Mestranda da UFSC recebe prêmio de melhor monografia em Direitos Humanos com trabalho sobre poliafetividade

05/09/2025 11:01

Egressa e mestranda em Direito pela UFSC, Catherine Oliveira Araujo. Foto: reprodução/acervo pessoal

Catherine Oliveira Araujo, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) e egressa do curso de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), conquistou o primeiro lugar no Prêmio Jurista Dora Lúcia de Lima Faye, concurso de monografias catarinenses em Direitos Humanos organizado pelo Centro Universitário Cesusc (Unicesusc). A premiação ocorreu na quarta-feira, 3 de setembro, durante o evento Gentes – Direitos Humanos e Interseccionalidades, organizado pela doutoranda do PPGD/UFSC Gabriela Jacinto Barbosa.

Com o título O tratamento jurídico da poliafetividade no Brasil: um estudo comparativo com a evolução legal da conjugalidade homoafetiva, a monografia de Catherine aborda as intermediações entre o Direito e a poliafetividade, buscando demonstrar a existência de um modus operandi na resistência para o reconhecimento de famílias dissidentes, considerando os papéis de gênero e sexualidade. A pesquisa foi orientada pela professora Renata Raupp Gomes e coorientada pelo professor Diego Nunes, seu orientador no mestrado. Dentre os prêmios, está a publicação do trabalho como livro, no formato e-book.

Sobre o prêmio

Esta foi a primeira edição do Prêmio Jurista Dora Lúcia de Lima Faye, que homenageia uma jurista que consolidou uma trajetória de destaque tanto no serviço público quanto na academia. Concorreram graduados em Direito ou áreas afins e estudantes com TCC aprovados em instituições de Santa Catarina nos últimos três anos.

Dora Lúcia iniciou a advocacia em 1980, atuando na defesa dos Direitos Humanos, especialmente das mulheres e da população carcerária, por meio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Paraná. Teve participação na III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância (Durban, 2001), integrando a delegação brasileira nas discussões internacionais sobre políticas antirracistas. Na Fundação Cultural Palmares e na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), contribuiu para políticas de valorização da cultura afro-brasileira e para a elaboração da Lei de Cotas (Lei nº 12.711/2012).

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