Observatório da Ética Jornalística lança dossiê no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

29/04/2022 15:21

O Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) lançam na próxima terça-feira, 3 de maio, o dossiê Ataques ao Jornalismo e ao Seu Direito à Informação, uma publicação que aprofunda o debate sobre a violência contra o jornalismo no Brasil e seus impactos nos direitos da sociedade, como o direito à informação. Para marcar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e apresentar o dossiê, uma live no YouTube reúne a presidenta da federação, Maria José Braga, e o coordenador do grupo de pesquisa, Rogério Christofoletti. A live começa às 19h30 com transmissão simultânea por canais de sindicatos dos jornalistas de todo o Brasil no Facebook.

Produzido ao longo de três meses e dividido em quatro capítulos, o dossiê parte dos dados apresentados no Relatório de Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa 2021, elaborado anualmente pela Fenaj desde 1998, e analisa aspectos que envolvem o ambiente hostil para a atividade jornalística no país. “O monitoramento dos ataques é fundamental para documentar a escalada da violência, mas apontamos também no dossiê como a precarização do trabalho e a perseguição aos jornalistas afetam as vidas das pessoas comuns”, afirma Christofoletti. A presidenta da Fenaj explica que o lançamento da publicação no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é uma maneira de contribuir para o debate público e de ajudar a consolidar direitos no Brasil. Afinal, ataques ao jornalismo também ajudam a corroer a democracia e as conquistas civilizatórias acumuladas há décadas.

O dossiê

Com 41 páginas e em formato eletrônico para download, a publicação oferece análise, interpretação de cenários e recomendações práticas para o combate à violência contra os jornalistas. Na primeira seção, assinada pelo professor Alisson Coelho, os números ganham rostos e nomes, com as histórias por trás dos casos que vão de campanhas difamatórias nas mídias sociais, como ocorreu com o repórter independente, Ed Wilson Araújo, a ameaças e intimidações diretas, como aconteceu com o editor-executivo de The Intercept Brasil, Leandro Demori.

Em seguida, a pesquisadora Janara Nicoletti traça uma relação nem sempre aparente entre a precarização do trabalho dos jornalistas e a violência que afeta esses profissionais. Por meio de relatos dramáticos e no diálogo com outros estudos, Janara mostra como as ameaças não vêm apenas de fora do campo profissional, mas muitas vezes estão no próprio local de trabalho, na forma de sobrecarga, assédios ou de atraso no pagamento de salários, como o que vem ocorrendo no Diário de Pernambuco desde 2019.
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Desigualdade de gênero no jornalismo foi tema de roda de conversa no CCE

08/03/2017 19:10
Foto: Manuella Mariani/Estagiária da Agecom/UFSC.

Foto: Manuella Mariani/Estagiária da Agecom/UFSC.

“Algo que passa despercebido para a maioria da população e infelizmente também para nós jornalistas é a desigualdade de gênero na produção jornalística. É preciso  identificar como se dá o machismo no cotidiano dos jornalistas. Devemos levar essa reflexão para as redações”, atentou a presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga, convidada para uma roda de conversa organizada para marcar o Dia Internacional da Mulher nessa quarta-feira, 8 de março. A atividade, que ocorreu no varandão do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), foi promovida pelo Coletivo Jornalismo sem MachismoDepartamento de Jornalismo, Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (Posjor/UFSC), Centro Acadêmico Livre de Jornalismo Adelmo Genro Filho, Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC) e FENAJ.

Maria José assinalou que, no processo de produção das notícias, as mulheres são menos procuradas como fontes: “Isso é uma realidade. Se vocês pegarem qualquer jornal do Brasil, tanto em mídia impressa, como digital e eletrônica, as mulheres são sempre minoria. Até porque nós, jornalistas, temos um vício muito grande de ficar nas fontes oficiais: governo, organizações, poderes estabelecidos são normalmente nossa fontes preferenciais. E nos cargos de poder os homens são maioria.” Ela acrescenta que as mulheres são escolhidas como fontes geralmente para reportagens supostamente de interesse feminino. “E digo supostamente porque são futilidades, frivolidades: beleza, jardinagem… E o pior: isso é regra nas publicações dirigidas ao público feminino. Eu me pergunto: qual é o perfil das mulheres que consomem essas mídias direcionadas para as mulheres?”

Foto: Manuella Mariani/Estagiária da Agecom/UFSC.

Foto: Manuella Mariani/Estagiária da Agecom/UFSC.

