Gestão da UFSC cumpre agendas em Brasília, entre os assuntos o PAC das Universidades

24/10/2025 11:34

Reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, participa da reunião do Conselho Pleno da Andifes. Fotos: Andifes

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, cumpriu agendas oficiais em Brasília (DF), nos últimos dias 22 e 23 de outubro, com reuniões na Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e na Secretaria de Educação Superior (SESu), do Ministério da Educação (MEC).

Na tarde desta quarta-feira (22), o reitor esteve no MEC para uma reunião agendada com o secretário de Educação Superior, Marcus Vinicius David, no Gabinete da SESu. Deste setor, também participaram da reunião a chefe de Gabinete, Marina Monteiro; o assessor Edson de Souza Almeida; e o diretor da Divisão de Formação Especializada (Difes), Juscelino Pereira Silva. Na ocasião, foram discutidos aspectos estratégicos do PAC das Universidades, incluindo prioridades de investimento, infraestrutura acadêmica e de pesquisa, e ações para fortalecimento da rede federal de ensino superior. Também se pautou a questão orçamentária e os novos cargos para servidores docentes e técnicos-administrativos em Educação.

A passagem pela sede da Andifes integrou a agenda do reitor em Brasília, onde participou da 183ª Reunião Extraordinária do Conselho Pleno, realizada entre os dias 22 e 23. O evento tradicionalmente reúne reitores(as), vice-reitores(as), parlamentares e especialistas para debater temas de relevância para a gestão e o futuro das universidades federais, com destaque para a inclusão, acessibilidade, financiamento e o uso de novas tecnologias.
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Secretário de Educação Superior do MEC participou de debate na UFSC

15/09/2015 12:04

Visita do Secretário de Educação Superior  do MEC, Jesualdo Farias (à esquerda, com o Professor Edson Bazzo e a Reitora Roselane Neckel) - Foto Henrique Almeida-12O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Jesualdo Farias, disse na quinta-feira, 10 de setembro, que a legislação brasileira atrapalha as relações entre a universidade e o setor industrial. Ele participou de debate no CTC, na última quinta-feira, sobre o futuro da Engenharia, junto com a reitora Roselane Neckel, o ex-Gerente de Tecnologia da Transpetro e ex-presidente da Refinaria Abreu e Lima, da Petrobrás, Marcelino Guedes, e os professores Acires Dias e Edson Bazzo. A proposta da discussão era avaliar e planejar e avaliar o perfil do profissional de Engenharia quer oferecer e de que perfil a sociedade brasileira precisa até 2026.

Marcelino afirmou que a pesquisa científica desenvolvida no Brasil é pouco aproveitada economicamente e que falta visão global para nosso mercado. “Investimos poucos em tecnologia e inovação, investimos pouco em negócios. Os jovens estão pensando 20 anos à frente dos professores”, considerou. Para ele, a academia não está construindo o profissional do futuro e nesse ponto é importante ver que o papel dos professores na construção desse profissional muda a cada dia, mas a função de desenvolver curiosidade pelo saber deve ser permanente.

A plateia do debate incluía vários professores e ex-professores, especialmente das Engenharias Mecânica e de Materiais, entre eles o ex-reitor da UFSC Álvaro Prata. Também havia muitos alunos, a quem Marcelino aconselhou que desde o início de suas carreiras escolhessem uma especialidade e investissem nela. “A visão generalista vem mais adiante, com a experiência e os cabelos brancos”, disse. Durante sua fala, criticou ainda a proibição de que os professores passem mais que 120 horas por ano em programas e de pesquisas e inovação junto ao setor industrial.

Jesualdo Farias fez Mestrado e Dourado na UFSC

Jesualdo concordou que há preconceito em relação ao trabalho com o setor privado no ensino superior, mas ressaltou: “Preconceito que não existe aqui. O curso de Engenharia Mecânica da UFSC sempre buscou relações com a indústria”. Formado nos programas de Mestrado e Doutorado em Engenharia Mecânica da UFSC, ele iniciou sua fala agradecendo os professores que teve. Ele citou vários dados para exemplificar o baixo impacto da produção científica brasileira. Observou ainda que 1,7% das empresas brasileiras inovaram ou diferenciaram seus produtos e que estas respondem 25,9% do faturamento industrial e 13,2% da geração de empregos no país.

Assim, defendeu mudança radical para permitir que o professor universitário participe das atividades da indústria, de acordo com a determinação e autonomia de cada instituição. “Temos vários casos de processos contra professores que trabalharam para criar novas tecnologias junto ao setor industrial”, apontou. Disse também que o Brasil ainda forma poucos engenheiros, mesmo depois do processo de expansão universitária iniciado em 2003. Mas, ao contrário de Marcelino, posicionou-se contra o que chama de especialização prematura, que, para, ele, não contribui: “No Brasil, temos mais de cem tipos de cursos de Engenharia. Nos Estados Unidos, Europa e Ásia, são uns oito, no máximo 12”, ponderou.

Ex-reitor Erich Stemmer foi lembrado no encontro

A reitora destacou que encontrar caminhos para preservar o equilíbrio nas relações entre indústria e academia é o grande desafio da administração universitária no Brasil. “Não se pode confundir proteção legal a professores e alunos com burocracia”, ressaltou. Assim como Jesualdo, defendeu a função holística e da abordagem multidisciplinar para que a Universidade atue na solução dos problemas que acometem a população de todo o mundo, entre eles questões relacionadas a energia, água, produção de alimentos, meio ambiente, pobreza, educação, terrorismo e guerra.

Durante quase todo o encontro, ficou no telão do auditório, como homenagem, a imagem do reitor da UFSC entre 1976 e 1980, Caspar Erich Stemmer, falecido em dezembro de 2012. Sobre ele, Roselane qualificou como “inegável sua capacidade para trabalhar e perseguir um sonho. E a Engenharia Mecânica é um exemplo disso”.

 

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