Extensão e Inovação foi o tema da 37ª edição do Seminário de Extensão Universitária da Região Sul (SEURS 2019), evento realizado nos dias 3 e 4 de julho na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) envolvendo pouco mais de 750 inscritos de 25 instituições de ensino do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os discursos durante a solenidade de abertura reforçam a importância de a extensão levar ao cidadão as produções e o conhecimento gerados dentro das instituições de ensino. A palestra de abertura versou sobre os “Desafios e Oportunidades da Extensão Universitária”, no Auditório Garapuvu, e foi proferida a partir das 11 horas pelo ex-Secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (2014/2018) e ex-reitor da UFSC (2008/2012), professor Álvaro Toubes Prata.
Na sua fala Rogério Cid Bastos, pró-reitor de Extensão, abordou a necessidade de a universidade mostrar o seu trabalho para a sociedade. “A melhor maneira de fazer isso é por meio da extensão. Também, temos a oportunidade de mudar concepções de ensino ao incluir atividades de extensão em suas diversas formas”.
Flavi Ferreira Lisboa Filho, presidente do Fórum de Pró-reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (Forproex Sul) e pró-reitor de Extensão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), reforçou que desse encontro de dois dias saem frutos que fortalecem a luta da universidade pública. “A extensão é uma das principais interfaces que a universidade faz com a sociedade. Não basta que nós saibamos o papel da universidade pública e da extensão universitária, não basta nós mesmos nos defendemos, precisamos que a sociedade nos defenda, e para que ela faça isso ela precisa entender qual o papel da universidade pública”, disse ele, enaltecendo que é por meio da extensão que ocorre a transformação social.
Maria de Lourdes Alves Borges, secretária de Cultura e Arte da UFSC, aproveitou o momento para ressaltar o papel da arte na formação dos estudantes. “Através da arte começamos a entender o mundo, a criticar o mundo e a transformar o mundo. A universidade não é só transmissão de conhecimento, tem um propósito de dar uma educação global e ser um espaço de treinamento da democracia. Neste momento devemos entender a extensão como o espaço mais precioso do tripé Ensino/Pesquisa/Extensão”, disse ela, complementando que o papel da extensão é ocupar a sociedade, racionalmente, cientificamente e artisticamente.
No fechamento dos discursos de abertura, a vice-reitora da UFSC, Alacoque Lorenzini Erdmann, enfatizou que o conhecimento desenvolvido no âmbito da universidade deve extrapolar suas paredes e integrar a comunidade numa dimensão regional e global. “Estamos vivendo uma nova era em que não existem fronteiras, por isso cada cidadão que está presente, hoje, nas universidades precisa interagir com a comunidade”.
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