Pesquisadores da UFSC catalogam 44 espécies de peixes que só existem no Oceano Atlântico

18/07/2025 08:28

Ilhas de São Pedro e São Paulo (SPSPA), Ascensão (ASC) e Santa Helena (STH). Reprodução: Ferrari et al. (2024).

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) catalogaram 44 espécies de peixes recifais que só existem em três pequenas ilhas no Oceano Atlântico. Dessas espécies, duas aparentam ser mais antigas do que a própria ilha de Ascensão, que tem aproximadamente um milhão de anos, onde são encontradas.

As constatações fazem parte de um novo estudo publicado na quarta-feira, 16 de julho, na revista britânica Proceedings of the Royal Society B e que também envolveu pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Técnica da Dinamarca (DTU). 

De uma longa cadeia de montanhas submarinas, surgem algumas ilhas, como São Pedro e São Paulo, Ascensão e Santa Helena. Situadas na região conhecida como Dorsal Mesoatlântica, elas possuem 169 espécies de peixes recifais. O artigo de Isadora Cord, pós-graduanda em Ecologia, e Sergio Floeter, professor titular do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC, reconstruiu rotas evolutivas e padrões de dispersão de 88 espécies que ocorrem na Dorsal Mesoatlântica a partir de dados moleculares e filogenéticos. Quarenta e quatro espécies são endêmicas, ou seja, não existem em nenhum outro lugar do mundo. 
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Estudo da UFSC na Nature registra aumento de eventos extremos e ameaça a espécies e à pesca

16/04/2025 08:00

Um estudo inédito liderado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) traz novos dados alarmantes sobre as mudanças climáticas e seus impactos nos ecossistemas marinhos, desta vez relacionados ao Oceano Atlântico Sul. A pesquisa Extreme compound events in the equatorial and South Atlantic foi publicada nesta quarta-feira, 16 de abril, na Nature Communications, liderada pela professora da coordenadoria especial de Oceanografia Regina Rodrigues e com a participação de estudantes da UFSC, Universidade de Sorbonne, Universidade de Bern, Universidade de Bergen e da Organização de Ciência e Pesquisa Industrial da Commonwealth da Australia.

Os pesquisadores usaram dados de 1999 a 2018 para entender a ocorrência de três eventos extremos que atingem os oceanos: as ondas de calor marinhas, extremos de alta acidificação e de baixa clorofila. Os resultados mostraram que houve um aumento na intensidade e ocorrência simultânea desses eventos extremos durante o período analisado.

Pesquisa analisou diferentes dados do Atlântico Sul (Pixabay)

O estudo também identificou que desde 2016 esses extremos combinados têm ocorrido todos os anos, colocando em xeque a capacidade de sobrevivência dos ecossistemas marinhos. Isso afeta diretamente a atividade pesqueira e maricultura, tendo um efeito negativo na segurança alimentar de países da América do Sul e África adjacentes ao Oceano Atlântico Sul, onde o estudo foi feito.
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Revisão de 181 artigos científicos revela situação alarmante da poluição por plásticos no oceano

26/06/2024 07:04

Tartaruga verde ingerindo uma sacola plástica. Foto: Troy Mayne/WWF.

Uma revisão de 181 artigos científicos que abordaram a poluição na costa Sul-Americana do Oceano Atlântico revelou a distribuição, as características e os impactos dos detritos plásticos no mar, além de examinar as políticas e iniciativas legais para combater essa ameaça ambiental. O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), concluiu que o nível de poluição na região é equivalente ao dos oceanos mais poluídos do mundo. 

O estudo A review of plastic debris in the South American Atlantic Ocean coast – Distribution, characteristics, policies and legal aspects foi publicado na revista Science of the Total Environment em maio deste ano por integrantes do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA/UFSC) e do Laboratório de Pesquisas em Resíduos Sólidos (LARESO/UFSC). De acordo com o primeiro autor do artigo, o mestrando Igor Marcon Belli – orientado por Armando Borges de Castilhos Junior e coorientado por Davide Franco, ambos professores do PPGEA –, a pesquisa é a primeira análise regional que avalia tanto macro quanto microplásticos em águas costeiras, sedimentos e fauna marinha, apontando as áreas mais afetadas e as características desses materiais. O estudo também identificou as legislações e iniciativas não governamentais para combater a poluição por plástico na região.
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