UFSC na mídia: por que o exemplo da Espanha mostra que mundo precisará de novas quarentenas
Hoje, com a dificuldade de fazer testes em massa, só temos uma ideia de quantas pessoas foram infectadas. Saber a verdadeira dimensão do problema é fundamental para compreender onde estamos e o que esperar do futuro próximo.
Um dos esforços mais robustos para achar essas respostas está sendo feito na Espanha, onde um estudo nacional acaba de divulgar seus primeiros resultados – e eles apontam, segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, que próximas ondas de contágio e novos períodos de quarentena podem ser inevitáveis.
A pesquisa feita pelo Instituto de Saúde Carlos 3º, ligado ao governo espanhol, aplicou testes sorológicos rápidos em 60.983 pessoas de todo o país.
O objetivo era buscar anticorpos para o coronavírus nas amostras de sangue e estimar a partir disso a proporção da população que foi contaminada.
Os cientistas concluíram assim que apenas 5% dos habitantes da Espanha, ou 2,35 milhões de pessoas, pegaram o novo coronavírus.
Ainda que seja bastante gente em termos absolutos, é uma proporção pequena em relação ao tamanho do caos vivido pelo país, que viu seu sistema de saúde entrar em colapso e foi obrigado a entrar no meio de março em um dos lockdowns mais rígidos do mundo para conter a propagação do vírus.
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