Agenda Cultural: cineasta Zeca Pires participa dia 30 da exibição e debate do filme ‘A Antropóloga’

30/10/2014 10:41

A-AntropologaDia 30 de outubro, às 18h30min, a Biblioteca Central da UFSC exibirá o filme “A Antropóloga” (Zeca Pires, 2011), no auditório Elke Hering. O comentarista convidado é o cineasta catarinense Zeca Pires. A sessão integra a programação em comemoração à Semana Nacional do Livro e da Biblioteca. A entrada é gratuita.

Sobre o filme

Costa da Lagoa, reduto açoriano na ilha de Santa Catarina. Malú (Larissa Bracher) tem 33 anos e realiza no local sua pesquisa de doutorado na área de etnobotânica. Com dona Ritinha (Sandra Ouriques) ela aprende a cultura mística que os descendentes açorianos mantêm viva. Ao acompanhar o tratamento com ervas aplicado em Carolina (Rafaela Rocha de Barcelos), Malú subitamente tem contato com o sobrenatural. Ela passa a enfrentar o ceticismo científico, e tenta provar a experiência que vivenciou.
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Longa “A Antropóloga” participa de mostra em Lisboa

01/11/2012 15:40

No elenco, Larissa-Bracher e Luigi-Cutolo. Foto: Claudio Silva

O longa “A Antropóloga”, do cineasta Zeca Nunes Pires, foi convidado para participar da Mostra Rotas & Rituais, em Lisboa, Portugal, e será exibido no mesma Sala Manoel de Oliveira no Cine São Jorge, no dia 11 de novembro. A obra, rodada em Floripa e lançada em abril de 2011, ficou entre os 15 finalistas brasileiros para representar o país na disputa por uma vaga entre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2012. Confira aqui a programação.
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UFSC na mídia: Zeca Pires e o começo de uma estrada internacional

15/05/2012 10:08

Em Lisboa para acompanhar a participação do longa-metragem A Antropóloga no Festival Itinerante de Língua Portuguesa (FESTin), o diretor Zeca Nunes Pires e a produtora Maria Emília de Azevedo destacaram a importância da participação no evento. Eles acreditam que este tenha sido um ponto de partida para uma carreira internacional do filme. (Roni Nunes | Lisboa/Especial DC)

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A Antropóloga participa de festival de cinema em Portugal

10/05/2012 17:49

O filme A Antropóloga, de Zeca Nunes Pires, cineasta catarinense e diretor do Departamento Artístico Cultural da UFSC, será apresentado nesta quinta, dia 10 de maio, no Festival de Cinema Itineramente da Língua Portuguesa (FESTIn), em Portugal. O festival acontece de 9 a 16 de maio em Lisboa, e apresenta 76 filmes, produções de 5 países de língua portuguesa. O Brasil se destaca com o longa-metragem ”A Antropóloga”, que será exibido hoje, às 21h30 (horário de Lisboa), no cinema São Jorge, sala Manoel de Oliveira.

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Exibição da entrevista de Zeca Pires na TV Brasil

08/03/2012 16:58

A entrevista gravada com o cineasta catarinense Zeca Pires, durante o lançamento do longa-metragem “A Antropóloga”, no Rio de Janeiro, pelo programa Revista do Cinema Brasileiro (TV Brasil) será exibida neste sábado, dia 10, às 20h30, nas seguintes emissoras: canal 2, 18 NET; 116 SKY, com reprise na terça-feira, dia 13, às 1h (madrugada). Na entrevista Zeca fala sobre o filme, como é ser um cineasta fora do eixo Rio-Sampa e seu amor pelo cinema.

Outras informações pelo e-mail zecapires@dac.ufsc.br ou pelo endereço http://www.aantropologa.com.br/.

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Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Arraial D’Ajuda tem produções da UFSC

25/10/2011 17:26
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O longa-metragem catarinense A Antropóloga e o video clipe Reggae da Tainha, ambos dirigidos por Zeca Nunes Pires, foram selecionados para a 5ª. edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Arraial D’Ajuda.

