Fita Floripa apresenta teatro de sombras nesta quinta

23/06/2010 13:13

Fotos: Divulgação

Fotos: Divulgação

Após 35 anos dormindo dentro de um baú, os bonecos ouvem barulho de gente do outro lado da cortina. Com esperanças de voltar a atuar como fantoches, Gretel e Seppel saem a procurar seu amigo Kasperl. Uma bruxa, porém, também está acordada e disposta a tudo para que os bonecos voltem a dormir, pois assim ela pode se tornar a protagonista do teatro.

Esta é a sinopse de Tem Xente uma Feix, escrito assim mesmo com sotaque alemão, do espetáculo que a Cia Alma Livre, de Jaraguá do Sul, apresenta no Teatro do SESC, às 10h e às 15h, desta quinta-feira 24. Representada do início ao fim com sotaque alemão, recurso que garante uma boa dose de humor, a peça tem como um de seus objetivos, através de uma fábula, resgatar o teatro de animação do Kasperl, trazido ao Brasil pela imigrante alemã Margareth Schlünzen, no ano de 1937.

Outro destaque do dia é La Balsa de los Muertos, da Cia OANI, terceiro espetáculo do Fita que tem passagem por um dos festivais de teatro de animação mais importantes do mundo, o Festival de Charleville, que acontece na França. Obra teatral para adultos, com uma história que se passa no ano de 2050, em um ambiente degradado por guerras e poluição, a narrativa pretende provocar sobretudo uma sensibilização ambiental. A peça nasce do encontro entre um ator blumenauense e uma chilena, Luciano Brugmann e Camila Landío, que também assina a direção. A apresentação, que acontece no Teatro da UFSC, terá dois horários, às 15h e 20h.

E para quem aprecia a técnica do teatro de sombras, terá uma única oportunidade para assistir A Salamanca do Jarau, espetáculo adulto da cia porto-alegrense Lumbra, que acontece às 20h, no TAC. Na total escuridão, em um cinema de luzes, o público acompanhará o intrincado destino de um vaqueiro, o gaúcho Blau Nunes, que enfrenta os mistérios da gruta encantada do Cerro do Jarau, em nome do amor por uma princesa moura. Inspirada no conto homônimo de João Simões Lopes Neto, com forte impacto visual e musical, a peça trata das origens do povo gaúcho através de uma linguagem lírica e muito eloquente.

O espetáculo infantil Cidade azul, da Cia Truks, de São Paulo, ainda será reapresentado às 10h e 15h, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC. O Fita continua até domingo e a programação completa pode ser acessada no www.fitafloripa.com.br

O QUÊ: 4º Fita Floripa – Festival Internacional de Teatro de Animação.

QUANDO: De 20 a 27 de junho.

ONDE: Centro de Cultura e Eventos, Concha Acústica e Teatro da UFSC, Centro de Artes da UDESC, Teatro Álvaro de Carvalho, Largo da Alfândega, Palácio Cruz e Sousa, Apae e Orionópolis (Florianópolis) e Teatro Elias Angeloni, Praça Nereu Ramos e Teatro de Arena (Criciúma) e Teatro do Sesc (Joinville).

QUANTO: Entrada gratuita, com exceção dos espetáculos no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, Teatro da UFSC e Teatro Álvaro de Carvalho, com ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Programação da quinta (24)

10h

Cidade Azul

Cia. Truks (São Paulo)

Centro de Cultura e Eventos – UFSC

10h

Tem Xente uma Feis

Cia. Alma Livre (Jaraguá do Sul)

SESC

15h

Cidade Azul

Cia. Truks (São Paulo)

Centro de Cultura e Eventos – UFSC

15h

Tem Xente uma Feis

Cia. Alma Livre (Jaraguá do Sul)

Teatro do SESC

15h

La Balsa de Los Muertos

Compañía OANI de Teatro de Animación (Chile)

Teatro da UFSC

15h

O Misterioso Sumiço do Boi de Mamão

Articulação Cultural Produções Teatrais (Florianópolis)

Hospital Infantil

20h

La Balsa de Los Muertos

Compañía OANI de Teatro de Animación (Chile)

Teatro da UFSC

20h

A Salamanca do Jarau

Cia. Teatro Lumbra de Animação (Porto Alegre)

TAC

Informações: Victor da Rosa (48) 9918-7626 e Fifo Lima (48) 9146-0251.

Fonte: Fifo Lima/ Assessoria de Imprensa do Fita Floripa

O Ano da Morte de José Saramago – Em 18 de junho de 2010, ninguém morreu

23/06/2010 12:47

Ao chegar da UFSC fui informada por um telefonema que José Saramago havia falecido. Triste, olhei o exemplar do Dicionário de personagens da obra de José Saramago, obra na qual tenho trabalhado há vinte anos e que terminei na semana passada. Termino o Dicionário, Saramago morre… O ano de 2010 será conhecido como o Ano da Morte de José Saramago.

Fiquei alguns minutos pensando em nosso encontro no Rio de Janeiro, em Petrópolis, há uma década. Ele iria receber o título de Doutor honoris causa pela Universidade Federal Fluminense. Na véspera do laureamento, surpreendeu a todos com uma das suas peripécias. Ele daria uma palestra exatamente às 9 da noite, mas o palestrante que o precedeu falou inconvenientemente até as dez horas. Na hora de sua fala com o salão lotado, o mestre pegou o microfone e disse: “Não deixaram tempo para que o Nobel de Literatura falasse. Dou por encerrada a sessão”. Pobre daquele palestrante: passou para os anais da literatura como o homem que não deixou Saramago falar. Eis Saramago verdadeiro.

No outro dia, saiu antes do evento e abanava com as mãos para pegar um táxi. Quando o táxi se aproximava, vi um senhor ofegante correndo dos fotógrafos que o assediavam: era o escritor fugindo dos paparazzi. Abri a porta e lhe ofereci o táxi. Ele disse: “A senhorinha primeiro” e eu “O senhor primeiro”. Os fotógrafos desesperados se aproximavam e eu perguntei para qual hotel ele iria. Felizmente iria para o mesmo hotel que eu e pegamos o táxi juntos. Eis o Saramago gentleman.

Quando disse ao taxista que dirigisse devagar porque carregava um dos maiores cérebros da atualidade, diante da incompreensão do homem, Saramago riu. Quando dei meus dois livros escritos sobre sua obra ele acrescentou: “Mas a senhorinha é tão jovem!”. No outro dia pela manhã, tomamos um café juntos e eu que fazia regime comi todos os bolos do mundo, porque aquele homem me fascinava. Depois de décadas estudando o autor, eu tinha ali diante de mim um homem sábio.

Que dizer de sua obra? Magnífica e sobre a qual já foram escritas teses e mais teses. Ele reinventou a escrita, saramágica, com seus parágrafos enormes e sem pontuação. Criou uma Blimunda que via a alma das pessoas; criou um Caim que, viajante no tempo do Velho Testamento, questiona a justiça de Deus e destrói o mundo matando toda a humanidade na Arca de Noé e assim se vingando por ter sido preterido; criou Madalena que proferiu uma das frases mais teológicas da sua obra “Ninguém na vida teve tantos pecados, que mereça morrer duas vezes.” Com esta frase, ela impede que Jesus ressuscite Lázaro. Redimiu Madalena consagrando-a como a discípula amada, transformou o Diabo numa espécie de terceiro homem da Trindade, redimiu Judas. Eis o Saramago ateu declarado, mas apaixonado pela Bíblia e seus personagens. Para ele, Jesus era a chave para o humano e não para o divino.

Qual era a sua religião? Sua religião, sua crença maior chamava-se HOMEM. Filósofo e defensor do Antropocêntrico, afirmava em um de seus romances: “Que os homens são anjos nascidos sem asas, é o que há de mais bonito, nascer sem asas e fazê-las crescer.” Nas palavras do escritor e meu amigo Maicon Tenfen: Humanizou deus (com minúscula mesmo) e divinizou o Homem (com maiúscula).

Sua vida: família pobre, avó criador de porcos, pais humildes, mãe faxineira e pai analfabeto. Seu estudo, só até a escola técnica. Seu sonho frustrado: ter miopia e não ter sido maquinista. Seu maior prêmio: Nobel de Literatura em 1998. Ganhou também o Prêmio Camões em 1995.

Seus melhores romances: O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, O ano da Morte de Ricardo Reis, Memorial do Convento, Caim. O crítico norte-americano Harold Bloom o conclamou como o maior romancista vivo da atualidade. Saramago foi consagrado pela crítica em vida.

Um desapontamento: a não indicação do seu romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo a um prêmio Literário português. Setores conservadores da Igreja Católica pressionaram e o governo não indicou o livro. Por conta deste fato se auto-exilou em Lanzarote.

Sua maior crítica: o capitalismo. Seu maior desencanto: todas as esquerdas.

O homem mais sábio que conheceu: seu pai que era analfabeto. Um momento emocionante: Saramago chorando no final da exibição do filme Ensaio sobre a cegueira, dirigido por Fernando Meirelles.

Um momento romântico: o abraço em Pilar no aeroporto quando voltava da premiação do Nobel.

Sua segunda vida: começa exatamente em 1986 quando a jornalista espanhola Pilar del Rio, lê uma página de Memorial do Convento numa livraria, se apaixona por Blimunda e resolve entrevistar e conhecer o criador daquela mulher de papel. Tomam o café juntos e a espanhola de carne e osso se apaixona pelo criador de Blimunda. Casam-se um ano depois. Com 64 anos ele vive sua maior estória de amor.

Um de suas obras que também admiro trata da morte, coisa que para Saramago era natural: a diferença básica entre ser e não ser. O livro Intermitências da morte tem com enredo a estória da Morte que entra em greve. O romance começa assim: “No dia seguinte ninguém morreu.”

Se eu pudesse reescreveria a primeira linha deste romance: “No dia 18 de junho de 2010 ninguém morreu.” Mas não posso… O mundo ficará imensamente menor sem o Senhor – José Saramago (1922-2010).

Saramago não foi somente um escritor de Língua Portuguesa, ele foi escritor do mundo. Viveu e morreu dispensando todos os deuses. Não necessitou deles nem para a vida, nem para a doença, nem para a morte e foi feliz assim.

