Na mídia: UFSC implanta Empresa Júnior de Jornalismo

01/04/2011 15:33

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inaugura esta noite, às 18h30, a Comunica!, primeira empresa júnior de Jornalismo do Estado. Na ocasião, haverá uma palestra sobre a Interferência das mídias sociais no Jornalismo, com o apresentador da RBS Mário Motta. Na organização, os estudantes irão prestar serviços relacionados à comunicação, como cobertura de eventos, elaboração de projetos gráficos e editoriais, produção de conteúdo e assessoria de imprensa. O público-alvo dos estudantes serão pequenas empresas e ONGs de Florianópolis.

O objetivo da universidade é proporcionar a prática da teoria aprendida em sala de aula. “Tendo uma vivência empresarial durante a graduação, os alunos têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades e conhecer suas fraquezas, estando assim mais bem preparados para o mercado”, acredita Luís Moretto Neto, professor nos Programas de Mestrado e Graduação em Administração da UFSC e um dos organizadores do livro Empresa Júnior, espaço de aprendizagem.

Comunica! conta atualmente com 13 trainees e quatro diretores. Conforme Tulio Kruse, diretor de consultoria e estudante da quarta fase do curso de jornalismo, a empresa nasceu de um Trabalho de Conclusão de Curso. “O retorno que estamos tendo da universidade e dos jornalistas do mercado é muito bom”, informa Luiza Fregapani, presidente da Comunica.

O Movimento Empresa Júnior foi iniciado em 1967 na L´École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales – em Paris. A instituição brasileira nestes moldes foi criada em 1989, na Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo.

Publicado em: coletiva.net

Tags: empresa júniorjornalismo

Na mídia: Justiça dá sinal verde para obras da UFSC em Joinville

21/02/2011 13:31

Jornal A Notícia

Justiça dá sinal verde para obras da UFSC em Joinville

Após ter recurso aceito, universidade planeja preparar terreno na semana que vem

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está liberada pela Justiça para iniciar as obras na Curva do Arroz, no km 52 da BR-101, em Joinville. Em decisão publicada nesta quinta, o presidente do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (TRF4), Vilson Darós, suspendeu decisão da juíza federal Cláudia Dadico que paralisava as obras no campus.

A liminar da juíza foi dada no dia 24 de janeiro e paralisava qualquer obra no campus enquanto corre uma ação do Ministério Público Federal (MPF) que aponta superfaturamento por parte da Prefeitura e do Estado na compra de seis dos 12 lotes que compõem a área de 1,2 milhão de m² da UFSC. A Advocacia Geral da União, que defende a UFSC, recorreu ao TRF da 4ª região no começo de fevereiro e reverteu o processo.

Na decisão, o presidente do TRF4 considerou dois critérios para derrubar o impedimento às obras. Citou o risco de dano moral, pois a UFSC poderia ficar sem espaço para os alunos, e mencionou o risco de dano econômico. Ou seja, a UFSC poderia perder repasses federais se não implantar o campus.

A decisão anula apenas o impedimento às obras. A suspeita de superfaturamento continua em andamento na Justiça. O diretor da UFSC em Joinville, Acires Dias, disse não comemorar a decisão do TRF4 porque considerava suspensão das obras mais um entre tantos entraves.

Segundo ele, a UFSC deve providenciar para a próxima semana o início do corte de árvores no campus, primeiro passo para a terraplanagem e construção das salas de aulas. A desapropriação do terreno da empresa Sinuelo, que era outro entrave, foi concedida pela Justiça de Joinville no fim de janeiro.

AN.COM.BR

Tags: Campi de Joinvilleobras na Curva do Arroz

Na mídia: UFSC faz estudos para identificar áreas mais afetadas por fenômenos climáticos

18/02/2011 07:40

Diário Catarinense

Pedro Santos, Diogo Madruga e Roberta Kremer

São imagens que demoram a sair da memória e que, de tempos em tempos, voltam à tona: quedas de barreiras, água invadindo casas, desabrigados e a dor daqueles que choram os parentes mortos. Se evitar os fenômenos naturais é impossível, o que fazer para minimizar seus efeitos e evitar tragédias?

Santa Catarina já tem seu mapa

Seguindo exemplos de países que foram afetados por desastres naturais e aprenderam como reduzir os danos, o Brasil desenvolve um projeto para mapear áreas de risco, oferecer ferramentas de ação e, mais que tudo, salvar vidas.

O projeto foi solicitado pelo Ministério da Integração Nacional para o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi assim que, em outubro de 2010, surgiu o Planejamento Nacional para Gerenciamento de Riscos (PNGR), que foi dividido em três etapas a serem concluídas em 2012.

Equipes multidisciplinares visitaram 17 estados e agora realizam trabalhos nos estados restantes: Alagoas, Amazonas, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. A primeira etapa é criar um atlas para definir as áreas que, historicamente, apresentam maior incidência de tragédias. Esse levantamento está sendo feito em parceria com prefeituras e instituições acadêmicas dos próprios estados.

Para a finalização dessa etapa, faltam análises no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. O Amazonas foi o único que não autorizou a pesquisa em seu território.

Confira o mapa dos locais onde houve desastre em SC

Brasi terá banco de dados atualizado

A partir das informações da primeira fase do mapeamento, será construído um banco de dados informatizado com os desastres naturais ocorridos no país. Enquanto 15 pesquisadores estão em trabalho de campo nas capitais brasileiras, uma equipe de dez especialistas faz o tratamento de dados no escritório do Ceped. Essa etapa deve ser concluída em junho.

A segunda fase, que começou paralelamente à primeira, inclui cadastro de novos desastres no banco de dados, formando um arquivo atualizado com dados pluviométricos, históricos e sócioeconômicos.

— Essas ações não garantem que não ocorrerão mais desastres, mas reduzem significativamente os danos, como os que aconteceram em novembro de 2008 em Santa Catarina. A redução de risco está relacionada à diminuição das vulnerabilidades as quais as pessoas estão sujeitas e esse estudo vai atuar para minimizar danos — explica Rafael Schadeck, coordenador de projetos do Ceped.

A terceira e última etapa é a que vai contar diretamente com a ação e colaboração das prefeituras, dos órgãos de Defesa Civil municipais e de organizações não-governamentais. Será a vez de treinar e capacitar profissionais para aplicar o material desenvolvido na atuação direta à prevenção, no ensino para jovens em escolas públicas e privadas e nas ações municipais para controlar a ocupação em áreas de perigo.

— Trata-se de minimizar efeitos, diminuir danos materiais e humanos. O problema é a falta de política habitacional e a conscientização dos municípios, que devem agir na realocação de famílias atingidas e, principalmente, no controle de novas ocupações. Mas os municípios estão sobrecarregados e a divisão de responsabilidades entre prefeitura, governo estadual e federal é inversamente proporcional ao orçamento distribuído. É um problema — argumenta o Major Márcio Luiz Alves, diretor da Defesa Civil Estadual.

