Mostra de filmes na Lagoa discute homofobia e desigualdade social

29/07/2011 15:01

As relações entre discriminação sexual e desigualdades sociais desafiam as políticas públicas no Brasil e estão no centro dos debates dos estudos de gênero e identidade. Nos dias 2 e 3 de agosto, na Casa das Máquinas, na Lagoa da Conceição, o Curso de Antropologia da UFSC promove, com apoio da Secretaria de Cultura e Arte, a “Mostra Audiovisual Homossexualidades, Racismo, Educação e Violências: a obra de Vagner de Almeida”. O evento parte da obra cinematográfica do teórico e ativista político Vagner de Almeida, que estará presente, para provocar discussões sobre cidadania e igualdade de gênero. A mostra é gratuita. Os interessados devem retirar os ingressos no local, uma hora antes das exibições.

O evento quer mostrar como as relações permeadas pelo racismo e homofobia produzem miséria social. “A desigualdade social precisa ser vista em sua complexidade como um problema que perpassa não só a classe, mas também a raça e o gênero”, lembra Miriam Grossi, coordenadora do Núcleo de Identidade de Gênero e Subjetividades (NIGS) da UFSC, que soma esforços a duas outras entidades de pesquisa na organização do evento: o Núcleo de Antropologia Audiovisual (Carmen Rial) e Estudos da Imagem e o Núcleo de Estudos sobre Identidades e Relações Interétnicas (Ilka Boaventura Leite).  “Os sujeitos têm marcas no corpo que produzem desigualdades”, anota Felipe Bruno Martins Fernandes, doutorando do Curso Interdisciplinar em Ciências Humanas, um dos organizadores da Mostra.

A atividade antecede o reinício das aulas nas universidades e a Primeira Conferência Municipal Lésbicas Gays Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBTTT) em Florianópolis,  marcada para o dia 23 de agosto, a partir das 8h30min, no auditório da Câmara de Vereadores. Funcionará como uma espécie de preparação para os delegados desse fórum, que seguirão para a etapa estadual, ainda sem data, e para a nacional, já convocada pela presidente Dilma Rousself para dezembro, em torno de dois eixos: combate à miséria e à discriminação. O objetivo da etapa municipal é definir um consenso sobre o que se quer para Florianópolis em relação à promoção da cidadania e da diversidade de gênero. “Optamos por fazer um evento de férias que discuta questões como violência sexual, feminismo, identidade, que faça teoria e política e ao mesmo tempo divirta com o colorido e a alegria da pluralidade”, diz Fernandes. A participação na mostra é gratuita, a exibição dos filmes é seguida de debates e da promoção de lanches.

Vagner de Almeida, o cineasta e documentarista homenageado, coordenou o Projeto Juventude e Diversidade Sexual e atualmente coordena trabalho com população da Terceira Idade na Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), no Rio de Janeiro. Diretor de filmes e teatro, ativista, escritor, ator e crítico de teatro, seu trabalho está focado em gênero e sexualidade, HIV/AIDS, e a relação entre exclusão social, saúde e doença. Atualmente integra o Program on Gender, Sexuality and Sexual Health in Latino Communities and Cultures, no Center for the Study of Culture, Politics and Health dirigido pelo pesquisador Richard Parker da Columbia University (New York/EUA).

Informações:

Felipe: complex.lipe@gmail.com ou telefones: (48) 3304-7564 ou (48) 9619-9881.
Vagner de Almeida: (21) 2542-9024 ou   (21) 8107-0109 –vagner.de.almeida@gmail.com – www.vagnerdealmeida.com
Miriam Pillar Grossi:  (48) 9131-5590. – http://mostravagnerdealmeida.wordpress.com

Divulgação: Raquel Wandelli, assessora de comunicação social da SeCArte – Fones: 37219459 e 99110524. – raquelwandelli@yahoo.com.br

Filmes da Mostra

Dando a volta por cima: uma história coletivahttp://mostravagnerdealmeida.wordpress.com/filmes/dando_volta_cima – 9min | 2008

Esse documento apresenta de forma cronológica os materiais de prevenção para homossexuais HSH, travestis e lésbicas, produzidos pelo governo e pororganizações da sociedade civil organizada entre os anos 1980 e 2000. O material faz ainda uma homenagem a líderes comunitários já falecidos que se dedicaram à prevenção do HIV/AIDS na comunidade LGBT brasileira.

Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ) –

Janaína Dutra – Uma Dama de Ferro 50min | 2011

Em fevereiro de 2004 falecia em Fortaleza, aos 43 anos de idade, a advogada Janaína Dutra Sampaio. O movimento da diversidade sexual brasileiro perdia uma de suas ativistas mais importantes, instalando-se um grande vazio. Este filme conta a história de vida e luta política de Janaína Dutra. Amigos, amigas e familiares relembram fatos e momentos da vida de alguém, que com muita coragem e sabedoria, soube mobilizar resistência e a luta das travestis por seus direitos humanos.

Produção: GRAB – Grupo de Resistência Asa Branca (Fortaleza, CE)

Sexualidade e Crimes de Ódio – 27min | 2008

Este documentário busca ser uma forma de protesto diante da extrema brutalidade cometida contra os homossexuais no Brasil. Crimes de ódio, oriundos de diferentes segmentos da sociedade. Para o diretor do filme, a igreja católica e os grupos evangélicos radicais são co-responsáveis pelo crescimento da intolerância ao lutarem contra os direitos civis das minorias sexuais. Em uma sociedade onde predominam  os valores machistas, religiosos e moralistas contra a comunidade GLBT, a ausência de direitos já levou a morte a milhares de cidadãos(ãs) brasileiros.

Produção: Vagner de Almeida e Richard Parker

Basta um Dia – 55min | 2006

O filme documentário “Basta um dia” aborda a vida de brasileiros e brasileiras que, entre a coragem e o medo, tentam, muitas vezes sem sucesso, sobreviver à dura realidade de violências impostas ao seu cotidiano. São travestis, homossexuais, bichas boys, monas, gays, enfim, habitantes da Baixada Fluminense que enfrentam o preconceito, a agressão física e a morte física e social nas margens da rodovia Presidente Dutra, principal ligação entre a duas maiores e mais ricas metrópoles do país, Rio de Janeiro e São
Paulo.

Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ)

Escola Sem Homofobia – 18min | 2006

Vídeo educativo centrado nas oficinas realizadas com professores da Rede Pública de Ensino de Nova Iguaçu e Duque de Caxias sobre a temática da homossexualidade nas escolas. Mostra como a vivência na escola pode ser um caminho para o exercício da cidadania plena e um ambiente de respeito à diversidade sexual. Essas oficinas fizeram parte do projeto Escola sem Homofobia: trabalhando a diversidade sexual com professores da Rede Pública de Ensino de Nova Iguaçu e Duque de Caxias que a Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Ministério da Educação (Secad/MEC), a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro e as Secretarias Municipais de Educação de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, realizou com os professores de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental.

Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ)

I Encontro Nacional de Jovens Gays e outros HSH – Prevenção, Solidariedade e Ativismo em HIV/Aids – 30min | 2010

Este documentário é direcionando para uma audiência ampla, tais quais jovens de diferentes classes sociais e etnia, educadores, familiares e outras pessoas que estão envolvidas diretamente com população jovem no Brasil e no mundo.

Produção: GRAB (Fortaleza, CE)

Ritos e Ditos de Jovens Gays – 43min | 2002

Ritos e Ditos de Jovens Gays nos oferece uma tela viva que desvenda a vivência do jovem homossexual em tempos de AIDS – o seu sofrimento e a sua alegria, as suas angústias e os seus sonhos. O vídeo fala com as palavras dos jovens, sobre as suas experiências e as suas vidas, e, acima de tudo, sobre a sua coragem em enfrentar com dignidade e honestidade uma sociedade tantas vezes injusta e opressiva.

Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ)

Cabaret Prevenção – 20min | 1995

Fruto da Oficina de Teatro Expressionista, desenvolvida pelo Projeto Homossexualidades, o vídeo registra o espetáculo que procurou levar para o palco, de maneira bem-humorada e ao mesmo tempo reflexiva, a realidade cotidiana homossexual e o impacto da epidemia da AIDS, através de textos escritos, encenados e produzidos pelos próprios participantes da Oficina.

Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ)

Borboletas da Vida – 38min | 2004

O filme “Borboletas da Vida” desvenda a realidade dos jovens homossexuais que vivem na periferia das grandes cidades, sofrendo os efeitos da pobreza e da miséria, sem perder sua dignidade, sua criatividade… Homossexuais, transformistas, borboletas da vida real brasileira… eles/elas “carregam, a mulher na bolsa”, experimentam com as possibilidades e os limites do gênero e da sexualidade, e enfrentam a discriminação com força, coragem, e determinação…

Produção: ABIA (Rio de Janeiro, RJ)

Sou Mulher, Sou Brasileira, Sou Lésbica – 45min | 2009

Documentário que trata da vida de mulheres brasileiras e seus enfrentamentos na sociedade lesbofóbica e racista. Mulheres essas, que ainda vivem a margem da sociedade e necessitam com muita força e coragem desvendar-se todos os dias.