Por Salma Ferraz, professora associada da UFSC, mestre e doutora em José Saramago pela UNESP. É autora de O Quinto Evangelista (Edit. da UNB) e As Faces de Deus na obra de um Ateu (Ed. da FURB e UFJF). No prelo, ainda tem o Dicionário da obra de José Saramago.

Projeto de Revisão da Lei de Direito Autoral é debatido na UFSC

23/06/2010 09:48

Está sendo realizado na UFSC nesta quarta e nos dias 29 e 30, além dos dias 6, 7, 13 e 14 de julho um ciclo de debates sobre o projeto de Revisão da Lei de Direito Autoral. O objetivo é contribuir para a discussão sobre a tutela jurídica dos direitos autorais em relação às novas tecnologias, acesso à cultura e novas formas de criação. O encontro acontece no período de abertura de consulta pública para a alteração da Lei de Direito Autoral pelo Governo Federal.

O ciclo terá oito paineis temáticos, sempre entre 10h e 13h, na sala 301 do Curso de Pós-Graduação em Direito, no bloco novo do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ). Cada painel terá exposição de análise comparativa entre o que dispõe a lei e o que propõe o projeto de revisão. Os debates resultarão em um relatório que será disponibilizado para consulta pública, em um processo de aperfeiçoamento do texto.

Programação:

22/6 – Painel I

Disposições Preliminares e Obras Intelectuais e Autoria – artigo 1º ao 17

23/6 – Painel II

Direitos do Autor: Direitos Morais e Patrimoniais – artigo 22 ao 45

29/6 – Painel III

Direitos Limitações aos Direitos Autorais – artigo 46 ao 48

30/6 – Painel IV

Obra sob encomenda – Licenças Não-Voluntárias – artigo 52-A e 52-B

6/7 – Painel V

Transferência dos Direitos do Autor – artigo 49 ao 52

7/7 – Painel VI

Utilização de Obras Intelectuais e Fonogramas – artigo 53 ao 88-A

13/7 – Painel VII

Associações de titulares e entidade reguladora – artigo 97 ao 110

14/7 – Painel VIII

Sanções, Prescrição e Disposições Finais – artigo 110 ao 118

Mais informações e inscrições: 3721-6746 / gedai.ufsc@gmail.com ou www.direitoautoral.ufsc.br

Roteiro de professor da UFSC é indicado para prêmio da Academia Brasileira de Letras

22/06/2010 17:26

Manhã Transfigurada é um dos seis indicados da Academia Brasileira de Letras (ABL) para o Prêmio de Melhor Roteiro Adaptado ao Cinema. A premiação é uma iniciativa do cineasta e acadêmico Nelson Pereira dos Santos.

O filme baseado na obra homônima de Luiz Antônio de Assis Brasil, foi dirigido por Sérgio de Assis Brasil, e roteirizado por Marcelo Esteves. Com esta indicação, o coordenador do curso de Cinema e Realização Audiovisual da UNISUL e professor no curso de cinema da UFSC, tem seu primeiro roteiro de longa-metragem reconhecido nacionalmente.

O resultado será divulgado em cerimônia na ABL dia 29 de junho. Considerando o grande número de roteiros adaptados no Brasil no ano de 2009, e o peso dos concorrentes, a indicação de uma obra realizada no sul do país já pode ser considerada uma vitória.

Os outros indicados são:

Hotel Atlântico, roteiro de Suzana Amaral a partir de romance homônimo de João Gilberto Noll, recentemente exibido no FAM 2010; Um romance de geração, David França Mendes, adaptou Sergio Sant´Anna, Budapeste, roteiro de Rita Buzzar, do romance de Chico Buarque de Holanda, Bela noite para voar, roteiro de Zelito Viana, de JK Bela noite para voar de Pedro Rogério Moreira e Divã, Marcelo Sabach, do livro de Martha Medeiros.

Professor Marcelo Esteves

Professor Marcelo Esteves

Marcelo Esteves

Professor substituto do Curso de Cinema da UFSC e coordenador do Curso de Cinema e Realização Audiovisual da Unisul é roteirista profissional. É mestre em Teatro pela UNIRIO e especialista em Roteiro para Cinema pela Universidade Estácio de Sá. Foi roteirista das telesséries O Contestado (2000), Os Farrapos (2000), Lendas e Outras Histórias Catarinenses (2001), e Curtas Histórias (2002), todos veiculados pela RBS TV.

Marcelo é autor dos roteiros dos curtas-metragens Alumbramentos (2001), Sr. e Sra. Martins (2002) e Mulher Azul (2007), vencedores do Prêmio Edital Fundação Catarinense de Cultura/ Cinemateca Catarinense.

Mulher Azul, adaptação da novela homônima de Renato Tapado, foi rodado no sul da França e tem lançamento previsto para o segundo semestre deste ano.

Luiz Antonio de Assis Brasil

O escritor gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil (1945 -), detentor de vários prêmios como Jabuti e Erico Veríssimo, já teve transformados em filmes outros três de seus livros: Concerto Campestre, a partir do romance homônimo, A paixão de Jacobina, de seu Videiras de Cristal e Diário de um novo mundo, de Um quarto de légua em quadro.

Sérgio de Assis Brasil

Sérgio de Assis Brasil,(1947-2007), também gaúcho, é o diretor do filme Manhã Transfigurada. Encarou o desafio de fazer filmes no interior do Brasil, em Santa Maria, RS, cidade onde José Mariano da Rocha Filho, escolheu para sediar uma universidade, da qual foi fundador e primeiro reitor, concretizando um sonho de interiorização.

Sérgio dirigiu mais de 60 filmes entre videoclipes, documentários e curta-metragens, sendo um deles sobre José Mariano, também com roteiro de Marcelo Esteves, além do longa Manhã Transfigurada.

Assista o

trailer de Manhã Transfigurada
.

Contato com o professor Marcelo Esteves: marcelo.esteves@unisul.br

Por Alita Diana/jornalista da Agecom

Feira da Mandioca de Imbituba é organizada com ajuda de projetos da UFSC

22/06/2010 15:25

A 7ª feira da mandioca de Imbituba, evento organizado pelas cinco comunidades dos Areais da Ribanceira, área costeira e de restinga que concentra a produção agrícola da cidade, vai acontecer dos dias 24 a 27 de junho.

Os agricultores da região contaram pela primeira vez com a ajuda de projetos de extensão da UFSC para a preparação da feira, que inclui em sua programação palestras com os pesquisadores da universidade.

O laboratório de Ecologia Humana e Botânica do Departamento de Ecologia e Zoologia, e o Laboratório de Estudos do Espaço Rural (Labrural) do Departamento de Geografia realizam projetos de auxílio às famílias que vivem nos 200 hectares ameaçados pela fragilidade natural, baixa concentração de nutrientes no solo e pressões da especulação imobiliária. As pesquisas são fruto da parceria da UFSC com a Associação Comunitária Rural de Imbituba (Acordi) e pretendem colaborar com a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Areais da Ribanceira (RDS), planejada para incentivar as populações tradicionais a usar meios sustentáveis de exploração.

Apesar das dificuldades enfrentadas, o evento acontece todos os anos desde 2003. A entrada é gratuita e a programação se estende da manhã até a noite. Entre as atrações dessa edição há palestras sobre a comercialização e o manejo de produtos agrícolas, discussões sobre a questão fundiária em Santa Catarina, oficinas artesanais, filmes e apresentações de teatro, música e dança. “O destaque da feira é a inauguração de um engenho construído pelos agricultores. Isso vai complementar a renda da comunidade que também poderá produzir farinha”, explica o estudante de geografia e participante do projeto Nova Cartografia Social do Labrural, Daniel Assis Freitas.

De abrangência nacional, o projeto surgiu na Amazônia para dar voz aos grupos e associações que buscam reconhecimento de suas expressões culturais e territoriais – quilombolas, indígenas, faxinalenses, pescadores, artesãos – através de oficinas de cartografia.

Os sujeitos se envolvem na produção da sua cartografia social, ou seja, na documentação de suas formas de expressão oral, das narrativas e memórias do grupo, além da delimitação de suas áreas de ocupação. As informações são depois publicadas em forma de fascículos. Segundo Daniel, nos Areais da Ribanceira o processo está na sua fase final. “Para essas comunidades os fascículos vão representar instrumentos políticos. Eles poderão afirmar a legitimidade da ocupação da terra e de suas práticas culturais e agrícolas”, conta.

O Laboratório de Ecologia Humana e Botânica realiza atividades com ênfase na interação entre os agricultores e pescadores da área e os recursos disponíveis. As pesquisas com foco biológico vão desenvolver o conhecimento que os moradores têm das plantas nativas e do seu manejo. Além disso, estão previstos estudos sobre as variedades de mandioca. A bolsista do projeto Etnobotânica nos Areais da Ribanceira, Sofia Zank, diz que o laboratório participa da feira da mandioca há anos. “Nós somos parceiros da Acordi em algumas atividades, entre elas a feira. Ela é uma iniciativa da própria comunidade. A UFSC já participou de outras edições realizando palestras durante o evento. Este ano estamos auxiliando também na organização”, explica.

Para os interessados em participar haverá viagens de ônibus gratuitas até o local. As opções de ida são nos dias 24 de junho às 7h e 26 de junho às 7h e 8h. O ônibus estará em frente ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). As opções de retorno são nos dias 24 às 20h e 27 às 17h. Para as pessoas que quiserem acampar no local haverá área de camping próxima ao evento equipada com banheiros e chuveiros.

