UFSC na mídia: estudo embasa primeira denominação de origem de vinho catarinense
A primeira denominação de origem, concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a vinhos em Santa Catarina teve como base um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O assunto foi tema de reportagem do Jornal do Almoço, da NSC TV. A dissertação de mestrado Marcadores de terroir de uvas e vinhos Goethe da Indicação Geográfica Vales da Uva Goethe, de Luiza Mazon Freitas, do Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos, do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSC, contribui para o reconhecimento. A denominação de origem é um selo que identifica produtos produzidos em uma região específica, seguindo regras e tradições locais que garantem sua qualidade e características.
De acordo com a reportagem da NSC TV, no Brasil, existem somente três denominações de origem para vinhos: duas no Rio Grande do Sul e agora essa de Santa Catarina. O reconhecimento dos Vales da Uva Goethe, no Sul do estado, é uma “conquista histórica”, avalia a professora Vivian Maria Burin, que orientou a pesquisa de mestrado de Luiza. Conforme a professora, foi fundamental também o trabalho do Grupo de Pesquisa Bioquímica e Análise Sensorial de Bebidas (BioSense), que há anos atua na caracterização da uva Goethe e de seus vinhos.

Luiza (à esquerda) e a professora Vivian explicam a conquista em reportagem. Foto: reprodução/NSC TV
Sob a coordenação da professora Vivian, o grupo tem se dedicado a compreender, por meio de análises químicas e sensoriais, os elementos que conferem identidade ao produto vitivinícola da região Sul catarinense. “Conseguimos construir um perfil sensorial desse vinho, cientificamente comprovado, que corroborou com vários outros estudos para essa conquista de denominação de origem”, explicou Luiza na reportagem da NSC TV. Segundo a professora Vivian, o ineditismo do trabalho foi reunir essa análise sensorial ao que o grupo de pesquisa já conhecia sobre a uva Goethe.
O estudo ainda deu origem a publicações nacionais e internacionais, que reforçam a importância da uva como variedade típica, rara e singular no cenário vitivinícola brasileiro, conforme Vivian. “O reconhecimento da denominação de origem representa não apenas a valorização da tradição vitivinícola catarinense, mas também o fortalecimento do papel social da universidade pública na promoção do desenvolvimento regional sustentável por meio da ciência”, conclui a professora.
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