A 5ª edição, que acontece em Arraial D’Ajuda de 25 de novembro a 8 de dezembro, passa a ter caráter internacional, uma vez que se terá a participação de filmes estrangeiros na mostra principal, que até a última edição estava restrita a filmes nacionais. O troféu Curumin, alusivo à cultura indígena, traduzia as primeiras imagens do Descobrimento do Brasil sob o olhar dos colonizadores, e foi assim referenciado enquanto um festival de filmes exclusivamente brasileiros. Com o novo formato se fez necessário a concepção de um novo símbolo, que recebe o nome de Esquina do Mundo por traduzir o aspecto cosmopolita da região.

A Antropóloga permaneceu durante 105 dias em cartaz nos cinemas comerciais da ilha, participou da mostra competitiva de cinema internacional de São Paulo de 2010 e, mais recentemente foi um dos filmes brasileiros inscritos na lista para representar o Brasil no Oscar 2012 de Melhor Filme Estrangeiro, da qual foi escolhido o competente Tropa de Elite II.

O longa catarinense, distribuído pela Imagem Filmes, entrará em cartaz ainda neste ano nas principais cidades do estado catarinense e também no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O filme
Aos 33 anos, Maria de Lourdes Gomes Azevedo Ramos (Malu) realiza na Costa da Lagoa – reduto açoriano na Ilha de Santa Catarina (Florianópolis/Brasil) – sua pesquisa de doutorado na área de etnobotânica. Sua vinda à Costa da Lagoa não será meramente um marco em sua carreira acadêmica mais uma série de desafios emocionais que coloca a protagonista no limite entre a razão e a imaginação, ciência e misticismo, crença e ceticismo, amor e paixão.  Com dona Ritinha, benzedeira mais conhecida na comunidade, Malu inicia o aprendizado da cultura mística que os descendentes de açorianos preservam no local. Ao acompanhar o tratamento realizado com as ervas da mata atlântica à Carolina – filha do médico local –  ministrado por D.Ritinha, Malu entra em contato com o sobrenatural e envolve-se na cura da menina.

Contrariada pelo pai de Carolina, Malu enfrenta o ceticismo científico, antes propagado por ela própria. As evidências são muitas e Malu se vê levada a montar o painel de coincidências, situações sobrenaturais, intuições, constatações místicas e induções dos moradores da comunidade. Após período de auto-enfrentamento, Malu decide singrar a verdadeira viagem rumo ao desconhecido – o lugar de onde Malu jamais voltará.

 

O video clipe
O Reggae da Tainha traduz a cultura ilhoa falando dos peixes, pescadores e das mulheres da Ilha. Júlio César Cruz compôs a letra, em 2007, inspirado nas lindas mulheres, nos peixes do litoral da Ilha de Santa Catarina e nos pescadores tradicionais da Barra da Lagoa, a mais conhecida colônia de pescadores da capital catarinense. Feita em trocadilhos inteligentes e bem amarrados, usando mais de 20 nomes de peixes, “Sereia manezinha” ficou guardada um ano até o artista multimídia Valdir Agostinho ler a composição.

Extasiado, o artista da Barra da Lagoa “pirou”, como o próprio relembra, e, a partir daí o trabalho foi consolidado, passando do papel para uma composição trabalhada em estúdio. O subtítulo Sereia Manezinha virou Reggae da Tainha, sugestão de Gazu, vocalista da banda Dazaranha, produtor e arranjador da música. A voz de Agostinho deu um toque ilhéu ao trabalho, cuja letra, divertida e inteligente, agrada desde os pescadores da Barra aos blogueiros especialistas em cultura, arte e música.Foi aí que entrou em cena outro ilustre Mané, Zeca Pires, o cineasta fã do Valdir, que com sua brilhante intuição, traduziu a música em imagens no clipe Reggae da Tainha. O Clipe foi rodado na Costa da Lagoa; o cenário é todo produzido com obras do Valdir, feitas do lixo que o próprio artista recolheu na praia e no mar da Lagoa. Nos extras além do making of, fotos still do fotografo Inglês Paul Mansfileld. “ Tudo mutcho lindcho” como diz o próprio Valdir.

Confira a programação:
<http://www.costacentral.com.br/novosite/programacao-completa.php>

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A Antropóloga disputa vaga brasileira no Oscar

13/09/2011 08:19

Filme está novamente em exibição no Beiramar Shopping

Bruxas, curandeiras e a cultura popular de Florianópolis podem parar na maior festa do cinema mundial, em Los Angeles. A Antropóloga está entre os 15 finalistas brasileiros inscritos para representar o país na disputa por uma vaga entre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2012. O longa do cineasta Zeca Pires, diretor do Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC, estreou em abril nos cinemas da Capital e atualmente está em exibição no Beiramar Shopping.  O anúncio do filme selecionado está marcado para o dia 20.

