Professora da UFSC, liderança científica, alerta para desigualdades enfrentadas por mulheres na ciência
A falta de igualdade de gênero na ciência e o enfrentamento aos obstáculos que constroem esses cenários precisam ser lembrados e confrontados. Essa é a avaliação da professora Débora Peres Menezes, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que também é diretora no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e foi a primeira mulher eleita a presidir a Sociedade Brasileira de Física.
“A academia tem que ser o mais inclusiva possível. E aí eu vejo a UFSC como protagonista de ações bem importantes”, destaca a cientista, pesquisadora de Física Nuclear, que recentemente publicou um artigo sobre os desafios das mulheres cientistas no repositório arXiv, da Universidade Cornell. Ela cita como exemplo positivo de enfrentamento às desigualdades o Prêmio Propesq-Mulheres na Ciência, que contempla apenas cientistas mulheres e destaca suas carreiras e trajetórias na universidade.
Conhecido como Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, esta terça-feira, 11 de fevereiro, é a data estabelecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) desde 2015 para promover a inclusão feminina na ciência. “Existe uma estrutura na sociedade que não facilita a identificação de mulheres, principalmente, com as Ciências Exatas. Eu costumo lembrar a primeira lei do Império que já deixava as meninas de fora do ensino de Matemática”, aponta Débora.