Ex-estudante da UFSC atuou na linha de frente do resgate dos brasileiros em Gaza

14/11/2023 19:12

Da esquerda para a direita: Tamer Emam (tradutor), coronel Mario de Carvalho Neto (adido de Defesa), Romane Samer (motorista), Fernando Bastos (primeiro Secretário), e Mohammed Hafez (tradutor). Foto: Arquivo Pessoal.

Quando chegou à embaixada do Brasil no Egito, em 2021, o diplomata Fernando José Caldeira Bastos Neto não imaginava os desafios que enfrentaria nos anos seguintes. No domingo, 12 de novembro, após dias de negociações, muita espera e alarmes falsos, o primeiro-secretário da embaixada no Cairo presenciou os brasileiros deixando a Faixa de Gaza em meio ao conflito com Israel. O diplomata, que cursou Direito na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), esteve à frente da missão que repatriou 32 brasileiros. “É uma missão cumprida, mas a crise continua e provavelmente vai durar”, contou nesta terça-feira, 14 de novembro, seu primeiro dia de descanso em muito tempo.

Por cerca de 20 dias, uma comitiva de cinco pessoas, lideradas por Fernando, seguiu do Cairo até Ismália, no Canal de Suez, para verificar se os nomes dos brasileiros estavam na lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza. “Ficávamos esperando toda a noite, porque as listas só eram divulgadas em torno das 2h da manhã”, relembra. Na quinta-feira, 9 de novembro, após intensas negociações entre os países, o Brasil finalmente constava na lista. Então a comitiva percorreu mais 200 km até Alarixe, uma cidade inóspita ao norte da Península do Sinai, região muito sensível politicamente e altamente controlada – foram cerca de sete horas de percurso, incluindo paradas em mais de 13 checkpoints. 
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“Guerra dos Pelados” será exibido hoje na primeira edição do Café Kino

10/10/2012 10:10

A primeira edição do Café Kino irá exibir e debater o filme “Guerra dos Pelados” hoje, 10 de outubro, a partir das 12h30min, no Teatro da UFSC. O encontro terá a presença do diretor do filme, Sylvio Back, que estreia na próxima semana sua nova produção, “O Contestado – Restos Mortais”, também sobre a temática da Guerra do Contestado.

O filme “Guerra dos Pelados” retrata a Guerra do Contestado e foi produzido em 1971. A sessão começará às 12h30min e a partir das 14h30min inicia o debate com o tema “Documentário, ficção e filme histórico”. A discussão terá participação do diretor do filme, Sylvio Back; do professor da UFSC especializado na Guerra do Contestado, Paulo Pinheiro Machado; do professor Jair Fonseca como representante do Cineclube Rogério Sganzerla, e do cineasta Zeca Pires. Fonseca conta que é prática dos cineclubes debater para fazer as pessoas pensarem. “Trata-se de ter uma postura ativa diante do cinema, e não de consumo passivo. Filmes produzem pensamento, e debater após as sessões fazem ampliar a cultura cinematográfica.”

Do alemão, Kino significa “cinema”, sendo também usado como sinônimo de um movimento de cineastas. O encontro mensal que irá debater sobre produções de cinematográficas é aberto a todo o público, mas dirigido principalmente às pessoas com interesse na área audiovisual. A segunda edição acontecerá em novembro. O Café Kino foi idealizado pelo secretário de Cultura da UFSC (SeCult), Paulo Ricardo Berton, em um trabalho conjunto com o professor do Curso de Cinema e coordenador do Cineclube Rogério Sganzerla, Jair Fonseca,  do cineasta e coordenador do Núcleo de Documentários do Departamento Artístico Cultural (DAC), Zeca Pires.

Sinopse

Em 1913, no interior de Santa Catarina, a concessão de terras para exploração de seus recursos e a construção de uma estrada de ferro por uma empresa estrangeira gera revolta dos expropriados. Reunidos em torno de um reduto messiânico, os “pelados” reagem, gerando violento conflito com o exército. O filme é baseado no episódio histórico da Guerra do Contestado (1912-1916) e foi filmado na cidade de Caçador.

Sylvio Back: Biobliofilmografia

Sylvio Back, cineasta, poeta, roteirista e escritor. Filho de imigrantes húngaro e alemã, é natural de Blumenau (SC). Ex-jornalista e crítico de cinema, autodidata, inicia-se na direção cinematográfica em 1962, tendo realizado e produzido até hoje trinta e sete filmes – curtas, médias e onze longas-metragens: “Lance Maior” (1968), “A Guerra dos Pelados” (1971), “Aleluia, Gretchen” (1976), “Revolução de 30” (1980), “República Guarani” (1982), “Guerra do Brasil” (1987), “Rádio Auriverde” (1991), “Yndio do Brasil” (1995), “Cruz e Sousa – O Poeta do Desterro” (1999); “Lost Zweig” (2003); “O Contestado – Restos Mortais” (2010); e “O Universo Graciliano” (2012, em finalização). Também publicou livros roteiros dos filmes.

Com 74 láureas nacionais e internacionais, Back é um dos mais premiados cineastas do Brasil. Sua obra poética, em especial, os livros de extrato erótico, coleciona uma vasta fortuna crítica. Em 2011, recebe a insígnia de Oficial da Ordem do Rio Branco, concedida pelo Ministério das Relações Exteriores pelo conjunto de sua obra cinematográfica e de roteirista.

SERVIÇO

O QUÊ: Café Kino exibe e debate o filme “Guerra dos Pelados”
QUANDO: quarta-feira, 10 outubro de 2012, a partir das 12h30min
ONDE: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha), Praça Santos Dumont, Trindade
QUANTO: Gratuito
CONTATO: Departamento Artístico Cultural da UFSC – (48) 3721-9348 e Zeca Pires – (48) 9971-7951

Fonte: Bruna Andrade – Acadêmica de Jornalismo, Estagiária no DAC: SECULT: UFSC

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O florescimento da poesia na capital mundial da guerra

20/03/2012 10:39

Seis décadas da lírica alemã são apresentadas nessa seleção de 64 poemas organizados e traduzidos pelos professores do curso de Alemão RosvithaFriesenBlume e MarkusWeininger. Em um trabalho de antologia inédito no Brasil, a obra contempla talentos da poesia em língua alemã desde o Pós-Guerra até o início do século XXI. A amostra selecionada tem um caráter panorâmico, embora sem a pretensão de abranger a totalidade de nomes, eixos temáticos, especificidades formais e tendências estéticas do período. A obra está sendo lançada pela editora da UFSC no dia 21, às 17 horas, na Feira de Livros da editora da UFSC, na Praça da Cidadania, em frente ao prédio da Reitoria.
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Desafios do jornalismo no “front” de batalha

10/10/2011 10:05

O correspondente de guerra ganha fama e visibilidade profissional. No entanto, a rotina é dura e os perigos são diários. Em entrevista dada aos alunos do 10º Curso de Informação sobre Jornalismo em Situações de Conflito Armado e Outras Situações de Violência oferecido pela OBORÉ, o repórter Samy Adghirni, da Folha de S. Paulo, disse que faltam investimentos e profissionais qualificados que atuem em zona de conflito. Conviver cercado diariamente pelo perigo em meio às bombas, tiros, tanks e cadáveres não é fácil. Ele é repórter da editoria Mundo e Especialista em assuntos de Oriente Médio e política externa, e passou parte deste ano cobrindo a Primavera Árabe. “Não são todos que estão dispostos ou têm estomago para cobrir um conflito”, avisa.
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Tags: correspondenteGuerrajornalismo