Pesquisa da UFSC destaca potencial de um anti-inflamatório com menos efeitos colaterais

05/07/2023 14:20

Pesquisa fez parte da tese de doutorado de Priscila Laiz Zimath. Foto: arquivo pessoal

Um estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostra de forma inédita o potencial para um novo tipo de uso de um medicamento já conhecido. O furoato de mometasona é um anti-inflamatório da classe dos corticoides, muito utilizado para o tratamento de doenças respiratórias, como rinite e asma, e problemas na pele, como dermatites – sempre com aplicação local, em forma de sprays nasais, cremes ou pomadas. Pela primeira vez, contudo, pesquisadores demonstraram a possibilidade de seu uso por via oral ou por injeção, de forma que seja absorvido pelo intestino e se espalhe pelo corpo. 

Realizados em células e animais, os estudos indicam que ele pode ser uma boa opção para o tratamento de inflamações intestinais, por exemplo, apresentando os mesmos benefícios e menos efeitos colaterais que outros corticoides. O trabalho envolveu também o uso de nanotecnologia e teve seus resultados publicados em dois artigos, nas revistas internacionais Biochemical Pharmacology e Drug Delivery and Translational Research.

Ação anti-inflamatória X efeitos colaterais

Antes de falar sobre os detalhes da pesquisa, é preciso explicar que os corticoides são medicamentos bastante usados para tratamento de inflamações, alergias, em contextos de imunossupressão e após transplantes, por exemplo. São fármacos bem consolidados e seguros, quando seguidas as recomendações médicas. O problema é que, quando usados por muito tempo, ou em doses elevadas, eles causam uma série de efeitos colaterais, podendo levar até ao diabetes e a dislipidemias (distúrbios relacionados ao aumento de gordura no sangue, incluindo a elevação do colesterol e de triglicerídeos). Em alguns casos, os problemas são irreversíveis.
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Pesticida usado na agricultura e no controle da dengue é fator de risco para diabetes gestacional

04/01/2023 09:53

Malathion é um dos inseticidas usados nos “fumacês”, as pulverizações para controle do mosquito da dengue. Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília/CC BY 2.0

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que um dos agrotóxicos mais utilizados no país, o Malathion, pode ser fator de risco para o desenvolvimento de diabetes gestacional. Experimentos com animais indicaram que isso ocorre ainda que a gravidez aconteça somente após a interrupção do contato com o inseticida e mesmo nas doses consideradas seguras pelos órgãos reguladores. Além disso, a propensão ao desenvolvimento de diabetes pode ser transmitida aos filhos das mulheres expostas ao produto. Os resultados foram publicados na revista internacional Environmental Pollution.

O Malathion é um inseticida muito usado na agricultura, na jardinagem e nas pulverizações para erradicar mosquitos, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras doenças. Apesar de ser considerado como provavelmente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), ele foi o sétimo pesticida mais comercializado no Brasil em 2020 – foram 15,7 mil toneladas, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Com uma rápida busca no Google, aliás, qualquer pessoa consegue comprar um frasco do produto por menos de dez reais.

Foram justamente o alto índice de utilização do Malathion e o fato de a região Sul do país ser reconhecida pelas extensas áreas agrícolas que motivaram os pesquisadores do Laboratório de Investigação de Doenças Crônicas (Lidoc). “A ideia de começar esse estudo veio por volta de 2014. Eu tentei iniciar uma mudança no formato dos trabalhos aqui do meu grupo, para tentar fazer algum tipo de apelo mais regional, e que conseguisse fazer uma conversa entre pré-clínica, que são estudos com animais, e demandas da saúde pública”, afirma Alex Rafacho, professor do Departamento de Ciências Fisiológicas, coordenador do Lidoc e autor responsável pelo estudo.
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Pesquisa sobre alimentação e sono solicita homens voluntários entre 18 e 35 anos

12/04/2018 15:23

O Laboratório de Investigação de Doenças Crônicas (LIDoC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) solicita voluntários para participar de um projeto de pesquisa sobre alimentação e sono. O público alvo são homens entre 18 e 35 anos, pouco ativos fisicamente e não fumantes. O objetivo é verificar o potencial inflamatório da dieta, além de ter acesso aos resultados de exames e testes de avaliação nas áreas de alimentação, atividade física e qualidade do sono, entre outros.

Mais informações pelo e-mail estudopid@gmail.com, pelo whatsapp (48) 991100084 ou pelo Facebook.

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