UFSC na Mídia: Hábitos alimentares e comportamento de consumo infantil
Como agem crianças de diferentes níveis de renda familiar em relação à alimentação, comportamento consumidor e hábito de assistir à TV? Em busca de respostas a essa questão, uma dissertação desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC, da nutricionista Vanessa Mello Rodrigues, comparou a postura de estudantes de uma escola pública e de uma escola particular de Florianópolis. A Revista de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica de Campinas publicou um artigo sobre a pesquisa em sua edição de maio/junho de 2012.
Rev. Nutr. [online]. 2012, vol.25, n.3, pp. 353-362. ISSN 1415-5273. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732012000300005.
Abstract
RODRIGUES, Vanessa Mello and FIATES, Giovanna Medeiros Rataichesck.
OBJETIVO: Comparar hábitos alimentares e comportamento de consumo de crianças de diferentes níveis de renda familiar de Florianópolis (SC), Brasil, relacionando-os com o hábito de assistir à televisão.
MÉTODOS: Estudo qualitativo com análise de conteúdo de manuscritos originados de 23 grupos focais, realizados em uma escola pública e uma escola particular de Florianópolis (SC), compostos por 111 estudantes de 7 a 10 anos. Para verificar a renda familiar dos estudantes, dados sobre a ocupação dos pais foram classificados pela Classificação Brasileira de Ocupações. Os estudantes da escola particular pertenciam a famílias de maior renda em relação aos da escola pública.
RESULTADOS: Nas duas escolas, a maioria das crianças entrevistadas referiu assistir à televisão sempre que possível, sem sentir controle dos pais sobre esse hábito. Além disso, afirmaram ter dinheiro para gastos independentes e vontade de comprar os produtos anunciados nas propagandas de televisão. Estudantes da escola pública relataram ingerir e adquirir guloseimas mais frequentemente e ter maior liberdade para fazer compras do que os estudantes da escola particular, que revelaram sentir-se controlados pelos pais em relação aos seus hábitos alimentares e compras realizadas.
CONCLUSÃO: O fato de os estudantes da escola particular sentirem-se mais controlados por seus pais pode ter reduzido uma provável influência da televisão sobre seus hábitos alimentares e de compras. Evidencia-se a importância da formulação de estratégias para auxiliar os pais a reduzirem os efeitos da televisão sobre os hábitos de seus filhos e de políticas públicas que incentivem o consumo saudável, além da regulamentação do marketing de alimentos pouco nutritivos para o público infantil.
Keywords : Criança; Grupos focais; Hábitos alimentares; Propaganda; Televisão.
Fonte: Revista de Nutrição – Print version ISSN 1415-5273
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