Por Ingrid Fagundez/Bolsista de Jornalismo na AGECOM

Mais informações:

– Laboratório de Ecologia Humana e Botânica:

Tel: 37219460

E-mail: ecoh@ccb.ufsc.br

Site: www.ecoh.ufsc.br

– Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos – NERU

Projeto Nova Cartografia Social

– Contato: Daniel Assis Freitas

Tel: 9942-2740

E-mail: danielassisfreitas@gmail.com

Programação da VII Feira da Mandioca

24/6 – quinta-feira

9h30min – 10h: Produção de Mandioca em Solos Arenosos – Augusto Carlos Pola – EPAGRI

10h – 10h30min: Promovendo a Agricultura de Grupo no Litoral Catarinense – CEPAGRO-Rede EcoVIDA

10h30min – 11h: Intervalo

11h – as 11h30min: Comercialização de Produtos Agroecológicos – Glaíco José Sell

13h – 14h – Oficina de Compostagem – CEPAGRO

14h – 14h30min– Experiências de Povos e Comunidades Tradicionais – Rede Puxirão

14h30min – 15h – Direitos do Povos e Comunidades Tradicionais –l

Aderval Costa Filho

16h – 17h – Questão Fundiária de Imbituba e SC – João Paulo Strapazzon – Sup. Regional do INCRA

17h15min – 18h30min – Missa Campal e Benção da fogueira de São João

20h – 21h: Abertura Oficial da VII Feira da Mandioca.

21h – 23h: Apresentação da Banda Gualberto Pereira e Grupos de Folclore Regional

25/6 – sexta-feira

9h – 10h30min: Projeto Nova Cartografia Social dos Povos de Comunidades Tradicionais do Brasil – Professor Nazareno José de Campos – UFSC; professor Clécio Azevedo – LabRURAL – UFSC; Raquel Mombelli – NUER – UFSC.

11h – 13h Brasil x Portugal – Exibido em Telão

14h – 15h Oficinas Artesanais – Balaios, Tarrafas, Chapéus, Renda de Bilro e Tear.

15h30min– 17h Inauguração do Engenho de Farinha, com participação de “Odilho, o Manézinho da Ilha”

18h30min – 21:00h – Filmes: Professor de Farinha – Diretor: Manuel Carvalho

Farinhada – Diretor: Ademir Damasco.

Terra para Rose – Diretora Tetê Moraes

21h – 22h – Folclore Regional – Dança peneira e Ratoeira – Grupo da Terceira Idade de Garopaba

22h – 23h – Apresentação de Odilho, o Manézinho da Ilha

Apresentação de Música Açoriana: NILERA e Banda

23h – Reggae e rock araranguá

26/6 – sábado

10h – 12h: O Papel das Comunidades Tradicionais no Uso e Conservação da Biodiversidade Local – Pesquisadores do Laboratório de Ecologia e Etnobotânica da UFSC.

15h – 15h45min: Os Movimentos Sociais e a reforma Agrária – Vilson Santim – MST

16h15min – 17h30min A visão Proutista para a liberdade e emancipação das comunidades tradicionais- Monge Jinanananda

20h – 22h:Apresentação de Dança de Ratoeira e Boi de Mamão.

22h: Bailão com grupo Harmonia

27/6 – domingo

12h – Almoço no Campo

14h – 16h – Oficinas Artesanais – Balaios, Tarrafas, Chapéus, Renda de Bilro e Tear.

16h: Apresentação de Teatro: Grupo Brigada Urbana Mítico/MST – Peça: Como Funciona a Sociedade.

17h – Sorteio da Rifa e Encerramento

Equipe de tenistas cadeirantes conquista título em Minas

22/06/2010 13:25

O projeto Tênis para Cadeirantes, parceria entre o Centro de Desportos da UFSC (CDS) e a Federação Catarinense de Tênis (FCT), conquistou seu primeiro título em uma competição profissional.

A vitória veio neste domingo, dia 20, no Brasil Wheelchair Tennis Open, na capial mineira. Ymanitu Silva venceu a chave de consolação do torneio e fez seus primeiros pontos no circuito profissional de cadeirantes da ITF (Federação Internacional de Tênis).

A derrota na chave principal foi na primeira rodada, contra o seu companheiro de equipe Charles Teixeira, que perdeu logo na segunda fase do torneio. Ymanitu Silva e Charles Teixeira também competiram nas duplas, mas perderam nas oitavas de final. A próxima competição da equipe será novamente em Belo Horizonte entre 12 e 15 de agosto.

Por Vinicius Schmidt/Bolsista de Jornalismo da Agecom

Abertas inscrições para o Programa Novos Talentos da Capes

22/06/2010 13:03

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) recebe até o dia 23 de julho propostas de Instituições Públicas de Ensino Superior para o Programa Novos Talentos.

Na UFSC as propostas devem ser encaminhadas ao Departamento de Projetos de Extensão, pelo e-mail dpe@reitoria.ufsc.br, até 2 de julho, para que possam ser consolidadas no projeto final a ser encaminhado à Capes.

O Edital contempla o apoio a atividades extracurriculares como cursos e oficinas, que deverão ser realizados período de férias das escolas públicas ou em horário que não interfira na frequência escolar.

As ações deverão ocorrer nas dependências de universidades, laboratórios e centros avançados de estudos e pesquisas, museus e outras instituições, inclusive empresas públicas e privadas. O objetivo é colaborar com o aprimoramento e atualização de professores e alunos da educação básica.

As instituições podem enviar um projeto institucional com até quatro subprojetos, cada um deles com três atividades extracurriculares.

Os valores de referência estimados são de até R$ 15.000,00 por atividade; R$ 45.000,00 por subprojeto, considerando três atividades; totalizando R$ 180.000,00 por projeto institucional.

As propostas deverão contemplar:

1. Título do projeto;

2. Informações sobre os participantes, conforme item 3 do Edital (particularmente as escolas parceiras e o público alvo)

3. E-mail e telefone para contato;

4. Endereço para correspondência;

5. Docentes-pesquisadores participantes do(s) grupo(s) proponente(s) com os links dos respectivos currículos lattes;

6. Detalhamento do projeto (justificativa, objetivos, metodologias, tecnologias, ações previstas, estratégias de seleção de participantes, sistemática de avaliação, resultados esperados);

7. Linhas gerais do cronograma a ser cumprido;

8. Orçamento previsto

Mais informações no site http://prpe.ufsc.br/extensao/novos-talentos/.

UFSC sedia minicurso em Engenharia Biomédica

22/06/2010 12:48

O Instituto de Engenharia Biomédica (IEB) da UFSC realizará nos dias 5, 6 e 7 de agosto o 3º Minicurso de Engenharia Biomédica na Prática.

A Engenharia Biomédica se propõe a aprimorar processos e minimizar problemas presentes nas Ciências da Saúde, visando à melhoria da qualidade de vida da população, através da interligação de áreas como a Engenharia, a Computação, a Física, a Medicina.

O IEB atua em quatro áreas: Bioengenharia, Engenharia Clínica, Informática Médica e Instrumentação Biomédica, que serão apresentadas no minicurso através da transmissão prática dos conhecimentos adquiridos e atualmente estudados pelos mestrandos e doutorandos do instituto no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica.

Estão na lista dos conteúdos previstos, captura e processamento de biossinais, sistemas especialistas para a área da saúde, equipamentos médicos, funcionalidade e padrões de qualidade, redes neurais, e sistemas biomédicos.

Público-alvo: alunos de graduação de cursos de engenharias e ciências da computação. Mais informações e inscrições (limitadas) de 28/6 a 9/7 no site www.ieb.ufsc.br ou minicurso2010@ieb.ufsc.br.

Apoiadores: IEB-UFSC, Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PGEEL) e LabLink Interfaceamentos.

Outras informações pelo telefone (48) 3721-8750.

Cinema expandido multiplica imagens no Centro de Florianópolis

22/06/2010 09:40

A Fundação Badesc, os prédios vizinhos e o entorno da rua Visconde de Ouro Preto, no Centro de Florianópolis, serão no dia 23, quarta-feira, cenário mutável de uma ousada mostra de cinema expandido. Quem passar no local das 20h às 22h vai participar da projeção simultânea de vídeos, obras de arte, pintura, cinema, música, poesia e artes cênicas no interior da fundação, na grama, nas paredes dos prédios vizinhos e no chão da rua. É a instalação multimídia “Fantasmagorias”, produzida pela professora do Curso de Cinema Clélia Mello, com apoio da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e Centro de Artes da Udesc.

É a primeira vez que Florianópolis recebe uma performance urbana dessa dimensão, envolvendo múltiplas linguagens, expressões artísticas e recursos tecnológicos. No conjunto de obras que a idealizadora chama de Grande Ópera, nove serão expostas no ambiente externo da Fundação e duas em ambiente fechado, utilizando o espaço como tela e o tempo como fator que propicia a interatividade. Algumas instalações, só são acionadas pelo público através de sensores de aproximação de presença. Em uma obra feita de espectro de luzes, por exemplo, a imagem desaparece e o som aumenta quando o espectador se aproxima e vice-versa.

Com a exposição de obras audiovisuais, a exemplo de hai kais sonoros e visuais, o evento explora a tendência contemporânea à arte hipermidiática, que efetua a confluência de mídias e expressões artísticas diferentes. O cinema, o videoarte, a performance são colocados em favor da interatividade e da intervenção no espaço através da modificação da paisagem urbana, como já ocorre em eventos comuns nos grandes centros. Projetadas de modo simultâneo, as obras não oferecem um percurso único: o espectador precisa fazer escolhas que o levam a compor uma leitura e uma trajetória únicas, explica Clélia.

Ao final de duas horas de projeção o evento acaba, o que o torna um acontecimento tão transitório, efêmero e irrepetível quanto os passantes das ruas de uma cidade. Desde os anos 70, John Cage, Grupo Fluxos, Bob Wilson utilizavam a tecnologia como ferramenta, como meio e como arte, lembra Cláudia. “Hoje fazemos a reunião de várias modalidades artísticas, paisagem, fluidos, presença não mais para chegar a uma fusão, mas para propor uma multiplicação de linguagens”. O próprio título da mostra remete a esse efeito de imagens multiplicadas.

“Fantasmagorias” resulta de um trabalho de experimentação reflexiva da relação entre a prática artística e o espaço urbano realizado com alunos da disciplina Laboratório de percepção e criação. Faz parte de uma proposta investigativa sobre cinema expandido desenvolvida pela professora junto ao Grupo de Pesquisa Arte e Mestiçagens Poéticas, UFSC/CNPq. Participam da mostra multimídia: Bárbara de Andrade, Bruno de Oliveira, Diana Roman Durante, Eduardo Fernández Peral, Guilherme Britto Fernandes, Julia Aranda Girón, Lidia Nieves Blanques, Miguel Santa e Vasco Pucarinho, Fernanda Ozório da Conceição, Juliano Pfutzenreuter Nunes, Thiago Guieiro, Thadeu de Almeida e Cândido Gazzoni, além da própria Clélia Mello.