Produção: Vagner de Almeida

Programação

Abertura – 02/08/2011 | 17h-18h

Mesa de Abertura – Neste momento será projetado o filme “Dando a volta por cima: uma história coletiva“.
Sessão de Abertura – 02/08/2011 | 18h – “Janaína Dutra: uma Dama de Ferro”, com presença do diretor Vagner de Almeida.
Debatedor@s
: Felipe Bruno Martins Fernandes (NIGS/ UFSC) e Kelly Vieira (ADEH).
19h – Coquetel

Sessão 01 – 02/08/2011 | 19h30-21h30

Homofobia e Intolerância Religiosa

Projeção dos filmes: “Sexualidade e Crimes de Ódio” e “Basta um dia“.
Coordenador: Fabrício Lima (ROMA)
Debatedor@s
: Profa. Miriam Pillar Grossi (NIGS/ UFSC); Profa. Maria Regina Lisbôa (PPGAS/UFSC)

Sessão 02 – 03/08/2011 | 15h-17h30

Juventudes e Educação

Projeção dos filmes: “Escola Sem Homofobia“, “I Encontro Nacional de Jovens Gays e Outros HSH” e “Ritos e Ditos de Jovens Gays“.
Coordenadora: Tânia Welter (PIBIC-Ensino Médio – CNPq/Papo Sério/NIGS/UFSC)
Debatedor@s
: Mareli Eliane Graupe (NIGS/UFSC) e representante do Comitê Escola Sem Homofobia.

Sessão 03 – 03/08/2011 | 18h-20h

Identidades

Projeção dos Filmes: “Cabaret Prevenção” e “Borboletas da Vida“
Coordenadora: Mônica Siqueira (NAVI/UFSC)
Debatedor@s
: Profa. Ilka Boaventura Leite (NUER/ UFSC); Profa. Antonella Tassinari (NEPI/UFSC).

Sessão 04 – 03/08/2011 | 20h30-22h

Lesbianidades

Projeção do Filme: “Sou Mulher, Sou Brasileira, Sou Lésbica“
Coordenadora: Maria Guilhermina Cunha Salasário (ADEH)
Debatedor@s
: Profa. Mara Coelho de Souza Lago (MARGENS/UFSC); Profa. Jimena Furlani (LABGEF/ FAED/UDESC).

Vagner: discussões sobre a cidadania

Vagner: discussões sobre a cidadania

Tags: FilmeshomofobiaNIGS

Caso inédito de processamento penal do aborto é estudado na UFSC

02/06/2011 08:44

O caso da clínica da ex-médica Neide Mota Machado, acusada de fazer abortos clandestinos no Mato Grosso do Sul, é tema de uma dissertação desenvolvida junto ao Programa de Pós Graduação em Antropologia Social da UFSC. O trabalho executado pela antropóloga Emília Juliana Ferreira  recebeu o título provisório de ´Um Grande Júri: análise do processamento penal do aborto`, é  orientado pela professora Miriam Pillar Grossi e integrado às pesquisas do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS).

Em 2007 Neide Mota foi denunciada pela rede de televisão local, TV Morena, afiliada local da Rede Globo, por realizar abortos desde o final dos anos 90 em Campo Grande. A reportagem teve transmissão em rede nacional e estadual. Levado à justiça, o caso se tornou inédito no Brasil, pois até então nunca após o fechamento de uma clínica de aborto houve o processamento judicial das pacientes baseado em prontuários médicos. A divulgação nacional acirrou o debate de grupos pró e contra o aborto.

Apesar da grande repercussão do caso junto à opinião pública, o objetivo da mestranda Emília Ferreira não é debater a legalidade do método. “Quero discutir como o sistema de justiça criminal brasileiro está tratando do assunto,  o que acontece quando um caso de aborto adentra neste sistema, como ele é processado”, explica Emília, que desenvolve seu trabalho na área da chamada antropologia jurídica.

