Profissionais do CIATox alertam para aumento de acidentes com animais peçonhentos no verão

Serpentes e aranhas são animais peçonhentos envolvidos em incidentes, segundo o CIATox (Foto: Divulgação)
Com o verão, a chegada de turistas e o movimento nas regiões de trilha aumentam as ocorrências com animais peçonhentos. O alerta é de profissionais do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox-SC), que funciona dentro do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh).
De acordo com o bióloga Taciana Seemann, no verão ocorrem dois fatores que são responsáveis por estes aumentos de casos, de dezembro a fevereiro: os animais peçonhentos estão mais ativos e ocorre mais exposição humana. “Por isso, é preciso cuidado redobrado durante o verão”, alertou a especialista.
Segundo ela, as ocorrências são com aranhas, lagartas, serpentes e escorpião. É muito comum nesse período o aparecimento de lagartas que apresentam cerdas urticantes e causam queimação ao contato e até problemas de coagulação, como acontece com o contato com a taturana hemorrágica, que aparece também na região de Santa Catarina.
A gerente do CIATox-SC, Danielle Albino, disse que o primeiro passo é tomar medidas preventivas para evitar contato com animais peçonhentos, usando calçado que proteja todo o pé, por exemplo. Outra medida importante é não se aproximar de tocas, não manipular galhos, troncos e espaço entre pedras onde os animais podem se esconder.
Se ocorrer o acidente, é importante tentar identificar o animal para que os especialistas do CIATox e dos serviços de saúde possam agir adequadamente. “A recomendação é, com toda a segurança, tirar uma foto do animal ou capturá-lo para que possa ser identificado”, disse, acrescentando que no site do CIATox (www.ciatox.sc.gov.br) há uma lista dos animais peçonhentos com fotos para ajudar nesta identificação.
A pessoa que for atacada por um animal peçonhento deve lavar o local com água e sabão, entrar em contato pelo telefone 0800 643 5252 com o CIATox, que mantém um serviço plantão 24 horas onde presta informações específicas em caráter de urgência a profissionais de saúde, principalmente médicos da rede hospitalar e ambulatorial e de caráter educativo/preventivo à população em geral, e procurar o hospital mais próximo.
A média anual de atendimento no CIATox -SC é de 19 a 20 mil casos, sendo 5 mil, em média, relacionados a animais peçonhentos. Esse serviço foi mantido mesmo durante a pandemia. Os números se referem a casos de intoxicação por diversos agentes, como medicamentos, agrotóxicos, produtos veterinários, raticidas, produtos químicos industriais e de uso domiciliar, drogas de abuso, plantas tóxicas e envenenamentos por animais peçonhentos, já que o CIATox/SC é um serviço de referência no Estado na área de Toxicologia.
O serviço é subordinado à Superintendência de Serviços Especializados e Regulação da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SUR/SES/SC), mantendo cooperação técnica e parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o HU-UFSC, onde está localizado.
Unidade de Comunicação Social/ HU-UFSC-Ebserh