Segesp divulga resultados da ‘Campanha de Rastreamento da Hepatite C’

24/08/2015 11:02

A Secretaria de Gestão de Pessoas (Segesp) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – por meio da Divisão de Serviço Social (DiSS) do Departamento de Atenção à Saúde (DAS) –, a Liga Acadêmica de Gastroenterologia (Ligastro) e o Ambulatório de Gastroenterologia do Hospital Universitário (HU) organizaram a “Campanha de Rastreamento da Hepatite C”, realizada no dia 3 de agosto, no Campus Trindade, Florianópolis. As atividades marcaram o “Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais”, celebrado no dia 28 de julho.

A meta estabelecida pelos organizadores – realização de 500 testes – foi superada. “A atividade foi um sucesso, com a participação de 553 pessoas, entre servidores, contratados e alunos. Foram identificados cinco casos positivos, que já foram encaminhados e atendidos pelo ambulatório de Gastroenterologia do HU”, informa a diretora do DAS, Marilza Nair dos Santos Moriggi.
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Teste gratuito e palestra marcam campanha contra hepatite C na UFSC

03/08/2015 09:00

O Serviço de Gastroenterologia do Hospital Universitário (HU), a Liga Acadêmica de Gastroenterologia (LiGastro) e a Secretaria de Gestão de Pessoas (Segesp) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio da Divisão de Serviço Social (CPVS/DAS), programam algumas atividades para a próxima segunda-feira, 3 de agosto, com o objetivo de marcar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais (28 de julho).

Na próxima segunda-feira, técnicos, docentes, estudantes e funcionários terceirizados poderão fazer o teste de rastreamento gratuitamente, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h, na antessala do auditório da Reitoria. A comunidade universitária também pode participar da palestra “Hepatite C – saiba mais”, ministrada pela doutora em Gastroenterologia e chefe da Divisão de Clínica Médica do HU, Janaína Luz Narciso Schiavon. O evento, gratuito, terá início às 11h, no auditório da Reitoria. foto

De acordo com a diretora do Departamento de Atenção à Saúde (DAS), Marilza Nair dos Santos Moriggi, a campanha de sensibilização é uma das ações de promoção à saúde planejadas para o ano de 2015. “A expectativa é de alertar os servidores para a problemática da hepatite C e para que façam o teste preventivo. A ação deve contribuir ainda para que os participantes reproduzam estas informações para as demais pessoas de suas relações familiares, de amizade e do trabalho”, afirma.

Para o teste de rastreamento da hepatite C, recomendado àqueles com mais de 45 anos, não é necessário estar em jejum. Também deve realizá-lo quem tem contato regular com sangue no trabalho, como profissionais da área da saúde; pessoas que já compartilharam agulhas e injetaram drogas; estiveram em tratamento de diálise renal por longo período; têm tatuagem ou colocaram piercing; e as que realizaram acupuntura ou receberam órgãos ou transfusão de sangue, especialmente antes de 1993.  Até o início dos anos 1990, não havia métodos de detecção da doença em transfusões de sangue, e os procedimentos de segurança realizados em atendimentos médicos e odontológicos não eram tão rigorosos como os atuais.

O acolhimento para o teste será feito por técnicos-administrativos em Educação (TAEs) da Universidade, e, na sequência, o participante será encaminhado aos técnicos de Enfermagem e de Laboratório para realização do procedimento, que consiste em uma punção capilar. “É a coleta de uma pequena gota de sangue do dedo. Esta é, então, depositada em um kit padronizado, que apresenta o resultado em poucos minutos”, esclarece o coordenador de Promoção e Vigilância a Saúde da UFSC, Carlos Alberto Rodrigues.

O participante receberá o resultado pelas mãos de um médico. “Se necessário, ele já será encaminhado a uma consulta no Laboratório de Gastroenterologia do HU. Sairá com data e horário marcados”, explica Carlos. Os testes serão limitados à quantidade de kits disponíveis no dia do evento.

Prevenção

A doença é causada pelo vírus VHC, que leva à inflamação do fígado, e é transmitida principalmente por sangue contaminado. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a hepatite C é uma importante causa de cirrose, câncer e transplante de fígado. Não compartilhar objetos que tenham entrado em contato com sangue, como seringas, agulhas e objetos cortantes, e utilizar preservativo nas relações sexuais são formas de prevenção – lâminas de barbear, escovas de dente e alicates de unha são exemplos de itens que não devem ser compartilhados. Recomenda-se às mulheres grávidas a realização do exame pré-natal, pois o vírus pode ser transmitido ao bebê.

O VHC não é transmitido pela água, comida ou leite materno, nem por contato casual, como abraçar ou beijar uma pessoa infectada. Compartilhar bebidas e alimentos também não é forma de transmissão.Os tipos de hepatite são classificados pelas letras A, B, C, D e E. Existem vacinas disponíveis para prevenção dos tipos A e B, e o teste de rastreamento é disponibilizado pelo SUS.

Sintomas

A hepatite C é uma doença silenciosa e raramente sintomática, o que faz com que algumas pessoas sejam diagnosticadas somente durante a fase aguda. Fadiga, náuseas, vômitos, diminuição do apetite, tontura, icterícia, febre, dores nas articulações, fezes claras e urina escura estão entre os sintomas.

Tratamento

A baixa eficácia dos tratamentos e importantes restrições terapêuticas marcaram a doença ao longo das últimas décadas. O Ministério da Saúde anunciou, na última segunda-feira, 27 de junho, durante lançamento da Campanha do Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais 2015, um novo tratamento para a hepatite C que deve diminuir o tempo de tratamento e aumentar as chances de cura. A previsão é de que a terapia esteja disponível no SUS até dezembro.

De acordo com o órgão federal, em 13 anos de assistência à hepatite C via SUS foram 120 mil casos confirmados e notificados, o que representa 10 mil novos casos notificados anualmente, e mais de 100 mil tratamentos realizados. O SUS disponibiliza os medicamentos de combate à hepatite C para os pacientes diagnosticados e que recebem indicação de tratamento medicamentoso.

Hepatite C no Brasil e no mundo

Cerca de 150 milhões de pessoas no mundo possuem hepatite C crônica, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). As regiões mais afetadas pela doença são a África Central e o Leste da Ásia. A mesma fonte indica que aproximadamente 500 mil pessoas morrem todos os anos por doenças no fígado relacionadas à doença.

Um levantamento realizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) indica que aproximadamente 3 mil mortes associadas à hepatite C são registradas por ano no Brasil. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 8 mil novos casos de câncer de fígado são registrados anualmente. A doença é a causa de 31% a 50% dos transplantes em adultos.

 

Bruna Bertoldi Gonçalves

Jornalista / Diretoria-Geral de Comunicação / UFSC

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