UFSC na mídia: professora do Campus Joinville avalia infraestrutura de mobilidade urbana

31/08/2021 10:26

A professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Renata Cavion, do Departamento de Engenharias da Mobilidade do Campus de Joinville, concedeu entrevista ao programa Notícias da Manhã, da rádio CBN, na última quarta-feira, 25 de agosto. Na ocasião, a docente conversou com o jornalista Marcos Pereira sobre o aumento do número de acidentes de trânsito em Joinville e abordou também aspectos de infraestrutura de mobilidade urbana.

Entre os temas tratados na entrevista, a professora Renata Cavion destacou que existem vários fatores relacionados ao potencial de ocorrência de acidentes em uma via urbana, como as características físicas, o traçado da rua, a velocidade permitida, a separação das circulações entre os diferentes usuários, a qualidade do pavimento, a sinalização, as condições de visibilidade dos motoristas, ciclistas e pedestres.

A docente da UFSC destacou ainda que fatores comportamentais – a exemplo da imprudência gerada pela desatenção, o desrespeito às normas trânsito ou o uso inadequado das vias públicas – podem aumentar o risco de acidentes. Destacou a importância da existência de protocolos de coletas de dados de acidentes de trânsito para que possa ser utilizados como referência no planejamento urbano e no planejamento do trânsito urbano.

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Artigo da Pós em Saúde Coletiva recebe prêmio da Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde

13/04/2021 10:54

Um artigo produzido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFSC foi premiado como um dos melhores manuscritos publicado na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde (RESS) em 2019. “Mortalidade de pedestres em acidentes de trânsito no Brasil: análise de tendência temporal, 1996-2015”, estudo realizado pela mestra Camila Mariano Fernandes, orientada pela professora Alexandra Crispim Boing (Pós em Saúde Coletiva e Departamento de Saúde Pública), conquistou a terceira colocação do Prêmio RESS Evidencia.

A RESS é editada pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e em 2012 instituiu o prêmio para reconhecer o mérito dos artigos científicos que contribuíram para o aprimoramento dos serviços de saúde na área da Vigilância em Saúde. O prêmio é concedido anualmente aos autores dos melhores artigos originais. Na oitava edição do Prêmio RESS Evidencia, os artigos finalistas foram pré-selecionados pelo Comitê Editorial da RESS entre todos os artigos originais publicados na revista em 2019. O melhor artigo foi escolhido por meio de votação online pelo público.

O artigo “Análise espacial dos óbitos infantis evitáveis no Espírito Santo, Brasil, 2006-2013”, feito por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (RJ) e da Universidade Federal do Espírito Santo ficou em primeiro lugar. Já “Avaliação do sistema nacional de vigilância da doença meningocócica: Brasil, 2007-2017”, escrito por pesquisadores da Secretaria de Vigilância em Saúde, ficou com a segunda colocação.

A pesquisa da Pós em Saúde Coletiva da UFSC analisa a tendência da mortalidade dos acidentes de trânsito envolvendo pedestres, por sexo, faixa etária e macrorregião no Brasil, entre 1996 e 2015. Por meio de um estudo ecológico de série temporal, com dados de mortalidade do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde e análise de regressões generalizadas lineares de Prais-Winstein foram analisados os dados para o país.

O estudo identificou que óbitos de pedestres corresponderam a 26,5% das mortes por acidentes de trânsito; a mortalidade entre pedestres diminuiu 63,2% no país, com variação do coeficiente padronizado, de 8,9 para 3,3 para cada 100 mil habitantes, ressaltando-se que as regiões Norte e Nordeste apresentaram uma diminuição mais lenta em relação à média nacional; os atropelamentos são significativamente maiores entre homens e idosos. A pesquisa concluiu que apesar de a mortalidade entre pedestres estar diminuindo em todas as regiões, os números atuais ainda representam uma grande parcela da mortalidade no trânsito.

As autoras destacam que os resultados “demonstram a necessidade de se desenvolverem intervenções dirigidas, visando atender a necessidades específicas de redução de acidentes e melhorar a segurança desses pedestres. Tem-se vivenciado e analisado experiências exitosas em outros países, passíveis de serem adotadas no Brasil. Assim, o país poderia se aproximar dos níveis observados em países de menor mortalidade, além de cumprir as metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para a Década de Ação pela Segurança no Trânsito”.

Mais informações na página da RESS.

 

 

 

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