É a primeira vez que uma produção catarinense fica entre as finalistas para representar o Brasil no maior prêmio do cinema mundial.

Além de A Antropóloga, na lista divulgada na tarde desta segunda-feira (12) pelo Ministério da Cultura estão filmes como As mães de Chico Xavier, de Glauber Filho e Halder Gomes, Assalto ao Banco Central, de Marcos Paulo, e Tropa de Elite 2, de José Padilha.

Veja os horários de A Antropóloga no Beiramar Shopping: http://www.shoppingbeiramar.com.br/index.asp?dep=48

A Antropóloga

No enredo do longa, a protagonista Malu (Larissa Bracher), antropóloga açoriana, revive em clima de suspense os mistérios da cultura popular da Ilha. Através do olhar de Malu, a Costa da Lagoa se transforma em cenário de experiências iniciáticas emocionantes, que revelam um mundo oculto do sagrado e da magia. O enredo de A Antropóloga é também uma homenagem às tradições populares de Florianópolis.

A obra do artista plástico, historiador e pesquisador Franklin Cascaes, abrigada no Museu Universitário Osvaldo Rodrigues Cabral, inspira o eixo central da trama que envolve Malu em surpreendentes descobertas. Giba Assis Brasil, da Casa de Cinema de Porto Alegre assina a montagem, Silvia Beraldo responde pela criação da música original e Maria Emília de Azevedo a Produção Executiva. O roteiro foi criado por Tânia Lamarca e Sandra Nebelung, a partir de um argumento de Tabajara Ruas.

Confira a lista dos longas inscritos:

“A Antropóloga”, de Zeca Nunes Pires
“As mães de Chico Xavier”, de Glauber Filho e Halder Gomes
“Assalto ao Banco Central”, de Marcos Paulo
“Bruna Surfistinha”, de Marcus Baldini
“Estamos Juntos”, de Toni Venturi
“Família Vende Tudo”, de Alain Fresnot
“Federal”, de Erik de Castro
“Filme Vips”, de Toniko Melo
“Histórias Reais de um Mentiroso VIPS”, de Mariana Caltabiano
“Lope”, de Andrucha Waddington
“Malu de Bicicleta”, de Flávio Ramos Tambellini
“Mulatas! Um Tufão nos Quadris”, de Walmor Pamplona
“Quebrando o Tabu”, de Fernando Grostein Andrade
“Trabalhar Cansa”, de Juliana Rojas e Marco Dutra
“Tropa de Elite 2”, de José Padilha

Fonte: Rafael Gomes – Acadêmico de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Departamento Artístico Cultural (DAC): SeCArte: UFSC

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A Antropóloga volta em cartaz no Cinespaço Beiramar

24/08/2011 17:03

A pedido do público, longa-metragem catarinense premiado e aplaudido ganha nova temporada depois de estreia de sucesso

Quem não assistiu A Antropóloga, filme catarinense de maior repercussão de todos os tempos, tem agora mais uma oportunidade. Depois de uma temporada de sucesso em todas as salas alternativas e do circuito comercial, o longa-metragem de Zeca Nunes Pires está de volta no Cinespaço Beiramar, a partir desta sexta-feira (26/8), sempre às 18h50min, na sala 5. Vencedor do Edital da Fundação Catarinense de Cultura, A Antropóloga estreou no final de abril e permaneceu em cartaz durante dois meses no Cine System, no Shopping Iguatemi. O suspense envolvendo ciência, misticismo e cultura popular conquistou uma audiência recorde e comentários elogiosos da crítica e do público, que aplaudiu a trama ambientada no cenário da Costa da Lagoa.

Produzido com apoio da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e de diversos departamentos da universidade, o filme retorna em cartaz no circuito comercial a pedido do próprio público. “Fiquei muito satisfeito com o resultado inicial. Agora, passando a temporada dos blockbusters, a Imagem Filmes, o Cinespaço e o Shopping Beiramar cumprem a promessa de trazê-lo de volta às telas atendendo a um pedido de pessoas de toda a Ilha”, diz Zeca Pires, que é diretor do Departamento Artístico Cultural da UFSC. Zeca acredita que a renovação dos equipamentos do Cinespaço Beiramar fará uma diferença perceptível, valorizando a qualidade técnica da obra, que ostenta um elenco nacional e experiente, protagonizado por Larissa Becker.

