A pesquisadora Jennifer Mather, da University of Lethbridge, do Canadá, falará, na próxima segunda-feira, às 16h, sobre o tema Polvos como alienígenas inteligentes, uma das suas áreas de pesquisa. A palestra ocorrerá no Auditório do CCB, como parte da disciplina de Seminários, do curso de Pós-graduação em Ecologia. O evento é aberto também à comunidade.
Jennifer Mather nasceu em Victoria, na costa ocidental do Canadá, onde passou muito tempo junto ao ambiente marinho e onde desenvolveu sua fascinação pelos animais marinhos. Fez graduação na Universidade de British Columbia e começou a dedicar-se ao estudo do comportamento animal e inteligência de polvos. Fez mestrado em Biologia na Florida State University e Doutorado em Psicologia na Universidade Brandeis em Boston, estudando a organização social de polvos. Atualmente, é professora no Departamento de Psicologia da Universidade de Lethbridgee está no Brasil a convite da professora da UFSC Tatiana Leite, do curso de Pós-graduação em Ecologia.
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Polvo de espécie não identificada usando um pote vidro como abrigo nas Filipinas. Foto: Brandi Mueller
Latinhas, garrafas, potes, objetos plásticos diversos, e até bateria e vaso sanitário. Em todo o mundo, polvos estão usando lixo humano para se abrigar e para colocar ovos. É o que revela um estudo conduzido por um grupo que reúne pesquisadoras das universidades federais de Santa Catarina (UFSC), do Rio Grande (Furg) e de Pernambuco (UFPE) e da Università degli Studi di Napoli Federico II, na Itália.
A pesquisa, publicada na revista científica Marine Pollution Bulletin, avaliou 261 imagens subaquáticas tiradas em pelo menos 19 países entre 2003 e 2021. Vídeos e fotos coletados de redes sociais e de bancos de imagens foram somados a materiais fornecidos por cientistas e a outros recebidos por meio de campanhas internacionais promovidas pelas pesquisadoras, em uma abordagem de ciência cidadã. O objetivo era determinar como os polvos se relacionam com o lixo marinho e identificar espécies e regiões afetadas.
Foram detectados oito gêneros e 24 espécies de polvos que vivem perto do fundo do oceano interagindo com lixo. Na maior parte dos casos, utilizando-o como abrigo. A professora do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC Tatiana Silva Leite, coautora do estudo, explica por que isso ocorre: “O polvo perdeu a concha na evolução, então ele sempre está procurando um local para proteção. Espécies pequenas de polvos normalmente usam conchas, e as conchas estão desaparecendo, tanto por retirada quanto pela questão da acidificação dos oceanos”.
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Estande do Projeto Polvo na 16ª Sepex. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC
O estande do projeto Polvo – Inovação na Aquicultura objetiva apresentar o trabalho de viabilização do cultivo realizado no laboratório de camarões marinhos do curso de Engenharia de Aquicultura da UFSC. Além disso, o visitante que passa pela 16ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) pode conhecer mais sobre polvos, suas características e curiosidades no estande 46.
Os polvos possuem consciência de cada braço, e com eles realizam diversas atividades ao mesmo tempo. Este invertebrado possui alto poder de camuflagem. Segundo a participante do projeto, Caroline Rodrigues, eles conseguem mudar de cor em menos de um segundo. Essa função é viabilizada pelos cromatóforos, – células responsáveis por sintetizar e armazenar pigmentos.
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O Programa de Pós-Graduação em Oceanografica (PPGOceano) promove a palestra “Mergulhando com os polvos: o uso do mergulho científico na oceanografia biológica” nesta quarta-feira, 19 de abril. Parte do Projeto Cephalopoda, o encontro será realizado no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas a partir das 10 horas.
Mais informações pelo telefone (48) 3721-3527.
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