Pesquisa da UFSC constata hipertensão arterial entre os Kaingang

13/09/2013 10:53

Nutricionista Deise Bresan

Visando conhecer mais sobre a saúde dos Kaingang, a quinta etnia indígena mais numerosa do Brasil, Deise Bresan, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina, sob orientação do professor Maurício Soares Leite, realizou uma pesquisa sobre hipertensão arterial entre as pessoas desta etnia, da Aldeia Pinhalzinho, Terra Indígena Xapecó, localizada nos municípios de Entre Rios e Ipuaçu, no oeste de Santa Catarina.

A pesquisa, que resultou na dissertação de Deise, realizada com 355 indivíduos Kaingang, com idade mínima de 20 anos, encontrou quase metade da população com  hipertensão arterial. Da população masculina avaliada 50% apresentou pressão arterial elevada, já entre as mulheres, os níveis de hipertensão foram de 40%.  Esta pesquisa, até o momento, foi a que encontrou mais casos de hipertensão arterial entre povos indígenas e a quantidade é mais elevada do que a encontrada em nível nacional.

O estudo também verificou que dois terços dos homens e metade das mulheres que apresentaram níveis de pressão indicativos de hipertensão não faziam uso de medicamento para a doença. Esta constatação de que muitos portadores seguem sem acompanhamento tem sérias implicações em termos de morbidade e mortalidade.

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