Médias de casos e óbitos ainda não permitem flexibilização das medidas preventivas, aponta boletim Covid-19 em SC

16/11/2021 11:47

O Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou no último sábado, 13 de novembro, a 79ª edição do boletim semanal Covid-19 em SC. Intitulado Médias semanais de casos e óbitos ainda não permitem a flexibilização das medidas preventivas, o documento é assinado por Lauro Mattei, coordenador-geral do Necat e professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em Administração.

Na semana em análise, entre os dias 6 e 12 de novembro, foram registrados mais 4.430 novos casos, com taxa semanal de crescimento de 0,40% no agregado estadual e uma média semanal móvel de 633 novos casos diários, revelando uma tendência de queda do indicador em relação aos últimos 14 dias. Já o aspecto negativo foi o registro de mais 79 mortes na semana considerada, indicando a continuidade da ocorrência de um número ainda elevado de óbitos no Estado, mesmo que a média semanal móvel tenha caído para o patamar de 11 óbitos por dia.

A última matriz de risco divulgada pelo governo estadual no dia 13 de novembro mostrou que o controle da pandemia no estado vem apresentando resultados bastante positivos nas últimas semanas, não sendo registrada situação grave ou gravíssima em nenhuma região. Entretanto, o comportamento semanal da doença em Santa Catarina ainda revela um cenário preocupante, uma vez que o (Rt) se situou no patamar de 0.95 – sendo que em algumas regiões esse indicador é bastante superior, apresentando variações que vão de 0.95 (Meio Oeste) a 1.0 (Grande Florianópolis).

Esses patamares estão indicando que em muitas regiões a transmissão da doença ainda se encontra em um ritmo bastante acelerado. “Portanto, o comportamento do conjunto de indicadores analisados neste boletim, mesmo que bastante favorável, ainda não permite nenhum relaxamento em relação às medidas de prevenção e de controle da doença, especialmente no quesito ‘flexibilização do uso de máscaras’, equipamento que é extremamente eficaz no sentido de inibir a circulação do vírus”, informa o boletim.

“Por isso, entendemos que ainda é necessário manter as medidas preventivas para achatar a curva de contágio com o objetivo de se estabelecer as condições adequadas para reduzir o próprio coeficiente de mortalidade, que permanece num patamar elevado no Estado”, conclui o documento.

O boletim completo pode ser acessado no site do Necat, onde também podem ser encontradas as edições anteriores.

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