‘Meninas na Ciência’ da UFSC descobrem oito possíveis asteroides em programa da NASA

24/08/2023 11:23

Meninas participaram de um treinamento preliminar

Ana Lindsey, Ana Isadora, Vanessa, Helen e Rafaella. Um grupo de cinco meninas e mulheres, estudantes de Ensino Fundamental, Médio e de Graduação e integrantes do projeto de extensão Meninas na Ciência, da Universidade Federal de Santa Catarina, descobriu oito asteróides preliminares. A descoberta ocorreu em duas atividades diferentes: uma parceria entre o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) com o International Astronomical Search Colloboration (IASC) da Nasa, a agência espacial norte-americana, e outro da própria Nasa. O grupo é formado por cientistas de 14 a 22 anos, três delas de instituições públicas e duas da rede privada.

Elas participaram das duas competições entre julho e agosto deste ano. Na campanha nacional promovida pelo MCTI, um asteroide foi descoberto e classificado como identificação preliminar. Na campanha internacional, outros sete asteroides preliminares foram encontrados, totalizando oito asteroides encontrados pela equipe. A competição nacional e internacional de Caça Asteroides acontece a partir do acesso às imagens captadas por telescópios (Pan-STARRS, pertencente à Universidade do Havaí), que são disponibilizadas no site do IASC e analisadas pelas equipes participantes com o auxílio do software Astrometrica.

Para a participação da equipe na competição, o projeto promoveu aula de treinamento presencial e reunião de grupo, além de fornecer material de apoio e a criação de um grupo em rede social para a comunicação mais rápida com as alunas. Nesse treinamento, elas puderam aprender a realizar a identificação dos objetos astronômicos e a elaborar e enviar os relatórios com os possíveis asteroides encontrados. A professora Gabriela Kaiana Ferreira e as bolsistas do curso de Física, Caroline Conti e Julia Medeiros realizaram o treinamento e participaram de todo o processo.

“O programa de caça à asteroides contribuiu para que essas meninas de idades e contextos variados se percebessem capazes e pertencentes ao contexto da prática científica, inclusive desmistificando estereótipos e preconceitos de gênero”, explicou a professora. A detecção preliminar é catalogada após uma análise criteriosa das imagens. Os relatórios enviados pelas equipes são revisados e validados pelo IASC, para então serem submetidos ao Minor Planet Center (MPC), em Harvard, nos Estados Unidos. O MPC é reconhecido pela União Astronômica Internacional (IAU), como o repositório oficial mundial de dados sobre asteroides.

Com o tempo, se confirmadas as detecções preliminares, após a validação, numeração e catalogação pelos grupos responsáveis, as alunas terão oportunidade de sugerir nomes aos asteroides que encontraram para a  entidade responsável por fazer o anúncio oficial quando há uma comprovação. Esse processo leva de três a cinco anos para ser concluído.

O projeto ‘Meninas na Ciência’

Reprodução da imagem de um dos possíveis asteróides

O projeto é coordenado pela professora Gabriela Kaiana Ferreira e conta com a colaboração de bolsistas e voluntárias, que desenvolvem uma série de atividades envolvendo divulgação científica e combate a preconceitos e estereótipos sobre a presença de mulheres nas ciências exatas.

Dentre as atividades desenvolvidas ao longo deste ano, destaca-se o treinamento e organização de equipes para a participação na competição de Caça Asteroides, que possibilita às alunas participantes realizarem suas próprias contribuições ao encontrarem asteroides, enquanto aprendem sobre Astronomia na prática.

Propondo atividades como essa, o projeto ‘Meninas na Ciência’ busca divulgar as possibilidades profissionais de carreiras nas ciências exatas, engenharias e tecnologias para as meninas e mulheres, oportunizando às alunas o contato direto com a prática científica e, por consequência, contribuindo para o envolvimento das estudantes em atividades que busquem desenvolver suas habilidades em um espaço que lhe seja assegurado condições de igualdade de gênero.