“Fantasmagorias”

Cinema expandido – instalação multimídia – performance urbana

Idealização: Clélia Mello (Curso de Cinema da UFSC)

Data: 23/06/2010

Horário: a partir das 20 horas

Local: Fundação Badesc

Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro – Florianópolis

Entrada Livre e Gratuita

Apoio: Trëma – Cearte – SeCArte / UFSC e Fundação Cultural Badesc

Fonte: Raquel Wandelli (jornalista na www.secarte.ufsc.br, com material de divulgação), fones: (48) 3284-9459, 9911-0524, raquelwandelli@gmail.com, raquelwandelli@reitoria.ufsc.br.

A obra de Miguel Vale de Almeida é tema de evento do Núcleo de Identidade de Gênero e Subjetividades

21/06/2010 14:33

O Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) promove no dia 28 de junho, segunda-feira, mais uma edição das Jornadas NIGS, com foco na obra do autor português Miguel Vale de Almeida. O evento acontece no miniauditório do CFH, das 8h30min às 19h.

Durante a Jornada, a obra de Almeida será dividida e vai contemplar os temas principais do pensamento do autor: Masculinidades, Homossexualidade e Homoparentalidade, Corpo e Corporalidades, Teoria Pós-Colonial e Questões Étnico-Raciais, Colonialismo e Multiculturalismo, Teoria Antropológica e Gênero e Sexualidade.

As Jornadas acontecem anualmente, reunindo pesquisadores do NIGS e convidados em torno de um tema ou da obra de algum autor. Vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, desde 1992, o NIGS organiza e promove seminários de estudo.

Todos os eventos promovidos pelo Núcleo têm como objetivo fundamental discutir questões relacionadas aos estudos de gênero e sexualidades, tomando como base, sobretudo, a produção de autores clássicos e contemporâneos de grande relevância.

As inscrições podem ser feitas através de www.nigs.ufsc.br.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-9890 ou pelo e-mail nigsnuc@cfh.ufsc.br.

Por Gabriella Bridi/bolsista de Jornalismo da Agecom

Projeto de Revisão da Lei de Direito Autoral será debatido na UFSC

21/06/2010 13:03

Será realizado na UFSC nos meses de junho (dias 22, 23, 29 e 30) e de julho (6, 7, 13 e 14) um ciclo de debates sobre o projeto de Revisão da Lei de Direito Autoral. O objetivo é contribuir para a discussão sobre a tutela jurídica dos direitos autorais em relação às novas tecnologias, acesso à cultura e novas formas de criação. O encontro acontece no período de abertura de consulta pública para a alteração da Lei de Direito Autoral pelo Governo Federal.

O ciclo terá oito paineis temáticos, sempre entre 10h e 13h, na sala 301 do Curso de Pós-Graduação em Direito, no bloco novo do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ). Cada painel terá exposição de análise comparativa entre o que dispõe a lei e o que propõe o projeto de revisão. Os debates resultarão em um relatório que será disponibilizado para consulta pública, em um processo de aperfeiçoamento do texto.

Programação:

22/6 – Painel I

Disposições Preliminares e Obras Intelectuais e Autoria – artigo 1º ao 17

23/6 – Painel II

Direitos do Autor: Direitos Morais e Patrimoniais – artigo 22 ao 45

29/6 – Painel III

Direitos Limitações aos Direitos Autorais – artigo 46 ao 48

30/6 – Painel IV

Obra sob encomenda – Licenças Não-Voluntárias – artigo 52-A e 52-B

6/7 – Painel V

Transferência dos Direitos do Autor – artigo 49 ao 52

7/7 – Painel VI

Utilização de Obras Intelectuais e Fonogramas – artigo 53 ao 88-A

13/7 – Painel VII

Associações de titulares e entidade reguladora – artigo 97 ao 110

14/7 – Painel VIII

Sanções, Prescrição e Disposições Finais – artigo 110 ao 118

Mais informações e inscrições: 3721-6746 / gedai.ufsc@gmail.com ou www.direitoautoral.ufsc.br

Projeto 12:30 & FITA Floripa apresentam Richard, Le Polichineur d’Écritoire

21/06/2010 10:50

Richard, Le Polichineur d’Écritoire: revisitando Shakespeare

Richard, Le Polichineur d’Écritoire: revisitando Shakespeare

Na quarta-feira, dia 23 de junho, o espetáculo ´Richard, Le Polichineur d’Écritoire`, da companhia La Compagnie des Chemins de Terre (Bélgica), sobe ao palco do Projeto 12:30. A apresentação dura 70 minutos, é dirigida por Stéphane Georis et Francy Bégasse e usa a técnica de manipulação de objetos. O espetáculo, uma parceria entre Projeto 12:30 e 4º Fita Floripa – Festival Internacional de Teatro de Animação, é gratuito e aberto à comunidade. O 12:30 apoia as atrações do FITA desde a sua primeira edição.

Sinopse: Durante uma aula, o professor Richard usa gravata, sapatos, cinto e outros objetos como personagens que recontam histórias de Hamlet, Romeu e Julieta, Ricardo III, revisitando Shakespeare para narrar uma sanguinária disputa pela coroa inglesa.

Classificação: 10 anos.

4 º FITA Floripa

O 4º Festival Internacional de Teatro de Animação abriu no domingo (dia 20/06), com a apresentação de três companhias internacionais. A agenda prevê apresentações nos jardins do palácio Cruz e Sousa, Largo da Alfândega e cortejo pelo Centro. Será realizados espetáculos nos teatros do Centro de Cultura e Eventos, SESC, arena do Ceart Udesc e Hospital Infantil.

A programação é gratuita, com exceção dos espetáculos realizados no Teatro do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, Teatro da UFSC e Teatro Álvaro de Carvalho. São mais de 40 peças de 15 grupos do exterior e do Brasil. Há espetáculos para todas as idades, oficinas e exposições. Na edição deste ano, apresentações serão levadas para Criciúma e Joinville, com entrada gratuita.

Projeto 12:30

O Projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e apresenta semanalmente atrações de cunho cultural de música, dança e teatro. As apresentações acontecem todas as quartas-feiras, ao ar livre, na Concha Acústica, e, quinzenalmente, às quintas-feiras, no Projeto 12:30 Acústico, no Teatro da UFSC. Artistas e grupos interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para

projeto1230@dac.ufsc.br.

Serviço:

O QUÊ: Apresentação do espetáculo Richard, Le Polichineur d’Écritoire. Um espetáculo do 4º FITA.

QUANDO: Dia 23 de junho, quarta-feira, às 12h30min.

ONDE: Projeto 12:30 na Concha Acústica da UFSC, em Florianópolis.

QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.

CONTATO Projeto: projeto1230@dac.ufsc.br e (48) 3721-9348 ou 3721-9447

Visite: www.dac.ufsc.br

Contato FITA: www.fitafloripa.com.br

Fonte: Stephanie Pereira – Acadêmica de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Projeto 12:30; DAC; SeCArte; UFSC, com material institucional e fornecido pela organização do FITA.

Inscrições para Simulado Novo Enem Online devem ser feitas até esta quarta

21/06/2010 10:29

O Pré-Vestibular da UFSC, oferecido pela Universidade Federal de Santa Catarina e Secretaria de Estado da Educação, em parceria com o Grupo RBS e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), realiza o Simulado Novo Enem Online. O objetivo é oferecer uma preparação para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

As inscrições devem ser feitas até esta quarta-feira (23/6). As provas estarão disponíveis no site www.prevestibular.ufsc.br, nos dias 26 e 27 de junho, entre 10h30min e12h. Os candidatos deverão escolher um dos dias para responder as questões.

Cada prova contará com 30 questões de múltipla escolha das disciplinas de matemática, física, química, biologia, gramática, literatura, geografia, história, inglês e espanhol direcionadas às competências e conforme ocorre na prova do Enem. Os gabaritos serão divulgados 48 horas após o término do simulado.

Os participantes podem concorrer a três netbooks. Aqueles que tiverem o maior número de acertos e completarem a prova em menos tempo, responderão à pergunta “Por que o Simulado Novo Enem Online é a sua chance de chegar preparado para o Enem?” A equipe da Atlântida vai escolher as melhores frases e três alunos serão premiados.

Os nomes dos vencedores serão divulgados no dia 30 de junho, no site das instituições organizadoras: Pré-vestibular da UFSC (www.prevestibular.ufsc.br), Instituto Federal de Santa Catarina (www.ifsc.edu.br) e Grupo RBS (www.clicrbs.com.br).

Mais informações pelo fone (48) 3721-8319.

Fonte: Simone Moraes, Pré-Vestibular da UFSC, simone@prevestibular.ufsc.br

UFSC recebe estudantes para matriculas pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU)

21/06/2010 10:09

A UFSC recebe esta semana para realização de matrículas os estudantes classificados no processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Os contemplados devem se dirigir ao campus correspondente a sua classificação, na quarta e quinta-feira (23 e 24/6), em horário comercial.

No campus João David Ferreira Lima, em Florianópolis, as matrículas serão efetuadas no Departamento de Administração Escolar (DAE).

Para mais informações acesse:

http://sisu.mec.gov.br/arq/edital_sisu_6_2010.pdf

http://www.vestibular2010.ufsc.br/sisu/edital/edital_completo.pdf

http://www.vestibular2010.ufsc.br/portaria_matricula.pdf

Lista de aprovados SiSU

Encontro nesta sexta-feira aborda novas formas de organização da pós-graduação

21/06/2010 09:52

Será realizada na sexta-feira, dia 25 de junho, a mesa-redonda ´Programas Multicêntricos de Pós-Graduação: Desafios e Perspectivas`. O evento ocorre no anfiteatro do Centro Sócio-Econômico, entre 9h e 12h. O objetivo é promover a discussão sobre os desafios e as perspectivas de novas formas de organização dos programas de pós-graduação, com ênfase na experiência do Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas (PMPGFis) da UFSC.

Serão dois convidados: Maria Lúcia de Barros Camargo, pró-reitora de Pós-Graduação, que vai falar sobre os programas da UFSC, e José Antunes Rodrigues, coordenador geral do PMPGFis, que abordará as novas formas de organização da pós-graduação no Brasil.

