Secretário nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação fala sobre os desafios para o crescimento brasileiro

16/10/2013 16:41

Secretário nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e ex-reitor da UFSC, Alvaro Toubes Prata falou sobre desafios da inovação na conferência de encerramento do Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE). Foto: Henrique Almeida / Agecom / UFSC

Alvaro  Toubes Prata, secretário nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, e ex-reitor da UFSC, ministrou a conferência de encerramento do Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE), que teve como tema “Inovação, Cultura e Sustentabilidade”.

Prata falou como a inovação está na ordem do dia e de como todos têm a obrigação de inovar, isto é, de mudar, fazer diferente, buscar a forma melhor. Mas para que se possa fazer com que uma coisa seja melhorada, é preciso ter um olhar crítico, perceber a realidade de uma maneira diferenciada, o que não é fácil.  Para mudar, é necessário ter visão histórica e crítica, e só se consegue isso se existir acesso à educação ampliada, o que dá condições de impactar a realidade. No entanto, só 15% dos jovens brasileiros que completam o ensino médio continuam estudando – um país que é a sexta economia do mundo não consegue educar seus jovens.

Os desafios do Brasil e da Europa são bastante distintos. A semelhança, segundo o secretário, é que esta Europa atual é bastante heterogênea, assim como o Brasil, que aceita superlativos contrastantes. Prata citou como pontos fortes do Brasil o orgulho de si próprio, grande área e bom solo, recursos naturais abundantes (minerais, petróleo), grande potencial de energia renovável (hídrica, solar, eólica), ciência forte e povo criativo. Explicou, também, que todos os países que possuem carvão fazem uso dele intensamente para gerar energia, mesmo sabendo do impacto negativo sobre o ambiente. O Brasil é o único que, tendo carvão, não o usa, e sua reserva desse mineral é quase o dobro que a de petróleo e gás.  Da eletricidade brasileira, 90% é renovável – no final de 2013, o Brasil já será o oitavo país do mundo em energia eólica.

Ainda falando sobre os pontos fortes, Prata destacou que o País está na 13ª posição em geração de conhecimento científico – ter uma pós-graduação tão forte é um contraste para uma nação que ainda não resolveu sequer a questão do ensino fundamental e médio.

Como fragilidades, o pesquisador destacou as grandes iniquidades (econômica, social e educacional);  a educação infantil ruim, sobretudo nos aspectos ligados à ciência; o baixo papel do setor terciário no desenvolvimento educacional; a baixa ou quase nula inovação em muitos setores industriais; a falta de infraestrutura em muitas áreas e o fato de termos poucos engenheiros.

Um dos maiores pontos críticos em relação à inovação é o setor industrial.  Está comprovado que, quanto mais um país investe em pesquisa e desenvolvimento, mais competitivo ele se torna. O que o governo brasileiro investe não está mal em relação ao que fazem outros países, mas o setor privado quase nada aplica em pesquisa e desenvolvimento.

Outro grande problema é a falta de infraestrutura na área de transportes. “Estamos presos”, disse Prata. Não há aeroportos suficientes, e os que estão passando por reforma estão muito aquém dos europeus ou asiáticos;  faltam estradas, ferrovias e transporte marítimo. O número de engenheiros em relação aos profissionais graduados no Brasil é em torno de 6%, enquanto na China é de quase 40%.

Em termos de educação, é impressionante que um país que teve a primeira dissertação de mestrado há apenas 50 anos forme, atualmente, 14.000 doutores por ano. O Brasil tem algumas universidades federais e estaduais entre as melhores do mundo;  um recurso único que é a Plataforma Lattes, um repositório onde mais de 2, 5 milhões de currículos de pesquisadores em todos os níveis estão disponíveis para consulta;  um portal de periódicos, como o da Capes, com mais de 30.000 artigos acadêmicos abertos a consulta;  além de possuir um sistema de bolsas único no mundo, que contempla até o ensino médio. Há também, atualmente, uma política para a descentralização da oferta de educação superior pública – em 2010 eram 59 campi principais e 274 campi a eles relacionados. A meta para 2014 é alcançar 63 campi principais e 322 campi interiorizados, além dos institutos nacionais de ciência, tecnologia e inovação, que atualmente são 126, sendo quatro em Santa Catarina.

Para o pesquisador, educação, ciência, inovação e empreendedorismo estão conectados, sendo que é necessário desenvolver o empreendedorismo tanto tecnológico como social.

