UFSC Joinville fica em segundo lugar em desafio inédito com robôs, drones e IA

19/09/2023 08:07

UFSC foi campeã no desafio com robôs (Fotos: Divulgação ABII)

Provas com drones, robôs móveis autônomos e inteligência artificial. Uma oportunidade para revelar o talento e a preparação dos estudantes para encarar cada uma das provas e para promover a aproximação da universidade com o setor produtivo. Estas foram as marcas do fim de semana que consagrou uma equipe da UFSC Joinville como vice-campeã de um desafio inédito que reuniu empresas e universidades em disputa de tecnologia em Joinville, no último sábado. A competição -intitulada ABII Challenge – foi organizada pela Associação Brasileira de Internet Industrial.

O professor Modesto Hurtado Ferrer, que liderou a equipe da UFSC, conta que, nos últimos três meses, os estudantes se prepararam, interagiram com os profissionais das empresas que apadrinharam o time e, finalmente, chegaram ao resultado. “No começo, não sabíamos como se daria essa parceria, pois era algo novo para todos, mas, no decorrer do tempo o time foi ganhando visão do propósito a ser alcançado e de forma muito orgânica as coisas foram ganhando forma”, ressalta o professor.

O UTM Team, como a equipe foi chamada, é formado por estudantes de engenharia da UFSC de Joinville e por profissionais das empresas Macnica DHW e TERMICA Solutions. O maior destaque do grupo ocorreu nas provas de Drone e de Robôs Móveis Autônomos. Para o estudante Valdomiro Botelho Junior, a competição foi uma grande oportunidade de aprendizado e de troca de experiência com os profissionais que já atuam no mercado e uma forma diferente de colocar a teoria em prática.

As provas

Drones autônomos

A primeira prova do ABII Challenge foi com os drones e envolvia programa-los para cumprirem uma missão de voo. Todos os times tinham o mesmo modelo de drone, que foi comprado pela ABII e doado para as universidades desenvolverem projetos. Foram adquiridos drones pequenos para atender as regras de segurança do espaço, com pessoas assistindo.

Os drone não eram pilotados, mas realizaram a prova de forma autônoma, lendo códigos que davam instruções sobre o que fazer no percurso. Todos os times tiveram pontuação. O UTM Team ficou com a vitória e o time Minerva, da Universidade de São Paulo, ficou com a segunda melhor pontuação. As equipes não conseguiram completar o circuito, que incluía aterrissar num robô em movimento no menor tempo.

Robôs móveis

A segunda prova foi a de robôs móveis autônomos. O grande desafio dos times foi programar os robôs, que foram emprestados pelas empresas Pollux Part of Accenture, Omron e Selettra Automação e Robótica, e fazer a prova com vários robôs juntos na arena. Os times receberam um mapa antes da prova. Era necessário que os robôs passassem por portais antes de cumprir o trajeto e só no dia as equipes puderam fazer o reconhecimento final do circuito.

O objetivo era completar o percurso no menor tempo possível, somando as cinco largadas. Segundo o professor Modesto, que conduziu a equipe da UFSC ao primeiro lugar na prova, foi um dos desafios em que o público mais vibrou. “Havia muitas famílias com crianças acompanhando a prova”, lembra.

Inteligência artificial

A última e decisiva prova do dia foi a de inteligência artificial. O desafio era criar uma inteligência para jogar o jogo de War, um tradicional jogo de tabuleiro criado em 1972, que envolve muita estratégia. As decisões eram tomadas pela inteligência artificial. Cada time sabia o seu objetivo, mas não sabia o objetivo dos concorrentes. Apenas o público teve acesso a todos os objetivos para conseguir entender o que estava acontecendo.

O jogo foi exibido num telão e foram duas horas emocionantes de partida. O jogo foi encerrado por tempo, após duas horas, e venceu o time com o maior número de territórios. Com a melhor pontuação na prova de IA, o time Minerva garantiu os pontos que precisava para a vitória do geral do ABII Challenge.

A competição

O objetivo da competição, conforme o presidente da ABII, José Rizzo Hahn Filho, foi mostrar que no Brasil há profissionais capazes, empresas de ponta e universidades com pesquisadores, professores e estudantes mobilizados pela tecnologia. “O evento foi um sucesso em termos de público, organização e participação dos times. Escolhemos tecnologias cruciais para o desenvolvimento da indústria do país. Precisamos de pessoas cada vez mais capazes para implementar projetos que envolvam drones, AMRs e inteligência artificial”, ressalta Rizzo.

“Queremos que este evento seja realizado anualmente e mobilize cada vez mais empresas e universidades do Brasil. O ABII Challenge é inovador sob vários aspectos e reforça a missão da ABII, de fortalecer e acelerar a indústria 4.0 e a internet industrial das coisas (IIoT) no Brasil. Uma das formas de fazer isso é justamente promovendo e fomentando o trabalho colaborativo de empresas e universidades na solução de desafios tecnológicos”, destaca Rizzo.

Resultado geral do ABII Challenge

1º – Time Minerva

(USP, Embraer, Dexco, Marelo e Omron)

2º – UTM Team

(UFSC, Macnica DHW, e TERMICA Solutions)

3º – Time Donatello

(UniSenai, I3C e Festo)

4º – Time PUCPR de Robótica Móvel

(PUCPR, Selettra Automação e Robótica e Pepperl+Fuchs)

5º – Time Synth

(Udesc, Pollux Part of Accenture, TOTVS e SMC)

Galeria de fotos

 

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UFSC na mídia: drones vão auxiliar na segurança da Universidade

21/03/2017 11:01

” (…) Para melhorar a segurança, nos últimos anos a universidade adotou mais rigor para liberar festas no campus e instalou portões em todos os acessos, que ficam fechados à noite e nos fins de semana, e passou a investir em tecnologia. Além de câmeras de monitoramento, a universidade conta agora com dois drones.

Os equipamentos, modelo Phantom 3, foram apreendidos pela Receita Federal e doados à UFSC. Uma equipe está sendo capacitada pela Secretaria de Segurança Institucional da universidade para operar os drones, que começam a ser utilizados para captar imagens aéreas em todo terreno de 1.140.000 m² do campus. “Os drones aumentam a sensação de segurança. A qualidade das imagens, das filmagens, é muito boa. Conseguimos ter uma ampliação da área a ser feita a segurança”, disse Leandro Luiz de Oliveira, diretor da Secretaria de Segurança Institucional, à RICTV Record.”

Leia a matéria do NDonline na íntegra aqui.

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