Curso de Filosofia da UFSC comemora 70 anos com programação especial

04/12/2024 08:07

Sônia Terezinha Felipe, à esquerda, no Auditório do CFH. Fotos: Maria Isabel Miranda/Agecom.

O Curso de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comemorou, nesta terça-feira, 3 de dezembro, 70 anos de existência com direito a palestras, recital e uma jantar de confraternização. A cerimônia de abertura ocorreu às 14h no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), com a presença do reitor Irineu Manoel de Souza, do diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Alex Degan, do sub-chefe do Departamento de Filosofia, Marcos Müller, e do coordenador do curso de Filosofia, Felipe de Mattos Müller.

A programação seguiu com a palestra da professora Sônia Terezinha Felipe, com o tema Filosofia moral: análise crítica e quebra do silêncio. Sônia é formada em Filosofia pela UFSC e atuou como professora no departamento de 1979 a 2012. Após a sua fala, ela descreveu a alegria de palestrar na comemoração dos 70 anos do curso e de ver a evolução que houve durante esse tempo.

“Nesses últimos anos o curso de filosofia se tornou um curso respeitável e sempre aberto a muitas temáticas. Daqui saem filósofos tratando de questões bem diferentes umas das outras mas com o mesmo carinho e  a mesma responsabilidade ética e moral”, afirma Sônia.

Celso Braida no Auditório do CFH

Além dela, o auditório recebeu o professor aposentado Celso Braida, na palestra Essas palavras – outras pontes, em que ele criticou a ausência de pensamentos, conceitos, línguas e práticas dos povos indígenas e africanos dentro do curso, além da falta de contato com as representações culturais populares locais.  Às 17h30, o local mudou para a Igrejinha da UFSC, com a palestra do professor Alberto Cupani sobre Confiar na ciência: mudança de um paradigma cultural. Após a apresentação, houve um recital com músicas do clássico ao contemporâneo, pelo pianista Eduardo Bassani.

O Curso de Filosofia está presente desde a fundação da UFSC. O Decreto Nº. 36.658, de 24 de dezembro de 1954, da Presidência da República, autorizou o funcionamento do Curso de Licenciatura em Filosofia da Faculdade Catarinense de Filosofia, mantida pela Sociedade Faculdade de Filosofia. O início efetivo do curso ocorreu em 1955 nas dependências do Colégio Catarinense. O reconhecimento do curso foi feito pelo Decreto 46.266 de 26 de junho de 1959, também da Presidência da República.

Com a criação da Universidade Federal de Santa Catarina em 1960, incorporou-se o Curso de Filosofia da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Depois, em 1978, a UFSC passou a oferecer também o Bacharelado em Filosofia.

Cerimônia de celebração dos 70 anos do curso de Filosofia da UFSC

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Revista Peri lança nova edição que reúne artigos científicos centrados na Filosofia

27/09/2022 15:40

A Revista Peri, editada por estudantes do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), lança a primeira edição de 2022 da publicação que reúne textos relevantes para discussão da Filosofia contemporânea. No novo número, são expostos e debatidos nove artigos, uma tradução e uma resenha de autores distintos.

O projeto é referência na divulgação de pesquisa científica filosófica interdisciplinar e une excelência acadêmica com a produção de pensamento crítico. A revista incentiva a participação de jovens pesquisadores do Brasil e do mundo por meio da submissão de manuscritos ousados, inovadores e provocativos, tanto nos temas quanto nos tratamentos propostos, que dialoguem e critiquem os trabalhos publicados e amplificam os problemas e tratamentos levados a público.

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Filósofo Rolf-Peter Horstmann defende atualidade do idealismo alemão

01/04/2011 09:36

O curso de Filosofia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas conheceu na manhã de quinta-feira (31) o pensamento de Rolf-Peter Horstmann, um dos maiores especialistas no idealismo alemão. Professor do Instituto de Filosofia da Humboldt University of Berlin, na Alemanha, Horstmann proferiu em inglês a palestra “O significado filosófico do idealismo alemão”, em que defendeu a relevância e a atualidade dessa corrente que tem entre seus principais expoentes Kant, Fichte, Schelling e Hegel.  “Considero o idealismo alemão um dos mais interessantes projetos no campo da filosofia occidental”, afirmou Horstmann.

Em curta missão de intercâmbio no Brasil pela DAAD/Capes, o professor e filósofo está há um mês em Florianópolis, atuando na orientação de alunos de filosofia da UFSC dentro de um projeto de pesquisa com a professora Maria de Lourdes Borges, secretária de Cultura e Arte, tambem especialista em Kant e autora de Atualidade em Hegel, recentemente lançado pela Editora da UFSC. “Hortsman nos mostra que o idealismo ainda é um conceito atual, que pode ajudar a filosofia em suas questões essenciais da racionalidade”, acrescenta a professora. Durante a conferência a alunos e professors do Curso de Pós-graduação, o autor de Kant Und Die Berliner Aufklarung: Akten Des Ix. Internationalen Kant-Kongresses (German Edition), entre outras obras, argumentou que o idealismo não pode ser considerado como um fenômeno isolado na estrutura da história da filosofia, mas deveria também ser abordado no contexto maior das questões da filosofia em geral.

Autor ainda de Nietzsche: Beyond Good and Evil (Cambridge Texts in the History of Philosophy), Horstman relativizou as críticas dirigidas ao chamado „Monismo idealista“, lembrando que a impossibilidade de encontrar uma definição não-controversa e não-trivial para o que de fato constitui a tarefa e os objetivos da filosofia nessa concepção resulta da sua própria constituição. “Isso se nós entendemos que o idealismo proporciona ao homem uma orientacão racional no mundo, um mundo que é caracterizado pela dificuldade de se chegar a uma síntese não-conflitante entre racionalidade e orientação”. E chamou a atenção para uma releitura mais atenta desses filósofos: “Nós estaremos fechando nossos olhos para a realidade se nós não nos dermos conta de que a filosofia é uma disciplina ameaçada em muitos aspectos, ameçada não só através de tudo que se configura em oposição e tenta tomar posse das intenções que eram as suas prerrogativas originais, mas acima de tudo apesar de seus próprios antagonismos”.

Por Raquel Wandelli, jornalista na SeCarte

(048) 37219459 e 99110524

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