
O site do Projeto Imagine, criado em fevereiro de 2014, registrou nesta semana acesso acumulado em mais de 100 países. São hoje mais de mil cidades conectadas à ideia do projeto, que é promover conhecimento científico em comunidades até então privadas deste saber, ao mesmo tempo em que estimula o intercâmbio cultural entre os povos. Esses números são subestimados, pois 7% dos acessos vêm de países não identificados, e 19% são de cidades desconhecidas. Segundo o coordenador do projeto, professor André Ramos, a dificuldade na localização corresponde provavelmente às regiões mais distantes e pobres, onde o sistema de internet seria mais precário.
O Projeto Imagine despertou, no ultimo trimestre, a curiosidade de mais de mil pessoas por mês, que visitaram ao menos uma vez o seu endereço eletrônico. O interesse por essa iniciativa é crescente, visto que 85% desses acessos foram de novos usuários. Para atender essa demanda, o site é produzido em quatro línguas: português, inglês, francês e espanhol.
A procura inclui países que têm pouca interação com o Brasil, ou que possuem uma intensa diversidade étnica – um dos focos do projeto – ou, ainda, que são palco de guerras e outros conflitos. Na lista, estão Israel, Palestina, Nigéria, Ucrânia, Irã e Nepal, entre outros; mas quem mais acessa os conhecimentos são brasileiros, norte americanos e chineses – no Brasil, a abrangência é de 100%. Em todos os 26 estados, 195 municípios já se conectaram ao projeto.
Além de levar atividades científicas a jovens e professores de comunidades rurais e indígenas, o site oferece tipos de material didático adaptados, que envolvem as áreas exploradas pelo projeto, como Biologia, Física e as Engenharias. Esse material é chamados de Recursos Educacionais Abertos (REAs) e a página que os hospeda foi a mais visitada, depois da principal, envolvendo mais de 1,6 mil usuários.
O trabalho, vinculado à Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) da UFSC, é dividido em três módulos, desenvolvidos por estudantes e professores de diferentes áreas de conhecimento, como Educação, Biologia, Física, Química e Geologia. Seus parceiros internacionais são:
– Brasil: Universidade Federal de Santa Catarina, Secretaria da Educação do Município de Lages, Aldeia Guarani Tekoa’Uy’A;
– Angola: Universidade Agostinho Neto, Centro de Estudos do Deserto, Administração do Município de Tômbwa;
– Marrocos: Université Hassan II – Casablanca e Association les Rangs d’Honneur;
– México: Universidad Veracruzana;
– Peru: Universidad Andina del Cusco e Administração do Município de Calca.