A mesa-redonda é organizada pelo Centro de Ciências Biológicas (CCB) e o Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas. Também tem apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), da Câmara de Pós-Graduação do Centro de Ciências Biológicas (CPG-CCB) e do Departamento de Ciências Fisiológicas.

O Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas da UFSC está ligado ao Centro de Ciências Biológicas e faz parte, como Instituição Associada Plena, de uma iniciativa de abrangência nacional, criada por uma equipe de pesquisadores de primeira linha, oriundos de pós-graduações com elevada conceituação pela Capes (as chamadas Instituições nucleadoras).

A iniciativa integra os cursos de pós-graduação em Fisiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (conceito 7 na Capes); Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/ USP (conceito 7); Instituto de Ciências Biomédicas da USP (conceito 6); Universidade Federal do Rio de Janeiro (conceito 6) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (conceito 5).

Em nível nacional o Programa Multicêntrico de Pós-graduação (PMPG) em Ciências Fisiológicas é coordenado pela Sociedade Brasileira de Fisiologia (Instituição Proponente), através da associação de pesquisadores produtivos que estão isolados em instituições públicas onde a implantação de cursos independentes ainda não é possível (Instituições Associadas-Plenas e Associadas-Emergentes) e pesquisadores de pós consolidadas (Instituições Nucleadoras). É o primeiro programa multicêntrico sendo desenvolvido no Brasil.

Programação:

9h15 – 10h: Maria Lúcia de Barros Camargo – pró-reitora de Pós-Graduação: “A Pós-Graduação na UFSC”.

10h – 10h45 – José Antunes Rodrigues – coordenador geral do Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas: “Programas Multicêntricos de Pós-graduação: Novas formas institucionais de desenvolvimento da pós-graduação brasileira”.

10h45 – 11h – Café

10h – 12h – Sessão de discussão e perguntas. Mesa composta pela PRPG, CCB e pela coordenação local e geral da PMPGFis.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-9352, ramal 208, ou pelo e-mail cilene@ccb.ufsc.br

Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom

Colóquio debate movimentos artísticos e correntes intelectuais

21/06/2010 09:40

www.labharte.ufsc.br/tercolfinal.htm

www.labharte.ufsc.br/tercolfinal.htm

Com o tema ´Movimentos Artísticos e Correntes Intelectuais`, será realizado na UFSC, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), entre os dias 23 e 25 de junho, o 3º Colóquio de História e Arte. A participação é gratuita.

O colóquio reunirá pesquisadores de história e áreas afins, que vão apresentar à comunidade acadêmica os resultados de pesquisas que contemplam a arte como acontecimento criativo, sob a perspectiva da estética, das práticas de escrita, da composição de visualidades, da memória, do tempo e do espaço.

Entre os convidados estão os professores Durval Muniz Albuquerque Júnior, presidente da Associação Nacional de História, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Marlon Jeison Salomon, da Universidade Federal de Goiás, e Daniel Lins, da Universidade Federal do Ceará.

A programação prevê quatro conferências e cinco mesas-redondas. A abertura acontece às 18h do dia 23, quarta-feira, com o lançamento do livro ´Encantos da imagem: estâncias para a prática historiográfica – entre arte e história`. No dia 25, sexta-feira, às 19h, o professor Antônio Pedro Pita, da Universidade de Coimbra, Portugal, encerra as atividades com a conferência ´O dia inicial – 25 de abril: revolução do imaginário`.

O Colóquio de História e Arte nasceu em 2008, por idealização do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC. A primeira edição teve como tema ´Trânsitos da Modernidade`, e recebeu nomes como José Emílio Burucúa, da Universidad Nacional de San Martín, da Argentina. Ano passado, Boris Kossoy, da Universidade Federal de São Paulo, foi um dos convidados do evento, que abordou o tema ´Imagens da América Latina`.

A edição deste ano também comemora o 35º aniversário do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC. O mestrado, inaugurado em 1975, já formou mais de 330 mestres, e o doutorado, implantado em 1998, já titulou mais de 50 pesquisadores.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-8212, e-mail labharte@cfh.ufsc.br ou www.labharte.ufsc.br/tercolfinal.htm.

Por Vinicius Schmidt/Bolsista de Jornalismo da Agecom

Cortejo de bonequeiros é destaque do 4º Festival Internacional de Teatro de Animação nesta segunda-feira

21/06/2010 09:08

Mais informações www.fitafloripa.com.br

Mais informações www.fitafloripa.com.br

Seis apresentações nas ruas e em teatros, mais um cortejo de bonecos pelo Centro de Florianópolis, são alguns dos destaques desta segunda-feira (21/06) no 4º Fita Floripa – Festival Internacional de Teatro de Animação.

O cortejo sai dos jardins do Palácio Cruz e Sousa, às 16h, com a presença de vários diretores teatrais, atores, pernas de pau, bonequeiros e um bloco de maracatu, o Arrasta Ilha.

A “procissão” ocorre logo após a encenação de ´As Aventuras de Uma Viúva Alucinada`, do Grupo Mundaréu, de Curitiba, que começa uma hora antes, às 15h.

Do palácio, o cortejo caminha em direção ao Largo da Alfândega, onde encontrará o professor Olaf Stevenson, personagem da peça ´Le Polichineur de Tiroirs`, do grupo belga Chemins de Terre, que se aprensenta às 17h.

Dentro das variadas possibilidades que o teatro de animação e de rua oferece, os dois grupos trabalham com linguagens distintas. O Mundaréu, que recebeu o Prêmio de Teatro Myriam Muniz de 2009, constrói seus espetáculos a partir de formas e conteúdos da cultura popular, aliando sua dramaturgia com a presença de bonecos, teatro de máscaras, dança e música.

Já o grupo belga Chemins de Terre, com ´Le Polichineur de Tiroirs`, apresenta uma versão do clown, construindo seu espetáculo principalmente através da manipulação de objetos inusitados.

Outras três apresentações, agora em salas fechadas, fecham o segundo dia do Fita, todas às 20h. Quem não assistiu ´Don Juan, Memoria Amarga de Mi`, na abertura, do grupo espanhol Pelmanèc, terá uma nova oportunidade, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

O grupo franco-espanhol Pelele Marionettes, um dos destaques internacionais do Fita, apresenta ´Los funestos esponsales de Don Cristóbal`, no Teatro da UFSC. Don Cristobal é um velho rico e egoísta, que vive feliz rodeado de sua fortuna, até que uma mulher misteriosa passa a fazer parte de seus sonhos.

Já o grupo Mamulengo Presepada, uma das grandes referências no teatro de animação de Brasília, apresenta ´O Romance do Vaqueiro Benedito`, peça que circula teatros e festivais há mais de dez anos. Por meio de personagens clássicos da cultura popular nordestina, o bonequeiro Chico Simões alia música e dança a um texto coloquial e cômico para narrar a vida de um simples vaqueiro apaixonado.

Mais informações no site www.fitafloripa.com.br

O QUÊ: 4º Fita Floripa – Festival Internacional de Teatro de Animação.

QUANDO: De 20 a 27 de junho.

ONDE: Centro de Cultura e Eventos, Concha Acústica e Teatro da UFSC, Centro de Artes da UDESC, Teatro Álvaro de Carvalho, Largo da Alfândega, Palácio Cruz e Sousa, Apae e Orionópolis (Florianópolis) e Teatro Elias Angeloni, Praça Nereu Ramos e Teatro de Arena (Criciúma) e Teatro do Sesc (Joinville).

QUANTO: Entrada gratuita, com exceção dos espetáculos no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, Teatro da UFSC e Teatro Álvaro de Carvalho, com ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Programação:

Dia 21 (segunda)

12h30min / As Aventuras de Uma Viúva Alucinada

Grupo Mundaréu (Curitiba)

Concha Acústica – UFSC

15h / As Aventuras de Uma Viúva Alucinada

Grupo Mundaréu (Curitiba)

Jardins do Palácio Cruz e Sousa

16h / Cortejo de bonecos

Saída dos Jardins do Palácio Cruz e Sousa e chegada no Largo da Alfândega

17h / Le Polichineur de Tiroirs

La Compagnie des Chemins de Terre (Bélgica)

Largo da Alfândega

20h / Don Juan, Memoria Amarga de Mí

Companyia Pelmànec (Espanha)

Centro de Cultura e Eventos – UFSC

20h / Los funestos Esponsales de Don Cristóbal

Pelele Marionettes (França / Espanha)

Teatro da UFSC

20h / O Romance do Vaqueiro Benedito

Mamulengo Presepada (DF)

SESC

CONTATO:

Victor da Rosa

(48) 3721-7848, 9918-7626

Fifo Lima

(48) 3721-7848, 4141-2116, 9146-0251

Assessoria de Imprensa

Ministro do Trabalho entrega carta sindical para a Apufsc nesta quinta-feira

21/06/2010 08:55

Com a presença do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a Apufsc recebe em ato formal programado para quinta-feira, dia 24, a outorga da carta sindical que a constitui como entidade representativa dos professores das universidades federais em Santa Catarina. O evento acontece às 10 horas no auditório da Reitoria.

A data, que marca os 35 anos da Apufsc, servirá também para se debater ´O Novo Sindicalismo Universitário`, num seminário que contará com representantes de associações docentes de todo o país, além das centrais sindicais. Já confirmaram presença diretores do Proifes, Adurn, ADURFGS, ADUFC, Adufscar e APUBH.

Confira a programação:

– O Novo Sindicalismo Universitário / 24 de junho

10 horas:– Ato formal de entrega do diploma de registro sindical pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Roberto Lupi, com a presença de autoridades públicas, universitárias e de representantes de entidades sindicais.

