Foguete brasileiro levará ao espaço experimentos da UFSC

25/06/2020 13:48

Réplica do Veículo de Sondagem Brasileiro (VSB-30) em 2017

Dois experimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) serão levados ao espaço pelo Programa Microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB). Eles foram desenvolvidos no  Laboratório de Tubos de Calor (Labtucal) do Departamento de Engenharia Mecânica, em conjunto com o Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab), ambos integrantes do Centro Tecnológico (CTC).

Até agosto, os experimentos devem ser enviados ao Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) para testes iniciais, incluindo teste de vibração e isolamento elétrico dos experimentos, testes de vibração da carga útil e teste do sistema integrado (experimentos conectados ao foguete brasileiro VSB-30).
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Laboratório da UFSC desenvolve tecnologia inédita no mundo para a Petrobras

26/05/2020 13:00

O Laboratório de Tubos de Calor (Labtucal) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está desenvolvendo um protótipo de permutadores de calor compactos soldados por difusão com uma tecnologia inédita no mundo. Com apoio da Petrobras, principal patrocinadora, e gestão administrativa e financeira da Fundação Stemmer para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Feesc), o projeto está na terceira fase e deve ser concluído no começo do ano que vem, com testes realizados e modelo final entregues para a estatal.

“A Feesc viabiliza a execução desse projeto. O tempo inteiro ao nosso lado e a gente sente essa parceria, com acesso sempre muito fácil e de forma muito profissional”, diz Márcia Mantelli, docente do Departamento de Engenharia Mecânica e coordenadora do trabalho. “Eu acho que a Feesc possibilitou o desenvolvimento em tão pouco tempo de uma tecnologia bastante sofisticada e que é nossa. Não tem ninguém no mundo produzindo nada igual ou parecido, do jeito que a gente faz”, ressaltou a professora Márcia, vencedora em 2012 do Prêmio Revista Claudia Destaque Ciência, que consagra iniciativas de mulheres brasileiras nas áreas de ciências, cultura, negócios, políticas públicas, consultoria e trabalho social.
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Forno de Aquecimento Resistivo de Alto Vácuo destaca papel de vanguarda tecnológica da UFSC

04/12/2014 11:20

Os Laboratórios de Engenharia de Processos de Conversão e Tecnologia de Energia (Labtucal/Lepten) da UFSC receberam um Forno de Aquecimento Resistivo de Alto Vácuo, único equipamento de seu tipo na América Latina. É também o único forno em todo o mundo feito com suas especificações técnicas pelo seu fabricante. O forno vale R$ 4 milhões e foi adquirido pelo convênio com a Petrobras, mantido desde o início da década passada; a chegada do aparelho sinaliza o fortalecimento da ligação e destaca o papel da UFSC nas pesquisas com tecnologia para procura e extração de petróleo. “A Universidade e particularmente o Departamento de Engenharia Mecânica têm o compromisso com a inovação”, observa a professora Marcia Mantelli.

Novo Forno de Aquecimento do Labtucal - Foto Henrique Almeida

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

Novo Forno de Aquecimento do Labtucal - Foto Henrique Almeida

Foto: Henrique Almeida/Agecom/DGC/UFSC

A Petrobrás foi representada por Ibsen Flores Lima (Gerente Geral de Elevação e Escoamento, Processamento e Instalações de Produção), Paulo Homero Lourenço Ferreira (Gerente de Engenharia de Instalações de Superfície e Automação), Edson Luiz Valverde Castilho Filho (Engenheiro), Luiz Augusto Petrus Levy (Gerente Geral de P&D em Engenharia de Produção), Anderson Santanna Oliveira (Gerente de Tecnologia de Processamento Primário), André Sampaio Monteiro (Engenheiro) e Letícia de Rezende Tapajóz (Engenheira) na a solenidade de entrega foi na tarde da terça-feira, 2 de dezembro, no prédio dos Laboratórios de Pesquisa em Gás e Energia, vinculados ao Departamento de Engenharia Mecânica.A Pró-Reitoria de Pesquisa foi representada pela diretora do Departamento de Inovação Tecnológica e Social (Dits), Rozangela Curi Pedrosa; também estavam presentes o coordenador Sergio Colle, pesquisadores, professores, mestrandos, doutorandos e técnico-administrativos do Laboratório.

A função do forno é soldagem por difusão em condições de alta temperatura, pressão e vácuo, principalmente para soldar trocadores de calor compactos, que são utilizados em processos industriais, inclusive plantas petrolíferas. A tecnologia produzida na UFSC para fabricar esses trocadores criou aparelhos pesquenos, convenientes para utilização em plataformas de petróleo, explica Mantelli. O forno faz soldas em aço inox em temperaturas próxima a 1.700°C. Na hora da solenidade de inauguração, o forno já estava pronto para ser utilizado. Mas antes de entrar em funcionamento normal, a empresa fabricante, alemã, treinará a equipe do Labtucal/Lepten em fevereiro.

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UFSC conquista nova estrutura para pesquisa com gás natural

21/03/2011 15:28

Fotos: Paulo Noronha / Agecom

A pesquisa com gás natural é foco de um conjunto de laboratórios recém-inaugurado na UFSC. Construído com apoio financeiro de R$ 1,5 milhão da Petrobras, o complexo localizado no campus da Trindade integra os esforços da Rede Temática de Gás Natural. Faz também parte das iniciativas de eficiência energética do Programa Tecnológico para Mitigação de Mudanças Climáticas (Proclima), coordenado pelo Centro de Pesquisas & Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes).