Barco ajudará na coleta de dados

Por ser um dos Estados com maior número de ocorrências de desastres naturais, Santa Catarina tem várias iniciativas na área de prevenção. Uma delas é a da embarcação Roaz 1. O protótipo, que entrou na água pela primeira vez ontem, em Florianópolis, foi desenvolvido para coletar dados.

Estudos comprovaram que os fenômenos ocorridos nos últimos anos em Santa Catarina têm relações estreitas com o ambiente marinho, como o aumento da temperatura do oceano. Apesar de saber as razões, não há um banco de dados para ser analisado. Com o Roaz — nome inspirado no Golfinho Roaz-Corvineiro, mesma espécie da série de TV Flipper — será possível armazenar informações e conflitá-las, para monitorar as alterações.

A embarcação, feita de fibra e não tripulada, ainda não apresenta a autonomia ideal. É guiada por controle remoto e só captura imagens e sons. Para criar o modelo, foram gastos R$ 30 mil. Com a instalação de todas as funções, o custo pode chegar a R$ 1 milhão. Além do apoio financeiro, é necessário um suporte tecnológico. Hardwares e softwares são importantes para realizar a captura de dados com precisão e criar autonomia.

Na manhã desta quinta-feira, ocorreu o primeiro teste oficial. A embarcação criada pelo engenheiro civil Roberto Böell Vaz foi colocada nas águas da Avenida Beira-Mar Norte, na Capital.

— A navegação foi um sucesso.

Este ano, uma bateria de provas para testar as outras funções já foi planejada. A próxima será em março. Nesta quinta-feira, ainda na água, a equipe composta por seis pessoas se deu ao direito de brindar o sucesso do teste com champanha e até fazer o batismo da embarcação.

O barco também poderá executar outras atividades como monitoramento ambiental, relatório de balneabilidade de praias e rios, vigilância de áreas de preservação e apoio às ações de busca e salvamento.

Mão-de-obra especializada em Santa Catarina

Colocar em prática projetos para prevenção a desastres vai depender também da existência de mão-de-obra especializada. Ou seja, profissionais que tenham conhecimento e capacidade de aplicação. Em Santa Catarina, pelo menos três universidades públicas oferecem cursos na área.

Uma delas é a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que criou este mês o curso de pós-graduação de Gestão de Riscos de Desastres. A grade curricular aborda gestão ambiental, cartografia na prevenção de desastre e trabalho comunitário. Além da parte teórica, é feito o trabalho de campo no Bairro Saco Grande, no Norte da Ilha, normalmente atingido por deslizamentos.

O grupo de 32 alunos é formado por profissionais da Defesa Civil, Polícia Militar, bombeiros e pesquisadores. O curso é de 18 meses, com aulas nas sextas-feiras e sábados. Existe a expectativa de abertura de novas turmas. De acordo com a coordenadora do curso, Maria Paula Marimon, o conhecimento científico sobre os desastres é fundamental para criar uma cultura de prevenção e diminuir os prejuízos. Foi com essa ideia que o biólogo da Fundação de Meio Ambiente (Fatma) Daniel de Araújo Costa optou por participar.

— Minha expectativa é adquirir conhecimento para pôr em prática nas unidades de conservação, pois entendo que é importante preservar essas áreas para evitar desastres.

A Universidade de São José (USJ) tem pós-graduação Gestão em Defesa Civil. E o Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped) da UFSC oferece cursos à distância como Gestão de Riscos e Desastres para psicólogos.

Tags: Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastrescepeddesastres

Na Mídia: Agência Fapesp destaca projeto conjunto com Embraer que tem colaboração da UFSC

11/02/2011 09:51

Conforto nas nuvens

11/2/2011

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – A partir de março, um grupo de pessoas habituadas a viajar de avião passará a se reunir periodicamente para apontar o que poderia mudar no interior de uma aeronave de modo a aumentar os níveis de conforto durante um voo.

Elas participarão de um estudo realizado pela Embraer em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que visa a desenvolver cabines de aviões mais confortáveis.

Iniciada no segundo semestre de 2008, na pesquisa estão sendo analisados os fatores que influenciam a sensação de conforto dos passageiros de um avião, como vibração, temperatura, pressão e ergonomia, além de odores, materiais e iluminação.

Na primeira fase do projeto, financiado pela FAPESP por meio do programa Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), os cientistas estudaram esses fatores de forma isolada por meio de testes com participantes treinados.

Agora, deverão iniciar os estudos desses diversos aspectos de maneira integrada, por meio de ensaios com cerca de 600 participantes que já viajaram de avião.

“Os participantes darão suas respostas baseadas unicamente em preferências pessoais. E, como é um teste com consumidor, eles só poderão participar uma única vez”, disse o coordenador do projeto, Jurandir Itizo Yanagihara, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica (Poli) da USP, à Agência FAPESP.

Para realizar os testes, o interior do Laboratório de Engenharia Térmica e Ambiental (LETE) da Poli-USP será transformado em um aeroporto cenográfico.

Ao chegar ao prédio do laboratório, os participantes dos ensaios aguardarão em espaço semelhante ao de uma sala de espera de um terminal aeroportuário o momento de embarcar em uma viagem, com duração prevista de três a quatro horas, em um simulador de voo.

Segundo do gênero no mundo – o primeiro está localizado na Alemanha –, o equipamento reproduzirá todas as características do interior da cabine de aeronaves – no caso, modelos 170 e 190 da Embraer.

Representará também as condições de um voo real, como pressão, temperatura, ruído e vibração, para que os pesquisadores possam analisar esses fatores em conjunto e as influências de um sobre os outros.

“O simulador terá som, iluminação, poltronas e o que mais há em um avião. A ideia é que, passado certo tempo, os participantes fiquem tão imersos no ambiente reproduzido pelo equipamento que esqueçam que estão participando de um teste e pensem que realmente estão viajando em um avião”, explicou Yanagihara.

Previsto para ser concluído no fim de 2011, o projeto deverá resultar em critérios que os engenheiros da Embraer poderão priorizar nos projetos das aeronaves fabricadas pela empresa, além de softwares que permitirão prever o comportamento dos passageiros de um avião em diferentes momentos da viagem.

Com base nessas ferramentas, a fabricante brasileira de aviões poderá elevar os níveis de conforto das cabines de suas aeronaves e garantir o bem-estar dos passageiros durante suas viagens. “Os resultados da pesquisa deverão ter impactos diretos no projeto de todas as aeronaves civis fabricadas daqui para frente pela Embraer”, afirmou Yanagihara.

Ineditismo

De acordo com o professor da Poli, o desenvolvimento dessas ferramentas de pesquisa é inédito no hemisfério Sul e bastante recente no cenário mundial da aviação civil, uma vez que só nos últimos anos o conforto passou a ser uma prioridade nos projetos de aeronaves comerciais.

Nas décadas de 1950 e 1960, segundo ele, a principal preocupação no desenvolvimento de um modelo de avião era garantir a segurança. Em função disso, as primeiras aeronaves eram bastante desconfortáveis.

