Grupo da UFSC cria IA que facilita acordos de conciliação em ações contra companhias aéreas

Com uma base de dados com cerca de 1,8 mil sentenças, a ferramenta de uso gratuito desenvolvida na UFSC é capaz de “prever” os valores indenizatórios das ações de conciliação. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC
Você já viajou de avião, perdeu seu voo devido a atrasos da companhia aérea e acabou não comparecendo a um evento importante? Ou já teve sua mala extraviada durante a viagem? No Brasil, casos como esses, que podem configurar ações cíveis de danos morais ou materiais na esfera judicial, são muito comuns.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), o Brasil concentra 98,5% de todas as ações judiciais contra companhias aéreas no mundo. O levantamento publicado pela Abear em 2024 aponta que, em média, a cada um (1,04) voo são registradas duas ações no setor no país. Em comparação, nos Estados Unidos, por exemplo, os mesmos dois processos são registrados a cada 5,17 mil voos.
Com base nesse cenário, que gera transtornos ao setor aéreo e à Justiça brasileira, o grupo de pesquisa Governo Eletrônico, Inclusão Digital e Sociedade do Conhecimento (Egov) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveu a Concil-IA, uma inteligência artificial (IA) que facilita os processos de conciliação entre consumidores e empresas aéreas em casos de danos morais e materiais.
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