sagrado, o inumano, a tradição, a memória… De uma certa forma esses elementos são sempre recorrentes na sua poesia… Você acredita que eles ainda ajudam a compreender o mundo hoje?

Rodrigo de Haro:  A verdadeira poesia aproxima-se demais do ominoso para não provocar arrepios em alguns momentos. “Aqueles que levantam o véu….”. O sagrado, que nos ultrapassa está na essência da ordenação poética. Meu trabalho é aquilo que é. Sou apenas o servidor de uma força maior que, de um modo ou de outro, com esforço e trabalho tento dominar, ordenar, logo que sou tomado por esta visitação dos espaços exteriores ao pragmatismo. A pulsação do sangue, a respiração e a dança são parte integrante das forças ativas da memória e da nostalgia operante. A poesia solicita liturgia, algo que o surrealismo intuiu (e também explorou) com bastante inteligência. Breton-Hudini, por exemplo, foi um agente muito perspicaz…

6.       E sua obra poética e pictórica é também sempre classificada ao lado do grupo de poetas surrealistas, com quem de fato você escreveu uma trajetória. Você se identifica com esse rótulo?

Rodrigo de Haro: Sou irredutível a grupos, exceto socialmente. As escolas são sempre provisórias e o surrealismo me parece como estética ter perdido a inocência: Frida Kahlo, por exemplo, riu-se do movimento quando em Paris. Sua realidade, o seu entorno, o México coberto de caveiras de Jaguar em obsidiana, colocou o surrealismo. Dentro de medidas bastante discretas. O fantástico de Buñuel é sempre maior quando ele se afasta do surrealismo. Viridiana, Nazarin, Los olvidados. Mas… naturalmente agrada-me o discurso surrealista.

7.       O mito, o sagrado, o inumano, a tradição, a memória… Esses elementos estão sempre gerando sua poesia e sendo gerados por ela… Você acredita que essas dimensões clássicas ainda ajudam a compreender a vida no mundo em que vivemos?

 Rodrigo de Haro: Sim, uma certa tradição hermética me fecunda. Acredito que os valores do sagrado e só eles poderão salvar o mundo. Este mundo em que vivemos.  É preciso reencantar o mundo através do apelo ao silêncio e também a outros ritmos compatíveis com a expansão do ser. O ético e o social devem expandir-se sem coerção, sem decretos, mas segundo o desabrochar da consciência de cada homem: pois todos sabemos de nossos deveres, todos podemos comunicar da mesma alegria. Basta abrir a porta.

8.       Vejo que sua obra é povoada por esposas vegetais, animais contemporâneos ou míticos, seres heterogêneos. Nos originais do livro Folias do Ornitorrinco que estão no prelo da Editora da UFSC, vi alguns versos que evocam o caráter trans-humano da arte, como em “Invenção do olfato: “Dizem que nunca o artista é inteiramente humano/ seu rosto modelado por visível piedade/ Fala também com os répteis do lobo e sonha”. O filósofo francês François Lyotard cita em O inumano uma frase de Apollinaire segundo a qual “a Arte mantém-se fiel aos homens unicamente por sua inumanidade para com eles”. O que você pensa dessa relação entre a arte e o não humano?

 Rodrigo de Haro: Devemos acreditar na comunhão dos seres, das coisas. O olhar da criança é um olhar cúmplice dos anjos, logo fala com as coisas e os bichos. “O olho da flor da arnica amarela à minha porta, piscou-me esta manhã. Toda poesia de verdade será trans-humana por definição, pois cabe a ela restabelecer uma corrente rompida na queda, o antigo elo solidário entre as coisas e as criaturas.

9.       Espelho dos Melodramas e Folias do ornitorrinco: como se pode falar dessas obras que você lança pela Editora da UFSC?

 Rodrigo de Haro: E esses dois volumes de poesia acompanham Voz, Idílios vagabundos e Lanterna mágica, outros inéditos que produzi nos últimos tempos, neste voluntário recolhimento do Morro do Assopro. O primeiro deles representa minha adesão ao campo lírico, ao drama – pois trata (por vezes) do excesso, dos movimentos violentos ou dolorosos do espírito, mas com humor. Já Folias do Ornitorrinco obedece a um caráter sintético. São dois livros diferentes, mas compostos pelo mesmo homem. Estão próximos.