Mais informações podem ser consultadas na página do Instagram ou no site do projeto.

Equipe:

1. Ana Lindsey Nogueira Fernandes
2. Ana Isadora Calazans Martins
3. Vanessa Bitencourt Stuart
4. Helen Moreira Santos
5. Rafaella Amorim Rios

Bolsistas: Caroline Conti – Física UFSC e Julia Medeiros – Física UFSC
Professora coordenadora: Gabriela Kaiana Ferreira

 

Tags: Caça asteróidesMCTIMeninas na CiênciaMinistério da Ciência e TecnologiaNASAUFSC

Pró-Reitoria de Pesquisa tem projeto aprovado para realização da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

25/07/2016 17:46

Com o objetivo de promover a popularização da ciência e da tecnologia por meio de eventos de divulgação científica, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) lançou em março deste ano um edital de concurso, nº 01/2016 SECIS/MCTI, para contratação de projetos de realização de eventos no âmbito da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) em 2016.

As propostas poderiam se enquadrar em duas faixas de distribuição de recursos, de R$ 100 mil (abrangência estadual) e R$ 20 mil (abrangência regional), a depender do número de municípios participantes. A UFSC, através da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), submeteu um projeto para a Faixa A, de R$ 100 mil, e teve a aprovação preliminar da proposta. O resultado definitivo sairá no dia 29 de agosto.

O recurso será destinado à realização de eventos na SNCT em todos os campi da UFSC, em atividades voltadas à divulgação científica e tecnológica para estudantes, crianças, jovens e adultos, sobretudo de escolas públicas. Em Florianópolis, o principal evento a ser realizado é a Semana de Ensino Pesquisa e Extensão (Sepex), articulada pela pró-reitoria de Extensão (Proex), com auxílio de outros setores da UFSC. Além da Sepex, será realizado o Seminário de Iniciação Científica (SIC), promovido pela Propesq e outras atividades relacionadas à temática da SNCT 2016: “Ciência Alimentando o Brasil”.

O edital está disponível aqui.

Mais informações sobre o resultado do concurso aqui.

 

 

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Prêmio de inovação recebe inscrições de acadêmicos até 31 de maio

01/03/2016 08:42

Até o fim de maio, acadêmicos universitários, alunos de cursos técnicos e estudantes de graduações em mestrado e doutorado têm a oportunidade de ver seu projeto reconhecido. Estão abertas as inscrições para a 5ª edição do Prêmio Ciser de Inovação Tecnológica e alunos que tenham uma proposta inovadora podem participar. Realizado a cada dois anos, o prêmio tem como objetivo estimular o tema da inovação no meio acadêmico, reconhecendo jovens talentos e aproximando a economia do mercado.

Os projetos inscritos deverão apresentar novos produtos, sistemas de fixação ou alterações em itens já existentes no mercado. Serão aceitas também propostas que visem melhorias nos processos de produção de elementos de fixação. Sendo coerente com a temática, o trabalho será avaliado em critérios como impacto inovador, aplicabilidade, viabilidade técnica, viabilidade de mercado e qualidade. Entre os projetos inscritos, a comissão julgadora irá selecionar os três melhores de cada categoria para que estes integrem a última etapa da avaliação: a defesa oral da proposta. Depois desta etapa serão definidos os ganhadores.

Os autores dos trabalhos classificados em primeiro, segundo e terceiro lugar receberão premiações em dinheiro, troféus e certificados, assim como o professor orientador de cada projeto. A divulgação dos vencedores ocorre no dia 25 de agosto, data do evento de premiação. A inscrição dos projetos deve ser feita pelo site www.premiociserdeinovacao.com.br até 31 de maio. No site, também é possível ter acesso ao regulamento completo.

O Prêmio Ciser de Inovação Tecnológica conta com o apoio de entidades ligadas à inovação, como o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Fapesc e Anpei.

Com informações da assessoria de imprensa da Ciser.

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