Já nas décadas seguintes, depois de o problema da segurança ser em grande parte solucionado, o foco passou a ser a economicidade das aeronaves. E só nos últimos cinco a dez anos o aspecto do conforto passou a ser considerado mais relevante.

“O atributo do conforto passou a ser reconhecido como um importante diferencial no mercado de aviação civil, e essa é a razão pela qual as grandes fabricantes do setor estão investindo nesse aspecto em seus projetos”, apontou Yanagihara.

Para sair na frente nessa corrida, empresas como Airbus e Boeing iniciaram pesquisas na área internamente ou por meio de consórcios, que contam com a participação de universidades e instituições de pesquisa europeias e norte-americanas. A partir de 2006, foram iniciadas discussões entre a Embraer e as universidades que resultaram no presente projeto de pesquisa.

Segundo Yanagihara, uma das principais diferenças apresentadas pela pesquisa que está sendo realizada em parceria com a empresa brasileira em relação às conduzidas por outros fabricantes de avião está no porte dos aviões analisados.

A pesquisa está centrada em modelos de aviões menores, com os quais a Embraer se notabilizou no mercado internacional. Já os trabalhos feitos pela Boeing e Airbus estão relacionados a aviões de grande porte.

Em função dessa diferença, os resultados já começaram a chamar a atenção de cientistas estrangeiros, que realizam ensaios com aviões de grande porte.

“Certamente, várias observações que faremos durante a pesquisa serão inéditas, por estarmos trabalhando com aviões de menor porte, de apenas quatro passageiros por fileira, que voam a distâncias mais curtas e cujas características de vibração, ruído e pressão são diferentes das de aeronaves com fuselagens maiores”, comparou o cientista.

Decisões excludentes

Uma das constatações dos testes já realizados é que o nível de ruído dos aviões – produzido, entre outras fontes, pelas turbinas – é bastante alto. Por outro lado, para o passageiro é importante ouvir o ruído, por ser uma comprovação de que a aeronave está voando e de que suas turbinas estão funcionando.

“Se o passageiro não ouvir o ruído da turbina em uma aeronave, isso poderá causar muita apreensão. De qualquer forma, o ruído proveniente da turbina é mais difícil de ser mitigado e é de responsabilidade do fabricante do equipamento. Por outro lado, existem fontes importantes de ruído, como os sistemas ambientais, que têm sido objeto de maior atenção. É preciso levar em consideração todas essas questões no desenvolvimento de um projeto”, ressaltou Yanagihara.

Já em relação ao conforto térmico, segundo o pesquisador, é desejável que a umidade da cabine de uma aeronave não seja muito baixa. Mas, normalmente, todos os aviões trabalham com baixa umidade, em torno de 15%.

Se essa taxa for aumentada um pouco mais, o vapor d’água do ar se condensaria próximo à parede metálica da cabine da aeronave, que fica em contato com o ar frio externo, e ficaria aprisionado no material isolante do avião, aumentando seu peso em até 500 quilos, no caso de aviões de grande porte.

“Isso é algo que precisa ser analisado, se vale a pena ou não mudar em um projeto de aeronave. E é uma decisão que a Embraer poderá tomar de modo mais assertivo a partir dos resultados dessa pesquisa”, disse.

Os interessados em participar da pesquisa podem se cadastrar em www.lete.poli.usp.br/confortodecabine/inicio.html.

Leia também material produzido pela Agecom:
Especial Pesquisa: UFSC desenvolve projeto para reduzir vibrações e ruídos em aeronaves


Tags: acústica de aeronavesembraerpesquisa

Na Mídia: Revista da Finep destaca pesquisa do Centro de Desportos da UFSC

23/07/2010 10:49

Por Paula Ferreira / Jornalista da Finep

O esporte passa por um momento único no Brasil. Depois da realização dos Jogos Panamericanos e Parapan-americanos Rio 2007, já está na agenda nacion0al uma série de outros eventos importantes: os Jogos Mundiais Militares de 2011, também no Rio, a Copa das Confederações de Futebol em 2013, a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

“Essa é a oportunidade e a motivação de criar C&T (ciência e tecnologia) para, finalmente, sermos protagonistas neste cenário, e não apenas compradores de eventos e soluções esportivas”, afirma Ricardo Avellar, coordenador geral de Excelência Esportiva da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento.

Segundo ele, a FINEP abriu as portas para o esporte com as iniciativas tomadas nos últimos três anos. Nesse período, a agência do Ministério da Ciência e Tecnologia já concedeu cerca de R$ 10 milhões para apoiar pesquisas e inovação no esporte. Em 2006, foi lançado um edital com um total de R$ 4 milhões, específico para a área, visando o fortalecimento das redes federais CENESP (Centros de Excelência Esportiva) e CEDES (Centro de Desenvolvimento do Esporte e do Lazer).

Foram selecionados 13 projetos de instituições de ciência e tecnologia. “Até aquele momento, não havia nenhuma iniciativa intersetorial coordenada visando ao desenvolvimento da C&T esportiva no País”, conta Ricardo, que atuou como consultor da FINEP. Em 2007, por iniciativa da Financiadora, o setor esportivo foi incluído no edital do Programa de Subvenção Econômica, que destinou R$ 6,97 milhões a cinco projetos.

Universidade Federal de Santa Catarina investe em projeto que une Neurociência e Psicologia aos conhecimentos de Fisiologia e Biomecânica para melhorar a performance de competidores do atletismo.

Leia a matéria na íntegra

Leia também:

Na Mídia: Universidade Federal de Santa Catarina firma protocolo na Ucrânia

Na Mídia: artigo publicado na Revista Science tem colaboração de ex-aluna da UFSC

23/07/2010 08:50

Uma das autoras, Melina F. Figueiredo, fez o Curso de Farmácia na UFSC e agora está trabalhando no Reino Unido. Melina foi orientanda da professora do Centro de Ciências da Saúde, Tânia Beatriz Creczynski Pasa, junto ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)/CNPq.

Divulgação Científica

Respiração cerebral

16/7/2010

Agência FAPESP – Técnicas para controlar a respiração, como em ioga ou meditação, por exemplo, estão se tornando populares como alternativa para tentar relaxar e diminuir o estresse. Mas como é mesmo que o cérebro controla a respiração?

Segundo um grupo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos, são as células conhecidas como astrócitos que têm um papel central na regulação da respiração.

Astrócitos são células com formato de estrela (daí o nome) encontradas no cérebro e na medula espinhal. Até então, achava-se que fossem personagens passivos e secundários na fisiologia cerebral, mas Alexander Gourine, da University College London, e colegas encontraram evidências de que essas células multitarefas são protagonistas no controle químico-sensorial envolvido na respiração.

Os autores do estudo, publicado nesta sexta-feira (16/7) na edição on-line da revista Science, descobriram que os astrócitos cerebrais são capazes de perceber alterações nos níveis de dióxido de carbono e de acidez no sangue e no cérebro.

Com essa capacidade, essas células podem ativar redes neuronais envolvidas na respiração, localizadas no cérebro, de modo a aumentar a respiração de acordo com a atividade e o metabolismo do organismo.