A mestranda fundamenta sua dissertação em entrevistas realizadas com diversas pessoas ligadas ao sistema judiciário (juízes, delegados, promotores, defensores e advogados), além das pacientes indiciadas, feministas que trabalham no caso e da jornalista responsável pela matéria que gerou a denúncia. Emília Ferreira ainda assistiu ao principal júri do caso e as suas sessões recursais, além da sessão de suspensão do processo de uma das mulheres envolvidas.

“Quero, por meio de minha pesquisa, trazer contribuições analíticas para entender como funciona o sistema de justiça brasileiro acerca da questão do aborto. Escolhi estudar o caso desta clínica devido a sua importância para o tema”, completa a antropóloga.

Emília lembra que a prática do aborto é considerada crime contra a vida e vai a júri popular. Apesar da lei, a transgressão prescreve em oito anos. No caso da clínica sul matogrosense, diversas mulheres foram atendidas, mas os prontuários médicos anteriores ao ano 2000 não foram sequer analisados, pois mesmo havendo indícios de crime, estes já estariam prescritos. Após uma seleção de casos feitos pela polícia e pelo judiciário, aproximadamente mil e duzentas mulheres foram indiciadas.

As penas aplicadas variaram de acordo com seus antecedentes criminais e o número de abortos realizados pela paciente. As sentenças que teriam menor tempo de pena se levadas a julgamento puderam receber um benefício processual chamado suspensão condicional do processo e foram substituídas por penas alternativas.

Saiba Mais:

Consequências do caso
Em abril do ano passado as funcionárias da clínica foram condenadas a penas que variaram de sete anos em regime semi-aberto a um ano e três meses em regime aberto. A ex-anestesiologista Neide Motta foi encontrada morta em novembro de 2009, três meses antes de ser levada a júri popular, dentro de seu veículo na entrada de uma chácara na capital do Mato Grosso do Sul. Em seu carro havia uma seringa e dois frascos de lindocaína, substância anestésica que é letal em altas doses. O inquérito policial concluiu que a ex-médica se suicidou, apesar de não ter sido feito exame toxicológico em seu sangue para detectar a substância.

Cytotec
Foram encontradas na clínica de Neide Motta caixas do medicamento Cytotec, lançado no Brasil em 1984 para o tratamento de úlceras gástricas e duodenais. O Laboratório Pfizer é o responsável pela distribuição do medicamento. O Cytotec tem como princípio ativo o misoprostol, que induz contrações uterinas, por isso ele é o medicamento mais utilizado para procedimentos abortivos. Em 1998, a Portaria nº 344 do Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância Sanitária restringiu a venda a hospitais credenciados. A sua comercialização é considerado crime hediondo, ou crime de “gravidade acentuada”.

Ainda que a partir de 98 a venda do Cytotec seja proibida, a droga é facilmente encontrada na internet em sites de classificados, junto a informações de procedimento. Quatro comprimidos podem custar até duzentos reais. Em mulheres gestantes o abortivo pode causar hemorragias e ruptura do útero. Caso o aborto não tenha êxito, o medicamento pode causar má formação congênita do feto, como a Síndrome de Moebius, caracterizada pela paralisia facial.

Mais informações: emiliajferreira@gmail.com

Por Ana Luísa Funchal / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Tags: abortoNIGS

NIGS divulga resultado do 3º Concurso de Cartazes sobre Transfobia, Lesbofobia e Homofobia

20/05/2011 19:55

O Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) da UFSC divulgou nesta sexta (20/05) o resultado do 3° Concurso de Cartazes sobre Transfobia, Lesbofobia e Homofobia nas Escolas.  Os cartazes, feitos por alunos de escolas públicas de Santa Catarina, foram julgados em três categorias: júri científico, júri popular e júri NIGS.

A categoria NIGS terá os vencedores conhecidos às 14h30 da próxima quarta, 25/05, dia em que todos os criadores dos cartazes premiados nas três categorias serão homenageados no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

Os vencedores ganham certificados e levam para a biblioteca de suas escolas um kit de livros sobre gêneros e sexualidades. Os professores também serão homenageados com certificados de educador destaque.

Mais informações com Raruilquer: 8462-4283.