Sinopse

Aos 33 anos, a antropóloga portuguesa Maria de Lourdes Gomes Azevedo Ramos (Malu) realiza na Costa da Lagoa – reduto açoriano na Ilha de Santa Catarina – sua pesquisa de doutorado na área de etnobotânica. Sua viagem para a Costa da Lagoa não representará apenas um marco em sua carreira acadêmica, mas uma série de desafios emocionais que colocam a protagonista no limite entre a razão e a imaginação, ciência e misticismo, crença e ceticismo, amor e paixão.

Com dona Ritinha, benzedeira mais conhecida na comunidade, Malu inicia o aprendizado da cultura mística que os descendentes de açorianos preservam no local. Ao acompanhar o tratamento com ervas da mata atlântica que ela ministra em Carolina – filha do médico local-, Malu entra em contato com o sobrenatural e envolve-se na sua cura. Contrariada pelo pai da menina, a antropóloga enfrenta o ceticismo científico, antes propagado por ela própria. As evidências são muitas e Malu se vê levada a montar o painel de coincidências, situações sobrenaturais, intuições, constatações místicas e induções dos moradores da comunidade. Após intenso conflito interior com sua razão acadêmica, a estudiosa decide singrar a verdadeira viagem rumo ao desconhecido – o lugar de onde jamais voltará.

Mais informações e fotos no site www.aantropologa.com.br.

Zeca Nunes Pires – 48 9971-7951

Texto: Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

Contatos: (48) 9911-0524 – 37219459 – raquelwandelli@yahoo.com.brraquelwandelli@reitoria.ufsc.brwww.secarte.ufsc.br



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Seminário para a terceira idade debate filme A Antropóloga com Zeca Pires nesta terça às 9h

29/07/2011 16:49
O objetivo é ver, compreender e refletir como a obra mostra a cultura local, com a presença do diretor do filme Zeca Pires

O objetivo é ver, compreender e refletir como a obra mostra a cultura local, com a presença do diretor do filme Zeca Pires

O objetivo é ver, compreender e refletir como a obra mostra a cultura local, com a presença do diretor do filme Zeca Pires. A programação faz parte do Cinedebate em Gerontologia desenvolvido no NETI, porém está aberto a todos os interessados.

O Cinedebate em Gerontologia é uma atividade que promove a reflexão e o debate do processo de viver e envelhecer através de personagens retratados em filmes, questões que foram tema de dissertação de mestrado da professora Mônica Joesting Siedler, coordenadora dos debates, e há 19 anos atuando no NETI.

Os debates relacionando filmes e a terceira idade acontecem há 11 anos, e são programados com duração de quatro semestres. Nesse período, semanalmente são apresentados filmes de vários autores e países. Numa semana os participantes assistem aos filmes, com intervalo da sessão para a convivência, e na semana seguinte realizam o debate .

O seminário desta terça-feira, dia 2 de agosto, às 9h, é uma atividade extra: os integrantes do grupo já assistiram ao filme em cinemas da cidade, e elaboraram questões que serão comentadas pelo diretor de A Antropóloga. Na ocasião, será apresentado o making off do filme.

Para saber mais sobre a obra, realizada em Florianópolis, acesse o site www.aantropologa.com.br.

Sobre o NETI

O NETI serve de referência para estudos de graduação e pós-graduação. Com enfoque na educação permanente, oferece cursos, grupos, oficinas e projetos voltados para alunos idosos, objetivando a sua atualização e inserção social. O Núcleo também presta assessoria e consultoria à comunidade, através de parcerias com entidades governamentais e não-governamentais. Saiba mais pelo site www.neti.ufsc.br.

O Departamento Artístico Cultural (DAC), faz parte da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

SERVIÇO:

O QUÊ: Seminário do Cinedebate em Gerontologia, do NETI, com o cineasta Zeca Nunes Pires, sobre o filme A Antropóloga

QUANDO: Dia 2 de agosto de 2011, terça-feira, a partir das 9 horas.