Como instrumentos estratégicos de sua  Secretaria, Prata destaca o SIBRATEC, as incubadoras e parques tecnológicos, e a ação piloto da Embrapii – Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação e Industrial –, criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

A Embrapii foi criada seguindo a proposta e homenageando o trabalho da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.  Há 50 anos, a grande preocupação brasileira era alimentar a população crescente. Num período incrivelmente curto, o Brasil resolveu não só a questão da alimentação para sua população – mesmo que, por questões socioeconômicas de má distribuição, nem todos tenham acesso a esses alimentos de maneira adequada –,  mas também alimentou parte da população do mundo. Isso se deveu à universalização e a mecanismos para levar o conhecimento e as tecnologias para o campo, o que a Embrapa desenvolveu.

A proposta da Embrapii é credenciar instituições para que sejam unidades suas – o credenciamento será por quatro anos. Aceito o credenciamento, os recursos chegam antes da produção, segundo a proposta de inovação. Também há a proposta que, em licitações públicas, se a empresa for inovadora, pode ganhar a licitação, ainda que apresente produtos  até 25% mais caros.

Para o secretário, os bons exemplos a seguir são os da Petrobras, Embrapa, Embraer, o programa de produção de veículos flexíveis  (etanol e gasolina), a automação bancária confiável e eficiente, além da avicultura e da produção de suco de laranja, açúcar, soja, café, milho, algodão, dentre outros produtos, projetos e programas.

O Brasil é atualmente um parceiro atrativo e tem estabelecido várias redes com parceiros europeus. O País caminha para se tornar a quinta economia mundial, mas necessita de fortes investimentos em educação, ciência e tecnologia, disse Prata, que concluiu afirmando que muito do que o Brasil alcançou se deve a ser uma democracia estável, sem conflitos internos e externos – mesmo levando em conta as últimas manifestações de rua –, ter um bom sistema universitário e, referindo-se ao Congresso, grandes parceiros europeus como França, Bélgica e Holanda, entre outros países. O Brasil aprendeu a relacionar-se com os países isoladamente, e agora tem tido dificuldades com aquilo a que está sendo convidado: relacionar-se com a União Europeia.

Alita Diana/Jornalista da Agecom/UFSC
alita.diana@ufsc.br

Fotos: Henrique Almeida/Diretor de Fotografia/Agecom
henrique.almeida@ufsc.br 

Claudio Borrelli / Revisor de Textos / Agecom / UFSC
claudio.borrelli@ufsc.br

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Inscrições gratuitas para 3º Congresso do Instituto de Estudos Brasil Europa

04/10/2013 12:10

Com o tema “Inovação, Cultura e Sustentabilidade: Desafios para o Brasil e Europa”, o III Congresso do Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE) será realizado no Auditório do Centro Socioeconômico (CSE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nos dias 9, 10 e 11 de outubro de 2013. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site.

A conferência de abertura, que está programada para a noite de 9 de outubro, será realizada pelo embaixador José Viegas Filho. Durante o evento os participantes também irão conhecer os três trabalhos vencedores do 1º Prêmio IBE de Incentivo a Projetos Colaborativos Brasil Europa, no qual o professor Dachamir Hotza, do Departamento de Engenharia Química e Alimentos (EQA) da UFSC obteve o primeiro lugar, com o projeto ”Produção de baixo custo e confiável de compósitos de matriz cerâmica oxida”.

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Professor da UFSC conquista primeiro lugar no Prêmio IBE

23/09/2013 15:34

Professor Dachamir Hotza conquistou o primeiro lugar

O Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE), consórcio formado por instituições de ensino superior brasileiras e europeias, divulgou nesta segunda-feira (23 de setembro) o resultado do 1º Prêmio IBE de Incentivo a Projetos Colaborativos Brasil-Europa, destinado a projetos em andamento que mantenham acordo de cooperação entre as universidades do Brasil e da Europa. O professor Dachamir Hotza, do Departamento de Engenharia Química e Alimentos (EQA) obteve o primeiro lugar, com o projeto “Produção de baixo custo e confiável de compósitos de matriz cerâmica oxida”. 
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UFSC sedia 3º Congresso Anual do Instituto de Estudos Brasil Europa

10/09/2013 10:42

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe entre os dias 9 e 11 de outubro o 3º Congresso Anual do Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE), que este ano tem como tema “Inovação, Cultura e Sustentabilidade: Desafios para o Brasil e Europa”. A proposta é discutir estes conceitos dentro das cinco grandes áreas temáticas do IBE: Saúde e Biologia; Políticas; Ciências Sociais; Humanidades e Artes; Tecnologia; e Ciências. As inscrições para o evento estão abertas e podem ser realizadas no link.

