Estudante da UFSC é premiada em evento internacional sobre poluentes emergentes

19/09/2025 18:00

A estudante Cassiana Rebello de Carvalho, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi premiada pela melhor apresentação de pôster na categoria de mestrandos e doutorandos da São Paulo School of Advanced Science on Emerging Pollutants (SPSAS-EP).

Ela e outros cinco estudantes da UFSC foram selecionados, entre mais de 400 aplicações de 54 países, para o evento que ocorreu de 2 a 13 de setembro, em Santos (SP). Participaram da atividade 50 estudantes brasileiros, 50 estrangeiros e 40 bolsistas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Conheça os estudantes da UFSC selecionados: 

  • Thuanne Braúlio Hennig, do Laboratório de Toxicologia Ambiental (Labtox)/Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA). Orientador: William Gerson Matias. Tema da tese: Toxicidade e mecanismos de ação tóxica de misturas de nanopesticida com nanoplástico sobre diferentes modelos toxicológicos aquáticos;
  • Gustavo Kirsch, do Laboratório de Biodiversidade Aquática e Laboratório de Reprodução e Desenvolvimento Animal. Orientadores: Evelise Maria Nazari e Bruno Renaly Souza Figueiredo. Tema da dissertação: Avaliação das respostas diferenciais dependentes da via de exposição à cinzas de incêndios florestais em girinos de rã-touro (Aquarana catesbeiana);
  • Francielle Crocetta Turazzi, do Grupo de Pesquisa em Polímeros e Manufatura Aditiva (GPMA) e  Laboratório de Cromatografia e Espectrometria Atômica (CroMaas). Orientador: Guilherme Mariz de Oliveira Barra. Tema da tese: Explorando o uso de novas fases extratoras baseadas em polianilina na microextração em fase sólida de filme fino;
  • Camila Lisarb Velasquez Bastolla, do Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Aquática e Imunoquímica (Labcai). Orientador: Afonso Celso Dias Bainy; coorientador: Camilo Dias Seabra Pereira. Título da tese: Contaminantes persistentes e de preocupação emergente em áreas costeiras de Santa Catarina e avaliação dos efeitos nos sistemas de biotransformação e estresse oxidativo em ostras Crassostrea gigas (Thunberg, 1793) e Crassostrea gasar (Adanson, 1757);
  • Cassiana Rebello de Carvalho, do LAbtox/PPGEA. Orientador: William Gerson Matias; coorientadora: Ana Letícia Rossetto. Título da dissertação: Avaliação da toxicidade do nanoplástico de poliestireno isolado e em mistura binária com nanopartículas metálicas sobre o microcrustaceo Daphnia magna;
  • Catielen Paula Pavi, do Laboratório de Virologia Aplicada (LVA)/ Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biociências (PPGBTC). Orientadora: Gislaine Fongaro. Tema da tese: Interações entre micropoluentes emergentes e vírus no contexto de Saúde Única;

O evento

Além das apresentações, o SPSAS-EP contou com aulas teóricas e práticas – em laboratório e em campo -, atividades em grupo e mesas-redondas. A iniciativa visa contribuir para a formação de profissionais capazes de lidar com a temática dos poluentes emergentes, desenvolvendo e aprofundando o conhecimento técnico e ampliando a visão para a aplicação de abordagens multi e interdisciplinares.

Poluentes emergentes (PEs), tema principal do evento, são substâncias e compostos químicos com potenciais ameaças ao meio ambiente e à saúde humana, que ainda não são regulamentados por leis ou monitorados. A organização explica que o consumo, a presença e a distribuição de PEs no meio ambiente comprometem o cumprimento de diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e o tópico é ainda pouco pesquisado.

Tags: CCBlabtoxSão Paulo Schools os Advanced Science of Emerging Pollutants (SPSAS-EP)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pesquisa da UFSC mostra que plástico PET intoxica microcrustáceo na base da cadeia alimentar

07/03/2025 16:28

Estudo foi realizado no Laboratório de Toxicologia Ambiental (Labtox). Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Um estudo conduzido no Laboratório de Toxicologia Ambiental (Labtox) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que o descarte inadequado de garrafas PET pode causar uma série de efeitos tóxicos em um pequeno crustáceo de água doce, a dáfnia. Por meio de testes em laboratório, os pesquisadores mostraram que a degradação do PET na água causa danos em células e mitocôndrias e afeta a reprodução, a alimentação e a locomoção desses animais, que estão na base da cadeia alimentar. Os resultados foram publicados na revista científica internacional Science of The Total Environment e fizeram parte da pesquisa de doutorado de Bianca Vicente Costa Oscar, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental.

“Pela literatura, a gente já sabe que os materiais plásticos, quando são liberados na água, sofrem fragmentação e liberam compostos químicos. Só que até que ponto essa fragmentação, cada vez em pedaços menores, interfere no organismo dos animais? E até que ponto esses compostos que o PET libera interferem também na vida do animal?”, questiona Bianca.

O animal escolhido para os testes foi a dáfnia (mais especificamente a espécie Daphnia magna), um microcrustáceo que pode chegar a cinco milímetros de comprimento. Elas vivem em água doce e se alimentam de partículas finas de matéria orgânica em suspensão, incluindo leveduras, bactérias e microalgas. Por outro lado, servem de alimento a peixes e diversos outros animais aquáticos. Então, qualquer impacto na população de dáfnias pode desequilibrar toda a cadeia alimentar. 
(mais…)

Tags: CTClabtoxLCMEPrograma de Pós-Graduação em Engenharia AmbientalToxicologiaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Florianópolis institui Dia da Nanotecnologia e homenageia laboratório da UFSC

18/10/2019 11:36

Foto: Camilo Jilmenez/Unsplash

A nanotecnologia figura entre os eixos do Plano de Desenvolvimento Econômico Municipal (Pedem) de Florianópolis, que prevê ações de políticas públicas integradas para o desenvolvimento da cidade nos próximos dez anos. Elaborado por meio da parceria entre Prefeitura e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o primeiro plano estratégico vai funcionar de forma sistêmica para alavancar os principais setores da cidade com base no turismo e na tecnologia.

O Pedem mapeou cinco eixos que demandam políticas e ações públicas: (1) Turismo Comércio, Economia Criativa e do Mar; (2) Tecnologia da Informação e Comunicação; (3) Tecnologia em Saúde e Bem Estar; (4) Nanotecnologia e Novos Materiais; e (5) Energia. Uma das metas discutidas no âmbito do eixo nanotecnologia e matérias inovadores foi a criação de uma data que celebre os avanços na área.

O projeto de lei foi aprovado neste mês de outubro pela Câmara de Vereadores de Florianópolis e, a partir de agora, 1º de Março passa a ser, então, o Dia Municipal da Nanotecnologia. O ato é uma homenagem ao Laboratório de Toxicologia Ambiental (Labtox) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), responsável por pesquisas e formação de recursos humanos de alto nível no contexto da nanotecnologia e nanotoxicologia.
(mais…)

Tags: Dia Municipal da NanotecnologiaLaboratório de Toxicologia Ambientallabtoxnanotecnologia