10h30min / Auditório da Reitoria:– Debate: A questão sindical no Serviço Público Federal

Debatedores: Representantes da CUT, Força Sindical, CTB e Proifes

Moderador: Professor Rogério Portanova, vice-presidente da Apufsc-Sindical

14h30min / Auditório do CCE– Mesa-redonda: Federação: o Novo Sindicalismo Universitário

Participantes: Representantes das entidades sindicais: Adufscar-Sindicato, Apubh-Sindicato, Adufrgs-Sindical, Adurn, Adufc, Adunb, Apufsc-Sindical

Moderador: Professor Armando de Melo Lisboa, presidente da Apufsc-Sindical

Mais informações: imprensa@apufsc.ufsc.br /

Especial Pesquisa: tese gera fundamentos para regulamentação do uso da bracatinga, espécie nativa da Mata Atlântica

21/06/2010 08:49

A espécie em ambiente natural e agricultores parceiros

A espécie em ambiente natural e agricultores parceiros

A bracatinga é uma das espécies da Mata Atlântica mais usadas no país para produção de lenha e carvão. É considerada a melhor lenha do Brasil, mas seu corte é exemplo de um conflito entre legislação ambiental e famílias rurais. No Planalto Catarinense, a bracatinga garante metade da renda dos agricultores em assentamentos. São terras de solos rasos e de baixa fertilidade, com áreas de encostas, morros ou de uso restrito, segundo a própria legislação.

Desde o final dos anos 80, assim como preparam o solo e cuidam das plantações de milho e feijão, os agricultores cultivam as árvores de bracatinga. A sabedoria popular recomenda só fazer o corte após as plantas terem “sementado” pelo menos três vezes e manter árvores adultas, o que garante a formação do próximo bracatingal. Os agricultores também usam fogo para quebrar a dormência das sementes no solo; fazem “raleio” para melhorar o crescimento das mudas e protegem a área para evitar a entrada de gado e fogo.

Com esse trabalho, as famílias manejam a espécie que naturalmente brota em áreas abertas da Mata Atlântica. Mas, de acordo com a legislação ambiental, estão agindo contra a lei, cortando florestas secundárias nativas. São exigências legais que apresentam menos elementos conservacionistas do que a atuação dos agricultores, mostra tese desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, ligado ao Centro de Ciências Agrárias da UFSC.

Conhecimento popular

O estudo foi conduzido nos assentamentos Putinga, Jangada, Treze de Outubro e São Roque, nos municípios de Calmon e Matos Costa. Possibilitou a avaliação dos processos históricos, culturais, ecológicos e econômicos envolvidos com a bracatinga no Planalto Catarinense. E mostra que o uso dessa árvore contribui para que a maior parte da área dos assentamentos tenha mais de 60% de cobertura florestal, tanto de bracatingais como de florestas secundárias nativas.

A pesquisa comprova também que os bracatingais são formações florestais com mais de 80% de árvores desse tipo, que surgem a partir do esforço dos agricultores. “O bracatingal é uma opção de uso do solo, e não uma cobertura vegetal nativa de especial necessidade de proteção”, argumenta Walter Steenbock, autor da tese ´Domesticação de bracatingais: perspectivas de inclusão social e conservação ambiental`.

Com a ajuda dos agricultores, Walter identificou os cuidados considerados importantes para a formação e manutenção dos bracatingais. Além disso, avaliou aspectos da cadeia produtiva da espécie, construindo uma visão crítica sobre a legislação ambiental.

Segundo ele, o caso da bracatinga no Planalto Catarinense revela a opção da legislação brasileira de promover a importação de técnicas e práticas desvinculadas da realidade local. Uma postura que prejudica as populações tradicionais e negligencia o fato de que o uso que fazem dos recursos naturais pode ser ecologicamente sustentável.

“A existência de parâmetros de manejo e de uma estrutura bem característica pode ser um critério simples e eficaz para a definição de um bracatingal manejado, uma paisagem domesticada, e não uma floresta secundária nativa, possibilitando o uso legal destas formações, de forma semelhante ao que ocorre em relação aos plantios florestais”, destaca Walter em sua tese. Esta visão permitiria o uso do bracatingal em qualquer momento do ciclo, com maior benefício para as famílias assentadas. Os agricultores poderiam explorar a bracatinga para produção de escoras, palanques, lenha e tabuados, agregando valor a seu trabalho e reduzindo o impacto ambiental e social da produção do carvão.

“O estudo indica a importância da busca pela participação e envolvimento dos agricultores na discussão e deliberação dos instrumentos legais”, alerta Walter. A pesquisa surgiu a partir da demanda de lideranças dos agricultores da região junto ao Ibama. A partir dessa solicitação, foi montado um projeto que integrou diversas instituições. Entre elas, o Núcleo de Florestas Tropicais da UFSC, Epagri, Incra e a Cooperativa de Trabalhadores da Reforma Agrária de Santa Catarina.

A tese de Walter é parte desse trabalho e resultou em propostas de mecanismos para a regulamentação do manejo dos bracatingais, envolvendo aspectos técnicos, metodológicos e organizacionais, para que os agricultores assentados possam trabalhar de forma legal e com maior inserção na cadeia produtiva.

“O trabalho tem o mérito de reconhecer o sistema tradicional dos agricultores e viabilizar suas práticas”, considera o professor Maurício Sedrez dos Reis, orientador do trabalho e coordenador do Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais da UFSC.

Mais informações: steenbock.walter@gmail.com

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais:

Diferenças entre bracatingais e florestas secundárias:

Florestas secundárias

– A densidade total de indivíduos é, em média, em torno de 8 mil indivíduos por hectare, em formações de 1 a 4 anos

– A percentagem da bracatinga nunca é superior a 18 %, em florestas secundárias de 1 a 16 anos.

– A densidade total de indivíduos varia na ordem de 5 mil a 8mil indivíduos por hectare ao longo do processo sucessional, em florestas de 1 a 20 anos de idade.

– Maior diversidade de espécies, relativamente aos bracatingais, nas florestas secundárias

Bracatingais

– Densidade total de árvores, em média, superior a 30 mil por hectares, em bracatingais de 1 a 4 anos

– Mais de 80% de árvores, em bracatingais de 1 a 16 anos

– Densidade expressivamente reduzida ao longo do tempo, sendo, em bracatingais de 17 a 20 anos, de apenas 2,5 % do total de árvores que ocorriam no início do ciclo

– Reduzido número de espécies além da bracatinga

Manejo do bracatingal pelos agricultores

– formação dos bracatingais na época adequada, evitando o efeito de geadas sobre as plantas jovens;

– formação somente após a garantia de elevada quantidade de sementes no solo;

– aplicação de fogo para a quebra de dormência das sementes;

– manutenção de árvores ou de bracatingais adultos nos lotes como matrizes;

– desbaste sistemático de plantas no início do ciclo dos bracatingais;

– controle do gado, da entrada de fogo e de formigas

Depoimentos de agricultores:

“Quando viemos pra cá não conhecíamos

a bracatinga, mas tinha gente que já

usava ela pro carvão. A gente não tinha

ideia que ela era dessa região, desse

clima. Aí percebemos que precisávamos

conviver com ela.”


Sr. J. (Assentamento São Roque)

“Antes a gente achava que o bracatingal

fazia a terra ficar ácida, então se botava fogo

pra tentar acabar com a bracatinga…Muita

gente tentou acabar com os bracatingais

assim. Mas mesmo a gente tentando acabar

com a bracatinga, pra fazer lavoura, a

bracatinga venceu”.


Sra. E. (Assentamento São Roque)

“Quando a gente chegou, aqui tinha

mato com bracatinga, vassoura, vassourão…

mas a bracatinga não sementava e

não vinha forte no meio dos mato. Quando

as empresas começaram a tirar o mato e

a gente começou a queimar pra plantar,

começou a vir só bracatinga, que começou

a dar flor e semente muito rápido”.


Sra. En (Assentamento São Roque)

“Lá no oeste, quando a gente tinha

terra, a gente tava acostumado a plantar

duas safras de milho por ano… não tinha

geada pra atrapalhar. O milho vinha que

vinha viçoso, e não precisava de adubo.

Quando a gente começou a plantar aqui,

ai viu que o milho não vinha direito, nem

em uma safra só. Aí a gente começou a

lidar com a bracatinga, que era a única

coisa que dava”.


Sr. V., Grupo 3, Assentamento Putinga

Fonte: tese ´Domesticação de bracatingais: perspectivas de inclusão social e conservação ambiental`

Leia outras matérias de pesquisa:

– Tese comprova potencial do “asfalto de borracha”

– Método de controle da gordura trans desenvolvido na UFSC é premiado

– Projeto do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos valoriza derivados da abóbora

– Estudo traça perfil de jogadores brasileiros que foram para grandes times de outros países

– Tese mostra que fazendas produtoras de madeira de reflorestamento podem colaborar com recomposição da fauna e flora

– UFSC constrói centro avançado de petróleo, gás e energia no Sapiens Parque

– Estudo sobre trabalho doméstico recebe menção honrosa no Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

– UFSC amplia estrutura laboratorial para monitoramento de ambientes aquáticos

Abertas inscrições para Mestrado Profissional em Administração Universitária

21/06/2010 08:47

O Programa de Pós-Graduação em Administração Universitária (PPGAU) da UFSC inicia suas atividades no segundo semestre de 2010, com o oferecimento do Mestrado Profissional em Administração Universitária. Vinculado ao Centro Sócio-Econômico e ao Departamento de Ciências da Administração, o programa é desenvolvido em parceria com a Pró-Reitoria de Desenvolvimento Humano e Social (PRDHS).

As inscrições devem ser feitas até 30 de junho. São 25 vagas e podem se inscrever para o processo seletivo brasileiros ou estrangeiros residentes no país, que possuam diploma de curso superior. As linhas de pesquisa são ´Universidade e Sociedade` e ´Gestão Acadêmica e Administrativa`. As aulas iniciam no dia 9 de agosto.

Mais informações no site www.ppgau.ufsc.br, ou pelo telefone (48) 3721-6525.

Saudação a José Saramago

18/06/2010 19:53

Saramago foi nomeado Doutor Honoris Causa em 1999

Saramago foi nomeado Doutor Honoris Causa em 1999

“Eu nunca separo o escritor que sou do homem que sou, e até diria do cidadão que sou.”

A Universidade Federal de Santa Catarina concedeu ao escritor português José Saramago, em 18/08/1999, o título de Doutor Honoris Causa. A concessão desse título representou uma singular oportunidade de render justo e merecido tributo ao primeiro escritor da língua portuguesa agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura. Embora, como muito bem afirmou o escritor moçambicano Mia Couto, “antes deste Prêmio Nobel, já tínhamos recebido um prêmio maior, que era ter na nossa família um escritor do tamanho de Saramago”, e a família a que se referia era, obviamente, a grande família da língua portuguesa.