ONDE: Igrejinha da UFSC, Departamento Artístico Cultural (DAC), Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis-SC

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO: www.neti.ufsc.br

Visite: www.dac.ufsc.br

Fonte: [CW] DAC: SECARTE: UFSC

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A Antropóloga estreia nesta sexta, depois de uma pré-estreia de sucesso

29/04/2011 09:13

Estreia em todos os cinemas de Florianópolis A Antropóloga, longa-metragem do cineasta Zeca Nunes Pires, que nasceu com suporte da universidade

A protagonista Malu (Larissa Bracher), antropóloga açoriana, revive em clima de suspense os mistérios da cultura popular da Ilha

Obra que coloca em cena a magia e a cultura popular da gente açoriana, A Antropóloga estreia nesta sexta-feira (29), em todos os cinemas da Capital, com a torcida da UFSC, que deu suporte humano e logístico para trazer ao público a obra maior do cineasta catarinense e diretor do Departamento Artístico-Cultural da UFSC, Zeca Nunes Pires Bruxos. Aplaudidíssimo pelo público e pela mídia na pré-estreia, Zeca Pires conta com uma boa repercussão do filme no Estado para projetá-lo para fora. A Antropóloga inscreve o universo mágico ilhéu na onda mística sem ceder às fórmulas fáceis do mercado. Com o cuidado científico de um antropólogo e a delicadeza poética de um cineasta, realiza um filme de mistério. Vencedora do Edital da Fundação Catarinense de Cultura de 2003, a obra preserva, pela ambiguidade e sutileza, o silêncio respeitoso pelo mundo inapreensível do sagrado.

Com apoio institucional da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, da RTP dos Açores, a consultoria a diversos departamentos de ensino da universidade e a participação de professores e alunos do Curso de Cinema no processo de filmagem, Zeca Pires levou nove anos para viabilizar financeiramente o segundo longa de sua carreira e chegar a essa síntese de tratamento artístico e antropológico da cultura popular. O respeito ao mistério tira A Antropóloga do lugar-comum das ficções que tratam o universo simbólico como espelho da realidade, onde as entidades sobrenaturais servem de mera caricaturas para a reencenação maniqueísta da luta entre o bem e o mal.

No enredo do longa, ´. Através do olhar de Malu a Costa da Lagoa se transforma em cenário de experiências iniciáticas emocionantes, que revelam um mundo oculto do sagrado e da magia. O enredo de A Antropóloga é também uma homenagem às tradições populares de Florianópolis. A obra do artista plástico, historiador e pesquisador Franklin Cascaes, abrigada no Museu Universitário Osvaldo Rodrigues Cabral, inspira o eixo central da trama que envolve Malu em surpreendentes descobertas. Giba Assis Brasil, da Casa de Cinema de Porto Alegre assina a montagem, Silvia Beraldo responde pela criação da música original e Maria Emília de Azevedo a Produção Executiva. O roteiro foi criado por Tânia Lamarca e Sandra Nebelung, a partir de um argumento de Tabajara Ruas.

O enredo transita sutilmente entre a explicação científica para o desenlace dos fatos e a abertura para o campo do inexplicável, que abala o ceticismo cientificista inicial da pesquisadora portuguesa. Em seu trabalho de campo na Costa da Lagoa, Malu se depara com uma miríade de indícios e relatos de magia que acaba associando aos registros de Cascaes e ao drama da menina. Como o pai Adriano (Luige Cútulo), que apesar de médico recorre à magia para salvar a filha, o abismo da morte desinstala a cientista das convenções acadêmicas.

Mas o que faz do filme uma obra emblemática deste tempo e deste lugar onde continua a se proliferar o imaginário místico de herança celta-açoriana é a forma como atualiza enigmas milenares. A religiosidade ilhoa, que já é um amálgama de crenças pagãs com teologias de diferentes origens, é mergulhada no sincretismo contemporâneo que entrecruza catolicismo, espiritismo, umbanda, mesa branca, magia, xamanismo, protestantismo. Enquanto a mística Ritinha tenta curar Carolina do embruxamento, um grupo de adolescentes com tendências góticas aporta na Ilha atrás das convenções bruxólicas.

Na atualização da lenda, seria fácil escorregar para uma caricatura da cidade vendendo a imagem sedutora da paradisíaca Ilha das Bruxas. Mas Zeca preferiu o filtro diáfano das nuvens em um dia de pouca luz para dar visibilidade ao mistério da sua terra. Além da curiosidade cultural e do espírito de pesquisador que circundam a obra, dois outros recursos concorrem para produzir esse cuidado. Em primeiro lugar, a direção fotográfica, de Charles Cesconetto, foge ao clichê das imagens publicitárias e anestesiantes das belezas turísticas.