Os astrócitos fazem isso ao liberar trifosfato de adenosina (ATP), um mensageiro químico que estimula centros respiratórios no cérebro a aumentar a respiração para que a quantidade a mais de dióxido de carbono seja removida do sangue e eliminada pela expiração.

Os resultados do estudo, segundo seus autores, podem ajudar a entender melhor os mecanismos responsáveis por problemas respiratórios como asma, enfisema e até a sensação de fôlego curto causada pelo estresse ou por doenças cardiovasculares.

“A pesquisa identifica os astrócitos cerebrais como elementos fundamentais nos circuitos cerebrais que controlam funções vitais como a respiração e indica que eles são realmente as estrelas do cérebro”, disse Gourine.

O artigo Astrocytes Control Breathing Through pH-Dependent Release of ATP (doi: 10.1126/science.1190721), de Alexander Gourine e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.

Na mídia: professora de Antropologia da UFSC é fonte em matéria sobre a participação das mulheres no futebol

24/06/2010 14:03

Atletas invisíveis

Por Christiane Silva Pinto

Vivemos uma época de crescente participação das mulheres em todos os esportes, inclusive o futebol. Hoje é cada vez mais difícil considerar um esporte esclusivamente masculino. Essa mesclagem de gêneros começa nas escolinhas de qualquer esporte, desde o vôlei até o judô. Mesmo assim, o espaço dado ao esporte praticado por mulheres, principalmente o futebol, é mínimo não só na mídia como nas confederações.

Segundo a professora do departamento de Antropologia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Carmen Rial, “no inicío do futebol, as mulheres tinham grande presença nas arquibancadas e poderiam ter tido presença também como atletas, não fosse uma proibição legal”.

Quando o Conselho Nacional de Desportos (CND) surgiu em 1941, tornou-se instância máxima de poder esportivo, criou um decreto que as impedia de jogar futebol: “Art. 54. Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país”.

O artigo vigorou até o anos 1970, quando foi revogado devido à pressão do movimento feminista. “As mulheres eram consideradas como reprodutoras e o futebol, assim como outros esportes (inclusive o vôlei, um esporte onde não há contato físico), era tido como capaz de prejudicar seus orgãos reprodutores. Ora, os orgãos reprodutores masculinos, externos, estão muito mais em risco do que o das mulheres”, comenta a professora.

Para o professor de Marketing da FEAUSP, Marcos Cortez Campomar, “em outros países as mulheres participam mais do futebol. No Brasil elas têm medo da violência”, o que entra no quesito segurança. “Aí o problema não é só dos clubes, e sim brasileiro”, afirma o professor, lembrando das inúmeras brigas entre torcidas organizadas que quase sempre acontecem depois dos jogos. Apesar da redução do número de mulheres nos estádios, a maioria dos clubes já tomou consciência do potencial feminino como clientes. Quase todos os times têm modelos femininos de suas camisas.

Não só nas arquibancadas dos estádios, como dentro de campo, o espaço dado às mulheres é mínimo. O futebol continua a ser um esporte masculino no mundo todo – com excessões como os Estados Unidos e a Suécia. A presença do futebol feminino na mídia é quase inexistente. Segundo Carmen Rial, “a televisão brasileira teve que engolir o futebol feminino, pois não poderia continuar desconsiderando um esporte que estava obtendo tantas conquistas internacionais”.

Apesar da cobertura dos jogos em si ser ainda muito pequena, a presença de mulheres como repórteres de programas esportivos se tornou comum atualmente. “Vejo como positivo o fato da televisão estar incorporando as mulheres entre os repórteres e apresentadores de programas desportivos. Porém, ainda não como comentaristas (que pensam, interpretam o jogo) ou narradoras. É como se a mulher pudesse mediar as intervenções dos homens envolvidos no futebol, mas não tivesse capacidade para produzir discursos sobre ele”.

Como uma possível solução para esse problema, Carmen acredita que “a CBF deveria tornar obrigatória a cada equipe de futebol masculino a organização de uma equipe feminina”, para que as atletas fossem mais motivadas. Além disso, as equipes femininas necessitariam de um calendário que as mantivesse em atividade durante todo o ano, para dar maior visibilidade aos clubes a qualquer momento e não apenas em temporadas especiais como as Olimpíadas.

Na Mídia: Aulas recomeçam na UFSC

01/03/2010 11:16

Este foi o segundo vestibular que a estudante Lian Soares, de 18 anos, fez para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mas o primeiro em que ela concorria para valer. Em 2008, quando estava no segundo ano do ensino médio, ela resolveu fazer a prova só pra saber como era.

No ano passado, se inscreveu para o curso de bacharelado em Matemática e Computação Científica e foi aprovada em segundo lugar. Hoje, com o início das aulas, as expectativas da nova acadêmica são as melhores. Com ela, outros 5,3 mil calouros ingressam na UFSC e 20 mil retornam das férias para mais um semestre.

Antes de fazer o vestibular, Lian pesquisou sobre o currículo da faculdade. Quando foi aprovada, foi conversar com o coordenador do curso antes de fazer a matrícula, para ter certeza de que vai estudar o que lhe interessa. Hoje, no primeiro dia de aulas, ela vai conhecer um pouco melhor a instituição.

Para receber os calouros, a UFSC preparou uma série de atividades, como shows e apresentação circense. A recepção será às 10h e às 19h, no Centro de Cultura e Eventos. Antes da solenidade, malabaristas se apresentam nas escadarias e no hall do centro cultural.

Nos próximos meses, o calendário da UFSC conta com programação comemorativa aos 50 anos da instituição, completados em dezembro deste ano. A programação inclui a edição de um livro que conta a história da universidade e a inserção na história do Estado e do Brasil.

Para os calouros como Lian, além da programação de recepção, há também os famosos trotes, que são preparados pelos veteranos.

– Espero que tenha trote no meu curso porque acho que é uma forma de integração bem legal com a turma – diz empolgada.

MAYARA RINALDI / Diário Catarinense

A recepção

– Às 10h e às 19h, no Centro de Cultura e Eventos, com a presença do reitor Álvaro Prata, do vice-reitor Carlos Alberto Justo da Silva, dos pró-reitores e secretários da Universidade, com

– Entrega da Agenda UFSC 2010 aos calouros

– Entrega de troféus aos melhores classificados no vestibular

– Apresentação humorística com o professor Marcão, do curso pré-vestibular da universidade

– Show com a banda 9 de Espada

Na mídia: Novo hóspede no campus da UFSC

22/02/2010 09:16

– Quando criança eu fazia espantalhos para afugentar os pássaros do arrozeiro onde eu morava, em São João Batista. Lá, no meio do bambuzal, eu vi uma bola de fogo brilhando no meio do mato. Não consegui identificar o que era, aí eu corri. Só depois fui saber que aquilo era o que chamavam de Boitatá. A experiência que o artista Laércio Luiz descreve com bom humor pode parecer surreal. E surreal e ambicioso foi o seu projeto de recriar um dos maiores mitos do folclore nacional, com restos de ferros da Ponte Hercílio Luz.

