Pesquisa da UFSC mostra que plástico PET intoxica microcrustáceo na base da cadeia alimentar

07/03/2025 16:28

Estudo foi realizado no Laboratório de Toxicologia Ambiental (Labtox). Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Um estudo conduzido no Laboratório de Toxicologia Ambiental (Labtox) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que o descarte inadequado de garrafas PET pode causar uma série de efeitos tóxicos em um pequeno crustáceo de água doce, a dáfnia. Por meio de testes em laboratório, os pesquisadores mostraram que a degradação do PET na água causa danos em células e mitocôndrias e afeta a reprodução, a alimentação e a locomoção desses animais, que estão na base da cadeia alimentar. Os resultados foram publicados na revista científica internacional Science of The Total Environment e fizeram parte da pesquisa de doutorado de Bianca Vicente Costa Oscar, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental.

“Pela literatura, a gente já sabe que os materiais plásticos, quando são liberados na água, sofrem fragmentação e liberam compostos químicos. Só que até que ponto essa fragmentação, cada vez em pedaços menores, interfere no organismo dos animais? E até que ponto esses compostos que o PET libera interferem também na vida do animal?”, questiona Bianca.

O animal escolhido para os testes foi a dáfnia (mais especificamente a espécie Daphnia magna), um microcrustáceo que pode chegar a cinco milímetros de comprimento. Elas vivem em água doce e se alimentam de partículas finas de matéria orgânica em suspensão, incluindo leveduras, bactérias e microalgas. Por outro lado, servem de alimento a peixes e diversos outros animais aquáticos. Então, qualquer impacto na população de dáfnias pode desequilibrar toda a cadeia alimentar. 
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Florianópolis institui Dia da Nanotecnologia e homenageia laboratório da UFSC

18/10/2019 11:36

Foto: Camilo Jilmenez/Unsplash

A nanotecnologia figura entre os eixos do Plano de Desenvolvimento Econômico Municipal (Pedem) de Florianópolis, que prevê ações de políticas públicas integradas para o desenvolvimento da cidade nos próximos dez anos. Elaborado por meio da parceria entre Prefeitura e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o primeiro plano estratégico vai funcionar de forma sistêmica para alavancar os principais setores da cidade com base no turismo e na tecnologia.

O Pedem mapeou cinco eixos que demandam políticas e ações públicas: (1) Turismo Comércio, Economia Criativa e do Mar; (2) Tecnologia da Informação e Comunicação; (3) Tecnologia em Saúde e Bem Estar; (4) Nanotecnologia e Novos Materiais; e (5) Energia. Uma das metas discutidas no âmbito do eixo nanotecnologia e matérias inovadores foi a criação de uma data que celebre os avanços na área.

O projeto de lei foi aprovado neste mês de outubro pela Câmara de Vereadores de Florianópolis e, a partir de agora, 1º de Março passa a ser, então, o Dia Municipal da Nanotecnologia. O ato é uma homenagem ao Laboratório de Toxicologia Ambiental (Labtox) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), responsável por pesquisas e formação de recursos humanos de alto nível no contexto da nanotecnologia e nanotoxicologia.
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