A câmera adentra o interior das matas litorâneas, revelando o sertão do mar, menos colorido, mas não menos fascinante. “Optamos por uma dessaturização da cor para produzir um efeito quase monocromático das imagens e fazer o público se concentrar na narrativa”, conta Zeca. Com um orçamento de R$ 1 milhão e 600 mil, baixo para os padrões brasileiros, Zeca economizou a viagem para Açores produzindo a terra da pesquisadora na própria Ilha de Santa Catarina. O filme contou com o patrocínio da Petrobrás, Ancine, Fábio Perini, Tractebel Energia, Banco Bonsucesso, Eletrosul, Celesc, Fundação Badesc, Furnas, Angeloni e RBS. A distribuição é da Imagem Filmes, que preferiu adiar a estreia prevista para 8 de abril para não coincidir com outro lançamento nacional.

O segundo recurso inovador é a intercalação da linguagem de documentário com a linguagem de ficção. Durante nove meses antes de iniciar as filmagens propriamente ditas, Zeca, que tem formação de documentarista e diversos títulos do gênero em sua filmografia, morou na Costa da Lagoa para preparar o cenário do filme e acabou aproveitando na trama as cenas documentais. Em seu trabalho de campo, a pesquisadora entrevista estudiosos da cultura local, como Gelci Coelho, o Peninha, herdeiro do patrimônio intelectual de Cascaes, e Alésio dos Passos Santos, que foi seu guia nas expedições pelo interior da Ilha. E entrevista principalmente pescadores, moradores das comunidades, curandeiras, benzedeiras muito idosas (uma delas já faleceu), enfim, esses habitantes que se escondem atrás das faixas de areia e encantam o filme com sua ingênua malinagem.

Como as inserções dos entrevistados são integradas ao contexto da narrativa e a entrevistadora é também a protagonista da história, a solução acaba por derrubar as fronteiras entre documentário e ficção, assim como o discurso da ciência e da cultura popular ficam no mesmo plano da poética da linguagem.

Por Raquel Wandelli / assessora de Comunicação da SeCArte/UFSC

raquelwandelli@yahoo.com.br

raquelwandelli@reitoria.ufsc.br

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Giba Assis Brasil conversa nesta terça sobre a Antropóloga, de Zeca Pires

25/04/2011 16:30

Para quem estiver interessado em saber como foi montado o filme A Antropóloga, acontece nesta erça-feira (26), às 14h no Teatro da UFSC (DAC), um debate com Giba Assis Brasil (montador do filme) e Zeca Nunes Pires (diretor). O debate será mediado pelo professor do Curso de Cinema da UFSC, Felipe Soares.

A montagem de A antropóloga contou com muitas novidades tecnológicas. O diretor enfatiza a possibilidade, proporcionada pelas novas tecnologias, de contar com o seu montador predileto, Giba Assis Brasil. “Como eu não podia ficar durante toda a montagem em Porto Alegre e nem o Giba aqui na Ilha, trouxe para cá um HD clone do que ficou lá na Casa de Cinema, com todas as imagens do filme”, afirma Zeca Pires. A cada corte o montador enviava para o diretor apenas os códigos do final pela internet e este conseguia ver os avanços da montagem. Além disso, completa Zeca Pires, “o Giba mandava relatórios detalhadíssimos de cada corte”, como o próprio montador brincou com o Zeca, ‘foi o filme que eu mais escrevi!’”.

Fonte: Rosana Cacciatore ( 9986-3242)

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A Antropóloga estreia dia 29 de abril colocando em cena misticismo ilhéu

24/03/2011 14:37

Fotos: Divulgação

Bruxos e bruxas, vampiros, lobisomens, anjos e demônios são personagens em alta na ficção contemporânea. Vieram do imaginário das mais diversas culturas para as telas do cinema cumprindo o gasto papel dos tradicionais heróis e vilões da indústria do entretenimento. Movido por um visível interesse afetivo pela cultura ilhoa, Zeca Pires, diretor do Departamento Artístico-Cultural da UFSC, não cedeu às fórmulas fáceis do mercado: inscreveu o universo mágico ilhéu nessa onda mística com o cuidado científico de um antropólogo e a delicadeza poética de um cineasta. Seu aguardado longa-metragem A antropóloga, que estreia no dia 29 de abril em todas as salas comerciais de Florianópolis, tem todos os ingredientes de um suspense, mas é, na verdade, um filme de mistério. Vencedora do Edital da Fundação Catarinense de Cultura de 2003, a obra preserva, pela ambiguidade e sutileza, o silêncio respeitoso pelo mundo inapreensível do sagrado.