A estrutura de 800 metros quadrados nasceu preparada para ampliações e já abriga uma série de experimentos.  “Estamos terminando de instalar uma bancada de testes de trocadores de calor que é adequada para desenvolvimento da tecnologia de tubos de calor e é uma das quatro únicas em universidades no mundo”, comemorou na inauguração realizada na última sexta-feira, 18 de março, a professora do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC e coordenadora do espaço, Márcia Barbosa Henriques Mantelli.

Segundo ela, com apoio financeiro da Petrobras, a UFSC tem produzido tecnologia pioneira no Brasil no campo de tubos de calor. Essa tecnologia permite o desenvolvimento de trocadores de calor compactos, de fácil manutenção, sem partes rotativas e sem a necessidade de energia elétrica para seu funcionamento. Os trabalhos desenvolvidos na Universidades estão, ressaltou, no mesmo nível daqueles desenvolvidos em países como China e Austrália, recentemente Estados Unidos e nações da Europa.

As atividades de pesquisa  em tubos de calor e termossifões iniciaram na UFSC na década de 1990, a partir da necessidade da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da indústria espacial nacional para o desenvolvimento de sistemas de controle térmico dos satélites brasileiros. A partir da infraestrutura laboratorial adquirida ao longo dos anos, a pesquisa se voltou para aplicações de tubos de calor e termossifões para as indústrias. Diversos convênios e contratos foram firmados. Os esforços são refletidos nas parcerias nacionais e no reconhecimento internacional da equipe formada por professores, pós-graduandos e estudantes de graduação em Engenharia Mecânica.

A pesquisa nesse campo resultou em quatro prêmios recebidos pelo grupo nos últimos seis anos. O avanço pode também ser exemplificado com representações da UFSC nas principais sociedades internacionais de pesquisa voltadas à área de tubos de calor e nas equipes editoriais das mais conceituadas revistas internacionais. Em 2007, com apoio da Petrobras, o grupo organizou, em Florianópolis, a 13ª Conferência Internacional em Tubos de Calor.

A preocupação com as aplicações também tem vários exemplos. A partir de pesquisas básicas em novas tecnologias de termossifões foi projetado um trocador de calor construído pela indústria nacional e instalado na Unidade de Negócio da Industrialização do Xisto (SIX), da Petrobras, em São Mateus do Sul, no estado do Paraná. A unidade está em operação há cerca de quatro anos ininterruptos.

Com o Departamento de Engenharia Química, a equipe trabalha em destiladores compactos e eficientes, que usam tubos de calor e atenderão plataformas de petróleo. Outras frentes de investigação atuais são os projetos voltados à produção de equipamentos térmicos flexíveis, para operar com mais de um combustível, e os estudos voltados à recuperação de vapor em torres de resfriamento. Em sua fala durante a inauguração, a professora Márcia Mantelli lembrou que no caso da Refinaria de Paulínia, pertencente à Petrobras e localizada em Paulínia, São Paulo, uma quantidade de água suficiente para atender uma cidade de 250 mil habitantes é retirada de rios, para reabastecer os processos industriais. Grande parte dessa água é perdida na forma de vapor para o ambiente em torres de resfriamento.

O avanço do conhecimento sobre tubos de calor também auxilia padarias a produzir pães com qualidade e economia de combustível. Graças ao trabalho em parceria com a UFSC, a Petrobras detém a patente de fornos de cocção de pães para uso de gás natural. Na universidade diferentes modelos são projetados e testados e no mercado já são comercializados equipamentos que podem representar economia de mais de 50% de energia, quando comparados com fornos a gás tradicionais.

“Esperamos que a Petrobras continue investindo e apoiando as atividades de pesquisa e desenvolvimento em nossa universidade, mantendo as nossas equipes coesas, para que possamos utilizar de forma produtiva o espaço construído e continuar a desenvolver tecnologias de interesse da empresa e da nação”, compartilhou com a plateia Márcia Mantelli. E antes de convidar para o ato de descerramento da placa de inauguração o reitor, professor Alvaro Prata, o gerente geral de Pesquisa & Desenvolvimento de Gás, Energia e Desenvolvimento Sustentável do Cenpes, Luis Fernando Mendonça, o gerente geral de Tecnologia para Processos de Gás e Energia da Petrobras, Mozart Schmitt de Queiroz, o diretor do Centro Tecnológico da UFSC, Edison da Rosa, e o pioneiro das pesquisas em Engenharia Térmica na UFSC, Sérgio Colle, ressaltou que o investimento nas universidades brasileiras só tem sentido se resultar na formação de pessoas – objetivo primeiro e maior de uma institutição de ensino superior.

“Esperamos que novas empresas na área de tecnologia de gás natural, gerenciadas por nossos jovens e competentes engenheiros resultem dessa empreitada, possibilitando à Petrobras usufruir dos resultados de seus investimentos, assim como permitindo o desenvolvimento, a autonomia e a independência tecnológica de nossa nação. Assim estaremos contribuindo para um futuro promissor para o nosso país, que certamente necessita de tecnologias de uso do gás natural, um combustível limpo, ecológico, que pode cooperar com o esforço de preservar a natureza”, complementou.

Mais informações na UFSC:  Profª. Márcia Barbosa Henriques Mantelli / marcia@emc.ufsc.br / (48) 3721-9937, ramal  214.

Por Arley Reis / Jornalista na Agecom

Tags: gás naturalLabtucalPetrobrastubos de calor