UFSC lidera Rede Cooperativa Estadual de Pesquisa em Resíduos Sólidos em projeto com 9 instituições

26/06/2024 09:30

Imagem de Dinh Khoi Nguyen por Pixabay

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está liderando a Rede Cooperativa Estadual de Pesquisa em Resíduos Sólidos, construída com o objetivo de traçar um diagnóstico e contribuir com proposições para a revisão do Plano Estadual de Resíduos Sólidos, elaborado em 2016 pelo governo do Estado por força de uma legislação federal, a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Sob coordenação do professor Armando Borges de Castilhos Junior, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, o grupo conta com a colaboração de outras nove instituições distribuídas nas seis mesorregiões do Estado.

O projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), com cerca de R$ 3 milhões de investimentos aprovados. Segundo o professor, a rede é uma demanda do governo estadual para trabalhar com os resíduos a partir da legislação em vigor, traçando, a partir dessa articulação, um diagnóstico dos resíduos para cada região. O grupo também irá trabalhar na elaboração de uma ferramenta de levantamento de dados.

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Pesquisa da UFSC indica que resíduos da reciclagem podem ser utilizados na geração de energia para a indústria

07/02/2022 11:17

Pesquisadora fez um estudo de viabilidade a partir do que os recicladores descartavam no processo (Fotos: acervo pessoal)

Minimizar um problema ambiental, gerar energia limpa e contribuir economicamente com cooperativas de trabalhadores que reciclam resíduos – o ciclo virtuoso da utilização de rejeitos da coleta seletiva para produzir energia foi o foco da pesquisa de mestrado de Eduarda Piaia, defendida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina. Ela avaliou a viabilidade da produção dos chamados Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR) a partir de um estudo realizado junto a Associações de Catadores de Materiais Recicláveis. O trabalho foi orientado pelo professor Armando Borges de Castilhos Júnior e pode contribuir com as metas da indústria cimenteira para a redução da poluição atmosférica por CO2.

Como resultado, Eduarda identificou que o processo é promissor, mas que, para compensar o custo da instalação de uma planta que transforme lixo em energia, é necessário um grande volume de rejeitos – o que implicaria em estratégias que envolvessem mais de uma cidade na produção. Na prática, essa planta utilizaria os rejeitos coletados no processo de reciclagem, hoje encaminhados para aterros sanitários, para gerar combustível para as indústrias de cimento.

A pesquisadora tem estudado os resíduos sólidos desde o seu trabalho de conclusão de curso, desenvolvido em 2016, também na UFSC. Sua preocupação, até então, era compreender porque o material coletado na cidade e que chegava aos recicladores tinha tantos itens que não podiam ser comercializados e eram descartados. De roupas a matéria orgânica, passando por plásticos específicos que não encontram compradores, esses materiais se perdem no processo e retornam aos aterros sanitários, já sobrecarregados.

Em 2019, no entanto, uma portaria interministerial passou a disciplinar a recuperação energética de resíduos sólidos urbanos, o que seria uma alternativa ao aterramento de resíduos. “Era um assunto super novo e poucas pessoas estavam estudando isso naquele momento. Por uma sugestão do meu orientador, decidi fazer esse estudo de viabilidade técnica, analisando os rejeitos e sua possibilidade de geração de energia”.

Ela já sabia, por conta do TCC, os tipos de rejeitos que chegavam até as cooperativas. Naquele estudo, Eduarda esteve em campo com os recicladores durante o processo de seleção dos materiais que poderiam ser vendidos. Cerca de 20% do material acabava não sendo aproveitado – e foi justamente em torno desse percentual que ela decidiu concentrar suas análises na dissertação.

Para a produção do CDR, a pesquisadora concentrou sua análise na investigação de parâmetros que a levaram a compreender o potencial de geração de energia dos resíduos. A investigação sobre a quantidade de cloro, de mercúrio e do potencial calorífico dos rejeitos fez parte do estudo, que também se baseou nas normas internacionais e na norma ABNT NBR 16.849/2020 para chegar aos resultados.

Amostras e resultados

A pesquisadora coletou, para o estudo, diferentes amostras em três associações de recicladores de Florianópolis: no Norte e Sul da Ilha e na região central. No total, foram 24 amostras de cada associação, separadas em dez categorias, de acordo com o tipo de resíduo coletado.

Eduarda ressalta que alguns tipos de plástico também são descartados como rejeitos, como os de embalagem de macarrão, por exemplo. Mas há outros tipos de materiais que chegam nas associações, como papel higiênico, pilhas, lâmpadas, etc. “Cada cidade e cada região tem uma característica diferente quanto aos rejeitos e, por consequência, um potencial diferente tanto para a reciclagem quanto para o aproveitamento energético”, explica.

As amostras coletadas na pesquisa foram trituradas e levadas para o laboratório. Como principais resultados, o estudo constatou que 60,27% dos rejeitos das associações de catadores do município de Florianópolis podem ser utilizados para a recuperação energética. Entre aqueles a serem aproveitados no processo, 75,26% são embalagens de macarrão e biscoitos, de bolo e papel, que possuem como principal componente do polipropileno (PP) ou película de polipropileno biorientada (BOPP). A pesquisa também indica a necessidade de trituração antes da utilização direta dos rejeitos em fornos de cimenteiras, devido às especificações do processo produtivo.