Com apoio institucional da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, da RTP dos Açores e do Fundo Municipal de Cinema, Zeca Pires levou nove anos para viabilizar financeiramente o segundo longa de sua carreira e chegar a essa síntese de tratamento artístico e antropológico da cultura popular. O respeito ao mistério tira A Antropóloga do lugar-comum das ficções que tratam o universo simbólico como espelho da realidade, onde as entidades sobrenaturais servem de mera caricaturas para a reencenação maniqueísta da luta entre o bem e o mal. No drama de Carolina (Rafaela Barcelos), a menina com suspeita de empresamento bruxólico, o eterno embate entre o bem e o mal se faz presente, sobretudo no confronto final entre a antropóloga e a bruxa, mas está cercado de ambiguidades e contradições.

A mulher que obseda Carolina é também o fantasma da mãe morta no parto, e pode sugerir os malefícios do apego materno, mas também a disputa pelo amor do pai viúvo e a somatização do sentimento de culpa da menina pela morte da mãe. Com a mesma complexidade, as benzedeiras e curandeiras, que se armam de resmas de alho, plantas para limpeza energética, objetos com poderes de exorcização e orações capazes de afastar as mulheres solteiras de seus homens, compartilham também com as bruxas feitiçarias e conhecimentos pagãos sobre os poderes medicinais das ervas. Malu, a antropóloga portuguesa interpretada com verdade pela atriz de teatro mineira Larissa Bracher, transita ela própria pelos dois planos. E experimenta a perseguição medieval às bruxas quando Sueli, a esposa crente do pescador Pedro insinua-lhe para atravessar o seu caminho, porque na Ilha não há homens para uma mulher como ela.

A exemplo das grandes obras de mistério, assinadas por autores do talento de Edgard Allan Poe, Henry James ou o cineasta Roman Polansky, A Antropóloga coloca o espectador em contato com o sobrenatural sem dar a chave do segredo. O enredo transita sutilmente entre a explicação científica para o desenlace dos fatos e a abertura para o campo do inexplicável, que abala o ceticismo cientificista inicial da pesquisadora portuguesa. Em seu trabalho de campo na Costa da Lagoa, Malu se depara com uma miríade de indícios e relatos de magia que acaba associando aos registros do antropólogo ilhéu Franklin Cascaes e ao drama da menina. Como o pai Adriano (Luige Cútulo), que apesar de médico recorre à magia para salvar a filha, o abismo da morte desinstala a cientista das convenções acadêmicas.

No argumento de Tabajara Ruas, roteirizado por Tânia Lamarca e Sandra Nebelung, a origem da própria doença da menina, de onde parte o foco da narrativa, é mantida na ambiguidade. Tanto pode ser um tipo raro de câncer cerebral, conforme o diagnóstico oficial, como efeito do embruxamento provocado pela sétima filha mulher de uma família sem descendentes homens, em alusão a uma antiga lenda açoriana que encontra variantes em todo o mundo. Nesse sentido, a secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Borges, compara o 35 mm de Zeca Pires a O bebê de Rosemary. “O segredo não se esgota nem na explicação científica do distúrbio paranóico da gravidez, nem na hipótese da paternidade diabólica”, lembra a filósofa. No Polansky manezinho, Maria de Lourdes enaltece a solução final, que afirma o poder da magia como uma opção pelo encantatório em resistência à supremacia da lógica racional.

O mais interessante no filme e o que faz dele uma obra emblemática deste tempo e deste lugar onde continua a se proliferar o imaginário místico de herança celta-açoriana é a forma como atualiza enigmas milenares. A religiosidade ilhoa, que já é um amálgama de crenças pagãs com teologias de diferentes origens, é mergulhada no sincretismo contemporâneo que entrecruza catolicismo, espiritismo, umbanda, mesa branca, magia, xamanismo, protestantismo. Enquanto a mística Ritinha tenta curar Carolina do embruxamento, um grupo de adolescentes com tendências góticas aporta na Ilha atrás das convenções bruxólicas.