10.   Quais são os grandes autores da literatura brasileira e qual a melhor contribuição que deram, no seu ponto de vista, à renovação literária?

 Rodrigo de Haro: Guimarães Rosa, Lúcio Cardoso.

11.   Na convivência com o multiartista Rodrigo de Haro, percebe-se que estamos diante de um homem de 72 anos com uma rotina de trabalho diria até rigorosa, obstinada. Como é essa rotina e o que o move dessa forma ao trabalho artístico? Você se sente tomado por um sentimento de urgência de criação?

Rodrigo de Haro: Trabalho artístico ou simplesmente trabalho… Com o tempo, estabelecida a rotina, torna-se impossível fugir a ela. O trabalho de um atelier-escritório é riquíssimo. É tudo a fazer o tempo todo. Os quadros te arrastam para o cavalete, os cadernos sussurram nos ouvidos. Impossível aproximar-se do material sem ser de novo absorvido pelo visgo da invenção, do retoque, de alguma nova sugestão.

12.   Que outros projetos ainda estão saindo do atelier multiartístico de Rodrigo de Haro? A propósito, qual a importância do ambiente de trabalho no seu processo de criação?

  1. Rodrigo de Haro: Sempre são muitos os projetos, pois o hábito contínuo da reflexão se resolve em sonhos de realização urgentíssimos. Nada é mais importante do que sonhar para materializar.

Texto e entrevista a Raquel Wandelli

Lançamento: Livro-embalagem “Poemas”

(Folias do Ornitorrinco e Espelho dos Melodramas)

Autor: Rodrigo de Haro

Editora UFSC

Quando: 20 de dezembro, às 19h30min

Onde: Fundação Cultural Badesc

Entrada aberta ao público

Texto: Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC

Fones: 37218729 e 99110524

raquelwandelli@yahoo.com.br

www.secarte.ufsc.br

www.agecom.ufsc.br

 

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Editora UFSC encerra 2011 com três grandes lançamentos

09/12/2011 08:22

Nova obra poética de Rodrigo de Haro

Edições primorosas de Homo academicus, obra-prima do sociólogo Bourdieu, Linha direta: estética e política, de Mário Perniola e dois volumes poéticos de Rodrigo de Haro, fecham a aplaudida safra deste ano

A Editora UFSC chega a dezembro com três grandes lançamentos encerrando o ano. Um deles é o aguardado livro Homo Academicus, de Pierre Bourdieu, um dos maiores intelectuais do século XX, que se notabilizou ao se debruçar sobre as estruturas do pensamento do próprio campo intelectual.

O segundo livro é o ensaio “Ligação direta: estética e política”, de Mario Perniola, um dos filósofos italianos mais referenciados na atualidade, também traduzido pela primeira vez em língua portuguesa. Ao lado desses dois grandes pensadores de repercussão internacional, a Editora lança, no dia 20, o livro-embalagem “Poemas”, com dois volumes de poesias do multiartista catarinense Rodrigo de Haro.

Primando pela expressividade autoral e pela qualidade gráfica, as três edições consolidam o novo projeto editorial da EdUFSC, iniciado em 2010, e cumprem dois objetivos, segundo o editor Sérgio Medeiros. Um deles é o de ampliar seu catálogo, incluindo grandes nomes internacionais cujas obras sejam essenciais para a formação dos alunos desta universidade. O outro é o de pesquisar e experimentar novas texturas, cores, formatos de capa, de papel e de livros, a fim de oferecer aos leitores livros com altíssimo acabamento, comparável aos melhores publicados pelas grandes editoras universitárias do país.

Ligação direta

Os lançamentos consolidam o novo projeto editorial da EdUFSC

Essa trajetória de inovação do livro culmina no dia 20 de dezembro, às 19h30min, no Centro Cultural do Badesc, na Rua Vitor Konder, com uma festa de lançamento da nova obra poética de Rodrigo de Haro. A caixa-presente “Poemas” traz Espelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco,dois livros inéditos do poeta e artista plástico catarinense que é, na avaliação de Medeiros, uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira. Aos 73 anos, Rodrigo está em sua fase mais produtiva, alternando-se no talhe da palavra e da pintura.

