Pesquisa e relação com a indústria alavancam UFSC em ranking internacional
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) subiu cinco posições no principal ranking de universidades da América Latina, o Times Higher Education Latin America University Rankings 2022, chegando ao sexto lugar entre as principais instituições do continente. O levantamento trabalha com 13 indicadores agrupados em cinco grandes núcleos: ensino, internacionalização, pesquisa, citações e parcerias com a indústria. A pesquisa e a colaboração com a indústria foram as categorias em que a Universidade mais cresceu em relação ao último ano – foram 12 posições a mais no primeiro aspecto e 15 no segundo.
O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, avalia que a boa posição da Universidade no ranking é motivo de satisfação, principalmente considerando que passamos por uma pandemia. “Mesmo durante este período em que as universidades foram até muito criticadas pela mídia, a UFSC continuou produzindo ciência e tecnologia, além de formar os quadros necessários para a sociedade”. Ele atribui esse desempenho ao trabalho desenvolvido pelos docentes, servidores técnico-administrativos e a qualidade dos estudantes.
De acordo com o reitor, as pesquisas da Universidade foram aprofundadas e representaram uma contribuição importante para a sociedade, tanto as descobertas em pesquisas científicas voltadas para a área da saúde quanto estudos envolvendo as indústrias catarinenses, brasileiras e também internacionais. Neste contexto, Irineu vê como muito importante a articulação para a garantia de recursos para as universidades. “É importante a universidade não inibir o seu potencial de pesquisa e continuar trabalhando, ampliando parcerias, e também paralelamente fazer a luta junto ao Congresso Nacional para recuperar esse recurso que foi cortado agora”.
Para a vice-reitora, Joana Célia dos Passos, o desempenho é resultado da dedicação, do engajamento e do trabalho sério de docentes, técnicos, pesquisadores e estudantes. “Apesar de tantas críticas às universidades, à ciência e aos/às pesquisadores/as; apesar do orçamento reduzido nos últimos anos; das dificuldades impostas pela pandemia, o ranking da UFSC e das demais universidades brasileiras mostra que nossas instituições não pararam de desenvolver ensino, pesquisa e extensão de qualidade. O que engrandece a todas e todos, estudantes, professores/as e servidores/as técnicos/as”, enfatiza Joana.
O pró-reitor de Pesquisa, Jacques Mick, ressalta, ainda, que os índices refletem “a resiliência e a capacidade de pesquisadores e pesquisadoras da UFSC de manterem seu trabalho nas condições impostas pelo combate à pandemia, em regime de trabalho doméstico, cooperando com suas redes de pesquisa por meio de reuniões on-line”.
Conforme dados do Observatório UFSC, a Universidade atualmente conta com 655 grupos de pesquisa registrados, com 2.468 linhas de pesquisa e 12.466 participantes. As áreas com mais grupos cadastrados são Ciências Humanas (128), Ciências Sociais Aplicadas (118), Ciências da Saúde e Engenharias, com 89 grupos cada. Aí estão incluídas pesquisas básicas e aplicadas, que extrapolam os muros da Universidade e, direta ou indiretamente, trazem benefícios a toda a sociedade.
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