Boitatá Incandescente é o nome da escultura de 15 metros de altura e quase duas toneladas que agora integra a paisagem do Campus da UFSC, em Florianópolis, parte de um projeto de humanização da universidade.

A obra ainda está em fase de finalização e a inauguração está marcada só para 25 de março, mas já enche os olhos de quem passa pelo local, com suas formas arredondadas, asas abertas e um círculo vermelho de LEDs que brilha à noite, para dar a sensação de fogo.

– É uma obra meio andrógina, uma homenagem a Franklin Cascaes, que criou este ser lúdico. A partir do Boitatá do Franklin eu criei o meu próprio, uma mistura do velho com o novo, meio cobra, boi e lagarto. Algo contemporâneo, tecnológico, high tech – enfatiza Laércio, que colocará duas câmeras no alto da escultura que estarão ligadas ao site da UFSC.

O projeto foi fechado para ser sediado na universidade há um ano e, desde então, uma série de ideias foram sendo criadas e incorporadas para dar forma ao local que abriga a escultura. O que era somente um lago que passava despercebido por quem andava pelo Campus, foi transformado em um belo ambiente que está em fase de finalização.

Aos pés da escultura, uma infraestrutura está sendo montada, com água até os pés do Boitatá e um chafariz ao centro do lago. Um mosaico de azulejos com vários boitatás será montado do lado oposto da escultura. E um processo de paisagismo, luzes ambientais e peixes no lago vão implementar o projeto que levará o nome de Praça Franklin Cascaes.

– Vai ficar lindo. Será um ponto turístico a mais para a cidade. No dia da inauguração haverá apresentação folclórica e vamos exibir um vídeo mostrando o processo de construção da obra – conta a produtora de Laércio, Lourcley Silvestre.

Equilibrar a escultura foi a etapa mais complicada

Para colocar o projeto em prática, Laércio contou com a ajuda dos Engenheiros da UFSC e de incentivos do Funcultural de 2009 e da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

Os pés do Boitatá foram construídos a partir de cinco vigas de ferro da Ponte Hercílio Luz, material doado pelo governo do Estado.

– O mais difícil foi dar o equilíbrio para algo tão grande e essa sensação de que ele está em movimento e entrando na água – afirma Laércio.

Foram inúmeros os utensílios usados para dar forma à obra: solda, maçarico, cortadeira, calandragem… E não é primeira vez que faz um Boitatá. Ele conta que tem vários menores em casa, feitos derretendo as panelas de ferro que ganhou de seus avós.

Laércio se considera um artista eclético. Pinta, esculpe, faz intervenções urbanas, instalações, já ganhou vários prêmios, realizou exposições no Brasil e no exterior, fez cursos, revitalizações e conta que esse apelo artístico vem desde muito cedo:

– Por volta dos 12 anos fiquei um ano em coma, por causa de meningite. Foi aí que entrei em contato com a arte conhecendo o trabalho de artistas como Rembrandt e Van Gogh – lembra ele, que decidiu enveredar pela arte aos 18 anos, quando venceu um concurso em Joinville.

Fonte: Diário Catarinense

Na mídia: Obras na UFSC em janeiro

22/12/2009 16:22

Na segunda quinzena de janeiro, devem finalmente começar as obras do Campus da UFSC em Joinville. A previsão é do escritório técnico administrativo da universidade, órgão que cuida do projeto.

A previsão, otimista, leva em conta o resultado de uma licitação encerrada dia 18/12. A Terraplanagem Kohler venceu a concorrência para fazer a primeira obra no terreno na Curva do Arroz: a terraplenagem de cerca de 300 mil m² de área. A empresa tem sede em Navegantes e trabalha especialmente no Vale do Itajaí.

O resultado ainda não é definitivo. Até porque as outras nove empresas que concorreram podem entrar com recurso. Elas têm até o dia 24 de dezembro, véspera de Natal, para fazer isso.

A vitória da empresa de Navegantes foi apertada.Os R$ 2,99 milhões foram apenas R$ 27 mil a menos que o valor ofertado pela Volgensanger Terraplenagem, de Joinville. Ganha quem oferece o menor preço.

Por enquanto, a empresa de Joinville não vai questionar o resultado. “A minha equipe deu uma olhada na documentação deles, e a princípio está tudo certo”, disse o dono, Márcio Volgensanger. Ainda assim, as outras oito perdedoras podem fazê-lo.

A UFSC tem pressa para começar a obra. São pelo menos seis meses de atraso em relação ao cronograma inicial. Em março de 2011, a primeira etapa do campus precisa ficar pronta. São salas de aula, prédio administrativo, laboratórios e biblioteca, que ficarão ao redor de uma praça central, redonda.

Antes de começar a obra, é preciso acelerar também a parte ambiental. A UFSC já encaminhou, mas ainda não tem a aval da Fundema para começar a obra. Será preciso, também, um alvará de terraplenagem, dado pela Seinfra, após estudo do projeto. “Sem esses documentos, eles não podem botar máquinas no terreno”, diz o geólogo Rodrigo Cardoso, da Fundema.

Por Rodrigo Stüpp/ Jornal AN Joinville

rodrigo.stupp@an.com.br

Na mídia: Primeiro dia do vestibular da UFSC tem 15,74% de abstenção

20/12/2009 14:04

O primeiro de provas do vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) teve 15,74% de abstenção. O número, segundo a Comissão Permanente de Vestibular (Coperve), corresponde a 5.148 candidatos.

Neste sábado ensolarado, os candidatos enfrentaram uma maratona de provas: língua portuguesa e literatura brasileira, língua estrangeira, matemática e biologia.

No domingo, os inscritos farão as provas de história, geografia, física e química. Já na segunda-feira, último dia do vestibular, serão aplicadas a redação e as questões discursivas.

Locais de prova

As provas do vestibular da UFSC são feitas em 13 cidades de Santa Catarina: Florianópolis, Araranguá, Blumenau, Camboriú, Canoinhas, Chapecó, Criciúma, Curitibanos, Itajaí, Joaçaba, Joinville, Lages e Tubarão.

Os candidatos disputam 6.021 vagas em 82 cursos e habilitações para os campi em Florianópolis, Joinville, Curitibanos e Araranguá.

Gabarito

Para quem quiser conferir o desempenho no vestibular, a UFSC alerta que os gabaritos só estarão disponíveis na terça-feira, dia 22, a partir das 9h, no site do vestibular 2010.

fonte: diario.com.br

UFSC na Mídia: matéria da Revista Pesquisa Fapesp destaca trabalho da UFSC envolvendo etanol

20/11/2009 08:42

As artesãs do etanol

Carlos Fioravanti, de Nova Europa

Edição Impressa 165 – Novembro 2009

Pesquisa FAPESP – © Eduardo Cesar

Em menos de cinco minutos, as correntes de um guindaste inclinam uma carreta e despejam 30 toneladas de cana em uma esteira no início da linha de produção de açúcar e álcool da Usina Santa Fé, em Nova Europa, região central do estado de São Paulo. A carreta sai e um trator traz outra e depois outra, dia e noite, sem parar. A cana segue pela esteira, passa por máquinas que a trituram e extraem o caldo verde que se transforma em açúcar após purificação e evaporação. Mais adiante, nas dornas de fermentação – tanques de 25 metros de altura –, começa a transformação de açúcar em etanol, que depende de linhagens específicas de um tipo de fungo, a levedura Saccharomyces cerevisiae, o mesmo microrganismo unicelular usado para fazer pão, cerveja e vinho.