Resultado da votação

Júri científico:

1º lugar – Cartaz 38 Colégio Estadual Francisco Tolentino

Título do cartaz: Somos iguais nas diferenças sexuais

Autores: Ana Karoline Loz de Melo, Anderson Lima, Isabela Martins e Lucas

1º lugar – Cartaz 27  EEB Idelfonso Linhares

2º lugar – Empate: Cartaz 72  e Cartaz 76 da Escola Básica Municipal Dr. Paulo Fontes

3º lugar – Cartaz 19 Instituto Estadual de Educação

Júri popular:

1º lugar – cartaz 62  EEB Jurema Cavallazzi

Título do cartaz: Amplie seu olhar, diga não as fobias

Autores: Rafaela lima Macedo, Hestéfany da Silveira e Charles Constantino

2º lugar – cartaz 12  Escola Básica Altamiro Guimarães

3º lugar – cartaz 65 Escola Municipal Beatriz de Souza Brito

Tags: homofobiaNIGS

Concurso sobre homofobia recebe 103 cartazes de escolas públicas

19/05/2011 08:33

Trabalhos foram produzidos por 378 estudantes de 16 escolas de Santa Catarina

O hall do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC recebe até o dia 25 de maio a exposição do III Concurso de Cartazes sobre Transfobia, Lesbofobia e Homofobia nas Escolas. Nesta edição foram recebidos 103 cartazes, revelando o aumento de interesse pelas temáticas abordadas pelo Projeto Papo Sério, que é desenvolvido desde 2007 pelo Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS-UFSC), em escolas da Grande Florianópolis. Os cartazes que estão expostos, confeccionados por 378 estudantes de 16 escolas de Santa Catarina, estão participando do processo de votação nas categorias voto popular, júri científico e júri NIGS.

No último dia exposição, 25 de maio, será realizada cerimônia de premiação, a partir das 14h30min no Auditório do CFH, com a performance de estudantes de duas escolas participantes do concurso. As escolas dos cartazes vencedores nas três categorias receberão uma coleção de livros e revistas sobre educação, gênero e sexualidade.  Professoras e professores envolvidos na coordenação das equipes responsáveis por elaborar os cartazes receberão o Prêmio de  Educador Destaque em Gênero e Sexualidade e estudantes participantes receberão certificado de participação no concurso.

O objetivo do concurso é discutir, conscientizar e prevenir  violências contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBTTT) no ambiente escolar. A programação faz parte das atividades do Dia Municipal contra a Homofobia, Lesbofobia e Transfobia , comemorado em 17 de maio, instituído por lei no município de Florianópolis e comemorado mundialmente. O concurso integra o projeto de extensão Papo Sério (Oficinas de gênero e sexualidade), apoiado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC, Programa de Extensão Universitária (ProExt) , do Ministério da Educação, e CNPq, por meio do Programa de Bolsas de Iniciação Cientifica para o Ensino Médio.

Mais informações podem ser encontradas no endereço
http://sites.google.com/site/concursonigs/assignments/edital e telefones (48) 8462-4283 e 8428-4288

Tags: Lesbofobia e Homofobia nas EscolasNIGStransfobiaUFSC

Inscrições para o 3º Concurso de Cartazes sobre Transfobia, Lesbofobia e Homofobia nas Escolas terminam dia 9 de maio

04/05/2011 17:54

As inscrições para o 3º Concurso de Cartazes sobre Transfobia, Lesbofobia e Homofobia nas Escolas estão abertas até a próxima segunda feira, dia 9 de maio. Podem participar estudantes de escolas públicas de Santa Catarina, coordenados por professores ou integrantes do corpo técnico pedagógico, que realizem um cartaz alusivo às questões que envolvem transfobia, lesbofobia e homofobia nas escolas.

Os cartazes devem ser entregues na Sala do Núcleo de identidades de Gênero e Subjetividades, ligado ao Laboratório de Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (NIGS/UFSC), no primeiro andar do prédio D, Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), até às 18 horas. O Concurso é organizado pelo NIGS e tem como objetivo incentivar professores a discutirem as violências contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBTTT) nas escolas. A atividade está inserida nas lutas relativas ao dia 17 de maio, data instituída por lei no município de Florianópolis como Dia Municipal contra a Homofobia, Lesbofobia e Transfobia.

De 11 a 17 de maio, os trabalhos recebidos ficarão expostos no Hall do CFH para votação pública dos melhores cartazes. Será dado também um prêmio pela Comissão Avaliadora de especialistas. A cerimônia de premiação será na sexta feira, 20 de maio, às 14h30, na UFSC.

O cartaz vencedor nas duas modalidades ganhará, para a biblioteca de sua escola, uma coleção de livros e revistas sobre Gênero e Sexualidades e o cartaz poderá ser usado para ilustrar futuras publicações sobre o tema feitas pelo NIGS. O cartaz classificado em segundo e terceiro lugar receberão também exemplares de livros e revistas sobre gênero e sexualidades.

