UFSC na mídia: Professor do campus Curitibanos esclarece sobre fungo que contamina videiras na região sul

17/11/2025 11:57

Leocir José Welter, professor Genética e Biotecnologia Vegetal do campus de Curitibanos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), participou da reportagem “Por que será que as uvas estão caindo do cacho?“,  que foi ao ar no programa Globo Rural no último domingo, 16 de novembro.

O professor explica sobre a contaminação de míldio em plantações de uva, problema recorrente no sul do país, como o que ocorre em Santana do Livramento (RS), citado na reportagem. A doença se espalha rapidamente em regiões úmidas e afeta o desenvolvimento das plantas. O fungo que provoca a doença, o Plasmopara viticola, precisa de água para se desenvolver e costuma atacar primeiro as folhas. Se não for controlado no início, ele acaba afetando também as bagas.

Camila Bitencourt, pesquisadora de pós-doutorado da UFSC, também foi entrevistada. Ela esclarece que as folhas infectadas colaboram com a continuação da doença inclusive quando caem no solo. Por isso, atuar na prevenção, com cobertura plástica, seria o melhor caminho.

Assista à reportagem completa no site do G1.

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Pesquisa na UFSC promove melhoramento genético de videiras trazidas da Itália e Alemanha

09/12/2019 07:38

Desenvolver videiras de alta qualidade para vinhos que sejam resistentes às principais doenças que atacam essa cultura no Brasil. Com este objetivo, o Núcleo de Estudos da Uva e do Vinho (Neuvin) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realiza pesquisas desde 2012 com variedades vindas da Itália e Alemanha. Elas são uma colaboração entre UFSC (Centro de Curitibanos e Centro de Ciências Agrárias – CCA), Epagri, vinícolas parceiras e os institutos de pesquisa Fondazione Edmund Mach (Itália) e Julius Kühn-Institut (JKI, Alemanha). A expectativa é que em 2020 as mudas já possam ser disponibilizadas aos produtores.

Mudas de videiras vindas da Fondazione Edmund Mach e do JKI são cultivadas no Centro da UFSC em Curitibanos. Elas foram trazidas pelos contatos que professores da UFSC fizeram durante doutorados realizados na Itália e Alemanha. As espécies são conhecidas como Piwi (lê-se pívi), abreviação de pilzwiderstandsfähige rebsorten, que pode ser traduzida como “variedade resistente a fungos”.

Leocir Welter, professor do Campus de Curitibanos. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

Um dos responsáveis é o professor Leocir Welter, do campus de Curitibanos, que atua no Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas Agrícolas e Naturais (PPGEAN).  Ele pesquisa o melhoramento genético das plantas e explica que os materiais trazidos para o Brasil foram aprimorados por décadas para o cultivo na Europa – produzem vinhos de alta qualidade e são resistentes a diversas doenças, como o míldio (Plasmopara viticola). Agora, a ideia é “pegar estes materiais, que têm os genes da resistência, e realizar cruzamentos para doenças que não têm lá e aqui no Brasil são grande problema”, aponta Leocir.

A partir dos cruzamentos com variedades americanas, serão selecionadas as sementes das plantas mais resistentes. Elas serão levadas a campo e os pesquisadores irão analisar as variedades menos suscetíveis às doenças que ocorrem nas videiras brasileiras. A partir das uvas, será verificada a qualidade do vinho resultante: “Têm de ser boas agronomicamente e boas na taça”, diz Vinicius Caliari, enólogo da Epagri.
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