“Até pouco tempo atrás, não sabíamos o que acontecia lá dentro”, conta Cláudio Câmara, gerente de processos da usina, apontando para os tanques. “Só sabíamos que a fermentação terminava bem.” Depois de usar várias linhagens de Saccharomyces cerevisiae adequadas a menores volumes de produção, a Santa Fé adotou uma combinação de quatro variedades de leveduras para dar conta da produção de 1 milhão de litros de álcool por dia, que enchem 30 caminhões.

“Foi o melhor que conseguimos”, diz. Ele gostaria de usar menos variedades de levedura ou menos levedura – a fermentação começa com 600 quilos de leveduras colocadas em um tanque com 80 mil litros de mosto, o açúcar diluído. “Mas, com esse volume de produção, não podemos correr riscos.” Antes reconhecidas apenas pela capacidade de transformar açúcar de cana em álcool combustível, essas linhagens de leveduras são agora um pouco mais conhecidas e respeitadas.

Dois estudos – um da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e outro da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – examinam o conjunto de genes (genoma) das linhagens de leveduras usadas na produção de etanol e descrevem os mecanismos que permitem a elas produzir álcool com rapidez e eficiência. A partir dessas informações, os pesquisadores estão agora motivados para buscar – ou construir – variedades mais adaptadas às dornas de fermentação. “Talvez o desempenho das leveduras de uso industrial melhore se conseguirmos remover ou desativar alguns genes”, acredita Gonçalo Pereira, coordenador da equipe da Unicamp.

Um dos argumentos que alimentam essa possibilidade é que o rendimento da produção de álcool ainda está abaixo do máximo teórico. Hoje as leveduras produzem 0,46 grama de etanol para cada grama de açúcar, segundo Sílvio Andrietta, pesquisador da Unicamp. “O máximo teórico é de 0,51”, diz ele. “Chegamos a 90% do máximo teórico.” Se der certo, o impacto econômico pode ser grande. “Se a eficiência do processo aumentar 5%, já será um ganho extraordinário, em vista dos elevados volumes de produção”, diz o engenheiro químico Saul Gonçalves D’Ávila, professor emérito da Unicamp que acompanha uma das equipes. Este ano 350 usinas devem produzir 27,5 bilhões de litros de etanol.

Agora conhecido, o conjunto de genes próprio das leveduras que produzem etanol explica como essas variedades se tornaram robustas como um jipe, capazes de sobreviver ao calor intenso e de vencer a competição com leveduras selvagens que vêm com a cana e com outros microrganismos, todos ávidos pelo açúcar abundante nos tanques. “O processo de produção de etanol no Brasil é bastante suscetível à contaminação por microrganismos, que reduzem a produtividade”, comenta Gustavo Goldman, professor da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, especialista em genoma de fungos.

Leia a Matéria na íntegra

UFSC na mídia: 3º Congresso de Direito de Autor e Interesse Público

10/11/2009 11:26

Letra morta

Normas menos rígidas e regulação estatal devem servir de base à nova lei do direito autoral; pelas regras válidas atualmente, incontáveis usuários da internet estão na ilegalidade

Começam a vir à tona, hoje, os principais pontos da reforma do direito autoral planejada pelo governo brasileiro. A Folha teve acesso às diretrizes do anteprojeto de lei preparado pelo Ministério da Cultura (MinC) em parceria com acadêmicos e juristas. Antes mesmo de tornar-se público, o texto já causa divergências.

A iniciativa inclui-se num movimento mundial de revisão de leis que, simplesmente, não servem mais. Baseadas na Convenção de Berna, de 1886, as leis de direito autoral regem um mundo que deixou de existir. “Elas têm origem no século 19. Uma coisa é falar de partitura, outra é falar de sampler, que é mais do que uma cópia, é a recriação de uma obra”, exemplifica o professor Marcos Wachowicz, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), organizadora do 3º Congresso de Direito de Autor e Interesse Público, que acontece hoje e amanhã, na Fecomercio, em São Paulo.

No encontro, especialistas vão debruçar-se sobre o texto alinhavado pelo MinC a partir de um diagnóstico do setor cultural. Com isso, será dada a largada oficial para a revisão da lei em vigor, aprovada em 1998, como atualização de uma lei criada em 1973. O texto atual trata como ilegais atitudes corriqueiras, como a cópia de um CD para um pen drive. “Temos toda uma população na ilegalidade”, resume Wachowicz.

“Mudou a necessidade do consumidor e também a do autor”, diz Alfredo Manevy, secretário-executivo do MinC, para quem os criadores, não raro, são submetidos a “contratos leoninos”. “Há um desequilíbrio de forças entre autores e investidores”, diz, referindo-se a gravadoras, editoras etc. “Queremos fortalecer e garantir direitos hoje diluídos.”

Mas não é necessariamente assim que os autores pensam. “A iniciativa do MinC está divorciada das discussões mundiais”, diz José Carlos Aguiar, presidente da Associação Brasileira do Direito de Autor (ABDA). “As entidades de autores não foram consultadas e a tônica é a da fragilização do direito autoral”, aposta. Também contra o projeto posiciona-se, de antemão, a Associação Brasileira de Música e Artes (Abramus). “Parece que virá como um pacote de cima para baixo”, diz Juca Novaes, a despeito da informação do MinC de que se trata de uma primeira proposta, a ser submetida a um longo processo de discussão. “Está clara a intenção de estatização do direito autoral”, completa.

No texto há, de fato, menção ao Instituto Brasileiro de Direito Autoral, que o MinC não esclarece muito bem o que seria. José Luiz Herência, secretário de políticas culturais, diz apenas ser importante maior presença do poder público no setor. Não se sabe, porém, o quanto o instituto teria o poder de interferir no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), encarregado de arrecadar o pagamento de direitos autorais. O Ecad distribuiu, em 2008, cerca de R$ 270 milhões para mais de 73 mil músicos. Herência limita-se a dizer que “o Ecad precisa aprimorar seus mecanismos de transparência”.

O que está em jogo é também a relação entre interesses diversos. “O direito de autor foi criado para regular interesses privados. Com a internet, o papel do interesse público se ampliou”, diz o professor Manoel Pereira dos Santos, da FGV. “Temos mais gente produzindo, disponibilizando e tendo acesso. Isso muda o equilíbrio de poderes e, por isso, no mundo, estão mudando as leis.”

