Figueira da Praça XV não é brasileira, conclui estudo da UFSC que consultou banco de DNA

14/05/2024 10:30

O DNA da centenária figueira da Praça XV de Novembro, no Centro de Florianópolis, foi decifrado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O mistério que envolvia a origem e a espécie de um dos principais cartões-postais da capital catarinense, citado inclusive no hino do município, finalmente chegou ao fim. O estudo realizado no Laboratório de Fisiologia do Desenvolvimento e Genética Vegetal, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), concluiu que a árvore não é originária do Brasil. A figueira, identificada como sendo da espécie Ficus microcarpa, é natural da região compreendida pela Ásia tropical e Austrália.

Professor Valdir Stefenon (ao centro) e os pós-doutorandos Yohan Fritsche (à direita) e Thiago Ornellas. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A investigação, que nasceu com o propósito de descobrir se a planta era nativa ou exótica, foi conduzida pelo professor de biotecnologia Valdir Stefenon junto com os estudantes de pós-doutorado Yohan Fritsche e Thiago Ornellas, egressos do curso de Agronomia e do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais. O trabalho de sequenciamento do DNA e de análises de dados via bioinformática durou cerca de três meses e foi finalizado no segundo semestre do ano passado. Conforme explica o professor, a pesquisa resultou no sequenciamento do genoma nuclear parcial e do genoma total do cloroplasto. O primeiro passo foi, a partir de folhas saudáveis, isolar o DNA da planta, parte responsável por todas as informações genéticas.

“Utilizando uma tecnologia moderna, o DNA é sequenciado e cada uma das milhares de bases que o compõem são identificadas em fragmentos de tamanho variados. Esses fragmentos são, então, ordenados, como se estivéssemos montando um quebra-cabeças. Nesta etapa, o genoma nuclear, o genoma do cloroplasto e o genoma das mitocôndrias são separados em análises de bioinformática”, explica o docente.
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Projeto Imagine desenvolve novo jogo para auxiliar o ensino do código genético

15/04/2016 16:11

IMG-20160403-WA0009 IMG-20160403-WA0019O Projeto Imagine acaba de desenvolver novo jogo educativo com o objetivo de ensinar o funcionamento do código genético para alunos do ensino médio. Uma primeira versão do jogo usava peças do brinquedo lego para explicar de que forma a informação contida no DNA influencia a formação de proteínas e, a partir delas, as características de todos os seres vivos. Segundo o coordenador do projeto, professor André de Ávila Ramos, a evolução do novo jogo, com peças originais confeccionadas em madeira, simula de forma muito mais didática e realista os produtos dos nossos genes, ou seja, as proteínas. “A versão antiga já foi testada em diversas comunidades rurais e indígenas. A nova versão, que promete ser bem melhor, ainda precisa ser testada com alunos”, explica André.

A ideia surgiu de duas alunas de Ciências Biológicas, Karin dos Santos e Julie Martins, durante a disciplina Biologia Molecular 1, ministrada por André, que as convidou a aperfeiçoar a proposta através de um projeto de extensão. Para o desenvolvimento das peças em madeira, o Projeto Imagine estabeleceu uma parceria com a Oficina do Aprendiz, empresa especializada em jogos educativos, que já entregou o protótipo do novo jogo. “A Oficina se dispôs a construir gratuitamente as peças e fez todas as sugestões e adequações necessárias para torná-lo o melhor possível”, afirma André. Após testado e aprovado, o jogo será disponibilizado como mais um Recurso Educacional Aberto do projeto.

Sobre o Projeto Imagine

Projeto Imagine é uma parceira entre a UFSC e universidades da África e América Latina, que tem o objetivo de promover a inclusão social por meio do conhecimento científico. As principais abordagens do projeto são com temas relacionados à tolerância, respeito, diversidade étnica e cultural, convívio harmônico, solidário e pacífico entre os povos.

Mais informações no site  e no Facebook do Projeto Imagine.

 

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