UFSC oferece orientação pedagógica para estudantes indígenas

11/09/2023 11:27

O  Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (Piape) promove o grupo Orientação pedagógica para estudantes indígenas. Os encontros serão todas as segundas-feiras, das 16h40 às 17h40, a partir do dia 18 de setembro até 4 de dezembro.  Os interessados podem se inscrever através do formulário.

Nos encontros, serão abordados temas como a transição escola indígena – escola não urbana (universidade), vivências universitárias: dificuldades e desafios encontrados no processo de aprendizagem, desempenho acadêmica, projeto de vida e carreira, mudanças de hábitos e reflexões sobre planejamento de estudo e desafios na Universidade.

O Piape é um programa de apoio e orientação pedagógica aos estudantes da graduação da UFSC. O objetivo é oferecer atividades que favoreçam a permanência e a qualidade dos processos formativos nos cursos de graduação, atendendo as necessidades de aprendizagem e oferecendo condições para um melhor desempenho acadêmico. As atividades de apoio e orientação pedagógica compreendem grupos de aprendizagem, atendimentos individuais ou em grupos de orientação pedagógica, palestras, aulões, minicursos e oficinas.

Mais informações na página do Piape

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Estudantes indígenas da UFSC vão a Brasília protestar contra Marco Temporal

06/06/2023 17:43

Estudantes da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul do Mata Atlântica Foto: Rodrigo Barbosa/Cotidiano UFSC

Cerca de 40 estudantes indígenas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão em Brasília para protestar contra o Marco Temporal. Participam do evento uma delegação da Maloca UFSC e outra da Licenciatura Intercultural do Sul da Mata Atlântica (LII). A mobilização tem como objetivo defender a derrubada da tese no Supremo Tribunal Federal (STF), prevista para ir a julgamento nesta quarta-feira, 7 de junho.

O Marco Temporal é uma tese que determina que povos indígenas só teriam direito às terras nas quais já estivessem estabelecidos antes da data da promulgação da Constituição Federal de 1988. 

“O Marco Temporal é uma manobra para tentar exterminar os povos indígenas. Estão tentando dizer que nós somos os invasores, querem acabar conosco na caneta”, declarou João Voia, estudante de jornalismo da UFSC e indígena Laklãnõ/Xokleng. 

Estudantes indígenas da ocupação Maloca UFSC Foto: Édina Barbosa Farias/Divulgação

Na terça- feira da semana passada, 30 de maio, a Câmara dos Deputados votou, em regime de urgência, o Projeto de Lei 490 (PL490) que estabelece o Marco Temporal. Com 283 votos a favor, 155 contrários e uma abstenção, o PL490 foi aprovado, e vai ao senado. 

“Quando discutem um Projeto de Lei de que defende a tese do Marco Temporal, que remove ou reduz as terras indígenas do país, estão na verdade destruindo a Amazônia, Mata Atlântica, e todo bioma do Brasil”, relatou o pesquisador, antropólogo e estudante de Direito da UFSC Jefferson Virgílio. 

O PL490  flexibiliza o licenciamento ambiental, autoriza o estabelecimento da exploração hídrica, expansão da malha viária, exploração de alternativas energéticas, garimpeiras e mineradoras. A proposta impõe que tudo isso ocorra independentemente da consulta às comunidades indígenas das regiões ou à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Além disso, o texto proíbe a ampliação de terras já demarcadas e flexibiliza o contato com os povos tradicionais.

Ariclenes Patté / estagiário de Jornalismo da Agecom / UFSC

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Estudantes indígenas da UFSC protestam contra Marco Temporal

25/05/2023 19:02

Laura Parintintin em frente à reitoria, em Florianópolis. Foto: Ariclenes Patté/Agecom/UFSC

Estudantes indígenas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se concentraram em frente à reitoria para protestar contra o Marco Temporal, na tarde desta quinta-feira, 25 de maio. O ato fez parte do Movimento Indígena Nacional e aconteceu em várias universidades e terras indígenas do país. 

As manifestações ocorrem devido a aprovação da Medida Provisória n° 1154, de 2023, que retirou a competência de demarcação de terras do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), transferindo ao Ministério da Justiça (MJ). Além disso, foi aprovada a votação do Projeto de Lei n° 490 (PL 490) em caráter de urgência para a próxima terça-feira, 30 de maio.

“É importante esses atos estarem acontecendo nas bases e nas universidades. Isso mostra que estamos ligados quanto aos nossos direitos. Estamos cientes que o Marco Temporal é uma decisão que pode afetar todos os povos indígenas do Brasil ”, afirmou Jucelino Filho, indígena Laklãnõ/Xokleng e um dos organizadores do ato.

Estiveram presentes estudantes indígenas de pelo menos sete etnias, representantes do coletivo Mandata Bem Viver e do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc). A vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos, também participou do movimento. Os estudantes destacaram a importância da preservação ambiental e a necessidade de combate aos casos de violência contra indígenas no Brasil. Também denunciaram as dificuldades que enfrentam no ambiente universitário.

Joana Célia dos Passos lembrou criação de política de enfrentamento ao racismo. Foto: Robson Ribeiro/Agecom/UFSC

Vice-reitora lê carta de apoio aos estudantes

A vice-reitora da Universidade leu uma carta em apoio ao movimento dos estudantes. Em sua fala, ela destacou a criação da Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional, aprovada em novembro de 2022, e da Cátedra Antonieta de Barros. “Essa cátedra no dia de hoje não poderia se furtar dessa indignação coletiva que nos mobiliza aqui em relação tanto ao Marco Temporal como ao golpe que aconteceu ontem e que traz prejuízos inimagináveis à população indígena do nosso país”, afirmou a vice-reitora.

Ainda durante seu discurso, elencou os prejuízos causados pela aprovação do Marco Temporal aos povos indígenas e destacou a tramitação do julgamento das terras do povo Laklãnõ/Xokleng, em Santa Catarina, que irá impactar na demarcação de áreas indígenas de todo o país. A vice-reitora finalizou demonstrando o apoio da gestão à causa. “A gestão 2022 a 2025 da UFSC está junto com vocês. Essa luta não é, e não pode ser, só dos indígenas. Todos nós e todas nós precisamos assumir juntos essa luta que impacta a vida de todos”.
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Sônia Guajajara na UFSC: ‘Precisamos disputar e ocupar os espaços de poder’

11/05/2018 18:13

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara é uma das principais lideranças indígenas e ambiental do Brasil. Também é pré-candidata a vice-presidente pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), na chapa com Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Na quinta-feira, 10 de maio, Sônia esteve na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para ministrar uma aula magna organizada pelos estudantes indígenas, no auditório da Reitoria. Os 203 assentos disponíveis não foram suficientes para os muitos interessados em ouvi-la. Parte do público presente assistiu à palestra sentado, no chão à frente do palco e nos corredores, ou em pé, ao fundo do auditório.

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