Fonte: Folha de S. Paulo/Ana Paula Sousa

Capa da Ilustrada de segunda-feira, dia 9 de novembro

Mais informações: http://www.direitoautoral.ufsc.br

*twitter:*

http://twitter.com/direitodeautor

*blog:*

http://www.congressodedireitodeautor.blogspot.com

Na UFSC, com o professor Marcos Wachowicz / Fone 48-3721-9292 /

www.cpgd.ufsc.br

UFSC na Mídia: Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais fala na UFSC sobre “Fóssil do Big Bang”

01/06/2009 11:35

JC e-mail 3771, de 28 de Maio de 2009. ,

Carlos Alexandre Wuensche, da Divisão de Astrofísica do Inpe apresenta a palestra no dia 15 de junho, a partir de 19h, no auditório da Reitoria

A Cosmologia, ciência que estuda a estrutura, evolução e composição do universo, é uma área que requer observações que sustentem as previsões teóricas dos cientistas

Formada por micro-ondas fraquíssimas que permeiam o espaço, a Radiação Cósmica de Fundo é uma das observações utilizadas para isso, sendo considerada a melhor evidência de que há 13,7 bilhões de anos houve o Big Bang, a explosão primordial que teria originado o universo.

De forma semelhante a um arqueólogo que coleta fósseis e relíquias para construir uma imagem do passado, cosmólogos estudam as propriedades da Radiação Cósmica de Fundo como um fóssil do Big Bang. E esse será o assunto de uma nova palestra integrada às comemorações do Ano Internacional da Astronomia na UFSC. O encontro será realizado no dia 15 de junho, a partir de 19h, no auditório da Reitoria.

O convidado é o professor Carlos Alexandre Wuensche, da Divisão de Astrofísica do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), que terá, como os outros palestrantes que já visitaram a UFSC para falar sobre vida fora do sistema solar, buracos negros e planetas extrassolares, o desafio de traduzir o assunto para o público leigo.

Mais informações sobre o ciclo de palestras: astro@astro.ufsc.br

UFSC na Mídia: Instituto de Estudos de Gênero é fonte de caderno Donna, no jornal Zero Hora

01/06/2009 11:17

O Instituto de Estudos de Gênero, ligado ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC, é fonte de matéria de capa do Caderno Donna, do jornal Zero Hora. Publicado no dia 24 de maio, o material trata da relação de Michelle Obama com o feminismo. A entrevista foi realizada com a professora Carmen Rial, atualmente em pós-doutorado na University of California Berkeley.

Acompanhe a matéria:

Michelle, o símbolo



Duas biografias recém-lançadas sobre a primeira-dama dos Estados Unidos revelam o perfil da mulher que virou ícone do pós-feminismo

Barack Obama, David Axelrod, principal consultor político da cidade de Chicago, e Michelle Obama estavam reunidos no escritório. O ano era 2004. Vencer as primárias eleitorais significaria a chance de Obama concorrer ao Senado. Os três tinham uma questão a resolver: usar ou não o slogan “Yes, we can”. Obama achou o slogan simplista, mas a frase foi defendida por Axelrod, seu criador. Coube a Michelle o voto de desempate. Ela achou uma boa ideia, ele virou senador.

A trajetória da primeira-dama dos EUA e a influência sobre a carreira do marido estão em duas biografias lançadas agora no Brasil. Os livros Michelle: A Biografia e Michelle Obama: A Primeira-Dama da Esperança se ressentem da falta de uma entrevista com a biografada (seus assessores só permitiram declarações para revistas de variedades durante a campanha). Mesmo assim, reforçam a tese da personificação de um novo símbolo do pós-feminismo.

A influência de Michelle Obama, 45 anos, mãe de Sasha, oito, e Malia, 11, a partir do que é revelado nos livros das jornalistas Liza Mundy e Elizabeth Lightfoot vai além da cor do vestido, do novo penteado ou da forma como ela conciliou carreira e família. Nada a ver com as digressões sexuais de Madonna ou com os desvarios consumistas de Carrie Bradshaw, de Sex and the City. O que chama atenção em Michelle é o equilíbrio nos papéis de mulher sexy, mãe e esposa dedicada.

Para Carmen Rial, antropóloga, professora e pesquisadora do Instituto de Estudos de Gênero da Universidade Federal de Santa Catarina, é preciso esclarecer o termo pós-feminismo, sob risco de apontarmos para valores de retrocesso em relação às conquistas feministas do século 20.

– Michelle tem dado provas de que sua vida se pauta pelas conquistas do movimento feminista. Se é verdade que deixou um emprego como advogada em que recebia US$ 300 mil por ano para se tornar a esposa do presidente, também tem aproveitado os espaços para atuar politicamente, com longos discursos nos quais expressa opiniões feministas. E ela já disse que voltará a trabalhar tão logo saiam da Casa Branca – explica Carmen Rial.

Referência fashion

Michelle Obama tem sido apontada como referência também na moda. Nos Estados Unidos, há quem diga que ela já é uma das Fab Four da era moderna – espécie de “quarteto fantástico” da moda –, somando-se a Jacqueline Kennedy, Carla Bruni-Sarkozy (com Michelle na foto abaixo) e a princesa Diana. Seu gosto por cores fortes, com casacos, blusas sem manga e cintura alta, inspirou o livro Michelle Style, lançado no início deste mês nos EUA. A obra assinada por Mandi Norwood reúne fotos e descrições de seus principais looks em eventos.

Além da altura (1m80cm) e das belas pernas, um dos trunfos apontados pelos críticos de moda incluem o estilo hi-lo (contraste de peças caras com outras mais baratas) e a opção por estilistas jovens e pouco conhecidos. O tititi sobre o que Michelle Obama veste reforça a semelhança com o movimento feminista.

No início do século 20, o feminismo foi decisivo na mudança da moda da época a partir da entrada das mulheres no mercado de trabalho. Agora, com uma negra no posto de primeira-dama da nação mais poderosa do mundo, a comparação é possível?

– Sim, mas não a imagino gastando fortunas com sapatos e vestidos, que é como alguns têm se referido às pós-feministas – diz a antropologa Carmen Rial.

Por Fabiano Moraes

UFSC na mídia: Juiz extingue ação contra a universidade no Norte

27/05/2009 11:53

No que depender da Justiça, a UFSC pode seguir com seu projeto do Campus Norte em Joinville. Nesta terça-feira, 26 de maio, o juiz substituto Cláudio Marcelo Schiessl negou todos os pedidos do Ministério Público Federal que questionavam a construção do campus na Curva do Arroz. O MPF também pedia, em liminar, que o vestibular fosse temporariamente cancelado, até que houvesse uma discussão ampla sobre os cursos.

Além de negar o que quatro procuradores pediam como decisão provisória, Schiessl extinguiu a ação. UFSC e União, réus no processo, podem respirar aliviados. Prova alguma há das alegações do MPF, escreveu o juiz.

Segundo Schiessl, a UFSC está fazendo os estudos para resolver problemas como torres de alta tensão e a linha férrea que cortam o terreno doado onde o campus será construído às margens da BR-101. Sobre a seleção do curso, o juiz ressaltou que a universidade tem autonomia para decidir isso.

