A aluna da UFSC, Maria de Fátima Medeiros e Silva, do curso de Letras Português, por iniciativa própria e muita disposição desenvolveu o “Projeto Releituras – Livro Acessível”. Desde 2017, a confecção de audiolivros de literatura, em formato de radionovela, tem feito a diferença na vida de muitas pessoas com deficiência visual, baixa visão, dislexia, analfabetos funcionais e analfabetos, com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista (TEA), e também idosos e pacientes de hospitais. O intuito é promover a acessibilidade e a inclusão social.
Não é a primeira vez que seu trabalho é reconhecido. Em agosto de 2018, Maria de Fátima venceu na categoria “Inclusão Social” o 16º Prêmio IGK, da Fundação Guga Kuerten. E recentemente, a acadêmica comemora mais uma conquista do projeto de extensão – foi uma das cinco finalistas no Cocreation Lab Florianópolis. Por seis meses, o Releituras participará de atividades colaborativas da pré-incubadora no Centro Sapiens, com apoio institucional e mentoria de diversas entidades.
A autora contou que, a partir de sua própria necessidade (diagnosticada com “degeneração de córnea”), produziu um piloto de um conto de Machado de Assis e percebeu o quanto a ideia poderia contribuir com outras pessoas. “Ao tentar escutar um audiolivro achei enfadonho, foi aí que me lembrei das antigas radionovelas e a emoção que passavam”, afirmou.
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