Instituto de Soldagem e Mecatrônica (Labsolda) da UFSC conquista prêmios nacionais e internacionais

08/10/2025 16:36

O Instituto de Soldagem e Mecatrônica (Labsolda) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu nos últimos meses uma sequência de reconhecimentos em premiações nacionais e internacionais. O Labsolda funciona há mais de 50 anos e é uma das estruturas mais tradicionais da Universidade.

Labsolda recebeu prêmio de melhor trabalho no Consolda 2025. Foto: Divulgação/Labsolda/UFSC

As premiações são as seguintes:

  • Menção honrosa no Prêmio Calgary durante o Rio Pipeline & Logistics 2025, em setembro, promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), um dos maiores eventos internacionais de Engenharia de Dutos. O trabalho premiado tem o título “Structural optimization of a 20-inch pipe clamp using arc-based additive manufacturing”, de autoria dos pesquisadores Daniel Galeazzi (pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica), Cláudio Marques Schaeffer (doutorando), Laercio Silva Junior, José Carlos Pereira, Mateus Barancelli Schwedersky e Régis Henrique Gonçalves e Silva (professores do Departamento de Engenharia Mecânica). O estudo foi selecionado entre 570 trabalhos submetidos e 307 apresentados, ficando entre os seis finalistas, conquistando o segundo lugar e recebendo uma menção honrosa. O trabalho foi fruto de projeto financiado pela petrobras, com coordenação do professor Regis Silva, que gerou dois pedidos de patente para a UFSC.
  • Melhor paper publicado em 2024 na seção Research Supplement do Welding Journal, periódico técnico-científico da American Welding Society (AWS), periódico de soldagem mais tradicional e de maior circulação mundial. O artigo “Multiphysics simulation of in-service welding and induction preheating: part 1”é de autoria de Kaue C. Riffel, na época pós-doutorando em Engenharia Mecânica e agora pesquisador da Ohio State University; Regis Henrique Gonçalves e Silva, professor do Departamento de Engenharia Mecânica; Antonio J. Ramirez, professor da Ohio State University; Andres Acuna, da Lincoln Electric Company; Giovani Dalpiaz e Marcelo Torres Piza Paes, da Petrobras. O trabalho teve origem na tese de doutorado sanduíche de Kaue Riffel. O reconhecimento foi divulgado em setembro de 2025.
  • Melhor trabalho no 47º Congresso Nacional de Soldagem (Consolda) e no 3º Congresso Brasileiro de Manufatura Aditiva (CBMAdi) promovidos pela Associação Brasileira de Soldagem, em agosto de 2025. Título do trabalho: Avaliação multiparamétrica da estabilidade da variante CMT (Cold Metal Transfer) do processo MIG/MAG. Autores: Daniel Galeazzi (pos-doutorando POSMEC – UFSC), Regis Henrique Gonçalves e Silva (professor do EMC – UFSC, supervisor do pós-doutorando Daniel), Mateus Barancelli Schwedersky (professor do EMC – UFSC).

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Projeto da UFSC busca combater prejuízos causados por furtos em dutos da Petrobras

03/08/2022 08:47

Um grupo de professores, alunos, servidores e engenheiros do Instituto de Soldagem e Mecatrônica (LabSolda) e do Grupo de Análise de Tensões (Grante) do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem como objeto de pesquisa diferentes formas de reparos de dutos onshore (em terra) da Petrobras. A proposta do projeto é oferecer maior eficiência, confiabilidade e segurança aos reparos, reduzindo perdas de derivados de petróleo – como gasolina, óleo diesel, entre outros – na malha dutoviária da empresa petrolífera.

“O trabalho é orientado ao reparo de dutos perfurados clandestinamente para furto de produto, quando os indivíduos perfuram o duto em operação”, explica o professor Régis Henrique Gonçalves e Silva, coordenador do projeto. Financiado pela Petrobras, a iniciativa tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) e duração prevista de, pelo menos, três anos. “A Fapeu tem fundamental importância no gerenciamento administrativo e financeiro em toda a diversidade de ações acessórias ao projeto, como contratações, compras ou importações”, define o professor Régis Silva.

Para a Petrobras, os dutos representam a maneira mais eficiente de transporte e movimentação de petróleo e combustíveis, com a subsidiária Transpetro operando uma rede de mais de 14 mil quilômetros de oleodutos e gasodutos no território brasileiro. A companhia afirma que a prática ilegal do roubo de combustível a partir dos dutos, a chamada derivação clandestina, vem se tornando cada vez mais comum e gerando riscos reais de vazamentos, incêndios ou explosões. Ressalta ainda que a ação criminosa coloca em risco a vida das comunidades vizinhas às faixas de duto, além de causar impactos graves ao meio ambiente, contaminando solos e rios. Desde 2017, a média de ocorrências é superior a 200 casos/ano.

Reparos

Os tipos de reparos adotados pela companhia são agrupados principalmente em quatro grupos: abraçadeiras aparafusadas; bujão/capote; patches; e overlay. O projeto desenvolvido na UFSC trata principalmente dos dois primeiros tipos. As abraçadeiras aparafusadas são consideradas um método ágil de executar um reparo de perfuração. No entanto, são consideradas temporárias. Para que se tornem um reparo permanente, a abraçadeira deve ser soldada no duto depois de ser instalada e aparafusada.

O projeto, coordenado pelo professor Régis, busca desenvolver tecnologias e procedimentos inovadores para soldagem da abraçadeira sobre o duto. Pretende criar um novo design de abraçadeira, que seja mais leve, portátil, orientada a ser soldada no duto, a resistir aos esforços do duto e a ser construída por soldagem. As abraçadeiras atuais são fabricadas por forjamento ou fundição, têm alto custo, são em sua maioria importadas, de grandes dimensões e baixa portabilidade. Além disso, não são dimensionadas para condições específicas, podendo resultar superdimensionadas. “O domínio tecnológico do projeto próprio de abraçadeira permitirá flexibilidade para sua customização”, compara o coordenador.
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