Fonte: Jornal A Notícia

27 de maio de 2009. | N° 416, ed. Geral

UFSC na mídia: Planejar e gerir territórios

25/05/2009 14:37

Planejar e gerir territórios, por Leila Christina Dias*

O planejamento e a gestão dos territórios são temáticas que estão sempre na ordem do dia e que podem ser focalizadas a partir de diferentes pontos de vista. São problemáticas historicamente ligadas ao exercício do poder, à ação de diferentes atores sociais e às relações que estes estabelecem entre si.

No intuito de contribuir para o avanço da reflexão sobre as tendências recentes do planejamento e da gestão dos territórios, a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Anpur) realizará seu 13º Encontro Nacional, em Florianópolis, entre os dias 25 e 29 de maio, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

O tema central será “Planejamento e gestão do território: escalas, conflitos e incertezas”. Estima-se que um público de 1,2 mil pessoas estará presente, reunindo planejadores, arquitetos, geógrafos, sociólogos, economistas, historiadores, dentre outras formações, buscando um diálogo entre a pesquisa e a ação política desenvolvida em diferentes Universidades, Ministérios, Secretarias de Governo e Organizações Não-governamentais.

O papel do município a partir da Constituição de 1988; metodologias de gestão urbana e metropolitana; conflitos e práticas envolvendo usos e gestão do território; dilemas, tensões e incertezas em relação aos atuais modos de apropriação do espaço e de uso dos recursos ambientais serão temas problematizados nas conferências, mesas-redondas, sessões temáticas e sessões livres.

Se os territórios expressam a coexistência conflituosa de muitas vozes e trajetórias, espera-se que do diálogo surjam propostas à altura dos desafios atuais e futuros.

* Professora da UFSC, pesquisadora do CNPq e presidente da Comissão Organizadora do XIII Enanpur

Leia também:

– Estudo identifica 171 áreas de informalidade e pobreza na região conurbada de Florianópolis

– Livro traz resultados de estudos sobre o mercado de solo nas favelas brasileiras

– Trabalho de professor da UFSC lembra que Florianópolis está longe de ser uma cidade perfeita

– Encontro sobre planejamento urbano traz para Santa Catarina pesquisadores de renome

UFSC na mídia: 40% dos adolescentes já perderam ao menos um dente no Brasil

22/04/2009 13:42

FERNANDA BASSETTE

da Folha de S.Paulo

Editoria de Arte/Folha Imagem

Editoria de Arte/Folha Imagem

Quase 40% dos adolescentes brasileiros entre 15 e 19 anos já perderam ao menos um dente e, em 93% dos casos, a perda foi provocada por uma cárie. Os dados são de um estudo realizado na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), que foi publicado no mês passado na “Revista de Saúde Pública”.

O resultado preocupa os especialistas, pois a expectativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o ano 2000 era que 85% dos adolescentes dessa faixa etária tivessem todos os dentes -e o país possui apenas 60% dos jovens nessa condição.

A cárie é uma destruição dos tecidos dentais provocada pela ação das bactérias acumuladas em placas, formadas depois de uma escovação inadequada e pela ingestão de sacarose.

A ação bacteriana provoca a alteração do pH da boca e a perda de minerais dos tecidos dentais (esmalte e dentina). Conforme a perda de minerais aumenta, há mais riscos da cárie chegar até a polpa dos dentes (região dos nervos e vasos sanguíneos). É isso que causa a dor.

A pesquisa da UFSC desmembrou os resultados do levantamento epidemiológico nacional de saúde bucal, realizado pelo Ministério da Saúde em 2003 e considerou apenas as informações dos adolescentes. Ao todo, foi avaliada a saúde bucal de 16.833 jovens de 250 cidades brasileiras.

Segundo Paulo Roberto Barbato, autor do estudo, existem poucos trabalhos brasileiros focados apenas na saúde bucal do adolescente. “Queríamos avaliar como estão os dentes de uma população que já tem o benefício da fluoretação da água e dos cremes dentais. Por isso fizemos o recorte só com os adolescentes”, explica.

Entre os jovens que moram em locais não servidos por água fluoretada, a prevalência de perda dentária foi 40% maior do que entre os demais.

Primeiro molar

De acordo com Barbato, autor do estudo, os dentes perdidos com mais frequência pelos adolescentes são os primeiros molares (esquerdo ou direito, superior ou inferior). De acordo com ele, isso acontece porque o primeiro molar é o primeiro dente permanente que nasce e, por isso, fica mais exposto e mais suscetível para desenvolver cáries.

“O primeiro molar não é trocado, como os dentes de leite. Mas, normalmente, os pais não o identificam como dente permanente e acabam não cuidando dele adequadamente. Essa é uma hipótese que ajuda a entender por que esses dentes caem mais”, avalia Barbato.

Além disso, o estudo mostra que em 2003 os adolescentes tiveram, em média, 6,2 cáries (tratadas ou não), considerando o índice CPOD (dentes cariados, perdidos ou obturados). Em 1986, quando foi feito o primeiro levantamento nacional, os jovens da mesma idade tiveram história de cáries em pelo menos 12 dentes.

“Percebemos que a quantidade de cáries diminuiu, mas a perda dentária continua alta entre os jovens. É preciso mais ações voltadas para esse público”, diz o pesquisador.

O dentista Marcelo de Castro Meneghin, vice-diretor da Faculdade de Odontologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e professor de saúde pública, diz que os resultados são preocupantes.

De acordo com Meneghin, a média atual de cáries em crianças com até 12 anos é de 2,78. Entre os adolescentes, a média duplicou, ficando em 6,2. Se considerarmos os adultos, a média é de 20,1 dentes cariados, três vezes mais do que os adolescentes. “Isso é uma preocupação, pois você tem um índice de cáries aceitável em crianças e cada vez pior entre os adultos. Os idosos não terão mais dentes”, afirma.

Brasil Sorridente

Na opinião de Meneghin, apesar do número alto de perda dentária, a tendência é melhorar a saúde bucal do brasileiro, já que o Ministério da Saúde implantou em 2004 o programa Brasil Sorridente.

“As políticas de saúde bucal sempre foram muito voltadas às crianças, pois os atendimentos odontológicos eram feitos nas escolas. A população adulta era totalmente desassistida pelo SUS. Agora, os adultos têm acesso a água e cremes dentais fluoretados, além do tratamento. Isso terá um reflexo”, avalia.

O Ministério da Saúde estima que, em 2008, 58% da população brasileira não teve acesso a escovas de dentes conforme recomendação de especialistas (quatro por ano). O número inclui pessoas que nunca escovam os dentes, as que fazem isso de vez em quando e também aqueles que usam a mesma escova por muito tempo.

Dentro da Política Nacional de Saúde Bucal, o ministério iniciou, em março, a entrega de 40,6 milhões de kits (pasta de dente e escova) para todo o Brasil. Em 2008, foram distribuídos 32 milhões de kits. “Se a escovação dos dentes for feita corretamente, dentro das técnicas, a tendência é diminuir as cáries”, avalia Meneghin.

Leia a matéria na Folha de São Paulo: