Quando os portugueses e espanhóis chegaram, cá já estavam os carijós. Após quase dois séculos, africanos escravizados foram tirados de suas raízes e trazidos feito coisas para trabalhar no território que hoje é o estado de Santa Catarina. Alemães, italianos e outros europeus imigrantes mudaram-se para as planícies e vales um pouco depois. Na última década foi a vez de haitianos e sírios e, mais recentemente, nossos vizinhos venezuelanos. A principal semelhança entre esses ciclos de deslocamento em massa é a motivação em buscar condições melhores de vida — tirando dessa soma os povos africanos escravizados. A principal diferença, talvez, seja sobre as condições em que saíram de seus países de origem: muitos têm chegado à Santa Catarina em situação de refúgio, fugindo de guerras, violência, perseguição política e outras violações dos direitos humanos. A história — que se repete há séculos e também é a História do nosso Estado — é objeto de estudo e práticas realizadas por três projetos de extensão da UFSC: o Núcleo de Apoio a Imigrantes e Refugiados (NAIR/Eirenè), o Português como Língua de Acolhimento (PLAM/NUPLE) e a Clínica Intercultural (NEMPsiC).

Sábado de manhã ocorrem as aulas do projeto Português como Língua de Acolhimento na UFSC. Foto: Jair Quint/Agecom/UFSC
Segundo a 4ª edição da publicação Refúgio em Números, divulgada em julho deste ano pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Santa Catarina foi o 4º estado da federação com mais solicitações de refúgio em 2018: foram 1.894 pedidos, o equivalente a 2% do total no país que, ao todo, recebeu mais de 80 mil solicitações. Dentre elas, 61.681 são de venezuelanos. Comparado ao ano anterior, o número mais que dobrou: em 2017 foram feitos 35 mil pedidos, sendo 17 mil de venezuelanos. No ano passado, 1.086 refugiados foram reconhecidos pelo Estado brasileiro, atingindo a marca de 11.231 pessoas vivendo no país nesta condição. Do total, sírios representam 36%, congoleses 15% e angolanos 9% dos refugiados.
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O Núcleo de Apoio a Imigrantes e Refugiados (NAIR/Eirenè) foi implementado no início de 2015 e já atendeu cerca de 15 mil imigrantes e refugiados provenientes de 41 países. O NAIR é um Projeto de extensão vinculado ao EIRENÈ – “Centro de Pesquisas e Práticas Decoloniais e Pós-Coloniais aplicadas às Relações Internacionais e ao Direito Internacional”, que congrega docentes e discentes da graduação e da pós-graduação de Relações Internacionais e de Direito da UFSC, sob a coordenação da professora Karine de Souza Silva.
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O Núcleo de Apoio a Imigrantes e Refugiados (NAIR/UFSC) é uma atividade de extensão que ocorre por meio de uma parceria entre a UFSC e a Pastoral do Imigrante Florianópolis, com o objetivo de prestar atendimento aos imigrantes que chegam à Florianópolis. O NAIR é vinculado ao Centro de Pesquisas e Práticas Decoloniais e Pós-Coloniais aplicadas às Relações Internacionais e ao Direito Internacional (EIRENÈ/UFSC).
O atendimento é realizado por estudantes de Direito e Relações Internacionais, e há também outras atividades de integração estendidas à comunidade universitária. A atividade tem como objetivo incentivar a paz, a tolerância e o multiculturalismo, essenciais para as áreas contempladas pelo projeto.
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O Núcleo de Apoio a Imigrantes e Refugiados (Nair) está recrutando pessoas que possam atuar como tradutoras voluntárias de francês ou creóle para imigrantes e refugiados que estão para chegar nas próximas semanas. Interessados podem se cadastrar neste formulário e especificar qual sua disponibilidade de horários. Em breve, receberão contato com mais informações.
A Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação fornecerá transporte saindo do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da UFSC às pessoas que se habilitarem a ir nos turnos matutino e vespertino e não tiverem meios de chegar ao local.
A ida está condicionada ao recebimento da confirmação. A agenda de nomes confirmados com as respectivas datas pode ser consultada aqui.
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