Texto: Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC

Fones: (48) 37218729 e 99110524

raquelwandelli@yahoo.com.br

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Romance vencedor do Prêmio Salim Miguel será lançado hoje na UFSC

18/11/2011 13:40

“Eu estava na casa de um amigo e ouvi um estrondo. Era um adolescente que tinha se jogado no vão do 12º andar. A primeira cena do livro descreve a imagem do corpo caindo de uma pessoa. A partir dela, comecei a pensar na história da minha vida e da minha região”.

Vencedor do Concurso Salim Miguel 2011 de Romance, promovido pela Editora da UFSC, a obra “Ao que minha vida veio…”, de Alckmar Santos, professor de literatura, chega às livrarias de todo Brasil. O lançamento em Florianópolis ocorrerá no dia 18 de novembro (sexta-feira), às 19 horas, na Sala Aroeira do Centro de Cultura e Eventos da universidade, durante o Simpósio Internacional de Cibercultura da ABCiber. Em seu terceiro romance, Alckmar, grande admirador da obra de Guimarães Rosa, mistura história do Brasil com história de vida e conhecimentos de alquimia.

O romance premiado de Alckmar, que já publicou outras obras como poeta e ensaísta, estreia no site da Editora da UFSC (www.editora.ufsc.br) o projeto de digitalização de obras de acesso público e gratuito. Sempre transitando entre a escrita para formato impresso e meio eletrônico, o autor também apresentará durante o lançamento do romance, a criação digital multiartística, “Volta ao fim”, elaborada em conjunto com o artista Wilton Azevedo.

Brincando com a palavra alquimia no título e com as origens e nome do autor na narrativa, a história inicia-se na década de 1930, ambientada em Silveiras cidade natal do autor, no Vale do Paraíba paulista. Relata a busca do narrador para reconstituir sua trajetória, descobrir quem são seus pais e definir sua própria identidade. Uma característica marcante é a linguagem inovadora, que evoca a oralidade dos contadores de causos do interior, com passagens repletas de detalhes e encantamentos.

O autor conta que o livro começou a nascer há quatro anos, em uma viagem a Belo Horizonte. “Eu estava na casa de um amigo e ouvi um estrondo. Era um adolescente que tinha se jogado no vão do 12º andar. A primeira cena do livro descreve a imagem do corpo caindo de uma pessoa. A partir dessa cena inicial, comecei a pensar na minha história e na história da minha região”.

Se, para o protagonista, a narrativa é um resgate de sua história, para o autor o processo de escrita foi um resgate da linguagem falada na região, das histórias contadas pelo avô, da memória de fatos de sua infância. “O ritmo desse romance, o vocabulário, as imagens, tem tudo a ver com Silveiras”, explica Alckmar.

Baseado em sua experiência como pesquisador de cibercultura e coordenador, há 16 anos, do Núcleo de Pesquisa em Literatura, Linguística e Informática da UFSC, o escritor fez uso de ferramentas como softwares de edição de imagens e de geolocalização para identificar elementos da região referenciada. “Empreendi uma viagem virtual a essa região de Minas Gerais e São Paulo, pelo *Google Maps*, atrás do personagem e do contexto onde ele viveu, examinando estradinhas, nomes dos bairros, de cidades, para nominar tudo com exatidão.” A obra também envolveu pesquisa sobre a história do Brasil, como a participação do país na Segunda Guerra, especialmente a atuação dos pracinhas, os lugares por onde andaram e combateram.

A apresentação do livro é feita por José Luís Jobim, diretor do Instituto de Letras e professor da UERJ e UFF. Ele destaca que não devemos esperar respostas cartesianas nem retas para a pergunta lançada pelo personagem já no título. Ao acompanhar a trajetória do narrador-personagem, o leitor pode ir testemunhando um processo de investigação e as mudanças que as revelações resultantes dessa pesquisa da vida operam na sua mente.

“Ao que minha vida veio…” será apresentado ao público de Santa Catarina, onde Alckmar fez carreira como professor de literatura e pesquisador da UFSC, depois de um lançamento no início do mês na Livraria da Vila, em  São Paulo, estado de origem do autor. Na primeira semana de fevereiro, a EdUFSC lança a obra em Silveiras, onde tudo começou.

Sobre o autor

Alckmar Santos é professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde coordena o Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística (NUPILL). Foi pesquisador convidado na Université Paris 3 – Sorbonne Nouvelle (2000-2001) e na Universidad Complutense de Madrid (2009-2010). É também poeta, romancista e ensaísta. Autor dos livros “Leituras de nós: ciberespaço e literatura”, “Dos desconcertos da vida filosoficamente considerada” (ensaio e poemas, respectivamente – Prêmio Transmídia do Instituto Itaú Cultural), “Rios imprestáveis” (poemas, Prêmio Redescoberta da Literatura Brasileira da revista “Cult”).