A jornalista também abordou outros aspectos do machismo nas redações: “Quando as mulheres são destaques em sua área de atuação, na produção jornalística elas são muitas vezes desqualificadas como destaque. O que mais aparece são seus atributos femininos. Isso é muito comum no esporte. Um estudo mostrou que as manchetes envolvendo as mulheres durante as olimpíadas no Brasil eram todas machistas. Uma atleta não é valorizada por seu desempenho, mas sim por sua beleza. São as ‘musas do esporte’. Isso é muito preocupante.” O assédio moral e o assédio sexual nas relações de trabalho também foram abordados por Maria José.

Durante a roda de conversa, foi divulgada a instalação da Comissão Nacional de Mulheres na Fenaj, que terá a participação de duas integrantes do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina: as jornalistas Linete Braz Martins e Tânia Machado de Andrade. Maria José afirmou considerar essas comissões e os espaços de debate muito importantes para a luta contra o machismo e as desigualdades de gênero. “Espero que espaços como esse se multipliquem  pelo país afora e não apenas no mês de março, que é um mês de luta, mas em todos os meses do ano”, finalizou.

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/UFSC

 

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Tags: Coletivo Jornalismo sem Machismodepartamento de JornalismoDia Internacional da MulherFederação Nacional dos JornalistasfenajRoda de ConversaUFSC

“Jornalismo em Debate” analisa cobertura da crise econômica

19/08/2011 15:32

A primeira edição deste semestre do programa radiofônico “Jornalismo em Debate” discutirá a cobertura da crise econômica mundial pela imprensa brasileira. O programa vai ser transmitido pela Rádio Ponto UFSC na próxima terça-feira, 23 de agosto, a partir das 18h. O programa ainda se encontra em fase de produção, mas já estão confirmadas as presenças do presidente da Fenaj, Celso Schröder, dos professores da UFSC, Nildo Ouriques, do Curso de Economia, e Samuel Lima, do Curso de Jornalismo, além do repórter do jornal Notícias do Dia de Florianópolis, Danilo Duarte.

O programa, com edições quinzenais, é produzido pelos estudantes do curso de graduação em Jornalismo da UFSC, supervisionado pela professora Valci Zuculoto e com mediação do professor Áureo Moraes. “Jornalismo em Debate” é uma atividade da disciplina Cátedra Fenaj/UFSC de Jornalismo para a Cidadania, uma parceria entre o Curso de Jornalismo da UFSC e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). A estreia do programa na grade da Rádio Ponto foi no dia 7 de abril deste ano, e as oito edições produzidas no primeiro semestre já debateram temas como liberdade de expressão, redes sociais, cobertura internacional, corrupção no futebol, entre outros.

A Rádio Ponto UFSC pode ser ouvida pela frequência 106.1 FM, somente no campus da Universidade Federal, ou pelo site: www.radio.ufsc.br . Durante o programa, que é transmitido ao vivo, os ouvintes podem fazer perguntas pelo e-mail jornalismoemdebateufsc@gmail.com ou pelo Twitter  @radioponto. Mais informações: 3721-9898.

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Jornalismo em Debate estreia quinta na Rádio Ponto UFSC

05/04/2011 17:11

Estreia nesta quinta-feira, 07/04, Dia Nacional do Jornalista, o programa Jornalismo em Debate, transmitido pela emissora virtual do Curso de Jornalismo, a Rádio Ponto UFSC, em www.radio.ufsc.br

O tema desta primeira edição é “Liberdade de Expressão e Liberdade de Imprensa: o Brasil tem ou não?”, e os convidados são o diretor executivo da Associação Nacional dos Jornais, Ricardo Pedreira, o procurador do Estado de Santa Catarina e professor de Direito da UFSC João dos Passos, o diretor institucional da Fenaj Sérgio Murillo de Andrade, o professor de jornalismo da UFSC Francisco Karam e o diretor de comunicação da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão, Théo Rochefort. Também veicula depoimentos de jornalistas, direções de entidades do jornalismo e da Universidade.

Jornalismo em Debate é uma produção dos acadêmicos dos cursos de graduação e pós-graduação em Jornalismo da UFSC, supervisionada pela professora Valci Zuculoto e com mediação do professor Áureo Moraes.

O programa marca a volta da Cátedra Fenaj/UFSC de Jornalismo para a Cidadania, uma parceria do Jornalismo da UFSC com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). A produção terá edições quinzenais e se destina a promover debates sobre temas relativos ao exercício da cidadania e à prática responsável do jornalismo.

A transmissão de estreia inicia às 18h30 desta quinta-feira, 07/04, mas, assim como as próximas edições, ficará disponível em áudio e texto no site da Rádio Ponto UFSC, em www.radio.ufsc.br

Tags: debatefenajjornalismorádio