Estudo avalia efeitos da pandemia de Covid-19 nas famílias catarinenses
Caracterizar a organização e a dinâmica social das famílias catarinenses durante a pandemia de Covid-19; conhecer os efeitos provocados pelo isolamento social na dinâmica familiar e nas situações de saúde, trabalho e renda; identificar o acesso aos serviços e benefícios sociais e conhecer a percepção da população sobre as medidas de isolamento social adotadas pelo governo. Esses foram alguns dos objetivos da pesquisa Os efeitos da pandemia de Covid-19 nas famílias residentes em Santa Catarina, desenvolvida pelo Núcleo de Pesquisa Interdisciplinar Sociedade, Família e Política Social (Nisfaps) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com o Comitê SUAS/SC Covid-19 – Em Defesa da Vida. O levantamento foi realizado a partir de questionários on-line, respondidos por 2.101 famílias das seis mesorregiões de Santa Catarina entre 5 de maio e 1º de junho. Os resultados foram apresentados na última quarta-feira, 9 de dezembro, por meio de uma transmissão ao vivo no Youtube. A ocasião também marcou o lançamento do Observatório de Políticas Sociais e Famílias Catarinenses (OPSFaC), vinculado ao Departamento de Serviço Social da UFSC.
Entre os aspectos abordados no relatório do estudo, chama a atenção a situação financeira das famílias: 49% tiveram suas rendas afetadas pela pandemia. Dessas, 23% informaram que possuíam reservas financeiras para alguns meses, 6% tinham reservas para menos de um mês, 18% não dispunha de nenhum tipo de reserva, e 2% das famílias pesquisadas já estavam passando necessidades financeiras.
Além da diminuição da renda familiar, também destacaram-se, entre as maiores dificuldades mencionadas, problemas emocionais, restrição de convívio com familiares, aumento dos afazeres domésticos, dificuldades no pagamento de contas básicas, preocupação com o bem-estar emocional dos filhos, necessidade de auxiliá-los nas atividades escolares e aumento dos conflitos familiares.
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