Dezembro vermelho: especialista do HU/UFSC reforça importância de educação sobre sexo seguro

10/12/2021 10:26

No Dezembro Vermelho, mês dedicado à prevenção e diagnóstico da infecção por HIV/Aids, o urologista do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) Roberto Lodeiro Müller faz um alerta: uma série de fatores aumentam a responsabilidade dos profissionais da área de saúde, não somente para tratar doenças que foram negligenciadas nos últimos meses, mas também para educar a população sobre sexo seguro. “Há uma geração que não viveu aquele clima de pânico com a Aids dos anos 1980 e que teve o comportamento social reprimido desde o início da pandemia”, disse.

Segundo ele, o clima de Carnaval 2022 e a sensação de controle da pandemia por causa da vacinação e da redução de casos podem levar ao surgimento de novos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). “Este é o momento de alertamos para a necessidade de prevenção, por sexo seguro, e testagem ampla”, explicou o médico.

“O fim das restrições sociais e talvez uma onda de hedonismo compensador em 2021 nos alertam que o Dezembro Vermelho é da conscientização do HIV/Aids”, acrescentou o especialista, em artigo publicado na sessão Ponto de Vista da revista Bodau, uma publicação da Sociedade Brasileira de Urologia. Lodeiro faz uma associação com o clima de hedonismo que tomou conta do Carnaval de 1919, após uma série de mortes provocadas pelas pandemias de varíola e febre amarela nos anos anteriores.

Conforme o especialista, não se trata de imprimir um discurso moralista, mas de alertar sobre a necessidade de sexo seguro e de testagem ampla. “Toda pessoa sexualmente ativa deve fazer o rastreamento pelo menos uma vez por ano”, disse, lembrando que os postos de saúde oferecem o teste rápido.

 

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Gerente do Hospital Universitário ressalta a importância da testagem no combate à infecção pelo HIV

30/11/2021 18:36

Foto: Ricardo Torres.

Entre as mensagens importantes do Dezembro Vermelho, mês dedicado à conscientização para o tratamento precoce pelo HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), a gerente de Ensino e Pesquisa do Hospital Universitário (HU-UFSC/Ebserh), Maria Luiza Bazzo, destaca a importância de incentivar a ampla testagem, permitindo o diagnóstico e o tratamento precoces para garantir qualidade de vida às pessoas infectadas e redução da transmissão do HIV.

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Conscientização e prevenção são as principais mensagens do Dezembro Vermelho

01/12/2020 10:44

O mês de dezembro chega com um alerta direcionado para toda a população: trata-se do mês da Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). O Dezembro Vermelho traz como mensagem a necessidade de educação permanente, prevenção, rastreamento regular, assistência e, principalmente, conscientização sobre as atitudes de risco e as medidas preventivas que podem ser adotadas por cada indivíduo.

O médico Luiz Fernando Sommacal, do setor de Tocoginecologia do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC), explicou que a campanha é importante principalmente porque muitos indivíduos infectados não apresentam sintomas. “Tanto é que há uns dez anos, usávamos a sigla DST, de ‘doença’. E atualmente, tratamos como IST, de ‘infecções’, pois grande parte das pessoas não estão doentes”, explicou.

O médico ressalta que a campanha de conscientização é importante principalmente devido à alta prevalência de IST em Santa Catarina, que é o estado brasileiro com mais casos de sífilis, com 164 casos para cada 100 mil habitantes (dados de 2018) – para se ter uma ideia o Brasil tem taxa de cerca de 26,8 mortos por 100 mil habitantes no caso de coronavírus. “E com medidas simples é possível evitar e tratar. O exame de VDRL é relativamente barato e o tratamento também tem baixo custo”, disse.

No caso de HIV, houve uma queda de 34% de 1984 a 2018, mas a taxa ainda é elevada, pois Florianópolis é a segunda capital com o maior número de casos, com 55,7 casos para cada 100 mil habitantes (contra 60,8 por 100 mil de Porto Alegre), segundo dados do Ministério da Saúde.

Por isso, segundo ele, é preciso que os profissionais de saúde fiquem atentos a qualquer sinais que o paciente apresente e que a prevenção comece cedo, com estratégias de educação nas escolas. “Adolescentes e adultos jovens devem ser conscientizados sobre os riscos de infecção”, afirmou o médico, acrescentando que é preciso também ter o rastreamento, por exames, sistemático da população.

Conforme Sommacal, além de exames e políticas de assistência, é preciso esta conscientização, pois a prevenção é uma decisão pessoal. “Toda vez que se pratica sexo inseguro ou de risco sem camisinha, é uma roleta russa. É uma decisão particular”, disse.

Diagnóstico
O principal papel do HU-UFSC na cadeia de assistência no caso de HIV é na área de diagnóstico, pois o Laboratório da instituição é responsável pelos exames de carga viral na região da Grande Florianópolis. Ou seja, o hospital recebe as amostras dos pacientes infectados e faz o exame para detectar em que nível está a infecção nas várias fases do tratamento.

O Laboratório do HU-UFSC faz parte da Rede Nacional de Laboratórios de Contagem de Linfócitos T CD4+/CD8+ e Quantificação de Carga Viral do HIV do Ministério da Saúde, que realiza em média 1.500 exames mensais de pacientes advindos da região da grande Florianópolis para verificar a quantidade de vírus e a contagem de linfócitos CD4+/CD8+ presentes em amostra de sangue desses pacientes.

Esses testes buscam monitorar a evolução clínica das pessoas infectadas pelo vírus HIV, à análise do momento ideal para a introdução de terapias com antirretrovirais e à efetividade do tratamento de um indivíduo HIV positivo. A determinação da Carga Viral para HIV é obtida através da técnica PCR – RT quantitativa e a contagem de linfócitos TCD4+/CD8+ é realizada por citometria de fluxo.

Texto: Unidade de Comunicação Social/HU-UFSC-Ebserh

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