Professor do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade e coordenador do Congresso, Paulo E. Lovato, explica que a comissão organizadora buscou incluir na programação as discussões mais avançadas de cada área, convidando pesquisadores renomados do Brasil e da Europa para trocarem experiências e proporem ações colaborativas.
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Inscrições para o 1º Prêmio IBE são prorrogadas até 10 de setembro

29/08/2013 14:43

O Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE),  consórcio formado por instituições de ensino superior brasileiras e europeias, prorrogou até 10 de setembro o prazo para os interessados se inscreverem no 1º Prêmio IBE de Incentivo a Projetos Colaborativos Brasil-Europa. A seleção premiará os três melhores projetos e oferecerá ao primeiro colocado passagens e hospedagem para o pesquisador ter a oportunidade de visitar sua instituição parceira na Europa.

Trata-se de uma premiação de caráter acadêmico ao melhor projeto em andamento que mantenha acordos de cooperação entre universidades do Brasil e da Europa. Serão aceitos projetos de quaisquer áreas do conhecimento desenvolvidos em instituições brasileiras.


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Inscrições no 1º Prêmio IBE feitas até 5 de agosto precisam ser reenviadas

05/08/2013 10:37

O Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE) informa que, em razão de um problema técnico no servidor do site, as inscrições para o 1º Prêmio IBE de Incentivo a Projetos Colaborativos Brasil-Europa feitas até o dia 5 de agosto precisam ser reenviadas. O prazo para se inscrever é até 30 de agosto.

Trata-se de uma premiação de caráter acadêmico ao melhor projeto em andamento que mantenha acordos de cooperação entre universidades do Brasil e da Europa. Serão aceitos projetos de quaisquer áreas do conhecimento desenvolvidos em instituições brasileiras.
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Inscrições para 1º Prêmio Instituto de Estudos Brasil Europa vão até 30 de agosto

30/07/2013 09:21

O Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE), consórcio formado por instituições de ensino superior brasileiras e europeias, está com inscrições abertas para o 1º Prêmio IBE de Incentivo a Projetos Colaborativos Brasil-Europa. O prazo para se inscrever é até 30 de agosto.

Trata-se de uma premiação de caráter acadêmico ao melhor projeto em andamento que mantenha acordos de cooperação entre universidades do Brasil e da Europa. Serão aceitos projetos de quaisquer áreas do conhecimento desenvolvidos em instituições brasileiras.
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Monitoria da Comissão Europeia visita a UFSC

09/05/2013 12:30

Visita do monitor da Comissão Européia à UFSC. Foto: IBE

No dia 8 de maio, o monitor da Comissão Europeia, José Maria Álvarez, esteve na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para uma reunião no período da manhã e uma visita ao campus Florianópolis, à tarde.

Estavam presentes na reunião a coordenadora local, Maria Lúcia de Barros Camargo, a coordenadora nacional de Workshops, Mónica Salomón, o coordenador nacional da área de Diálogos, Edson Roberto de Pieri, o coordenador local da área de Humanidades e Artes, Raul Antelo, o representante local da área de Ciências, Jarbas Bonetti, e a assistente local, Karlla Zanesco. A equipe apresentou as atividades de Diálogo desenvolvidas até o momento e planejadas para o restante do ano e respondeu aos questionamentos feitos pelo monitor em relação à Universidade e ao Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE).

Fonte: IBE

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Proposta de doutorado do Instituto de Estudos Brasil Europa é submetida à Capes

09/05/2013 11:42

O Instituto de Estudos Brasil Europa (IBE – www.ibe.usp.br) protocolou esta semana junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a proposta de Doutorado intitulada Estudos Brasil-Europa em Políticas para o Desenvolvimento. O curso, de caráter transdisciplinar, concentra as áreas Sociais e de Humanidades e é coordenado pelo professor José Alfredo Arêas (USP), da classe de atividades acadêmicas do IBE. “Acredito que preenchemos os requisitos para passar em todas as etapas do processo de avaliação da Capes. O programa tem mérito acadêmico e é uma iniciativa inédita”, destaca. A proposta será avaliada por um comitê escolhido pela Capes e a previsão é que o resultado seja divulgado até outubro.
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