Saramago destaca-se na literatura ocidental como divulgador do moderno romance português aos mais diversos públicos, projetando a cultura de língua portuguesa para muito além das fronteiras de seu país. A inclusão de um autor de língua portuguesa entre os contemplados com o mais importante e prestigiado prêmio literário do mundo torna a língua portuguesa “mais visível” e “mais audível”, diz o autor de Memorial do convento, servindo, ao mesmo tempo, à “defesa e difusão” das culturas de língua portuguesa.

Por ocasião de sua morte, assim como o fizemos na homenagem prestada pela UFSC, relembramos alguns episódios da vida de Saramago e retomamos alguns tópicos do conjunto de sua obra, especialmente os romances, cujos personagens são sempre os excentrados da História, dominados e explorados.

José Saramago é de origem camponesa. Por falta de dinheiro, não chega a completar o curso ginasial, ou “liceal”, na expressão portuguesa. Até os 44 anos, sua vida tem pouca relação com a literatura. Foi serralheiro, desenhista, funcionário de saúde pública e depois editor. “Eu não me preparei para ser escritor. Sou escritor por acaso”, afirma Saramago. Ele gosta de lembrar que, até os 20 anos, não possuía nenhum livro. Tudo que lia tomava emprestado de bibliotecas públicas. Nessa época, ensaia sua estreia na literatura com o romance Terra de pecado, publicado em 1947. O livro não obteve sucesso, deixando em Saramago a impressão de que tinha pouca coisa a dizer e, então, fica em silêncio por quase vinte anos. Volta à cena literária em 1966 com uma coletânea de versos, Os poemas possíveis. Nessa época, por trabalhar numa editora, passa a estar mais próximo do mundo literário e a colaborar com jornais, quando, além de três livros de poesia, publica muitas crônicas e alguns ensaios políticos.

A partir de 1975, ocorre a grande viragem na vida de José Saramago. Aos 53 anos, é o diretor-adjunto do jornal Diário de Notícias, posto que teve de abandonar por imposição dos contra-revolucionários ao movimento que derrubara a ditadura salazarista um ano antes.

Saramago decide então fomentar o talento que o transformaria no mais popular romancista de seu país. Costuma dizer: “foi em 1980 que eu me tornei um escritor de verdade. […] Eu sou um escritor da nova geração.” Supondo-se que se começa a publicar com 20, 23 anos, “literariamente, então, eu tenho 45 anos. Sou um menino.” Assim, se do imaginário Livro das evidências citou o aforismo “Conheces o nome que te deram, não conheces o nome que tens”; se do Livro dos conselhos, também imaginário, citou: “Enquanto não alcançares a verdade, não poderás corrigi-la. Porém, se a não corrigires, não a alcançarás. Entretanto, não te resignes.”; a epígrafe do Livro das tentações, que poderá vir a ser escrito, imagina o escritor, será: “Deixa-te levar pelo menino que foste”.

Cabe explicar aqui as razões pelas quais Saramago torna-se um escritor de verdade em 1980, uma vez que antes já escrevera romances, poesia, crônicas, contos e teatro. Diz Saramago: “O tema que eu tinha estava claríssimo, era um romance neo-realista. […] Eu tinha uma história para contar, a história dessa gente, de três gerações de uma família de camponeses do Alentejo, com tudo: a fome, o desemprego, o latifúndio, a polícia, a igreja, tudo. Mas me faltava alguma coisa, me faltava saber como contar isso. […] Tinha o que contar, mas não sabia como.” Inicia a escritura, finalmente; o romance era “normalzinho”, mas isso não satisfazia o autor. O resultado não era bom. Deixa-se, então, envolver pela fala da gente com quem estivera nos últimos três anos. Deixa-se envolver pela oralidade e começa a escrever como todos os seus leitores já sabem: sem pontuação, ouvindo as vozes soarem dentro da cabeça. Levantado do chão passa a ser, então, o romance que marca essa passagem da escrita de Saramago, tanto em sentido temporal, quanto estilístico e de gênero. Sobre o título, fala o autor: “Do chão sabemos que se levantam as searas e as árvores, levantam-se os animais que correm os campos ou voam por cima deles, levantam-se os homens e as suas esperanças. Também do chão pode levantar-se um livro como uma espiga de trigo ou uma flor brava. Ou uma ave. Ou uma bandeira.” O romance é a saga de Domingos Mau-Tempo e de seus descendentes, percorrendo a história de Portugal no século XX até a Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974.

Memorial do convento, publicado em 1982, fez de Saramago uma celebridade e consolida seu estilo inconfundível. É um texto multifacetado e plurisignificativo em que, a pretexto de narrar a construção de um convento na cidade de Mafra, durante o reinado de Dom João V, Saramago compõe uma epopéia da gente portuguesa. A história é recheada de traições na corte e dos trabalhos infindáveis do povo, gente como o soldado Baltazar Mateus, o Sete-Sóis, e Blimunda, a Sete-Luas. Um retrato a um só tempo satírico e pungente da alma lusitana.

Nos romances de Saramago, os nexos textuais entre ficção e história são constantes. Por exemplo, em O ano da morte de Ricardo Reis, publicado em 1984, “procede-se a um périplo revelador dos lugares de certa melancolia coletiva, mesmo quando interceptada pelos rituais do Estado Novo, e à deambulação interior de uma personalidade que, a partir do célebre heterônimo pessoano, cruza, num segmento de meses, a atmosfera política do País.” (Gerana Damulakis, A Tarde, 05-12-98). A frase “ Aqui o mar acaba e a terra principia”, que abre a narrativa, significa o fim do caminho que levou Ricardo Reis do Rio a Lisboa. E a paródia “Aqui, onde o mar se acabou e a terra espera” fecha o texto, enriquecida pela carga semântica de mais de quatrocentas páginas. É evidente a intertextualidade com o verso épico de Camões: “Onde a terra se acaba e o mar começa.” Vê-se com clareza que o romance transita por uma das linhas mestras da narrativa portuguesa contemporânea: a busca de uma nova identidade para um país órfão de sua História de portugueses marinheiros. Trazendo Ricardo Reis para Portugal, precisamente um mês após a morte de Fernando Pessoa, o autor constrói a metáfora de Portugal regressando a si mesmo.

Em A Jangada de Pedra, o escritor usa uma imagem fantástica. Uma série de acontecimentos sobrenaturais culmina com a separação da Península Ibérica, que se desprende do continente europeu, começa a vagar no Atlântico, rumo ao sul, ou seja, identificando-se com o novo mundo. Saramago reflete sobre a política de unificação européia e os dilemas da identidade nacional. A utopia é descentrar o eixo Norte-Norte, arrogante e dominador, ligando a Península Ibérica à América do Sul e à África, promovendo a fraternidade dos dominados, núcleo de sua obra ficcional.

Em Saramago é saliente a vinculação de seus textos à História, não com o intuito de reconstruí-la, mas reinventá-la, interrogando o passado para esclarecer o presente. Ao trabalhar uma outra História possível, não de Portugal, mas dos portugueses, o escritor é a voz dos que estão sem voz. Em História do cerco de Lisboa, a intenção é dialogar com a História, destacando-se a visão irônica do narrador, hábil em confundir e em dissimular, e a intenção desestabilizadora: “cada um de nós cerca o outro e é cercado por ele”. O acréscimo de um não à frase “Os cruzados auxiliarão os portugueses a tomar Lisboa” altera a História sem que o romance perca a sua referencialidade, e por esse fato é todo o passado que é alterado em função do presente que lhe confere outra ordem. A opção de Saramago é tomar a História como sujeito – para, depois, retirar esse sujeito do seu palco natural, consagrado, para dar-lhe outro sentido, uma nova ordem. O autor vê assim seu livro: “Em sentido amplo, embora a afirmação possa parecer algo pretensiosa, a História do cerco de Lisboa é um livro contra os dogmas, isto é, contra qualquer propósito de arvorar em definitivo e de modo inquestionável o que precisamente sempre definiu o que chamamos condição humana: a transitoriedade e a relatividade.”

Saramago, que escreve romances de rupturas com vários cânones e publica livros de nosso desassossego, consegue ser ainda mais polêmico ao abordar temas religiosos. O evangelho segundo Jesus Cristo, em que humaniza o Cristo, quase lhe valeu a “excomunhão”. Na época do lançamento, tem sua participação em um concurso vetada pelas autoridades portuguesas. O romance sobre a vida de Jesus encerra reflexões sobre grandes questões da tradição ocidental. Deus e o Diabo negociam sobre o mal, e Jesus Cristo contesta seu papel e desafia Deus. Nessa obra, o autor retoma o Cristo dos Evangelhos Canônicos e o Cristo banido dos Evangelhos Apócrifos. Tem-se o Cristo Histórico, o que nasceu, viveu e morreu na Palestina, num determinado período histórico, retomado em suas lacunas e construído na confluência de vários textos.

Sem repetir, mas repetindo-se – “Bem vistas as coisas, sou só a memória que tenho, e essa é a história que conto” – Saramago faz nascer em Ensaio sobre a Cegueira um mundo em que a própria realidade física, em seu aspecto visível, desaparece, mantendo-se os objetos e sua ordem como signos. “Por que, sendo nós seres dotados de razão, nos comportamos de maneira tão irracional?”, pergunta. A resposta é um alerta: “a dignidade do ser humano é todos os dias insultada pelos poderosos do mundo”. Mas “o livro é apenas uma pálida imagem de nossa realidade. A verdade é que o instinto dos animais defende melhor a vida do que a nossa razão, que, pelo contrário, tem servido para dominar, humilhar, explorar o outro. É evidente que o mundo é violento, não há nada a fazer. Mas nós acrescentamos à violência a crueldade, que é uma invenção humana.” Em Ensaio sobre a cegueira, o leitor não encontra nomes, mas sim o primeiro cego, a rapariga de óculos escuros, o velho da venda preta, o médico oftalmologista, a mulher do médico, ou aquela que não se sabe quem seja – todos anônimos. Todos os habitantes de uma cidade perdem a capacidade de enxergar, exceto a mulher do médico. Assume, então, o papel de líder político em meio ao caos das trevas. É a voz da resistência às diversas formas de opressão que se instalam na civilização dominada pela cegueira.