Sobre o livro

Romance – Ao que minha vida veio…

Autor: Alckmar Santos

Editora da UFSC

Páginas: 202

Preço: R$ 29,00
Lançamento

Data: dia 18 de novembro de 2011

Hora: 19 horas – Simpósio da ABCiber

Local: Sala Aroeira do Centro de Cultura e Eventos da UFSC/

Contatos do autor:

E-mail: alckmar@cce.ufsc.br

Jornalistas responsáveis:

Raquel Wandelli
Jornalista – SeCArte – UFSC
Fones: 37218729 e 37218910 e 99110524
www.secarte.ufsc.br   www.ufsc.br

Laura Tuyama
Jornalista – Agecom – UFSC
Fone (48) 3237-8506

Tags: Editora da UFSCPrêmio Salim MiguelUFSC

Feira de Livros da UFSC é estendida mais uma semana

29/08/2011 10:50

Foto: Camila Peixer/bolsista de Jornalismo na Agecom

A pedido dos alunos da instituição, a Feira de Livros da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina/Liga de Editoras Universitárias alongou o prazo e vai até o dia 9 de setembro. No semestre passado, o evento durou três semanas e agora vai ficar um mês em atividade, disponibilizando 1.670 títulos e mais de quinze mil exemplares com descontos de 50 a 70%. O horário de atendimento é das 9 às 19 horas, mas na última semana a feira vai funcionar todos os dias até às 20h30, na Praça da Cidadania da UFSC.
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“Um percurso psicanalítico pela mística, de Freud a Lacan” será lançado dia 10

05/08/2011 10:12

Na próxima quarta-feira, dia 10 de agosto, será lançado o livro “Um percurso psicanalítico pela mística, de Freud a Lacan”, publicado pela Editora da UFSC (EdFSC), autoria de Marlos Gonçalves Terêncio, mestre e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFSC. O evento será realizado às 19h30, na Livraria Saraiva, do Shopping Iguatemi.

Sobre a obra:

“Ainda hoje os estudos realizados por psicanalistas a respeito da religiosidade preferem centrar-se naquilo que Freud denominava “a religião do homem comum”. Poucos dedicaram-se, contudo, de forma específica a analisar a mística ou misticismo, fenômeno que costuma ser equivocadamente absorvido à religiosidade tradicional.

A mística, entendida de maneira ampla como o sentimento de união com uma entidade maior – a divindade ou a natureza, por exemplo -, convoca outra ordem de esclarecimentos, pois pode prescindir da crença em dogmas religiosos e mesmo da intermediação de sacerdotes e suas instituições.

Fundamentado nesta distinção essencial e justificado pela lacuna de análises aprofundadas no ramo, este livro aborda as principais considerações psicanalíticas sobre a mística depreendidas da obra de Sigmund Freud, Jacques Lacan e comentadores.

Para tanto, percorre-se três eixos temáticos: a discussão entre Freud e o escritor francês Romain Rolland a respeito do “sentimento oceânico”; o conceito psicanalítico de gozo (jouissance) feminino, claramente relacionado por Lacan ao êxtase dos místicos; e a relação entre o misticismo e o despertar para além da produção de sentido.

Apresentando diversos conceitos psicanalíticos em estilo claro, o livro também descortina informações curiosas e pouco conhecidas, demonstrando, por exemplo, a apreciação ambivalente de Freud a respeito da mística e o interesse de Lacan pelo misticismo oriental. A obra é, assim, destinada aos interessados nas contribuições da psicanálise a respeito da experiência mística e religiosa em geral.”

“Um percurso psicanalítico pela mística, de Freud a Lacan”

Editora da UFSC, 2011, 227 páginas.

Preço R$ 32,00

Página no portal da EdFSC: http://www.editora.ufsc.br/publicacao/detalhe/id/389

Sobre o autor:

Marlos Terêncio é mestre e doutorando em Psicologia pela UFSC. É psicanalista com atuação em Florianópolis. Também atua como psicólogo no Ministério Público de Santa Catarina.

Outras informações pelo e-mail marlosgt@gmail.com.

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