Fórum das Licenciaturas: UFSC discute formação docente nos dias 22 e 23

17/09/2025 12:24

Nos dias 22 e 23 de setembro de 2025, o Auditório do EFI da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) receberá a 5ª Plenária das Licenciaturas, evento promovido pelo Fórum das Licenciaturas. Este importante encontro de diálogo e proposição de políticas para a formação docente reunirá acadêmicos e servidores da UFSC, representantes de secretarias de educação (estadual e municipais), profissionais da educação básica e demais interessados(as) em discutir os rumos da formação de professores no Brasil.

Com o tema central “Os sentidos da prática na formação de professoras/es: entre a práxis e o pragmatismo”, a programação apresentará debates essenciais para o fortalecimento e a reconfiguração das políticas educacionais, explorando tanto os desafios quanto as possibilidades da prática docente em diferentes contextos.

Conferências, mesas-redondas e audiência pública

No primeiro dia (22), após a abertura oficial, será realizada a conferência “A formação de professores no Plano Nacional de Educação 2025-2035”, com a participação do parlamentar Pedro Uczai, da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, e de um representante da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, sob mediação da pró-reitora de Graduação e Educação Básica (Prograd), Dilceane Carraro. Após o intervalo, o público terá a oportunidade de participar de um debate sobre o tema.

Às 19h30, será realizada a palestra “Os sentidos da prática na formação de professoras/es”, ministrada pela professora Katia Augusta P. C. Curado, da Universidade de Brasília (UnB), com mediação da professora Márcia Hobold (UFSC).

No dia seguinte (23), as atividades começam às 9h30 com a mesa-redonda “Diálogos sobre estágios e extensão: a prática das universidades e institutos”, que contará com representantes de instituições como UFFS, IFSC, IFC, Udesc e UFSC. A mediação será da professora Gabriela Furlan Carcioli.

Durante a tarde, às 14h30, ocorrerá a audiência pública sobre a proposta de política institucional de formação inicial e continuada de professoras/es da UFSC. A audiência contará com a participação de especialistas como Carolina Cherfem, Jocemara Triches, Maria Helena Michels e Ivandro Carlos Valdameri, e será seguida por um debate que encerrará o evento.


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Carta de Florianópolis: veja propostas da UFSC, IFC e IFSC a partir do bloqueio de orçamento

21/05/2019 15:03

Carta de Florianópolis

Florianópolis, Santa Catarina, 20 de maio de 2019.

Dirigentes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e do Instituto Federal Catarinense (IFC), professores, estudantes, movimentos sociais e comunidade acadêmica reuniram-se no Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos “Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo”, onde se realizou o Seminário “A situação das Universidades e Institutos Federais a partir do bloqueio do Orçamento proposto pelo Ministério da Educação”, promovido pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Dados do orçamento dessas instituições federais de ensino, a partir do impacto que o bloqueio orçamentário do Governo Federal (por meio do Decreto 9.741, de 28 de março de 2019) proposto pelo Ministério da Educação, foram apresentados ao público presente pelo seus reitores/as. Entidades do corpo docente, discente e técnico-administrativos ali representadas e personalidades se manifestaram, apresentando também uma série de recomendações ao debate na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Os sucessivos cortes nas políticas educacionais, no ensino superior e na educação básica, a ameaça de acabar com a vinculação constitucional que assegura recursos para a educação evidenciam um quadro de desmonte do ensino público de nosso país.

Medidas tomadas pelo governo federal têm atingido à gestão democrática e à autonomia das instituições, desfigurando princípios constitucionais e pilares fundamentais para a liberdade de pensamento e crítica acadêmico-científica que edificam as universidades, dentre estas medidas prescritas destaca-se a subordinação de nomeações e exonerações dos cargos de confiança pelos reitores, incluídos os cargos de pró-reitores e diretores, ao aval dos ministros da Educação e da Casa Civil. O Ministério da Educação, com estas decisões, afeta a qualidade do atendimento público nas escolas, universidades e institutos federais.

Sendo assim os participantes deste seminário apresentam os seguintes pontos a ser entregue ao Ministro da Educação, Abraham Weintraub e a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados:

  1. Que não sejam aplicados os cortes orçamentários, devendo o MEC obedecer aos preceitos legais da Lei de Diretrizes Orçamentária e também primar pelos ritos e atribuições da Câmara Federal;
  2. Que seja respeitada plenamente a autonomia das universidades e institutos federais, revogando os decretos que ferem a autonomia universitária – a exemplo do Decreto 9.794/2019 – preservando a autonomia e a democracia na escolha dos dirigentes e demais cargos das instituições federais de ensino;
  3. Que se apoie o Projeto de Lei Complementar (PLP) 8/2019, de autoria da deputada Maria do Rosário, no sentido de alterar o parágrafo 2º do artigo 9º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, determinando que os recursos destinados no Orçamento da União para as universidades públicas federais e os institutos federais de educação, ciência e tecnologia não sejam objeto de limitação de empenho e movimentação financeira;
  4. Que sejam mantidos os programas de apoio à permanência estudantil, com a garantia de manutenção das bolsas voltadas à formação e à permanência estudantil, preservada a integralidade das Políticas de Cotas para acesso ao ensino superior público;
  5. Que se mantenha e fortaleça o FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, como política de Estado e não de governo;
  6. A liberação, ainda no primeiro semestre, dos limites orçamentários de, no mínimo, 50% dos recursos previstos para as despesas correntes, garantindo a plena execução orçamentária;
  7. A revogação da Emenda Constitucional 95, que estabelece o teto de investimentos públicos em áreas como educação, saúde e assistência social.

Por fim, os participantes ainda se manifestam contrários à reforma da previdência e a redução de direitos. Consideram ainda muito grave a fala do Senhor Presidente da República, Jair Bolsonaro, que tratou de forma desrespeitosa as manifestações democráticas ocorridas no último dia 15 de maio. Salientam o necessário decoro que o seu cargo exige. Ao final do Seminário os participantes lembraram a importância das mobilizações para os dias 30 de maio e 14 de junho, como forma de expressar a defesa da educação pública e dos direitos conquistados.

 

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Saiba mais:
Dirigentes de instituições federais de SC participam de seminário sobre bloqueio orçamentário

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