Grupos da UFSC desenvolvem projetos de carros autônomos

16/07/2021 11:32

Carros autônomos da UFSC ainda não estão em funcionamento, mas as equipes já fazem testes com o carro elétrico da Ampera Racing. Foto: divulgação/Ampera Racing

No Centro Tecnológico (CTC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), três grupos se uniram para o desenvolvimento de veículos autônomos – com capacidade de se deslocarem sem motoristas para conduzi-los –, com projetos que visam tanto ao uso em competições quanto nas ruas e estradas brasileiras. O trabalho envolve o Laboratório de Processamento de Imagens e Computação Gráfica (Lapix), a equipe de competição Ampera Racing e o Programa de Educação Tutorial – Metrologia e Automação (PET-MA) e reúne alunos de graduação e pós-graduação e profissionais de Ciências da Computação e das engenharias Elétrica, Eletrônica, Mecânica, de Produção Elétrica e de Controle e Automação, sob orientação do professor do Departamento de Informática e Estatística da UFSC Aldo von Wangenheim.

Os trabalhos ocorrem em duas frentes que se complementam e abrangem o desenvolvimento de software e hardware. Enquanto a Ampera Racing está focada em produzir um carro para levar para competições, em um trabalho pioneiro que pode colaborar para a implementação de disputas estudantis com automóveis do gênero no país, o Lapix se dedica a veículos que possam ser utilizados nas vias brasileiras – com suas estradas de terra, buracos e interrupções no pavimento, condições bastante diferentes daquelas dos países desenvolvidos com base nos quais a maioria dos modelos vêm sendo projetados mundo afora. Simultaneamente, membros do PET-MA preparam um protótipo para realização de testes de ambas as iniciativas.

Outro diferencial que os projetos da UFSC apresentam em relação aos demais veículos autônomos é a técnica empregada para reconhecimento de terreno e obstáculos. O sensor mais utilizado atualmente, chamado Lidar, baseia-se em um sistema de Iasers para mapear seus arredores. Apesar de individualmente eles não serem nocivos, os riscos que uma exposição ampliada e contínua possa oferecer aos pedestres preocupam os pesquisadores.
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UFSC e Epagri fazem parceria na previsão de catástrofes em Santa Catarina

05/06/2012 10:45

Realidade Aumentada

O Instituto Nacional de Convergência Digital (INCoD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) juntamente com o Laboratório de Processamento de Imagens e Computação Gráfica (LAPIX) está elaborando um protótipo de grande potencial para a previsão de catástrofes. A plataforma vem de uma parceria entre a universidade, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

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Tags: incodlapixprevisão de catástrofesUFSC e Epagri

Itajaí prepara-se para receber serviços de telemedicina

27/02/2012 17:00

Professor Aldo von Wangeheim explica o funcionamento da telemedicina em SC ao vereador de Itajaí, Marcelo Werner

A população de Itajaí (SC) será a nova beneficiada pelos serviços do Sistema Catarinense de Telemedicina e Telessaúde (SCTT), um programa do Governo do Estado de Santa Catarina em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina. A previsão é que os serviços sejam implantados ainda no primeiro semestre de 2012. A iniciativa tem despertado interesse das autoridades locais, como o vereador Marcelo Werner, que no dia 16 de fevereiro fez uma visita à equipe do SCTT junto à UFSC, para conhecer de perto os serviços. “O objetivo da visita é estabelecer uma ponte entre a universidade e o poder público de Itajaí, conhecer melhor a experiência para propor à Secretaria de Saúde os serviços relevantes para a comunidade”, afirma o vereador.

O Sistema Catarinense de Telemedicina e Telessaúde foi implantado em 2005 e cinco anos depois já havia atendido a um milhão de pessoas de todo o Estado, número que se repetiu ao longo de 2011, com a expansão do serviço para 230 municípios. Ele permite que os pacientes que buscam atendimento cardiológico e dermatológico realizem seus exames nas cidades onde moram e tenham o laudo emitido por médicos sediados em Florianópolis apenas um dia depois. Agora, após contemplar os municípios de pequeno e médio portes (Joinville e Lages são as exceções), o sistema começa a ser disponibilizado a pacientes das grandes cidades, com o que o número de atendimentos pode chegar a 2 milhões por ano.

De acordo com o subcoordenador operacional do Sistema, Harley Miguel Wagner, o serviço foi criado para facilitar o atendimento de pacientes que antes se obrigavam a enfrentar grandes filas para realizar consultas com cardiologistas e dermatologistas. A triagem é feita nos próprios hospitais ou postos de saúde em todas as regiões do Estado. “Isso agiliza e desonera o processo de emissão dos laudos e tira das filas os que não têm problemas sérios nestas especialidades da saúde”, afirma ele. “Muitas vezes, a atenção básica pode resolver questões que antes demoravam semanas ou meses para serem solucionadas”, ressalta.

Pesquisador Richard Augusto Schafer de Martini (esq.) e Harley Miguel Wagner (dir.) explicam os aspectos técnicos do sistema ao vereador Marcelo Werner (centro)

Apenas na cardiologia, são realizados hoje de 12 mil a 15 mil exames por mês, número que deverá chegar a 20 mil quando todos os municípios catarinenses estiverem conectados no sistema. A Secretaria da Saúde, parceira da UFSC nesse programa, contratou sete médicos apenas para emitir os laudos, o que barateia e capilariza os gastos do atendimento ambulatorial. De sua parte, as prefeituras entram com as instalações físicas, equipamentos médicos e computador. A UFSC, além de dar o suporte técnico, fornece treinamento para os profissionais que operam o sistema.

O coordenador do Lapix, laboratório que desenvolve os serviços e tecnologias de processamento de imagens médicas do Sistema, Aldo von Wangenheim, destaca que uma das vantagens é utilizar a mesma rede para todo o Estado. “Isso torna mais fácil reunir estatísticas que possam traçar um perfil médico do cidadão catarinense, contribuindo para futuras ações de prevenções”, explica.

“É impressionante e gratificante visitar a Universidade Federal, a 95 quilômetros de Itajaí, e nos deparar com tecnologia de alto nível sendo desenvolvida para melhorar a saúde em nosso município”, comenta Marcelo Werner. Uma das ideias do vereador é implantar os serviços em unidades móveis, que possam percorrer os bairros da cidade. Itajaí tem uma população de mais de 180 mil habitantes.

 

Por Paulo Clóvis Schmitz e Laura Tuyama, jornalistas na Agecom.

Fotos: Laura Tuyama.

 

Tags: lapixSistema Catarinense de Telemedicina e TelessaúdeUFSC