17ª Sepex: estande distribui kits e orienta sobre o autoteste de HIV
A 17ª edição da Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC (Sepex) inicia nesta quinta, 18 de outubro. Com mais de cem estantes, um deles apresenta um serviço ainda em fase de inicial de uso, mas de destacada relevância à saúde pública: o autoteste de HIV. Já vendido em farmácias, o autoteste está em vias de implementação na rede pública, cuja parceria do Ministério da Saúde com o Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia (LBMMS) tem auxiliado na avaliação dos testes rápidos em nível nacional.
O teste é gratuito e pode ser retirado no estande 63, do LBMMS, localizado na área de saúde. No local, os visitantes serão orientados a como realizar o teste e serão convidados a responder a questionário online anônimo para avaliar a experiência. Àqueles que tiverem identificação de carga viral positiva, haverá orientação sobre como proceder para confirmar o teste e iniciar o tratamento o mais breve possível, visando à supressão da carga viral e consequente preservação de seu sistema imunológico. Serão um total de mil autotestes distribuídos no estante do LBMMS.
Como funciona o teste
O autoteste de HIV segue um sistema semelhante aos testes de diabetes, por exemplo, em que uma pequena amostra de sangue é suficiente para a análise. Elaborado para ser realizado sozinho, os kits não precisam de nenhum item além dos presentes no próprio kit e são desenvolvidos para serem de fácil utilização, com a coleta de gota de sangue ou de fluído oral para verificação da presença de carga viral.
A identificação de carga positiva implica na procura da rede de saúde para testes suplementares e, se necessário, início do tratamento. Atualmente, a rápida identificação de carga viral positiva para HIV pode ser suprimida se houver tratamento logo após a detecção. Com isso, é possível preservar a imunidade de pessoas com HIV positivo e reduzir as chances de transmissão.
Segundo Maria Luiza Bazzo, coordenadora do LBMMS: “a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem a meta de, até 2020, identificar 90% das pessoas com HIV positivo em seus países membros. Desses, a expectativa é que 90% tenham tratamento e, por fim, 90% da pessoas deste último grupo tenham carga viral suprimida. Essa meta é chamada pela OMS de 90-90-90″. Uma forma de alcançar esta meta é disseminar o autoteste que será utilizado e avaliado na Sepex procura não somente informar as pessoas e possibilitar um exame seguro e eficiente, mas, principalmente, avaliar e identificar formas de aperfeiçoar a experiência do autoteste, a partir da opinião dos participantes.
Gabriel Martins/ Agecom/ UFSC