Em meio às bruxas, fadas, beatas, benzedeiras, curandeiras, rendeiras, pesquisadoras, cientistas, A Antropóloga faz um filme com atmosfera feminina. A obra canta a sensibilidade e a intuição femininas, a despeito do conteúdo contraditoriamente machista e misógino que por vezes permeia a cultura popular, herdeira da disposição política medieval de colocar na fogueira toda mulher que escapa ao controle da sexualidade e da religiosidade ortodoxa. “Por isso não criamos uma alegoria para as bruxas, pra que cada um formasse uma imagem e um conceito para si”, explica o diretor, que resume assim sua obra: “Um elogio cinematográfico despretensioso e sutil à magia e ao poder das mulheres que encontra um lugar de resistência no cenário mágico da Ilha de Santa Catarina”.

Na atualização da lenda, seria fácil escorregar para uma caricatura da cidade vendendo a imagem sedutora da paradisíaca Ilha das Bruxas. Mas Zeca preferiu o filtro diáfano das nuvens em um dia de pouca luz para dar visibilidade ao mistério da sua terra. Além da curiosidade cultural e do espírito de pesquisador que circundam a obra, dois outros recursos concorrem para produzir esse cuidado. Em primeiro lugar, a direção fotográfica, de Charles Cesconetto, foge ao clichê das imagens publicitárias e anestesiantes das belezas turísticas. A câmera adentra o interior das matas litorâneas, revelando o sertão do mar, menos colorido, mas não menos fascinante. “Optamos por uma dessaturização da cor para produzir um efeito quase monocromático das imagens e fazer o público se concentrar na narrativa”, conta Zeca. Com um orçamento de R$ 1 milhão e 600 mil, baixo para os padrões brasileiros, Zeca economizou a viagem para Açores produzindo a terra da pesquisadora na própria Ilha de Santa Catarina. O filme contou com o patrocínio da Petrobrás, Ancine, Fábio Perini, Tractebel Energia, Banco Bonsucesso, Eletrosul, Celesc, Fundação Badesc, Furnas, Angeloni e RBS. A distribuição é da Imagem Filmes, que preferiu adiar a estreia prevista para 8 de abril para não coincidir com outro lançamento nacional.

O segundo recurso inovador é a intercalação da linguagem de documentário com a linguagem de ficção. Durante nove meses antes de iniciar as filmagens propriamente ditas, Zeca, que tem formação de documentarista e diversos títulos do gênero em sua filmografia, morou na Costa da Lagoa para preparar o cenário do filme e acabou aproveitando na trama as cenas documentais. Em seu trabalho de campo, a pesquisadora entrevista estudiosos da cultura local, como Gelci Coelho, o Peninha, herdeiro do patrimônio intelectual de Cascaes, e Alésio dos Passos Santos, que foi seu guia nas expedições pelo interior da Ilha. Mas entrevista principalmente pescadores, moradores das comunidades, curandeiras, benzedeiras muito idosas (uma delas já faleceu), enfim, esses habitantes que se escondem atrás das faixas de areia e encantam o filme com sua ingênua malinagem. Como as inserções dos entrevistados são integradas ao contexto da narrativa e a entrevistadora é também a protagonista da história, a solução acaba por derrubar as fronteiras entre documentário e ficção, assim como o discurso da ciência e da cultura popular ficam no mesmo plano da linguagem.

Assim, a leitura do filme passa por várias camadas de interpretação que vão da mais racional a mais sensorial e nos dão conta de que todas transitam igualmente no mundo das possibilidades do simbólico. Nenhuma é capaz de fechar a porta do mistério e desestimular o espectador a uma nova leitura. Em seu célebre comentário aos poemas de Caproni, o filósofo italiano Giorgio Agamben fala da res amissa como o sentimento da coisa perdida, algo que possuímos tão intensamente que perdemos a consciência da sua presença e por isso se tornou inapreensível. Essa coisa do plano do invisível e do imaginário mais intocado da sua gente que Zeca Pires tenta evocar como matérias do sagrado que não podem ser consumidas pelo fogo do espetáculo.

Por Raquel Wandelli, assessora de Comunicação da SeCArte/UFSC

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