Pró-reitoria institui ações afirmativas em programa de assistência estudantil na UFSC
As bolsas de permanência estudantil concedidas pela Pró-Reitoria de Permanência e Assuntos Estudantis (PRAE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) passaram a ter ações afirmativas a partir deste primeiro semestre de 2025. Até o ano passado, as bolsas eram concedidas seguindo critérios de renda familiar per capita, mas, a partir deste ano, as bolsas são distribuídas seguindo o critério principal de renda, e, dentro desse recorte de renda, passa a haver também a reserva de uma porcentagem das bolsas para estudantes pretos ou pardos, pessoas com deficiência, pessoas trans e estudantes mães.
A mudança é reflexo da implementação de políticas institucionais aprovadas no último ano pela Universidade, voltadas às pessoas trans e estudantes mães, além de ajustes elaborados pela própria PRAE. A mudança é pioneira no Brasil, e conforme explica a pró-reitora Simone Sobral Sampaio, tem ação democratizadora, com o intuito de fortalecer a política de assistência estudantil. “Queremos tornar a política mais inclusiva e sensível às necessidades específicas dos estudantes, além de, no contexto dos estudantes negros, reconhecer a importância de uma política antirracista para garantir o direito à educação”, reforça a gestora.
A distribuição de bolsas PRAE a partir deste ano tem 66% das bolsas destinadas apenas a partir do critério de renda familiar (com estudantes ordenados da menor para maior renda declarada, chegando ao limite de até um salário mínimo, ou R$ 1.518); 23% para estudantes negros (pretos ou pardos); 7% para pessoas com deficiência; 2% para pessoas trans e 2% para estudantes mães. Estudantes negros e negras podem receber as bolsas tanto nas vagas com critério único de renda, como no percentual da reserva de vaga para esse público. “Desse modo, busca-se fortalecer a política de equidade na assistência estudantil”, pontua Simone.
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