Interrogando-se sobre a relação do homem com o mundo, Saramago penetra no ambiente fechado e totalitário do Registro Civil, onde a presença ou a ausência de um nome (e de sua rasura) podem fazer desaparecer o Sujeito. Apesar do título, o romance Todos os nomes tem apenas um personagem com nome, um nome comum: José. José coleciona recortes de jornal sobre pessoas famosas, mas as notícias não são precisas e ele decide checá-las em labirínticos arquivos. José, ou todos os homens, tem manias e imensa carência. Todos os nomes é “a mais simples de todas as histórias”, “a que contém todos os nomes”, “dos vivos e dos mortos”.

Os livros de Saramago estão por toda parte, como “uma galáxia pulsante, e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá fixar num sentido, ou nelas procurará o sentido novo” (História do cerco de Lisboa, p. 26). A escrita de Saramago, dotada de notável capacidade especular, seduz e estabelece dialogias e oposições. Ela harmoniza a elaboração formal com a prática digressiva da oralidade. Sobre Saramago, afirma José Manuel Mendes: “Ao abandonar regras de pontuação e investir em prosódica inconfundível, não se dissocia de projetos cujas implicações tangem uma corda profunda: fundir crônica, poesia, estratégia dramática e narração num plasma novo, fluido, que desafia hermeneutas e teóricos; lavrar o sobrenatural, o maravilhoso, o enigmático, como se, de fato, fossem ainda a margem tumultuária de nossa identidade e não sobretudo “a noite e o nevoeiro” com que, deslumbrados ou, em pânico, nos confrontamos. […] Desta maneira, intermediando o que mantemos secreto, inquirições, alegrias, potencialidades, clamores, agindo por dentro dos problemas individuais e coletivos, José Saramago desvenda o íntimo da condição humana e empreende, contra as leis do transitório, uma obra suprema.”

Tomando emprestadas as palavras do narrador de História do cerco de Lisboa, pode-se então afirmar: “Só não se acabou ainda de averiguar-se se é o romance que impede o homem de esquecer-se, ou se é a impossibilidade de esquecimento que o leva a escrever romances”.

Prof. Felício Wessling Margotti

Professor de Língua Portuguesa e Linguística da UFSC

Foto: Jones Bastos

Leia mais:

Morre José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura em 1998

Seminário de Cultura sábado na UFSC quer integrar sociedade

18/06/2010 18:37

Possibilitar e promover a integração da sociedade civil nos processos de políticas públicas para a área da cultura. Esse é um dos objetivos principais do Seminário de Cultura de Santa Catarina – Orientações e Diretrizes Para o Desenvolvimento Cultural do Estado, evento que acontece no dia 19 de junho (sábado), a partir das 13h00, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

De acordo com Chris Ramirez, que preside o Fórum Cultural da Capital, a ideia é que a partir deste evento e de seus desdobramentos seja efetivado um elo entre as pessoas envolvidas com a classe cultural, dando início a definições e estratégias necessárias para o desenvolvimento cultural do estado. “A luta é pela secretaria de cultura e para que tenhamos uma visão mais profissional da cultura, contando com toda cadeia dos trabalhadores da cultura, desde o eletricista ao artista propriamente dito”, explica.

A reunião de representantes de variados segmentos da sociedade para discutir a cultura em Santa Catarina, significa, para a diretoria do Fórum, a legitimação de um consenso entre Estado e Sociedade, e configura um compromisso público das partes em relação ao desenvolvimento cultural catarinense.

É nesse sentido, portanto, que a presença maciça de representantes da sociedade se faz necessária, como forma de legitimar esse processo e garantir o acesso efetivo da população às políticas públicas e tomadas de decisões. “O seminário não será um evento único. Ele é começo de um novo pensamento e de uma nova proposta. O processo de cultura é riquíssimo em variáveis e os produtores e gestores culturais devem assumir e possibilitar essa troca. Estamos criando conceitos que colheremos lá na frente”, conclui Chris.

O Seminário é uma promoção do Fórum Cultural da Capital, em parceria com o Governo Federal (através do Ministério da Cultura), Cinemateca Catarinense, Pontão Ganesha, UFSC (Secretaria de Cultura e Arte e Centro de Ciências Jurídicas), Udesc/Proex/Coordenação de Cultura, Ceart – Centro de Artes, Núcleo de Comunicação e Artes, Frente Parlamentar Catarinense de Defesa a Cultura e Fundação Catarinense de Cultura.

As vagas para o Seminário são limitadas e a inscrição (gratuita) pode ser efetivada por e-mail (forumculturaldeflorianopolis@gmail.com). Basta informar o nome, instituição, município e e-mail e telefone para contato.

Programação

13h – Apresentação artística

13h30 – Abertura – apresentação dos profissionais envolvidos e dos apoiadores ao projeto e de como será o andamento do Seminário.

Na sequência, quatro blocos de palestras

Tema 1


O que é um Fórum e quais são suas atribuições no contexto político e social – Chris Ramírez – presidente do Fórum Cultural de Florianópolis (30 min)

14h às 15h30

Tema 2

Plano Nacional de Cultura – o que é e o que muda no país com esta proposta de estado. Palestrante: Sr. Fred Maia – MinC

15h30 às 16h30

2.1 -Sistema Nacional de Cultura – modelo de estrutura e gestão. Palestrante: Sr. José Roberto Peixe – MinC

Intervalo: 30 min – serão apresentados dois filmes – curta metragem da produção local

17h às 18h20

Tema 3

O novo marco legal da cultura nacional e Os territórios com identidade cultural – Palestrante: Sr. Paulo Brum – MinC

18h20 às 19h

Tema 4

Direito autoral – Como anda a lei de direito autoral e quais os pontos mais conflitantes nesta reformulação.Palestrante: Prof. Marcos Wachowicz – CCJ UFSC

19h às 19h15 – Entrega de Certificados & Encerramento

Apresentação artística:maracatu e roda de capoeira em frente ao local.

Fonte: De Olho na Ilha, 09/06/2010

TV UFSC homenageia José Saramago

18/06/2010 18:05

Foto: James Tavares

Foto: James Tavares

O ´Memória UFSC` presta homenagem ao escritor José Saramago. O vídeo recupera a entrevista de Saramago para o programa da TV UFSC ´Semana UFSC` especial, de 1999, quando o escritor recebeu o prêmio Doutor Honoris Causa. Na conversa, ele fala sobre temas da época, como o massacre de Eldorado de Carajás, a Amazônia e conta também a impressão que teve da Universidade. O programa será apresentado na sexta, no sábado e domingo (18, 19 e 20/06) às 22h.

Já na quarta 23/06, às 20h, a TV UFSC traz ´Em Busca do Ouro`, na Sessão Cinema. O filme de Charles Chaplin conta a história do vagabundo que decide tentar a sorte na corrida do ouro de 1898, no Alasca. A obra recebeu duas indicações ao Oscar em 1943, nas categorias de Melhor Trilha Sonora e Melhor Som Gravado. ´Em Busca do Ouro` reúne várias cenas conhecidas, como a dança dos pãezinhos, ou a alucinação do personagem Big Jim que, faminto, vê Carlitos, interpretado por Chaplin, metamorfoseado em frango.

Na quinta, 24/06, às 21h, será exibido, no ´Primeiro Plano`, o vídeo ´Baía dos conflitos`, reportagem de Felipe Silva e Emília Chagas. Os jornalistas mostram as diversas instituições envolvidas na questão dos golfinhos na região de Governador Celso Ramos, como o Ibama e a prefeitura, além de ouvir os moradores locais.

Durante a programação há também boletins informativos e a cobertura dos eventos da programação dos 50 anos da UFSC.

A TV UFSC é sintonizada no canal 15 da NET. Mais informações: www.tv.ufsc.br ou twitter.com/tv_ufsc.

Por Marina Veshagem/ TV UFSC

Projetos do Centro de Pesquisa e Documentação da UFSC e Instituto do Mar e da Biodiversidade têm recursos aprovados

18/06/2010 15:01

A Administração do CFH comunica, com satisfação, que os projetos do “Centro de Pesquisa e Documentação da UFSC” e o “Instituto do Mar e da Biodiversidade” foram aprovados na análise preliminar pelo CTINFRA/FINEP.

O projeto do Centro de Pesquisa e Documentação da UFSC-CPD/UFSC encaminhado pela Direção do CFH, em parceria com as Direções da Biblioteca Universitária, CCE,CCJ,CED e CSE, foi contemplado com R$ 959.895,00.

Elaborado através do esforço e apoio de professores e técnico-administrativos dos vários centros e setores envolvidos. O projeto final foi elaborado com apoio dos professores Beatriz Mamigoniam (HST), Everton Machado (GEO), Luiz Henrique de Araujo Dutra (FIL); Henrique Espada (HST) e Roselane Neckel (HST).O projeto arquitetônico foi elaborado pelo Laboratório de Projetos-Laproj, do Departamento de Arquitetura, coordenado pelo professor Américo Ishida, com a participação dos acadêmicos Guilherme Barreto; Julian Vasconcellos e Marcos Möller, do professor Mário César Coelho, do Departamento de Design Gráfico e do PRPGHistória.

O projeto “Instituto do Mar e da Biodiversidade”, foi construído pela parceria entre as direções do CFH, CCB e CCA e pela união dos esforços de professores destes três centros de ensino. A coordenação final foi dos professores Paulo Roberto Pagliosa Alves (GCN), Alessandra Fonseca (GCN) e Andréia Santarosa Freire (ECZ / Coordenadora do Curso de Oceanografia). O projeto foi contemplado com R$1.021.419,00 .

A direção do CFH agradece a todos que participaram direta e indiretamente na construção dessas propostas , lembrando que estes são os valores do Resultado Preliminar que poderão ser melhorados até o resultado definitivo em agosto ou no próximo edital 2011, quando também será possível solicitar mais recursos para os projetos aprovados este ano.

Roselane Neckel/ Diretora do CFH