A segunda edição do Concurso de Cartazes, realizada em 2010, contou com a participação de 165 estudantes e oito professor@s de cinco municípios do Estado de Santa Catarina, que enviaram 46 cartazes.

O evento faz parte do projeto de extensão Papo Sério (oficinas de gênero e sexualidade), apoiado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da UFSC.

O edital do Concurso pode ser encontrado no endereço http://sites.google.com/site/concursonigs/assignments/edital.

O NIGS está localizado no Centro de Filosofia e Ciência Humanas da UFSC, no Bloco E, na sala 4 A.

Outras informações pelos telefones (48) 8462-4283 e 8428-4288.

Tags: cartazesconcursoLGBTTTNIGS

Semana de Enfrentamento ao Sexismo, Lesbofobia, Homofobia e Transfobia

29/04/2011 16:00

Seminário, audiência pública e oficinas para a Guarda Municipal estão incluídos na programação da Semana de Enfrentamento ao Sexismo, Lesbofobia, Homofobia e Transfobia, que acontece de 16 a 19/05, em Florianópolis.

O evento tem como objetivo valorizar a diversidade, a equidade de gênero e contribuir com o fim de estigmatizações contra sujeitos sociais, garantindo assim a efetivação de seus direitos e o pleno exercício da cidadania.

A promoção é da Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, e tem o apoio do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (Comdim), Núcleos de Pesquisas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc), movimentos sociais e as organizações não governamentais ligados à temática.

As inscrições para o seminário poderão ser realizadas até 12 de maio no site da Prefeitura de Florianópolis.

Programação:

Seminário de Enfrentamento ao Sexismo, Lesbofobia, Homofobia e Transfobia
Data:
16 de maio
Horário:
das 7h30 às 18h30 (com intervalos)
Local:
Auditório da OAB (Rua Paschoal Apóstolo Pitsika, 4860)

Audiência Pública
Data: 17 de maio
Horário: 18h30
Local: Auditório da Fecomércio (Rua Felipe Schmidt, 785)

Oficinas para a Guarda Municipal

Data: 18 e 19 de maio
Horário: das 8h às 12h

Informações: (48) 3251-6270 e 3251-6243.

Tags: gêneroNIGS

Abertas inscrições para concurso de cartazes sobre transfobia, lesbofobia e homofobia nas escolas

17/03/2011 08:40

Estão abertas até o dia 6 de maio as inscrições para a terceira edição do concurso de cartazes realizado pelo Núcleo de identidades de Gênero e Subjetividades, ligado ao Laboratório de Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O concurso faz parte das atividades desenvolvidas por meio do projeto de extensão “Papo Sério – Educação, Gênero e Sexualidades”, vinculado ao Departamento de Projetos de Extensão da UFSC com apoio do Núcleo de Educação e Prevenção da Grande Florianópolis (NEPRE), vinculado à Secretaria Municipal de Educação.

Na visão dos organizadores, a ausência da discussão sobre as violências de gênero em sala de aula pode perpetuar as possibilidades de situações discriminatórias na escola. Objetivo do concurso é estimular o debate sobre a transfobia, lesbofobia, homofobia, bem como outras expressões de violências presentes no ambiente escolar.

Podem participar do concurso alunos da rede pública de ensino da Grande Florianópolis. Os estudantes devem produzir cartazes que obedeçam à proposta do concurso, atuando sob orientação de professor ou profissional da educação de sua escola. Os interessados deverão enviar os cartazes obrigatoriamente em cartolina para o NIGS, com ficha de inscrição que está disponível no site do concurso. Os trabalhos serão avaliados quanto à criatividade, originalidade e comunicação.

Na semana de 9 a 13 de maio será realizada exposição no hall do Centro de Filosofia e Ciências Humanas. A mostra será integrada às atividades referentes ao Dia Mundial de Combate à Homofobia, 17 de maio. Além de certificados de participação, os autores dos cartazes vencedores receberão uma coleção de livros sobre Gênero, Educação e Sexualidades para as bibliotecas de suas escolas.

Veja o edital do concurso

Mais informações pelo e-mail paposerionigsufsc@gmail.com / fone (48) 8462-4283 / sites http://sites.google.com/site/concursonigs/ ou www.nigs.ufsc.br

Tags: concurso de cartazeshomofobialesbofobiaNIGStransfobia
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