UFSC lança ações para equidade e debate assimetrias de gênero na ciência

11/02/2021 19:09

O dia internacional das mulheres e meninas nas ciências foi marcado, na Universidade Federal de Santa Catarina, pela divulgação de três ações institucionais que buscam refletir sobre as distorções de gênero nas ciências e na instituição. Um curso de seis semanas para estudantes de graduação, uma comissão para a equidade e uma premiação para pesquisadoras mulheres foram apresentadas no evento transmitido ao vivo pela TV UFSC.

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Exemplos positivos inspiram meninas a buscarem a carreira científica

11/02/2021 08:00

Marília Reginato Barros faz doutorado em Química, após começar a carreira na iniciação científica e receber prêmio pelo seu trabalho (Foto: João Paulo Winiarski)

“Os sistemas educacionais e as escolas desempenham um papel central em determinar o interesse das meninas em disciplinas de STEM (sigla para Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática), bem como em oferecer oportunidades iguais para acessarem e se beneficiarem de uma educação em STEM de qualidade.”

O trecho em destaque em relatório da Unesco traduz, na prática, a importância do efeito borboleta para a carreira das meninas e mulheres nas ciências. Quando a escola bate as asas na construção das oportunidades, forma cientistas capazes de intervir na realidade. Quando a universidade faz o mesmo, o efeito tende a ser a inclusão e a diversidade nos diferentes espaços profissionais.

Na UFSC, há, atualmente, 870 alunas com bolsas de iniciação científica, o que representa 55,05% do total. As mais jovens nasceram no ano de 2002 e ainda não completaram 20 anos de idade. Pode parecer um ingresso precoce, mas representa, na verdade, uma quebra de paradigma – segundo o mesmo documento divulgado pela entidade internacional,  o gap entre mulheres e homens na carreira é ocasionado por “normas sociais, culturais e de gênero, que influenciam a forma como meninas e meninos são criados, como aprendem e como interagem com seus pais, com sua família, amigos, docentes e com a comunidade como um todo”. 
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Com menos destaque nos altos postos da ciência, meninas e mulheres buscam reverter estatísticas

11/02/2021 08:00

Efeito tesoura é o termo utilizado para ilustrar como as mulheres vão perdendo espaço nas estatísticas relacionadas às ciências, com o passar dos anos. É como se elas fossem, pouco a pouco, expulsas da carreira, sem conseguir chegar ao topo. Também chamada de “teto de vidro”, a metáfora ilustra que, por mais que vejam e queiram chegar às posições mais altas, meninas e mulheres enfrentam barreiras inevitáveis pelo caminho.

Professora Miriam Pillar Grossi

Uma das questões mais ilustrativas desse assunto diz respeito à maternidade e também ao casamento. A professora Miriam Grossi, antropóloga e pesquisadora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, diz que a maternidade precisa ser reconhecida como um fator de influência na carreira. “E isso é parte da vida social, por isso precisamos criar condições para o bem estar das pesquisadoras mães, dar condições de apoio”.

Neste aspecto, até gestos mais sutis, como o agendamento de reuniões, pode ter influência na rotina institucional das mulheres, quando este horário concorre com o tempo de buscar os filhos na escola ou da execução de alguma tarefa doméstica. “O casamento também tem essa influência e é uma questão que afeta boa parte das mulheres. É o tempo para o cuidado da casa, supermercado, comprar, limpar – há uma diferença radical do volume de horas que uma mulher gasta e que um homem gasta nesta rotina”, exemplifica.
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Representatividade, diálogo e políticas públicas são chave para mais meninas e mulheres nas ciências

11/02/2021 08:00

O simples bater de asas de uma borboleta no Brasil pode ocasionar um tornado no Texas. A metáfora do efeito borboleta, popularizada pelo cientista norte-americano Edward Lorenz, se referia a como alterações em determinados sistemas podem resultar em eventos inesperados, mas passou a ser aplicada para discussões cotidianas sobre causa e consequência e sobre como determinadas escolhas são capazes de modificar o curso de uma vida.

Em 2016, seis anos depois de ingressar como acadêmica de Química na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pesquisadora Marília Reginato de Barros foi premiada no Seminário de Iniciação Científica da Universidade, na categoria Ciências Exatas e da Terra, com um trabalho que consistia no desenvolvimento de novos adsorventes a base de matrizes de sílica. Hoje, mais de quatro anos depois, ela está no último ano de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Química, buscando soluções para a contaminação de água por pesticidas. Marília atuou como bolsista em todas as etapas da carreira.

A borboleta já batia as asas quando Marília entrou na graduação e se viu inspirada por professoras e pesquisadoras. Quando reconstrói a própria trajetória, cita pelo menos três: sua primeira orientadora, Hérica Magosso, a orientadora no mestrado e doutorado, Cristiane Luisa Jost, e Rosely Peralta. Elas são parte das estatísticas que vêm se revelando cada vez mais importantes no mundo acadêmico: a das mulheres e meninas nas ciências, celebradas neste 11 de fevereiro, dia internacional do calendário da Organização das Nações Unidas.

UFSC terá programação institucional nesta quinta, 16h30 – clique e saiba mais

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UFSC celebra dia das mulheres e meninas nas ciências com ações para a igualdade

08/02/2021 08:14

Programação tem identidade visual da Coordenadoria de Design e Programação Visual/Agecom. Clique na imagem para ampliar.

A partir desse ano, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) institucionaliza, em sua agenda oficial, a celebração do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, data estabelecida em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Além de um evento para marcar a relevância de se discutir o assunto, a Universidade apresenta uma comissão formada para estabelecer políticas para a equidade, lança um curso para os estudantes de graduação sobre a temática e uma premiação voltada para mulheres. Todas essas ações serão apresentadas à comunidade universitária na quinta-feira, 11 de fevereiro, a partir das 16h30, no, no canal da TV UFSC no YouTube.

A professora Maique Weber Biavatti, superintendente de projetos da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), explica que são iniciativas necessárias para simbolizar uma mudança.”São ações bem pontuais para que este dia não seja apenas destinado a comemorações e homenagens, mas que seja marcado pelo propósito institucional de fomentar o debate, lançando uma agenda de atividades que vão acontecer durante o ano. Queremos que esse dia simbolize uma gotinha num oceano de mudanças históricas que precisam ser feitas”, explica.
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