Outra preocupação da investigação foi estimar as emissões atmosféricas evitadas ao se substituir o combustível convencional de cimenteiras pelo CDR em três cenários baseados nas metas do setor cimenteiro para a substituição de combustíveis fósseis por combustíveis alternativos. Como resultado, verificou-se que em um dos cenários seria possível reduzir em 14,73% a emissão de CO2 no ar.

A pesquisa sugere, como recomendação, que se realizem estudos semelhantes com os resíduos que chegam ao aterro sanitário de Biguaçu, que recebe material de toda a grande Florianópolis e poderia gerar um montante suficiente para justificar um empreendimento desse porte. “Eventualmente, as cidades de Blumenau e Itajaí poderiam, tal como Florianópolis, compor uma massa de rejeitos interessante para o uso como CDR”, indica.

A pesquisadora ainda lembra que além de contribuir com a geração de uma energia mais limpa e com a redução da utilização de aterros, o processo poderia representar possibilidade de renda extra para os recicladores, já que o material, antes desperdiçado, pode passar a ter um custo, garantindo benefícios econômicos ao trabalhador. “A chave para que dê certo é que se conheça a composição gravimétrica dos rejeitos, por isso a importância de se fazer estudos em diferentes regiões”, finaliza.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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Resíduos recicláveis do HU contribuem com sustento de famílias catarinenses

02/06/2020 12:26

Catadores realizam coleta de resíduos recicláveis no HU-UFSC. Foto: Nick Bokeko

Resíduos recicláveis do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) contribuem para sustento de quase 20 famílias. De acordo com o administrador Nick Bokeko, do Setor de Hotelaria do HU, atual fiscal técnico dos contratos de manejo de resíduos sólidos do hospital, existe todo um fluxo de destinação dos resíduos produzidos no dia a dia. “O aproveitamento e descarte correto dos resíduos beneficia o hospital, as famílias de recicladores e o meio ambiente”, explicou.

Segundo ele, o hospital tem parceria com a Associação de Recicladores Esperança (Aresp), que fica na comunidade do Monte Cristo, Florianópolis. Periodicamente, eles recolhem o material – papel, plástico, papelão e outros itens recicláveis. “Tive a oportunidade de visitar a Aresp e conhecer de perto o trabalho incrível que eles fazem. Cada vez que a gente joga o nosso lixo no recipiente correto, estamos gerando trabalho e renda para pessoas que realmente precisam”, disse.
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Campus da UFSC tem Semana de Mutirões de Limpeza

20/04/2012 17:55

Estudantes, professores e servidores farão uma grande faxina a partir da segunda no campus da UFSC da Trindade. A Semana de Mutirões de Limpeza irá reunir a comunidade universitária para recolher o lixo encontrado no chão e nos córregos e encaminhá-lo ao descarte adequado. Os resíduos recicláveis serão armazenados a fim de servirem de matéria prima para uma intervenção artística que será realizada na semana seguinte. Os materiais produzidos serão expostos na Universidade, a fim de dar visibilidade e levantar a discussão do tema.

A iniciativa é do Grupo de Educação e Estudos Ambientais do CCB (GEABio), do Centro Acadêmico da Biologia (CABio), do Núcleo de Educação Ambiental do CTC (NEAmb), da Sala Verde UFSC e do CCB Recicla. Seus integrantes divulgaram carta convidando os interessados a participar da ação.

Mais informações: Ana Paula Tridapalli de Almeida – (48) 9975-8845 .

 

Confira os horários da Semana de Mutirões de Limpeza:

Segunda (23/04)
Manhã: Encontro: Bar do CFH – 9h
Contato: Ana 9975-8845
Tarde: Encontro: Bar do CTC – 13h30
Contato: Marilia 9632-7448

 

Terça (24/04)
Manhã: Encontro: Bar da Bio – 9h
Contato: Marcela 9917-7157
Tarde: Encontro: frente  ao MIP – 13h30
Contato: Caiâne 9102-1474

 

Quarta (25/04)
Manhã: Encontro: Piscina de Desportos – 9h
Contato: Gian (47) 9621-0852

 

Quinta (26/04)
Tarde: Encontro:  Reitoria – 13h30
Contato: Marcela  9917-7157

 

Sexta (27/04)
Manhã: Encontro: Bar CCS – 9h
Contato: Lua 9655-8825
Tarde: Encontro: Antigo Bar – 14h
Contato: Gian (47) 9621-0852

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“FICA na UFSC” traz o melhor do cinema ambiental

10/08/2011 09:58

Com apoio da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e da Agência Goiânia de Cultura Pedro Ludovico Teixeira, será realizada nos dias 24 e 25 de agosto, no auditório do Centro de Ciências da Educação (CED), a IV Mostra de Cinema Ambiental “FICA na UFSC”. O evento é resultado da edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), realizado sempre no mês de junho em Goiás. A entrada será gratuita e os filmes serão legendados.
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