UFSC é contemplada com recursos para a criação de duas salas de cinema em Florianópolis

05/01/2024 08:22

O Auditório da Reitoria da UFSC tem capacidade para mais de 200 pessoas. Foto: Jair Quint/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE), foi contemplada com cerca de R$ 1,3 milhão para a modernização e adaptação de dois espaços para funcionarem como salas de cinema no campus em Florianópolis. Os recursos são destinados por meio da Lei Paulo Gustavo, com seleção feita pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC). 

As adaptações ocorrerão no Auditório da Reitoria e na sala de projeção do Laboratório de Estudos de Cinema (LEC), no Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC. O projeto deve ser concluído em até 12 meses.

O maior volume de recursos, mais de R$ 1 milhão, será aplicado no Auditório da Reitoria, espaço com capacidade para 205 pessoas, na região central do campus. O espaço, segundo a SeCArtE, será também denominado Sala UFSC de Cinema, e deverá oferecer programação regular, diversa e de atendimento a toda a comunidade. Já a sala de projeção do Laboratório de Estudos de Cinema receberá R$ 300 mil para a sua readequação. 

O prédio da Reitoria da UFSC fica localizado na área central do campus. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)

Sobre a nova sala de cinema no Auditório da Reitoria, a secretária Eliane Debus, da SeCArtE, destaca que ela continuará sendo utilizada com simpósios e atividades as quais recebe atualmente, mas passará também a contar com equipamentos e programação de sala de cinema. 

“Disponibilizar um dos principais espaços da UFSC reflete o compromisso da gestão do Reitor professor Irineu Manoel de Souza e da Vice-Reitora professora Joana Célia dos Passos de estreitar mais ainda os laços com a comunidade interna e externa, contribuindo com uma programação cultural de qualidade e com a ampliação do acesso cultural não apenas para sua comunidade interna, mas para todos os munícipes da cidade de Florianópolis, tendo em vista a relevância que UFSC tem na interação com o desenvolvimento social e urbano da cidade”. 

Estas serão as primeiras salas de cinema regulares da UFSC, como já ocorre em outras universidades federais brasileiras, como a da Bahia (UFBA) e a Fluminense (UFF). Debus defende que a UFSC tem “histórico e forte compromisso cultural”. Ela ressalta, ainda, que a existência da SeCArtE e do curso de Cinema foram fundamentais para que os projetos da UFSC fossem contemplados. 
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Projeto de egresso da UFSC se torna filme de terror e comédia financiado por Lei Paulo Gustavo

14/11/2023 11:40

Helvécio Furtado Júnior, ex-aluno da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), teve seu projeto de conclusão de curso (TCC) transformado em curta-metragem de terror e comédia. O filme, fruto de seu trabalho acadêmico, recebeu aprovação e um financiamento de 60 mil reais da Lei Paulo Gustavo (LPG) para ser filmado em Patos de Minas, Minas Gerais (MG), cidade natal do autor.

De acordo com Helvécio, a ideia do filme surgiu no início da pandemia, inspirado por um relato sobre um homem no Amazonas que não conseguiu enterrar sua mãe devido ao colapso hospitalar, o que motivou o início do roteiro. Ao longo da pandemia, diversas situações alimentam o texto.

O curta-metragem é uma adaptação do conto O dia em que o presidente comeu minha mãe, de Helvécio. A versão literária da história foi publicada em 2020, na revista Retratos de La Ciencia Brasileña, em Salamanca, na Espanha. A narrativa é sobre Renato, um churrasqueiro ensandecido que decide servir a carne do cadáver da mãe para o presidente da república.

Helvécio relata que a adaptação do conto para um curta-metragem foi desafiadora, concentrando-se na seleção das cenas mais visualmente impactantes para o cinema, já que o conto original é mais direcionado para o terror do que para o equilíbrio entre terror e comédia. “A maior dificuldade foi escolher quais cenas iriam para o filme e quais seriam mantidas apenas no conto”. 

O filme propõe uma abordagem de terror com toques de comédia, buscando harmonizar esses elementos por meio do “absurdo”. “Se houvesse um gênero entre o terror e a comédia para definir o filme, seria o absurdo”, destaca Helvécio.

Helvécio Furtado Júnior, autor do conto e do filme Foto: Divulgação

Segundo ele, o curta-metragem se inspira em diversas obras do cinema nacional, buscando instigar um conjunto variado de emoções no telespectador. “Ao assisti-lo, é possível esperar um filme de terror que brinca com a ironia e a frustração do público”, explica Helvécio.

Previsto para estrear no segundo semestre de 2024, o filme é  novidade para o cenário audiovisual local, gerando aproximadamente 45 oportunidades de emprego na indústria cultural da região. Helvécio, destaca a relevância de a obra explorar emoções reprimidas desde a pandemia. “Precisamos lidar com esses sentimentos, mesmo que seja através do riso, como afirmava Paulo Gustavo”, ressalta Helvécio.

Ariclenes Patté / estagiário de Jornalismo da Agecom / UFSC

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