UFSC recebe sistema de última geração para pesquisa de câncer, diabetes e outras doenças

15/10/2025 09:26

Segundo o CCB, as características do equipamento o tornam único em seu gênero na América do Sul. Foto: divulgação

O Laboratório de Bioenergética e Estresse Oxidativo (Labox) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu um sistema de última geração que pode ser utilizado em pesquisas sobre câncer, diabetes e distúrbios neurológicos ou cardíacos e doenças neurodegenerativas. O equipamento foi adquirido por meio de um edital em associação com o Laboratório de Metabolismo Energético da Universidade de Califórnia, Irvine, nos Estados Unidos.

O EXOID, novo equipamento do Centro de Ciências Biológicas (CCB),  é uma ferramenta de alta precisão que permite estudar partículas tão pequenas que são medidas em nanômetros, o que corresponde a 0,0000001 centímetro. As estruturas estudadas pelos Labox estão presentes em sistemas vivos e, por isso, são chamadas de nanopartículas biológicas, como vírus, lipoproteínas, lipossomos, nanopartículas lipídicas e vesículas extracelulares.

O foco de interesse do Labox são as vesículas extracelulares, que atuam na comunicação entre as células, transportando moléculas como proteínas, RNAs mensageiros e até organelas, como mitocôndrias, fundamentais na respiração celular. 

A capacidade do EXOID de caracterizar e quantificar vesículas com alta precisão possibilita a pesquisa sobre as funções vitais e as atividades que ocorrem dentro das células, assim como os mecanismos envolvidos em diversas doenças. Assim, o equipamento pode ser utilizado em pesquisas sobre câncer, diabetes e diversos distúrbios. É possível investigar como essas nanopartículas participam da comunicação celular ou como seus padrões se alteram em diferentes condições de saúde. Isso contribui para a identificação de informações úteis no diagnóstico, no acompanhamento da progressão de doenças e na eficácia de tratamentos.

O sistema se diferencia porque facilita a medição individual de cada partícula e permite a análise de amostras menores com rapidez e precisão. A detecção é feita por pulsos elétricos. Cada partícula passará por uma membrana com poros nanométricos. Quando a partícula atravessa um poro, causa uma pequena variação na corrente elétrica, um pulso que permite saber o tamanho e a quantidade de partículas, e dessa forma, identificá-las. 

O Labox mantém colaboração estreita com o Laboratório de Metabolismo Energético (E-Lab), do CHOC Children’s Hospital, instituição afiliada à Universidade de Califórnia, desde 2020. “Embora recente, a associação tem se mostrado altamente produtiva e bem-sucedida no fortalecimento da cooperação internacional”, afirma a professora Alexandra Latini, integrante do laboratório. As pesquisas na área contribuem para o fortalecimento do CCB na investigação em nanobiologia, biotecnologia e medicina translacional.

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Labox/UFSC e equipe clínica da Universidad de Chile desenvolvem projeto de pesquisa relacionado à Covid-19

23/02/2021 08:31

O Laboratório de Bioenergética e Estresse Oxidativo (Labox) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), coordenado pela professora Alexandra Latini, e a equipe clínica da Universidad de Chile coordenada pelo professor Ramiro Zepeda foram aprovados pela agência chilena Agencia Nacional de Investigación y Desarrollo (Anid) para desenvolver um projeto de pesquisa relacionado com o melhor entendimento da progressão e sequelas da infecção viral Covid-19.

O projeto com o título Marcadores metabólicos de prognóstico de severidade em pacientes afetados por Covid-19 tem o intuito de validar um perfil de marcadores clínicos e bioquímicos baseados na função metabólica como ferramenta quantificável do curso da doença. “Entendemos que isto permitirá diminuir a taxa de mortalidade associada ao Covid-19, além de otimizar os recursos do sistema público de saúde”, explica a coordenadora Alexandra Latini. O projeto envolve alunos dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Médicas e em Bioquímica.

No momento, a doutoranda Jennyffer Souza, do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da UFSC, desenvolve o projeto no Hospital de Rancagua, Rancagua, Chile.

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