Estudo da UFSC lista microrganismos que podem adoecer trabalhadores de frigoríficos

28/03/2025 15:58

Frigoríficos empregam quase 700 mil trabalhadores no Brasil. Foto: Agência Senado

Uma pesquisa publicada na revista científica Pegada elencou mais de 70 agentes biológicos a que os trabalhadores de frigoríficos estão expostos, entre vírus, bactérias, fungos e outros parasitas. Realizado como parte da tese de doutorado de Roberto Carlos Ruiz, médico do trabalho da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e aluno do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, sob orientação do professor Fabrício Menegon, o estudo teve o objetivo de conhecer o conjunto de doenças infecciosas que podem acometer esses trabalhadores e aponta para a necessidade de qualificação do sistema de vigilância em saúde, de alterações de normas regulamentadoras e de medidas previdenciárias relacionadas à aposentadoria especial.

A relação de agentes biológicos foi feita com base em uma ampla revisão bibliográfica, que partiu de uma seleção inicial de 714 artigos científicos publicados em português, espanhol e inglês. Após a leitura dos títulos e resumos, os pesquisadores selecionaram 81 desses artigos para análise integral – aos quais se somaram outros 30, descobertos depois. No total foram 111 estudos, realizados em diferentes países, que descreviam patógenos com potencial para transmissão animal-humanos e humanos-humanos encontrados nas indústrias de abate e processamento de carne.

“A primeira surpresa foi a quantidade de agentes biológicos que nós encontramos, foram muitos. Só fazendo uma ressalva: quando falamos em frigorífico ali no artigo, estamos falando de boi, de ave, de porco, de peixe. Então, vimos que, no conjunto, são muitos os agentes biológicos que podem afetar a saúde da pessoa que trabalha”, afirma Roberto.
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Tags: CCSfrigoríficoPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC)saúde do trabalhadorUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Jornalista e mestre em História pela UFSC ganha Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo

07/12/2021 09:12

Daniel Giovanaz, um dos repórteres premiados. Foto: Mauro Calove.

A reportagem “Mortes, sequelas e trabalho exaustivo: o rastro da covid-19 em grandes frigoríficos” foi premiada em 2º lugar na categoria Especial na 38ª edição do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. A matéria foi produzida por Daniel Giovanaz, Vanessa Ramos e Renan Xavier. Daniel se formou em Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e cursou o mestrado em História também na UFSC.

A reportagem premiada conta histórias de vítimas de acidentes nos locais de trabalho, em decorrência do aumento de ritmo de produção durante a pandemia. São entrevistados  familiares de mortos por covid-19 na indústria da carne e apresentados dados atualizados sobre o setor da alimentação no Brasil. A matéria também ressalta as campanhas promovidas pela Contac-CUT, CNTA Afins, Rel-Uita, federações e sindicatos em todo Brasil contra a precarização das condições de trabalho. Confira o trabalho premiado aqui.
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Tags: EgressosfrigoríficohistóriajornalismoPrêmio Direitos Humanos de JornalismoUFSC

Projeto desenvolvido na UFSC identifica e automatiza tarefas de alta exigência física em frigoríficos

09/02/2021 12:17

Uma ação a favor da integridade física e mental do trabalhador. Assim pode ser definido o projeto Frigorobô, criado para oferecer uma sistemática integrada de avaliação de postos de trabalhos em frigoríficos. O trabalho é resultado de uma parceria firmada por meio do Edital de Inovação para a Indústria de 2017 entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a empresa Pollux, de inovação em tecnologia, e o Serviço Social da Indústria (Sesi/SC),

Sob a coordenação da professora Lizandra Garcia Lupi Vergara, o projeto contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). “Como gestora do projeto junto à UFSC, a Fapeu teve papel fundamental para o andamento das ações propostas, que envolveram desde bolsas de pesquisa à aquisição de equipamentos, além de visitas técnicas às empresas parceiras do projeto”, destaca a coordenadora Lizandra Vergara.

Em conjunto com o Sesi/SC e com o Centro de Inovação Sesi em Tecnologia em Saúde, o Grupo Multidisciplinar de Ergonomia do Trabalho e Tecnologias Aplicadas (GMETTA) da UFSC prestou a assessoria técnica e especializada destinada a identificar os postos com maior potencial de automatização com robôs colaborativos visando à substituição de esforço físico e de atividades humanas repetitivas em frigoríficos catarinenses.
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Tags: frigoríficofrigorobôFundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU)UFSC